terça-feira, 6 de dezembro de 2011
João: o poeta sapateiro
Este
trabalho tem por objetivo analisar as contribuições de João Sapateiro
para a cultura Sergipana, fazendo uma análise e reflexiva sobre o que é
cultura, e como esse poeta contribuiu para o enriquecimento da cultura
de nosso estado. Visto que as manifestações artísticas são inerentes à
própria vida social, não havendo sociedade que não as manifeste como
elemento necessário à sua sobrevivência Para tanto, pesquisa a sites,
estudos de obras teóricas, foram as ferramentas metodológicas utilizadas
para alcançar o objetivo proposto.
Cultura
s.f. 1. Acervo intelectual e espiritual. 2. Conjunto de conhecimentos
adquiridos; instrução, saber. 3. Conhecimentos em um domínio particular.
4. Conjunto de estruturas sociais, religiosas, etc., de manifestações
intelectuais, artísticas, etc., que caracterizam uma sociedade.
(Larousse, p. 262, 2001)
“literatura”
é arte que tem por matéria prima a palavra, e utilizando-se de técnicas
faz-se da palavra um instrumento poderoso na construção do que se
pretende - recriar a realidade.
A poesia está nesse contexto literário, pois, entende-se por poesia uma obra literária em versos, ou seja:
Poesia
s.f. (gr. Poieses, criação), 1. Forma de expressão lingüística
destinada a evocar sensações, impressões e emoções por meio da união de
sons, ritmos e harmonia, geralmente em versos. (Larousse, p. 777, 2001)
João
Silva Franco. Negro, quase dois metros de altura, teve a vida marcada
pelo sobrenome postiço. Profissionalizou-se como sapateiro, remendando o
couro, trocando o salto, pondo meia sola nos sapatos da população.
Discreto, mas de boa conversa, o sapateiro exibia na sua oficina de
trabalho, folhas de papel pautado, repletas de palavras escritas em
letras de forma, fixadas nas paredes e nos poucos móveis do seu canto
laboral. Eram trovas, pequenos e longos poemas, que surpreendiam a
freguesia. João Silva Franco passou a ser conhecido como João Sapateiro,
e reconhecido como o sapateiro poeta.
Vimos
um pouco da biografia deste autor. Com isso pudemos refletir como este
homem, sem condições (em se tratando de condições financeiras) conseguiu
produzir tantas poesias em meio à correria da vida de trabalhador e
chefe de família. Sendo, portanto, um vencedor, um exemplo de
persistência, de amor a arte.
Pesquisando
as expressões culturais de Sergipe, vimos que é de uma grandeza
relevante, visto que somos o menor Estado da Federação. Pesquisamos e
vimos a literatura folclórica, com seus versos, cordéis, cantoria de
improviso, as lendas, os mitos, adivinhações, contos, nomes de famosos
como Tobias Barreto, Silvio Romero, enfim, vários nomes, várias
manifestações, mas de tudo que pesquisamos, nada, ou quase nada
encontramos para situar o nosso poeta João Sapateiro nessa cultura.
Subtende-se que este modesto e brilhante poeta não foi reconhecido o
suficiente para ter seu nome estampado em livros, situando-o como
pertencente à cultura de elite ou popular. Restando o questionamento:
Suas poesias são consideradas literatura? Lembrando que “literatura” é
arte que tem por matéria prima a palavra, e utilizando-se de técnicas
faz-se da palavra um instrumento poderoso na construção do que se
pretende - recriar a realidade.
Separamos,
para análise reflexiva, o poema abaixo, a fim de entendermos o
fundamento das produções de João Sapateiro. Este que reproduziu em seus
trabalhos, seus sentimentos, suas ideologias. Sendo, portanto, um
brilhante poeta, ainda que não reconhecido no meio literário.
Cântico
Aos Laranjeirenses
Minha terna Laranjeiras,
Terra das lindas palmeiras,
Adoro tudo que é teu;
Admiro os belos prados,
E adoro os lindos trinados,
Das aves que Deus te deu.
O teu passado eu bendigo,
E adoro o “Bom gosto” amigo,
Aonde vou me banhar;
Adoro a meiga corrente
Que canta canção dolente
Andando em busca do mar.
Terra das lindas palmeiras,
Adoro tudo que é teu;
Admiro os belos prados,
E adoro os lindos trinados,
Das aves que Deus te deu.
O teu passado eu bendigo,
E adoro o “Bom gosto” amigo,
Aonde vou me banhar;
Adoro a meiga corrente
Que canta canção dolente
Andando em busca do mar.
Adoro a tua Matriz,
Aonde a velhinha feliz
Vai rezar o seu rosário;
Amo o teu belo Cruzeiro
Que lá no cimo do outeiro
Nos lembra o Monte Calvário.
Amo a tua marujada,
E adoro a Pedra Furada,
Que nos encanta e fascina!
Gosto da policromia
E da coreografia
Da Taieira de “Bilina”.
Aonde a velhinha feliz
Vai rezar o seu rosário;
Amo o teu belo Cruzeiro
Que lá no cimo do outeiro
Nos lembra o Monte Calvário.
Amo a tua marujada,
E adoro a Pedra Furada,
Que nos encanta e fascina!
Gosto da policromia
E da coreografia
Da Taieira de “Bilina”.
Amo os sinos maviosos
E os teus jardins olorosos
Que te dão tanta beleza!
Amo as igrejas dos montes,
Amo as tuas velhas pontes
Que fazem lembrar Veneza.
Admiro o candomblé,
E o zabumba do José,
Torrentes de poesia!
Amo a face angustiada,
Da imagem cobiçada
Do Senhor da Pedra Fria.
E os teus jardins olorosos
Que te dão tanta beleza!
Amo as igrejas dos montes,
Amo as tuas velhas pontes
Que fazem lembrar Veneza.
Admiro o candomblé,
E o zabumba do José,
Torrentes de poesia!
Amo a face angustiada,
Da imagem cobiçada
Do Senhor da Pedra Fria.
Admiro a Matriana,
Aonde em fins de semana
O povo vai repousar;
E adoro o Barro Vermelho,
Que fez do rio um espelho
Onde vive a se mirar.
Eu gosto dos Penitentes
Que contritos, reverentes,
Rezam por todos do além.
- E é com orgulho que falo
Na dança de São Gonçalo,
Que nos encanta e faz bem.
Eu adoro as procissões
Que povos de outros rincões
Não deixam de acompanhar;
E os teus velórios cantados
Que nos deixam encantados
Esquecidos de chorar.
Amo ao Samba de Tropelo,
Coco, Forró e Martelo,
Bacamarte e Batalhão;
E as tuas garotas belas,
Cantando trovas singelas
Nas rodas de São João.
Aonde em fins de semana
O povo vai repousar;
E adoro o Barro Vermelho,
Que fez do rio um espelho
Onde vive a se mirar.
Eu gosto dos Penitentes
Que contritos, reverentes,
Rezam por todos do além.
- E é com orgulho que falo
Na dança de São Gonçalo,
Que nos encanta e faz bem.
Eu adoro as procissões
Que povos de outros rincões
Não deixam de acompanhar;
E os teus velórios cantados
Que nos deixam encantados
Esquecidos de chorar.
Amo ao Samba de Tropelo,
Coco, Forró e Martelo,
Bacamarte e Batalhão;
E as tuas garotas belas,
Cantando trovas singelas
Nas rodas de São João.
Amo a vista deslumbrante,
E a brisa acariciante
Do morro de Bom Jesus;
O Serra-Velho, dioso,
E o mês de doloroso,
Que aos namorados seduz.
E a brisa acariciante
Do morro de Bom Jesus;
O Serra-Velho, dioso,
E o mês de doloroso,
Que aos namorados seduz.
Adoro o teu céu de anil,
Amo o teu povo gentil,
Amo tudo que é de ti;
Eu amo os tamarindeiros
Eu amo os velhos coqueiros
Onde canta o bem-te-vi.
Admiro os Caboclinhos,
E os Negros do Rei Raminho,
Lamentando o cativeiro;
E a cantoria bonita
Da turma de João de Pita,
No dia seis de janeiro.
Amo o teu povo gentil,
Amo tudo que é de ti;
Eu amo os tamarindeiros
Eu amo os velhos coqueiros
Onde canta o bem-te-vi.
Admiro os Caboclinhos,
E os Negros do Rei Raminho,
Lamentando o cativeiro;
E a cantoria bonita
Da turma de João de Pita,
No dia seis de janeiro.
Adoro os velhos sobrados,
Aonde em tempos passados
Se cultivava o lirismo;
E os bancos da Conceição,
Onde sentou-se a paixão
No tempo do romantismo.
Se cultivava o lirismo;
E os bancos da Conceição,
Onde sentou-se a paixão
No tempo do romantismo.
Adoro a rua Direita,
Porque quanto mais se ajeita,
Fica bem mais sinuosa;
E o Alto do Xavier
Que mostra pra quem quiser,
O quanto és majestosa!
Minh’alma também é louca
Por ti, cidade barroca,
Residência do saber;
Terra de João Ribeiro,
Meu amor é verdadeiro,
E te adoro até morrer!.
Porque quanto mais se ajeita,
Fica bem mais sinuosa;
E o Alto do Xavier
Que mostra pra quem quiser,
O quanto és majestosa!
Minh’alma também é louca
Por ti, cidade barroca,
Residência do saber;
Terra de João Ribeiro,
Meu amor é verdadeiro,
E te adoro até morrer!.
Percebe-se
que o poema “Cântico aos Laranjeirenses” trata-se de um poema
laudatório, que João, filho adotivo da cidade de laranjeiras, produziu
enaltecendo sua terra querida.
João
inicia os versos exaltando a terra de lindas palmeiras, com belos
campos e aves mandadas por Deus. Ele fala da Igreja Matriz com seu belo
cruzeiro, que o faz lembrar o Monte Calvário, das manifestações
artísticas – a taieira, o candomblé, a dança de São Gonçalo; expressa
ainda seu carinho pelo rio com seu barro vermelho que vivia a mirar,
pelo povo daquela terra- povo gentil, os prédios antigos com sua beleza
lírica encravada em sua história. Enfim, João expressa em cada verso
seu amor pela terra que o acolheu, e em gratidão o tornou um filho
ilustre.
Finalizando este singelo trabalho, temos então o conhecimento de que cultura,
ou manifestações artísticas, são inerentes à prática social, não
havendo sociedade, portanto, que não às manifeste. Sendo, portanto, um
elemento necessário para a efetivação da expressão humana. E que
poesia é uma arte literária em forma de versos que tem como objetivo
expressar e evocar sensações, emoções. Conhecemos, ainda, um pouco deste
ilustre sergipano - João Silva Franco - que com sua arte compôs muitos
poemas em meio à sua rotina de sapateiro, utilizando-se da arte para
expressa-se e manifestar seus mais profundos desejos e pensamentos
acerca de diversos temas. Podemos então concluir que este sergipano,
adotado por uma cidade rica em cultura, soube aproveitar cada elemento a
ele oferecido transformando em arte e revelando-se através de suas
poesias. Podemos, então, responder ao questionamento proposto
anteriormente: Suas poesias são consideradas texto poético? Ou apenas um
trovador que compunha ao exercer seu ofício de sapateiro?
As poesias de João são consideradas parte da cultura popular sergipana. Embora não tenha se tornado um nome famoso entre os nomes de literários como Silvio Romero, Tobias Barreto, Hermes Fontes, sua poesia é de grande importância para a consolidação de nossa cultura. A exemplo desse reconhecimento lembremos que seu nome foi o escolhido para estampar o I Prêmio de Poesia Popular João Sapateiro em 2009.
O OFICO DAS REZADEIRAS EM SERGIPE
Diz
à tradição que o ato de benzer, ou de curar, é a ritualização das
coisas da fé, onde muitas vezes se misturam o sagrado e o profano.
Herança dos portugueses que ao chegarem ao Brasil sofreram influências
dos índios e, posteriormente, dos africanos, sobretudo as mulheres. O
conhecimento das plantas. Quebranto, cobreiro, mau-olhado, espinhela
caída, erisipela, vento virado, peito arrotado. Quem quer que percorra
os povoados da zona rural, as pequenas cidades do interior ou mesmo as
periferias das grandes cidades vai se deparar, em um momento ou outro,
com alguns desses nomes que fazem parte de um mundo mágico-religioso,
povoado de rezas, crenças, simpatias e benzeções. Na cultura popular,
corpo e espírito não se separam, tão pouco se desliga o homem do cosmos,
ou a vida da religião. Para todos os males que atingem o corpo e a alma
do homem sempre há uma reza para curar. É por isso que, apesar do tempo
e dos avanços da medicina, a tradição dos benzedores ainda persiste na
nossa moderna sociedade capitalista. Acreditando ou não no poder da
reza, tem sempre aqueles que procuram, nas rezas e na benzeções, uma
cura para a sua doença ou um alívio para a sua dor.
Não
há uma estimativa de quantas mulheres atuam como rezadeiras em Sergipe.
Existem ainda os rezadeiros, mas também é difícil informar com precisão
o número de homens exercendo esse ofício no estado. A prática
de rezar tem diminuído, mas o professor de Antropologia da Universidade
Federal de Sergipe, Jonatas Silva Meneses, afirma que ela resistirá
ainda por um bom tempo. As rezadeiras têm algumas coisas em comum: a
simplicidade e a fé, por exemplo. Invoca o nome de Deus o tempo todo. Na
hora de rezar, misturam orações como o Pai-Nosso, Ave-Maria e o Credo
com truques da magia.
Em sua maioria, são católicos. É um freqüentador de igreja. Mas há caso, mas com raríssimas exceções, em que essas pessoas estão ligadas à religiosidade afro-brasileira ou ao espiritismo. Vivem em casas humildes, onde podemos encontrar sobre móveis da sala ou do quarto imagens de santos. Nos quintais, cultivam as plantas que "curam". Ramos de pinhão roxo, arruda, aroeira e guiné são algumas das plantas utilizadas para "benzação". Cada uma é usada para um tipo de enfermidade. As rezadeiras, em sua maioria, são católicas, embora, suas ações não correspondam às exigências da Igreja Católica. Isso porque elas pertencem ao que chamamos de catolicismo popular. Esse completamente tomado de símbolos e comportamentos criados e adaptados a partir das crenças e experiências de vida, também se configuram em uma grande força de resistência. Tais aspectos imprimem uma inevitável relação entre a ação cotidiana das rezadeiras e a preservação da memória de uma determinada comunidade.
A benzeção é a mais viva forma da cultura nascida do povo e praticada
pelo povo. O povo guarda as suas cantigas, seus remédios, suas preces,
suas devoções, seus rituais de trabalho, enquanto tiverem algum sentido
na vida deles. Os benzedores tratam seus doentes com rezas, simpatias e
remédios que não se contradizem em nenhum momento. Eles transmitem uma
grande paz e pelejam com o doente. Diante do tratamento dado pelos
benzedores, é fácil enxergar que eles representam valores. Para nós, é
impossível imitar suas rezas, simpatias e benzeções. Tudo isso está
perfeitamente adaptado à vida dos benzedores e à dos seus doentes, mas
muito diferente da nossa vida. É preciso tentar entender as suas
histórias e suas realidades, seu modo de pensar, a partir dele próprio,
da sua visão de mundo, que é bem diferente da nossa. É grande a
diferença entre o oficial e o popular, desde o lugar do tratamento, os
nomes dados aos membros do corpo até a própria interpretação da doença
e, conseqüentemente, à prática dos benzedores. “Não podemos, portanto,
continuar a ignorar o pensamento da metade da população brasileira, se
quisermos efetivamente corresponder à expectativa da cultura e da
civilização do nosso tempo.
As
vozes presentes nos sussurros rezados têm muito a nos dizer, por serem
oriundas de diferentes épocas. Trata-se de um eco que une diferentes
períodos, passado e presente. O próprio ritual já pode ser visto como um
discurso, com linguagem própria e que tem muito a revelar. Por fim, ao
pronunciar as palavras mágicas “com dois te botaram, com três Jesus
Cristo tira”, podemos observar aspectos que vão além de rezas e galhos,
são os sujeitos históricos inseridos em campo, detentoras de complexo
universo simbólico, da eficácia de cura, de poder.
Antonio Marcos Lima da Silva
Damares dos Santos
Jairo Camilo Ferreira
Jocimar dos Santos silva
Leidivalda Dorotéia Dorotéia da Silva
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Batalhão de Bacamarteiros: A Força da Cultura Popular
Por
volta de 1780, surgiu um grupo no qual os negros dos Engenhos de
cana-de-açúcar do Vale do Cotinguiba brincavam samba-de-roda e atiravam
com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Atualmente o Batalhão
de Bacamarteiros possui 60 integrantes, entre homens, mulheres e
crianças. Os instrumentos musicais são fabricados com a madeira do
jenipapo, couro de animais e sementes.
Para
fabricar a pólvora, é utilizado o carvão produzido à partir da umbaúba,
cachaça e enxofre. Durante os festejos juninos acontece o ritual do
Pisa Pólvora, para comemorar os Santos do mês. A musicalidade e a o
ritmo contagiante encantam todos que assistem as apresentações do grupo
pelo país.
O Batalhão de Bacamarteiros exibe a riqueza da cultura africana disseminada por nossa região e é uma marca inconfundível da cultura de Carmópolis. Atualmente o Batalhão se apresenta nas festas juninas embelezando nosso um município com o colorido das roupas com o barulho dos tiros e a graciosidade da dança e dos repentes. Nas ruas, o colorido especial das bandeirinhas, balões e fogueiras enfeitaram a cidade.
As
famílias se empenharam na decoração para participarem do concurso da
rua mais arrumada, que teve como grande vencedora a Rua Luis Maciel
Brito.
O Batalhão de Bacamarteiros, maior manifestação cultural do município, deu um show durante o percurso que liga o povoado Aguada a Carmópolis, e o desfile continuou pelas ruas do município, chegando ao Arraiá do Carmo com muito forró pé-de-serra, encerrando as festividades com chave de ouro.
O Batalhão de Bacamarteiros, maior manifestação cultural do município, deu um show durante o percurso que liga o povoado Aguada a Carmópolis, e o desfile continuou pelas ruas do município, chegando ao Arraiá do Carmo com muito forró pé-de-serra, encerrando as festividades com chave de ouro.
Ana Paula Torres Santana
Fernanda Mara Nascimento Pereira Lima
Josefa dos Santos
Kátia Santana Martins
Feira do São Conrado do Orlando Dantas
Pautaremos
nesta pesquisa questões salientes a feira-livre do bairro Orlando
Dantas, onde não encontramos apenas produtos agrícolas, mas também uma
diversidade de mercadorias como: roupas, calçados, eletroeletrônicos,
bijuterias, entre outros.
E é nessa gama de
mercadorias que faz da feira um local único e de importante análise
comercial, pois a obtenção de produtos, a sua comercialização e o
consumo dos mesmos, representa todo um ciclo produtivo.
Esta feira foi fundada há cerca de 20 anos, como foi citado pelos feirantes, funcionando assim duas vezes por semana, ou seja, às quartas-feiras e aos domingos, antigamente esta feira era realizada em áreas abertas ocupando vários quarteirões do bairro.
Hoje
a feira foi dividida e é realizada aos domingos em 2 (dois) locais, uma
no Orlando Dantas e a outra no São Conrado, já as quartas- feira ela
ainda segue a tradição, funcionando entre as ruas do Bairro. É
imprescindível frisar que, feira no dialeto português significa um lugar
público não raro, descoberto, onde se expõe e vendem mercadorias
Entrevistas
João Resende: vendedor de ganhamum e caranguejo trabalham a 16 anos na feira do Orlando Dantas, é aposentado, natural de Frei Paulo, trabalha sozinho na feira, possui carro particular, compra os produtos em Brejo Grande.
João Resende: vendedor de ganhamum e caranguejo trabalham a 16 anos na feira do Orlando Dantas, é aposentado, natural de Frei Paulo, trabalha sozinho na feira, possui carro particular, compra os produtos em Brejo Grande.
D. Neuza: trabalha na antiga feira há 8 anos, e no mercado há 9 meses, os produtos que comercializa são comprados, toda a família ajuda a vender na feira trabalha em 4 feiras .
D. Marlene: trabalha na feira há 17 anos, está alojada no mercado há 9 meses. Trabalha em 4 feiras como Santa Lúcia as quartas a tarde, Sol Nascente as sextas Santo Antonio aos sábados e no Orlando aos Domingos. Trabalha em casa também costurando lençóis de pedaço de pano. É natural de Malhador onde reside sua filha é de origem do campo.
D. Jussara: natural de Areia Branca Povoado junco, vendedora de bejú há 18 anos ela mesma produz, comprando apenas a matéria prima, trabalha na feira a 4 anos antes ela produzia e o esposo vendia em Maruim, hoje vende na feira do Orlando Dantas.
Antônio José da Silva: vendedor de bejú,trabalha há 20 anos, foi “fundador” da feira, trabalhou há 19 anos na antiga ele quem produz seu produto compra apenas o côco e o açúcar natural de Sergipe.
D. Marizete: vendedora de alho e condimentos, trabalha na feira as quartas e domingos, os produtos que comercializa são comprados, trabalha há 9 meses com a filha, tem a feira como sua única fonte de renda, moradora do bairro traz sua mercadoria no carro de Mao, não recebe ajuda de nenhum órgão público. Paga uma taxa de R$ 7,00, para o “aluguel” da banca.
Adilson Barbosa dos Santos: vendedor de melancias trabalha na feira, sozinho, há 12 anos, compra seus produtos para revender, transporte particular, paga uma taxa de R$ 7,00 pela banca não recebe nenhum apoio dos órgãos públicos.
Carlos (galego):
vendedor de inhame, banana, aipim e maracujá, trabalha em 4 feiras Sol
nascente as sexta, batistão as terças, sábados no Grageru, escola
técnica as quartas e São Conrado aos domingos, compra seus produtos pra
revender onde tem origem do campo.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Encontro Cultural do Santo Antônio
Encontro Cultural do Santo Antônio
É um projeto idealizado pela “Xocós” Associação Sergipana de Autores e Intérpretes Musicais Independentes, cujo corpo diretório é formado pelos cantores Antônio Rogério (Presidente), Chiko Queiroga (Vice-presidente), Gladston Rosa, (diretor financeiro) Jonatan Leite ( diretor) e Pepe ( diretor) que tinham pensado numa oportunidade de fazer alguma coisa ligada à cultura sergipana; à valorização do artista e da arte sergipana, diferente de outros eventos acontecidos em nossa cidade que não têm o objetivo concreto de dar valor 100% aos artistas sergipanos; devido a localização histórica do bairro Santo Antônio; além de ser recheado de popularidades artísticas, possui sede e pontos cultural e artisticamente turísticos como a Rua de São João e a Colina de Santo Antônio. Tendo como objetivo principal despertar no sergipano o conhecimento fazendo com que esse encontro torne-se agente multiplicador da cultura no estado atraindo assim turistas para a cidade.
É um projeto idealizado pela “Xocós” Associação Sergipana de Autores e Intérpretes Musicais Independentes, cujo corpo diretório é formado pelos cantores Antônio Rogério (Presidente), Chiko Queiroga (Vice-presidente), Gladston Rosa, (diretor financeiro) Jonatan Leite ( diretor) e Pepe ( diretor) que tinham pensado numa oportunidade de fazer alguma coisa ligada à cultura sergipana; à valorização do artista e da arte sergipana, diferente de outros eventos acontecidos em nossa cidade que não têm o objetivo concreto de dar valor 100% aos artistas sergipanos; devido a localização histórica do bairro Santo Antônio; além de ser recheado de popularidades artísticas, possui sede e pontos cultural e artisticamente turísticos como a Rua de São João e a Colina de Santo Antônio. Tendo como objetivo principal despertar no sergipano o conhecimento fazendo com que esse encontro torne-se agente multiplicador da cultura no estado atraindo assim turistas para a cidade.
A ENTREVISTA
Entrevista com o cantor Antonio Rogério da dupla sergipana ChiKo Queiroga e Antônio Rogério, há 10 anos juntos conhecidos internacionalmente, ganhadores de vários prêmios de música e festivais nacionais:
(Entrevistadoras) - Você considera-se um poeta devido as suas composições?
(Antônio Rogério) - Olha, considerar-se é um fator muito complexo, mas eu considero toda música que é feita com o coração uma poesia , eu assim... me considero um poeta da música.
(E) - Que artista te influenciou?
(A.R.) - “ ChiKo” ( ChiKo Queiroga.)
Entrevista com o cantor Antonio Rogério da dupla sergipana ChiKo Queiroga e Antônio Rogério, há 10 anos juntos conhecidos internacionalmente, ganhadores de vários prêmios de música e festivais nacionais:
(Entrevistadoras) - Você considera-se um poeta devido as suas composições?
(Antônio Rogério) - Olha, considerar-se é um fator muito complexo, mas eu considero toda música que é feita com o coração uma poesia , eu assim... me considero um poeta da música.
(E) - Que artista te influenciou?
(A.R.) - “ ChiKo” ( ChiKo Queiroga.)
(E) - Como começou sua paixão pela música?
(A.R.) - Em 1984 ainda menino vendo uma amigo tocar violão numa viagem da igreja católica onde era coroinha rsrsrs, depois tentei o conservatório de música de Sergipe, fiz 8 anos de violão clássico e hoje tenho bacharelado em violão, são 24 anos de trajetória.
(A.R.) - Em 1984 ainda menino vendo uma amigo tocar violão numa viagem da igreja católica onde era coroinha rsrsrs, depois tentei o conservatório de música de Sergipe, fiz 8 anos de violão clássico e hoje tenho bacharelado em violão, são 24 anos de trajetória.
(E) - Qual sua canção predileta?
(A.R.) - São tantas, mas... Serpente, pode ser esta!
( E) - Como a sociedade pode influenciar a música sergipana?
(A.R.) - Veja, valorizar suas raízes, e suas histórias , prestigiar os artistas da terra, ahhhhhhh, tem uma coisa que falta muito no sergipano e que a muito tempo eu luto pra resgatar isso é o “bairrismo”, por exemplo se alguém fala mal do baiano na Bahia ele briga, o sergipano às vezes até ajuda a falar mal dos próprios sergipanos, voltando a pergunta, acredito que falta amor a Sergipe e ao espírito de sergipanidade.
(E) - Como os governantes podem ajudar a cultura?
(A.R.) - Pra você ter uma idéia nos somos reconhecidos lá fora temos até proposta pra morar no exterior, quando se sai um pouco ( do Brasil ) a gente percebe que os países que investe em cultura e educação , o espírito e outro, a ótica é outra, aqui ( em Sergipe) o governo tem pouca ou nenhum envolvimento com a cultura local e pior ainda, não tem noção de quanto iria influenciar, economicamente, turisticamente, socialmente e até pedagogicamente nosso Estado, por exemplo a Bahia com o axé, Recife com o frevo, Ceará com forró, Maranhão o Boi, se você parar pra analisar Sergipe esta totalmente fora do contexto cultural, falta comprometimento dos governantes por Sergipe.
Biografia - Aracaju-Se, cantor, compositor, estudou violão clássico no conservatório de música de Sergipe, instrumentista, toca violão, baixo, e viloa., trabalhou em diversas casas no Estado de Sergipe.
Discografia –
Serpente
Chiko Queiroga e Antonio Rogério
Folia de São João
Balaio Atemporal
C’ lariou Vol 1 e 2
Canta-SE
Chiko Queiroga e Antonio Rogério 10 anos.
Para refletir...
Sergipe ainda não é um estado culturalmente conhecido por não ser valorizado de maneira concreta pelos seus habitantes nem pelos seus governantes. Portanto, dependem de nós algumas atitudes para reverter esta triste e injusta situação atual da cultura sergipana, cujos artistas fazem seus trabalhos com muito amor, mas para sobreviverem dos mesmos precisam ir para o exterior. Afinal, o que você já fez ou está fazendo para mudar isto? Possui CDS, livros, artesanatos de artistas sergipanos? Freqüenta peças e shows dos mesmos? Assiste e valoriza as manifestações folclóricas de seu estado, ou simplesmente entrega-se de corpo e alma à cultura de massa imposta pelos poderosos, vindas de outros estados? Qual a sua posição, por exemplo, quando vai à Orla de Aracaju e acaba por deparar-se com apresentações de trios pés de serra não sergipanos? Por isso, vamos fazer a nossa parte na valorização dos artistas sergipanos e tornarmo-nos multiplicadores da nossa cultura acabando com o conceito que se é sergipana não é boa, além disso, devemos defendê-la não deixando que falem mal e mostrando o contrário. Mas, para que isso venha acontecer, é necessário passarmos a amar verdadeira e espontaneamente o nosso estado. Pense nisso!
Acadêmicas
Ana Maria Moura Santos
Deise Cristiane do Nascimento
Sheyla Samantta Santos Costa
Tamires Andrade Cavalcante
Telaine de Jesus Souza
A FESTA DO BARCO DE FOGO REALIZADA EM ESTÂNCIA - SE
Estância, localizada a 56Km em
linha
reta e 70Km por Rodovia Federal de Aracaju, celebra durante os festejos
juninos, diversas manifestações folclóricas, entre elas, a corrida de
barcos de fogo que fez com que Estância, através dos belos espetáculos
pirotécnicos, ficasse reconhecida nacionalmente.
Antônio Francisco da Silva Cardoso, foi o criador do primeiro barco de fogo. Ele exercia a função de jardineiro na Prefeitura Municipal de Estância e costumava pescar. Tinha o sonho de ser marinheiro. Quando rapaz foi acometido por um problema auditivo que provocou a sua deficiência, ficando assim, conhecido como “Chico Surdo.”
O primeiro barco de fogo foi criado no final da década de 30. A idéia primitiva do barco de fogo se deu através da experiência com uma espada, para correr num fio de arame. Percebeu que quando ateou fogo, sua invenção deu certo e daí por diante começou a criar novas miniaturas de barco.
Na fabricação dessas miniaturas eram utilizados madeira leve e papelão, para a estrutura do barco, e espadas de pólvora e bambu para queimar os rojões. Na decoração dos barcos eram utilizadas bandeirolas coloridas.
Na época a corrida do barco de fogo virou moda transformando-se assim em tradição na cidade. Com o passar do tempo, foram tendo mudanças apenas na criatividade no que diz respeito à decoração dos barcos.
A fabricação dos barcos era caseira, realizada em fundo de quintal e em pequenos barracos. A carcaça do barco estando forrada, o barqueiro juntamente com a equipe, sem nenhuma interrupção, leva em torno de 24 horas na construção do barco. Para os festejos juninos o barqueiro começa a construir os barcos a partir do mês de outubro. Um barco custa em média: R$ 400,00. Os recursos utilizados na fabricação do barco são dos próprios fogueteiros. Não há uma contribuição financeira direta do Município na construção dos barcos. O vínculo que existe entre o Município e os fogueteiros é a compra dos barcos efetuada pela Prefeitura e os eventos por ela promovidos.
No momento a fabricação dos barcos está suspensa devido a uma explosão num barraco há um tempo atrás. Está sendo estudada, pelos órgãos competentes e pelos fogueteiros, a possibilidade da construção de um galpão apropriado para a fabricação dos barcos.
Em Estância, a festa da corrida dos barcos, tem lugar específico que é o Forródromo. Para participar da corrida, os barcos devem respeitar todo o regulamento do concurso, como por exemplo, tamanho, peso do barco, etc.
A corrida é realizada sobre um cabo de aço que corta uma extensão de 300 a 400 metros em linha reta, tendo pilastras de concreto nas duas extremidades. O barco de fogo é conectado por roldanas, a este cabo.
O fogueteiro junto com a equipe utilizam técnicas durante a corrida. É necessário que abaixe a tesoura e o fogueteiro posicione-se de lado para acender o pavio da espada, que fica no interior do barco, pois o barco fica a uma determinada altura. O primeiro pavio é aceso, e faz com que o barco dispare a correr sobre o fio, lança fogos e guirlandas para cima, asperge faíscas em cores. O choque, na outra, extremidade, detona o outro pavio, que produz o movimento em sentido contrário, até trombar na pilastra original.
Há um julgamento para escolher o barco vencedor em que o júri analisa: a decoração, a velocidade em que o barco vai e volta ao ponto de partida e que não deve por nenhum instante parar no meio do percurso e as mais belas flores de fogo que são soltadas durante a travessia.
A Prefeitura Municipal da cidade juntamente com a Secretaria da Cultura, com o objetivo de manter essa tradição, lançou um projeto, em que são realizadas na praça Barão do Rio Branco, todas as penúltimas sextas-feiras do mês, diversas apresentações como: teatro, café cultura, shows musicais, exibição de espadas e corrida de barcos de fogo, que é considerada uma das mais belas apresentações da noite.
A cultura realiza a história do homem. Visa permanecer suas raízes com as novas gerações. Estância, por exemplo, chama a atenção das gerações futuras a não deixar que sua cultura, sua origem e seus feitos se percam na evolução de tanta transformação e tecnologia. Estância não só cultiva suas tradições, mas também empenha em expandir seus valores culturais para outras cidades e estados, despertando no indivíduo o interesse e a valorização da cultura como alicerce na vida do ser humano.
Informações obtidas através de entrevista com o fogueteiro Ademilson da Conceição, popularmente conhecido como “Cride”.
domingo, 2 de novembro de 2008
SERGIPE
SOCIEDADE E CULTURA é um livro de caráter didático enfocando aspectos
teóricos e temáticos referentes a sociedade e a cultura sergipana,
contendo textos sistematizados e acessíveis.
Essa publicação é destinada a professores e estudantes das áreas de Sociedade e Cultura, História, Artes, Religião e Economia, bem como a cidadãos(ãs) sergipanos(as) natos ou adotivos que amam a sua terra e a sua gente, que procuram conhecer o que lhe é próprio, a turistas e pessoas interessadas.
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Arte Popular
O artesanato, cuja técnica é transmitida de geração a geração, é uma forma de trabalho espalhada por grande parte do território sergipano. Para muitos, esse trabalho constitui fonte de complementação ou até única fonte de renda.
Entre as peças, há aquelas que se destacam pela beleza e riqueza de detalhes, como é o caso da renda irlandesa, confeccionada no município de Divina Pastora. Além disso, o visitante poderá encontrar verdadeiras preciosidades que demonstram a criatividade do artesão sergipano, capaz de inovar sem que sua obra perca as características típicas.
O artesanato de Sergipe ultrapassa fronteiras regionais, abastece lojas sofisticadas de artigos de decoração e fornece rendas e bordados para confecções de grifes famosas.
A cerâmica de Santana do São Francisco, antiga Carrapicho, reúne comunidades de artesãos. A principal fonte de renda do município é o artesanato de argila e sua confecção envolve adultos e crianças. A maior parte da produção é utilitária e constituída de moringas, potes, vasos, panelas e pratos que são vendidos a granel nas feiras. A cerâmica figurativa retrata o homem rural e seu modo de vida. Entre os ceramistas destacam-se Beto Pezão, natural de Santana de São Francisco, porém residente em Aracaju, e Judite Santeira, do município de Estância.
Além da renda irlandesa e da cerâmica, a cestaria é outro tipo de artesanato encontrado em Sergipe. A prática veio de herança indígena e africana (como a cerâmica) e utiliza como matéria prima, cipó, taquara, junco, fibra e palha de palmáceas. São confeccionados, entre outros, caçuás, balaios, cestas, bolsas, chapéus e esteiras.
Todavia, é no setor de bordados e rendas, que o artesanato sergipano ostenta grande produção. É freqüente observar, em vilarejos e povoados, mulheres sentadas em frente às suas casas bordando. O bordado característico de Sergipe é o rendendê, associado ou não ao ponto de cruz. O rendendê é produzido nos municípios de Própria, Malhada dos Bois, Cedro de São João, Aquidabã, Tobias Barreto e Lagarto. Há bordados de considerável refinamento quanto ao desenho, combinação de cores e acabamento. São produzidas toalhas e caminhos de mesas, colchas, panos de prato, blusas, entre outros.
Ainda é possível encontrar no sertão do estado, mais precisamente no município de Poço Redondo, as rendas de bilro, peças de madeira compostas de uma haste com a extremidade em forma de bola ou fuso, que recebe o nome de 'cabeça de bilro'.
Artesanato e o sertanejo
O artesanato de couro está ligado à vida sertaneja. Chapéus, apetrechos de montaria, gibão, sandálias, além de cintos e carteiras. Além do couro, a madeira também é utilizada para confecção de utensílios, como colheres de pau e gamelas de todos os tamanhos, tamboretes, apitos de chamar passarinhos e produção figurativa.
No artesanato de madeira, o destaque cabe a Cícero Alves dos Santos, nome de batismo do artista conhecido como “Veio”. O artesão mantém, a 8 km da sede do município de Nossa Senhora da Glória, na Rodovia Engenheiro Jorge Neto, um museu a céu aberto. É o 'Sítio Sóarte', com suas esculturas gigantes iluminadas pelo sol da caatinga. Escultor intuitivo, “Veio” usa o canivete e o formão para fazer emergir de troncos e galhos retorcidos de mulungu ou jurema, catados na região, totens, carrancas, animais e figuras humanas. Suas esculturas são despojadas, rústicas e de vigorosa expressividade.
Há ainda toda uma produção artesanal voltada para as brincadeiras de criança, como o mané-gostoso, pião, bonecas de pano, carrinhos de lata ou madeira, panelinhas de barro e outros utensílios de cozinha, miniaturas de mobiliários, além de cavalos e bois, que transportam o mundo dos adultos para o faz-de-conta infantil.
As cidades do estado que se destacam pelo artesanato são: Santana do São Francisco, Simão Dias, Cedro de São João, Aquidabã e Própria. Em Aracaju, o artesanato de todo o estado pode ser encontrado no Centro de Turismo, no Mercado Central, no Centro de Arte e Cultura da Orla de Atalaia e na feirinha da Praça Tobias Barreto.
Cidades Históricas de Sergipe
Sergipe possui uma grande herança histórica e cultural. Duas cidades se destacam por serem verdadeiros museus 'vivos' a céu aberto: São Cristóvão e Laranjeiras, cada uma com suas peculiaridades.
A primeira é a quarta cidade mais antiga do Brasil e foi também, a primeira capital sergipana. A segunda ainda preserva seus antigos casarões, frutos de uma época na qual a cidade, no auge do ciclo canavieiro, foi chamada de 'Atenas Sergipana'. Laranjeiras abrigou, em séculos passados, uma vida econômica e sócio-cultural pulsante, com gabinetes de leitura, clubes de teatro e jornais.
Ainda hoje, nas suas ladeiras de pedras, nas informações de seus museus ou em uma breve conversa com moradores mais antigos, a memória histórica é preservada para as futuras gerações.
Além do patrimônio material, as duas cidades históricas também são conhecidas pelo folclore de tradição secular, com seus cantos e contos sobre a história do passado em constante diálogo com o presente. Seguindo por estes caminhos, o turista poderá levar para si mais conhecimento sobre esse pedaço do Brasil.
O acesso para essas cidades é rápido, a poucos minutos de Aracaju, apresentando uma agradável surpresa. Conhecer as cidades históricas de Sergipe representa uma viagem ao passado de seu povo.
Gastronomia Sergipana
Na culinária sergipana há sabores que fazem a diferença por sua especificidade na gastronomia brasileira. Um belo espetáculo de gostos, cheiros e cores aguçam os sentidos dos sergipanos e do turista.
Dentre suas diversas especialidades estão as comidas ligadas à vida litorânea, aos rios e estuários que cortam o território sergipano, que cultiva o hábito de consumir caranguejo ao molho vinagrete, sobretudo das cidades praieiras ou ligadas a manguezais. O guaiamum, outra espécie também extraída dos mangues, pode ser servido com um delicioso pirão e divide com o caranguejo a opinião dos degustadores quanto ao melhor petisco.
Na ‘Passarela do Caranguejo’ ou em outros locais da Orla e da cidade de Aracaju, são servidas as casquinhas de siri recheadas com a própria carne do crustáceo e os caldinhos de sururu, ostra e camarão. Nas praias do Abaís e do Saco é possível encontrar a saborosa moqueca de siri na palha de adicuri (ou ouricuri). A culinária à base de frutos do mar recebe o reforço dos peixes de água doce, considerando a proximidade do Rio São Francisco, o que facilita esta comercialização.
Entre a vasta relação de ingredientes que dão sabor à culinária sergipana, o coco é sem dúvida um dos mais utilizados nos diversos pratos. Com presença marcante na paisagem litorânea, os coqueirais dão base de sustentação à economia sergipana. Desde as raízes – utilizadas como chá, servem de remédio caseiro contra o amarelão - às folhas, tronco e casca, o coco pode ser utilizado. A água e a carne do fruto são bastante apreciadas. Além disso, o coco é o principal ingrediente da queijada, doce encontrado em Sergipe com um sabor inconfundível.
Outro ponto forte da culinária sergipana são os sucos de frutas nativas, dentre essas, a mangaba e o caju, presentes em quase todo o estado. Além dessas, vale a pena provar o umbu, manjelão, murici, jabuticaba, cajá, pitanga, pitomba, carambola, acerola, ubáia etc. Todos de excelente sabor e que formam um mosaico de cores e gostos. As tradicionais frutas tropicais também agradam o paladar de qualquer visitante, como o abacaxi, maracujá, melão, limão, goiaba, graviola, jenipapo, manga, pinha e melancia.
Dentre os produtos de origem animal, além de estar presente em todo o Nordeste, em Sergipe a carne de sol recebe uma importante parceira que é o pirão de leite. A especialidade fica por conta do município de Cedro de São João, anfitriã em servir o delicioso prato. E por falar em pirão, o melhor mesmo é provar a sua diversidade: pirão de capão, pirão de pitu, pirão da buchada de bode e os já citados, pirão de guaiamum e pirão de leite.
Pelas ruas de algumas cidades é comum escutar os pregões (cantos dos vendedores ambulantes) anunciando “sarôio, beiju molhado, malcasado e pé-de-moleque!”. Essas comidas fazem parte da herança da culinária indígena e africana e são vendidas nas ruas. Seu principal ingrediente é a macaxeira.
Na época das festividades do Ciclo Junino pode – se encontrar comidas que estão ligadas diretamente à colheita do milho. Canjica, mungunzá, bolo de milho, pamonha, cuscuz e o próprio milho verde assado ou cozido. O município de Carira, no semi-árido sergipano desponta como forte produtor de milho.
Música sergipana
- Nino Karva / Foto: Marcelinho Hora
- Paulo Lobo / Foto: Marcelinho Hora
- Patrícia Polayne / Foto: Marcelinho Hora
- Rubens Lisboa / Foto: Marcelinho Hora
- Minho San Liver / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Mosaico / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Snooze / Foto: Marcelinho Hora
- Alex Sant'anna / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Cartel de Bali / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Java / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Plástico Lunar / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Sibberia / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Alapada / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Triste Fim de Rosilene / Foto: Marcelinho Hora
- Banda MAUA / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Reação / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Naurêa / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Maria Scombona / Foto: Marcelinho Hora
- Banda Ode ao Canalha / Foto: Marcelinho Hora
Breve história da música em Sergipe
Até 1970 a música popular massiva sergipana praticamente não existia. Não se produzia discos e ela se limitava a alguns intérpretes dos ritmos ouvidos em todo Brasil à época: boleros, chorinhos e muita música romântica e saudosista.
Os nomes que se destacaram foram: Luís Americano, que teve seu chorinho apresentado nos Estados Unidos, e Francisco Alves, conhecido em todo o Brasil. Contudo, o forró se apresentava como ritmo que atraia o gosto popular e a iniciativa artística local. Grandes nomes forrozeiros acompanharam o sucesso do ritmo levado ao país inteiro por Luiz Gonzaga, e fizeram sucesso nacionalmente representando Sergipe. Dentre eles estão Clemilda e Erivaldo de Carira.
É no final da década de 70 e início dos anos 80, que começa a surgir um sentimento ufanista em nosso Estado em relação à música. Desenvolve-se o conceito de música popular sergipana, que traz a idéia de uma música autêntica de Sergipe.
Os festivais
As décadas de 70 e 80 foram marcadas por grandes Festivais de Música no Brasil, valorizando a música popular brasileira e revelando grandes artistas. Sergipe também acompanhou este movimento, pois, além dos Festivais Nacionais, havia vários outros festivais regionais e estaduais dos quais nossos artistas participavam. Além disso, Sergipe também teve seus festivais, e um dos primeiros que entraram para a história foi o FMPS - Festival de Música Popular Sergipana, na década de 80, cujo primeiro vencedor foi o grupo Cata Luzes. A sua segunda edição revelou o cantor Mingo Santana, que ganhou o primeiro lugar com a música 'Sementeira'.
Outro festival importante foi o Novo Canto - Festival de Música Estudantil, que em 86, 87 e 88, lançou nomes como Chico Queiroga, Antônio Rogério, Sena e Sergival, Nininho Silveira, hoje Nino Karva, entre outros. Vale lembrar que o festival gravava um disco com as 10 melhores músicas.
Música popular sergipana
Intimista, a música popular sergipana surgiu nos anos 1980. Ufanista, a música produzida optou por temas sempre ligados à nossa cultura, aos aspectos físicos e naturais do Estado, ou simplesmente, à situações ou pessoas do lugar, como pode ser notado em trabalhos do já mencionado grupo Cata Luzes, além dos cantores Paulo Lobo, Lula Ribeiro e Irineu Fontes.
Quanto ao ritmo, variava de blues a rock, passando pelo forró, é claro. Também nessa década, surgiu, de forma acanhada, a bossa nova sergipana, tendo como propiciadores Joubert Moraes, Lina e Marco Preto.
Os encontros culturais em Sergipe tiveram uma participação importante na divulgação de nossa música e ritmos folclóricos. Destaca-se nesse período o Encontro Cultural de Graccho Cardoso, que, em sua edição de 98, aboliu qualquer tipo de música massiva como o axé ou o pagode.
Os demais encontros, sendo os principais o Encontro Cultural de Laranjeiras, o Festival de arte de São Cristóvão (FASC) e o Encontro Cultural de Propriá, que biscavam dar ênfase ao folclore, às manifestações populares e à arte.
Nas décadas de 70 e 80, o principal elemento de divulgação dos músicos sergipanos foram, sem dúvida, os bares. Cada dia da semana era destinado a um barzinho.
A Universidade Federal de Sergipe também foi um dos fomentadores da nossa produção musical, embora tenha sido de maneira esporádica, mas, indiretamente, lá se articulava o movimento da música popular do Estado. A UFS promoveu em 1989 o Festival de Música Ecológica, cujo vencedor foi Nininho Silveira, e em 92, o Femufs - Festival de Música Universitária.
Em 1997 surgiu uma nova tentativa de articular o Novo canto, mas que não obteve o mesmo referencial das edições anteriores. Projetos como o Prata da Casa e o Projeto Seis e Meia, promovidos pela Secretaria de Estado da Cultura, incentivaram o trabalho de muitos artistas.
O Canta Nordeste, na década de 1990, estimulou a produção musical de Sergipe, reunindo grandes intérpretes e compositores como Amorosa, Ismar Barreto e Patrícia Polayne.
Em nível local, o Sescanção, festival realizado pelo Sistema Fecomércio, pode ser considerado hoje o evento mais articulador da música em Sergipe.
A década de 1990 e a Pausterização da Música
O aparecimento da Axé-music começa a tomar lugar no gosto popular estimulado pela mídia. Depois com a prévia carnavalesca inspirada na axé-music baiana, o Pré-caju, e do Forró eletrônico, o processo de gravação da música popular sergipana foi totalmente interrompido.
A onda da forró-music conta com inúmeras bandas locais que são sucesso todo ano. Poderíamos citar Raio da Silibrina, Brucelose, Calcinha Preta, Bando de Mulheres e Chamego de Menina.
Dessa forma, muitos dos artistas de referência dessa música tiveram que buscar outras formas de divulgação de seus trabalhos participando de festivais em outras partes do Brasil, como o de Campos do Jordão ou Maringá, ou tentando divulgar seus trabalhos nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, como Lula Ribeiro, Doca Furtado e Chico Queiroga, mas não fugindo totalmente de suas origens.
Alguns artistas destacaram-se naqueles festivais como a dupla Sena e Sergival. Outros artistas como Amorosa, Rogério tiveram que se adaptar ao mercado dos mass media em um desses momentos, embora buscassem manter um sentido mais artístico e caracterizador da cultura local.
Dos artistas em destaque nos anos 1980, só em meados da década de 1990 é que alguns conseguiram realizar um trabalho completo como Chico Queiroga, que formou dupla com Antônio Rogério, Joésia Ramos, Mingo Santana, Antônio Rogério e Rubens Lisboa. O grupo Cata Luzes também consegue nesta década gravar seu segundo CD.
A década de 90
Outros gêneros musicais são fomentados na década de 1990. O gênero pop-rock, em Sergipe, desponta com o festival de Rock-SE. Alguns artistas se destacam, a exemplo de Minho San-Liver e Mosaico.
A banda Snooze, que apresentou álbuns com selos independentes, considerados pela crítica bons trabalhos, é um bom exemplo do rock sergipano. Tempos depois, surgem artistas como Alex Sant'anna e bandas como Cartel de Bali, Java, Plástico Lunar, Sibberia, e Alapada, que recentemente conseguiu lançar uma música em novela da rede Record.
O rock mais pesado tem seu representante com a banda Karne Krua, que faz shows até hoje, Triste fim de Rosilene, além de bandas mais novas, como a MAUA.
A diversidade musical em Sergipe cada vez mais se consolida também em outros estilos, a exemplo do reggae, que tem na banda Reação um grande nome.
Identidade e folclore na música sergipana
Parte do momento de valorização das manifestações culturais folclóricas duas modalidades que podem ser observadas na relação entre folclore e música em Sergipe: a inserção de temas e versos dos folguedos na canção popular sergipana, e a hibridização da música misturando ritmos do rock, jazz e blues a ritmos folclóricos. O ponto comum é a valorização da cultura de Sergipe e a inserção nas tendências mundiais da produção musical.
O folclore tem sido valorizado nas canções populares. Mingo Santana foi um dos primeiros a vislumbrar os ritmos folclóricos misturando aos seus blues ritmos do folguedo Cacumbi. Suas letras também refletem sua relação com a natureza e o folclore local.
A dupla Chico Queiroga e Antônio Rogério também trazem o folclore, embora cantando versos da dança de São Gonçalo, como contraponto à seqüência da música.
Na segunda modalidade, a música contemporânea sergipana carrega de sons diversos, misturando ritmos folclóricos sergipanos e nordestinos com rock, reggae e música eletrônica. A influência do movimento Manguebit de Pernambuco constitui uma das principais características de muitos grupos, como na banda Sulanca. A banda Sulanca de forma mais definida trabalha vários sons inspirados em várias danças e folguedos sergipanos bem como dos emboladores típicos das feiras nordestinas. No seu álbum 'Megafone' insere diversas faixas incidentais desses ritmos.
As bandas Naurêa e Maria Scombona têm ganhado destaque no cenário nacional, participando de feiras de música alternativas e independentes, sobretudo a de Brasília e de Fortaleza.
Suas músicas trazem uma proposta de interação de culturas, e ao mesmo tempo de preservação e resgate da cultura local.
O próprio nome da banda Maria Scombona já reflete um engajamento com a identidade sergipana, pois trata-se de uma expressão coloquial que significa cambalhota. A banda tem como característica básica a mistura de ritmos regionais com rock, jazz e blues, e letras despojadas com expressões do cotidiano e de uso coloquial.
A banda Naurêa trouxe no seu segundo CD, lançado em 2006, ritmos trazidos do Reisado e do Maracatu, inclusive com uma referência a dona Lalinha, mestre do grupo de reisado da cidade de Laranjeiras, que mantém a tradição mesmo a pós a sua morte.
A banda Lacertae também se insere nesse contexto, trazendo uma proposta híbrida: embora priorize o rock experimental, misturam a MPB e o folclore da música nordestina. A banda inova inserindo outras artes, como é típico da música contemporânea, como no CD 'A Volta que o Mundo Deu', com versos de 'Amiga Folhagem', do escritor sergipano Sílvio Romero.
Nova fase
A Nova Música de Sergipe tem rendido gratas surpresas, a exemplo de bandas como a Rótulo e Ode ao Canalha, e novos festivais tem acontecido para dar visibilidade aos artistas da música, a exemplo do Coverama (festival de música cover) e Sonorama (festival de música autoral).
Outros bons exemplos de espaços para a visibilidade da música local são os eventos 'Verão Sergipe', 'Rock Sertão', 'Projeto Verão', 'Forró Caju' e 'Arraiá do Povo'.
Com o tempo, a valorização da produção musical sergipana tem sido maior e vista como investimento, afinal, a cultura é um grande produto de exportação de Sergipe, e todos precisam conhecer o que existe de melhor no estado quando o assunto é música.
Até 1970 a música popular massiva sergipana praticamente não existia. Não se produzia discos e ela se limitava a alguns intérpretes dos ritmos ouvidos em todo Brasil à época: boleros, chorinhos e muita música romântica e saudosista.
Os nomes que se destacaram foram: Luís Americano, que teve seu chorinho apresentado nos Estados Unidos, e Francisco Alves, conhecido em todo o Brasil. Contudo, o forró se apresentava como ritmo que atraia o gosto popular e a iniciativa artística local. Grandes nomes forrozeiros acompanharam o sucesso do ritmo levado ao país inteiro por Luiz Gonzaga, e fizeram sucesso nacionalmente representando Sergipe. Dentre eles estão Clemilda e Erivaldo de Carira.
É no final da década de 70 e início dos anos 80, que começa a surgir um sentimento ufanista em nosso Estado em relação à música. Desenvolve-se o conceito de música popular sergipana, que traz a idéia de uma música autêntica de Sergipe.
Os festivais
As décadas de 70 e 80 foram marcadas por grandes Festivais de Música no Brasil, valorizando a música popular brasileira e revelando grandes artistas. Sergipe também acompanhou este movimento, pois, além dos Festivais Nacionais, havia vários outros festivais regionais e estaduais dos quais nossos artistas participavam. Além disso, Sergipe também teve seus festivais, e um dos primeiros que entraram para a história foi o FMPS - Festival de Música Popular Sergipana, na década de 80, cujo primeiro vencedor foi o grupo Cata Luzes. A sua segunda edição revelou o cantor Mingo Santana, que ganhou o primeiro lugar com a música 'Sementeira'.
Outro festival importante foi o Novo Canto - Festival de Música Estudantil, que em 86, 87 e 88, lançou nomes como Chico Queiroga, Antônio Rogério, Sena e Sergival, Nininho Silveira, hoje Nino Karva, entre outros. Vale lembrar que o festival gravava um disco com as 10 melhores músicas.
Música popular sergipana
Intimista, a música popular sergipana surgiu nos anos 1980. Ufanista, a música produzida optou por temas sempre ligados à nossa cultura, aos aspectos físicos e naturais do Estado, ou simplesmente, à situações ou pessoas do lugar, como pode ser notado em trabalhos do já mencionado grupo Cata Luzes, além dos cantores Paulo Lobo, Lula Ribeiro e Irineu Fontes.
Quanto ao ritmo, variava de blues a rock, passando pelo forró, é claro. Também nessa década, surgiu, de forma acanhada, a bossa nova sergipana, tendo como propiciadores Joubert Moraes, Lina e Marco Preto.
Os encontros culturais em Sergipe tiveram uma participação importante na divulgação de nossa música e ritmos folclóricos. Destaca-se nesse período o Encontro Cultural de Graccho Cardoso, que, em sua edição de 98, aboliu qualquer tipo de música massiva como o axé ou o pagode.
Os demais encontros, sendo os principais o Encontro Cultural de Laranjeiras, o Festival de arte de São Cristóvão (FASC) e o Encontro Cultural de Propriá, que biscavam dar ênfase ao folclore, às manifestações populares e à arte.
Nas décadas de 70 e 80, o principal elemento de divulgação dos músicos sergipanos foram, sem dúvida, os bares. Cada dia da semana era destinado a um barzinho.
A Universidade Federal de Sergipe também foi um dos fomentadores da nossa produção musical, embora tenha sido de maneira esporádica, mas, indiretamente, lá se articulava o movimento da música popular do Estado. A UFS promoveu em 1989 o Festival de Música Ecológica, cujo vencedor foi Nininho Silveira, e em 92, o Femufs - Festival de Música Universitária.
Em 1997 surgiu uma nova tentativa de articular o Novo canto, mas que não obteve o mesmo referencial das edições anteriores. Projetos como o Prata da Casa e o Projeto Seis e Meia, promovidos pela Secretaria de Estado da Cultura, incentivaram o trabalho de muitos artistas.
O Canta Nordeste, na década de 1990, estimulou a produção musical de Sergipe, reunindo grandes intérpretes e compositores como Amorosa, Ismar Barreto e Patrícia Polayne.
Em nível local, o Sescanção, festival realizado pelo Sistema Fecomércio, pode ser considerado hoje o evento mais articulador da música em Sergipe.
A década de 1990 e a Pausterização da Música
O aparecimento da Axé-music começa a tomar lugar no gosto popular estimulado pela mídia. Depois com a prévia carnavalesca inspirada na axé-music baiana, o Pré-caju, e do Forró eletrônico, o processo de gravação da música popular sergipana foi totalmente interrompido.
A onda da forró-music conta com inúmeras bandas locais que são sucesso todo ano. Poderíamos citar Raio da Silibrina, Brucelose, Calcinha Preta, Bando de Mulheres e Chamego de Menina.
Dessa forma, muitos dos artistas de referência dessa música tiveram que buscar outras formas de divulgação de seus trabalhos participando de festivais em outras partes do Brasil, como o de Campos do Jordão ou Maringá, ou tentando divulgar seus trabalhos nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, como Lula Ribeiro, Doca Furtado e Chico Queiroga, mas não fugindo totalmente de suas origens.
Alguns artistas destacaram-se naqueles festivais como a dupla Sena e Sergival. Outros artistas como Amorosa, Rogério tiveram que se adaptar ao mercado dos mass media em um desses momentos, embora buscassem manter um sentido mais artístico e caracterizador da cultura local.
Dos artistas em destaque nos anos 1980, só em meados da década de 1990 é que alguns conseguiram realizar um trabalho completo como Chico Queiroga, que formou dupla com Antônio Rogério, Joésia Ramos, Mingo Santana, Antônio Rogério e Rubens Lisboa. O grupo Cata Luzes também consegue nesta década gravar seu segundo CD.
A década de 90
Outros gêneros musicais são fomentados na década de 1990. O gênero pop-rock, em Sergipe, desponta com o festival de Rock-SE. Alguns artistas se destacam, a exemplo de Minho San-Liver e Mosaico.
A banda Snooze, que apresentou álbuns com selos independentes, considerados pela crítica bons trabalhos, é um bom exemplo do rock sergipano. Tempos depois, surgem artistas como Alex Sant'anna e bandas como Cartel de Bali, Java, Plástico Lunar, Sibberia, e Alapada, que recentemente conseguiu lançar uma música em novela da rede Record.
O rock mais pesado tem seu representante com a banda Karne Krua, que faz shows até hoje, Triste fim de Rosilene, além de bandas mais novas, como a MAUA.
A diversidade musical em Sergipe cada vez mais se consolida também em outros estilos, a exemplo do reggae, que tem na banda Reação um grande nome.
Identidade e folclore na música sergipana
Parte do momento de valorização das manifestações culturais folclóricas duas modalidades que podem ser observadas na relação entre folclore e música em Sergipe: a inserção de temas e versos dos folguedos na canção popular sergipana, e a hibridização da música misturando ritmos do rock, jazz e blues a ritmos folclóricos. O ponto comum é a valorização da cultura de Sergipe e a inserção nas tendências mundiais da produção musical.
O folclore tem sido valorizado nas canções populares. Mingo Santana foi um dos primeiros a vislumbrar os ritmos folclóricos misturando aos seus blues ritmos do folguedo Cacumbi. Suas letras também refletem sua relação com a natureza e o folclore local.
A dupla Chico Queiroga e Antônio Rogério também trazem o folclore, embora cantando versos da dança de São Gonçalo, como contraponto à seqüência da música.
Na segunda modalidade, a música contemporânea sergipana carrega de sons diversos, misturando ritmos folclóricos sergipanos e nordestinos com rock, reggae e música eletrônica. A influência do movimento Manguebit de Pernambuco constitui uma das principais características de muitos grupos, como na banda Sulanca. A banda Sulanca de forma mais definida trabalha vários sons inspirados em várias danças e folguedos sergipanos bem como dos emboladores típicos das feiras nordestinas. No seu álbum 'Megafone' insere diversas faixas incidentais desses ritmos.
As bandas Naurêa e Maria Scombona têm ganhado destaque no cenário nacional, participando de feiras de música alternativas e independentes, sobretudo a de Brasília e de Fortaleza.
Suas músicas trazem uma proposta de interação de culturas, e ao mesmo tempo de preservação e resgate da cultura local.
O próprio nome da banda Maria Scombona já reflete um engajamento com a identidade sergipana, pois trata-se de uma expressão coloquial que significa cambalhota. A banda tem como característica básica a mistura de ritmos regionais com rock, jazz e blues, e letras despojadas com expressões do cotidiano e de uso coloquial.
A banda Naurêa trouxe no seu segundo CD, lançado em 2006, ritmos trazidos do Reisado e do Maracatu, inclusive com uma referência a dona Lalinha, mestre do grupo de reisado da cidade de Laranjeiras, que mantém a tradição mesmo a pós a sua morte.
A banda Lacertae também se insere nesse contexto, trazendo uma proposta híbrida: embora priorize o rock experimental, misturam a MPB e o folclore da música nordestina. A banda inova inserindo outras artes, como é típico da música contemporânea, como no CD 'A Volta que o Mundo Deu', com versos de 'Amiga Folhagem', do escritor sergipano Sílvio Romero.
Nova fase
A Nova Música de Sergipe tem rendido gratas surpresas, a exemplo de bandas como a Rótulo e Ode ao Canalha, e novos festivais tem acontecido para dar visibilidade aos artistas da música, a exemplo do Coverama (festival de música cover) e Sonorama (festival de música autoral).
Outros bons exemplos de espaços para a visibilidade da música local são os eventos 'Verão Sergipe', 'Rock Sertão', 'Projeto Verão', 'Forró Caju' e 'Arraiá do Povo'.
Com o tempo, a valorização da produção musical sergipana tem sido maior e vista como investimento, afinal, a cultura é um grande produto de exportação de Sergipe, e todos precisam conhecer o que existe de melhor no estado quando o assunto é música.
Perfil: Clemilda, a rainha do forró
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda ao lado do filho, Robertinho dos Oito Baixos, no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Fã da cantora Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
Nascida em Palmeira dos Índios, Zona da Mata
alagoana, a forrozeira Clemilda Ferreira da Silva foi para o Rio de
Janeiro ainda adolescente. Na cidade maravilhosa, Clemilda trabalhou
como garçonete, até que em 1965, cantou pela primeira vez na Rádio
Mayrink Veiga, no programa 'Crepúsculo Sertanejo'.
Na mesma ocasião, conheceu o também alagoano Gerson Filho, com quem casou-se. Gerson Filho era sanfoneiro e popularizou o fole de oito baixos. Clemilda fez participações nos LP’s do esposo e em 1967 ela gravou seu primeiro LP.
Gerson Filho sempre a acompanhou em suas apresentações, e foi após 1994, com a morte do companheiro, que a forrozeira afastou-se dos palcos.
Paixão por Aracaju
Com pouco mais de 40 anos de estrada, a artista vive há mais de 20 anos em Aracaju, cidade pela qual é apaixonada. Ao longo desses anos, Clemilda ganhou dois discos de ouro, o primeiro, em 1985, quando estourou nas paradas de sucesso com a música "Prenda o Tadeu", participando de vários programas de rádio e TV, entre eles, o "Clube do Bolinha", na rede Bandeirantes, e "Cassino do Chacrinha", na rede Globo.
O segundo, ganhou em 1987, com o disco "Forró Cheiroso", mais conhecido como "Talco no Salão". A composição de seus trabalhos caracteriza-se principalmente pela ambigüidade das letras, tidas como maliciosas.
Além disso, atualmente Clemilda vem se dedicando à apresentação do programa "Forró no Asfalto", que divulga artistas locais e cultiva a tradição nordestina, na TV Aperipê de Aracaju.
Porém, a vida de Clemilda nem sempre foi feita de glória. Além das dificuldades enfrentadas no Rio de janeiro, a artista passou por dois derrames cerebrais. Mas apesar de suas limitações pela idade, ela voltou a apresentar-se nos palcos e ainda continua com energia para fazer os shows, agora acompanhada do filho, Robertinho dos Oito Baixos, fruto de seu relacionamento com Gerson Filho.
Clemilda se apresenta somente duas vezes por ano, no Forró caju - festa junina que acontece na área dos mercados históricos de Aracaju, e no Arraiá do povo - festa junina que acontece na Orla de Aracaju, sempre cantando músicas de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, dentre outros, além, claro, de suas composições.
Nesse ano, a artista recebeu duas homenagens marcantes: um programa especial feito pela TV Aperipê chamado "Todos cantam Clemilda", que foi ao ar no dia 23 de junho e teve participação de artistas como Genival. Cada convidado cantou composições da artista.
Clemilda também foi homenageada pelo Governo de Sergipe com o seu nome intitulando o palco principal do Arraiá do Povo.
Na mesma ocasião, conheceu o também alagoano Gerson Filho, com quem casou-se. Gerson Filho era sanfoneiro e popularizou o fole de oito baixos. Clemilda fez participações nos LP’s do esposo e em 1967 ela gravou seu primeiro LP.
Gerson Filho sempre a acompanhou em suas apresentações, e foi após 1994, com a morte do companheiro, que a forrozeira afastou-se dos palcos.
Paixão por Aracaju
Com pouco mais de 40 anos de estrada, a artista vive há mais de 20 anos em Aracaju, cidade pela qual é apaixonada. Ao longo desses anos, Clemilda ganhou dois discos de ouro, o primeiro, em 1985, quando estourou nas paradas de sucesso com a música "Prenda o Tadeu", participando de vários programas de rádio e TV, entre eles, o "Clube do Bolinha", na rede Bandeirantes, e "Cassino do Chacrinha", na rede Globo.
O segundo, ganhou em 1987, com o disco "Forró Cheiroso", mais conhecido como "Talco no Salão". A composição de seus trabalhos caracteriza-se principalmente pela ambigüidade das letras, tidas como maliciosas.
Além disso, atualmente Clemilda vem se dedicando à apresentação do programa "Forró no Asfalto", que divulga artistas locais e cultiva a tradição nordestina, na TV Aperipê de Aracaju.
Porém, a vida de Clemilda nem sempre foi feita de glória. Além das dificuldades enfrentadas no Rio de janeiro, a artista passou por dois derrames cerebrais. Mas apesar de suas limitações pela idade, ela voltou a apresentar-se nos palcos e ainda continua com energia para fazer os shows, agora acompanhada do filho, Robertinho dos Oito Baixos, fruto de seu relacionamento com Gerson Filho.
Clemilda se apresenta somente duas vezes por ano, no Forró caju - festa junina que acontece na área dos mercados históricos de Aracaju, e no Arraiá do povo - festa junina que acontece na Orla de Aracaju, sempre cantando músicas de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, dentre outros, além, claro, de suas composições.
Nesse ano, a artista recebeu duas homenagens marcantes: um programa especial feito pela TV Aperipê chamado "Todos cantam Clemilda", que foi ao ar no dia 23 de junho e teve participação de artistas como Genival. Cada convidado cantou composições da artista.
Clemilda também foi homenageada pelo Governo de Sergipe com o seu nome intitulando o palco principal do Arraiá do Povo.
Perfil: Clemilda, a rainha do forró
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda ao lado do filho, Robertinho dos Oito Baixos, no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Fã da cantora Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
Nascida em Palmeira dos Índios, Zona da Mata
alagoana, a forrozeira Clemilda Ferreira da Silva foi para o Rio de
Janeiro ainda adolescente. Na cidade maravilhosa, Clemilda trabalhou
como garçonete, até que em 1965, cantou pela primeira vez na Rádio
Mayrink Veiga, no programa 'Crepúsculo Sertanejo'.
Na mesma ocasião, conheceu o também alagoano Gerson Filho, com quem casou-se. Gerson Filho era sanfoneiro e popularizou o fole de oito baixos. Clemilda fez participações nos LP’s do esposo e em 1967 ela gravou seu primeiro LP.
Gerson Filho sempre a acompanhou em suas apresentações, e foi após 1994, com a morte do companheiro, que a forrozeira afastou-se dos palcos.
Paixão por Aracaju
Com pouco mais de 40 anos de estrada, a artista vive há mais de 20 anos em Aracaju, cidade pela qual é apaixonada. Ao longo desses anos, Clemilda ganhou dois discos de ouro, o primeiro, em 1985, quando estourou nas paradas de sucesso com a música "Prenda o Tadeu", participando de vários programas de rádio e TV, entre eles, o "Clube do Bolinha", na rede Bandeirantes, e "Cassino do Chacrinha", na rede Globo.
O segundo, ganhou em 1987, com o disco "Forró Cheiroso", mais conhecido como "Talco no Salão". A composição de seus trabalhos caracteriza-se principalmente pela ambigüidade das letras, tidas como maliciosas.
Além disso, atualmente Clemilda vem se dedicando à apresentação do programa "Forró no Asfalto", que divulga artistas locais e cultiva a tradição nordestina, na TV Aperipê de Aracaju.
Porém, a vida de Clemilda nem sempre foi feita de glória. Além das dificuldades enfrentadas no Rio de janeiro, a artista passou por dois derrames cerebrais. Mas apesar de suas limitações pela idade, ela voltou a apresentar-se nos palcos e ainda continua com energia para fazer os shows, agora acompanhada do filho, Robertinho dos Oito Baixos, fruto de seu relacionamento com Gerson Filho.
Clemilda se apresenta somente duas vezes por ano, no Forró caju - festa junina que acontece na área dos mercados históricos de Aracaju, e no Arraiá do povo - festa junina que acontece na Orla de Aracaju, sempre cantando músicas de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, dentre outros, além, claro, de suas composições.
Nesse ano, a artista recebeu duas homenagens marcantes: um programa especial feito pela TV Aperipê chamado "Todos cantam Clemilda", que foi ao ar no dia 23 de junho e teve participação de artistas como Genival. Cada convidado cantou composições da artista.
Clemilda também foi homenageada pelo Governo de Sergipe com o seu nome intitulando o palco principal do Arraiá do Povo.
Na mesma ocasião, conheceu o também alagoano Gerson Filho, com quem casou-se. Gerson Filho era sanfoneiro e popularizou o fole de oito baixos. Clemilda fez participações nos LP’s do esposo e em 1967 ela gravou seu primeiro LP.
Gerson Filho sempre a acompanhou em suas apresentações, e foi após 1994, com a morte do companheiro, que a forrozeira afastou-se dos palcos.
Paixão por Aracaju
Com pouco mais de 40 anos de estrada, a artista vive há mais de 20 anos em Aracaju, cidade pela qual é apaixonada. Ao longo desses anos, Clemilda ganhou dois discos de ouro, o primeiro, em 1985, quando estourou nas paradas de sucesso com a música "Prenda o Tadeu", participando de vários programas de rádio e TV, entre eles, o "Clube do Bolinha", na rede Bandeirantes, e "Cassino do Chacrinha", na rede Globo.
O segundo, ganhou em 1987, com o disco "Forró Cheiroso", mais conhecido como "Talco no Salão". A composição de seus trabalhos caracteriza-se principalmente pela ambigüidade das letras, tidas como maliciosas.
Além disso, atualmente Clemilda vem se dedicando à apresentação do programa "Forró no Asfalto", que divulga artistas locais e cultiva a tradição nordestina, na TV Aperipê de Aracaju.
Porém, a vida de Clemilda nem sempre foi feita de glória. Além das dificuldades enfrentadas no Rio de janeiro, a artista passou por dois derrames cerebrais. Mas apesar de suas limitações pela idade, ela voltou a apresentar-se nos palcos e ainda continua com energia para fazer os shows, agora acompanhada do filho, Robertinho dos Oito Baixos, fruto de seu relacionamento com Gerson Filho.
Clemilda se apresenta somente duas vezes por ano, no Forró caju - festa junina que acontece na área dos mercados históricos de Aracaju, e no Arraiá do povo - festa junina que acontece na Orla de Aracaju, sempre cantando músicas de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, dentre outros, além, claro, de suas composições.
Nesse ano, a artista recebeu duas homenagens marcantes: um programa especial feito pela TV Aperipê chamado "Todos cantam Clemilda", que foi ao ar no dia 23 de junho e teve participação de artistas como Genival. Cada convidado cantou composições da artista.
Clemilda também foi homenageada pelo Governo de Sergipe com o seu nome intitulando o palco principal do Arraiá do Povo.
Perfil: Clemilda, a rainha do forró
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda ao lado do filho, Robertinho dos Oito Baixos, no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
- Fã da cantora Clemilda no Forró Caju 2008 / Foto: Marcelinho Hora
Nascida em Palmeira dos Índios, Zona da Mata
alagoana, a forrozeira Clemilda Ferreira da Silva foi para o Rio de
Janeiro ainda adolescente. Na cidade maravilhosa, Clemilda trabalhou
como garçonete, até que em 1965, cantou pela primeira vez na Rádio
Mayrink Veiga, no programa 'Crepúsculo Sertanejo'.
Na mesma ocasião, conheceu o também alagoano Gerson Filho, com quem casou-se. Gerson Filho era sanfoneiro e popularizou o fole de oito baixos. Clemilda fez participações nos LP’s do esposo e em 1967 ela gravou seu primeiro LP.
Gerson Filho sempre a acompanhou em suas apresentações, e foi após 1994, com a morte do companheiro, que a forrozeira afastou-se dos palcos.
Paixão por Aracaju
Com pouco mais de 40 anos de estrada, a artista vive há mais de 20 anos em Aracaju, cidade pela qual é apaixonada. Ao longo desses anos, Clemilda ganhou dois discos de ouro, o primeiro, em 1985, quando estourou nas paradas de sucesso com a música "Prenda o Tadeu", participando de vários programas de rádio e TV, entre eles, o "Clube do Bolinha", na rede Bandeirantes, e "Cassino do Chacrinha", na rede Globo.
O segundo, ganhou em 1987, com o disco "Forró Cheiroso", mais conhecido como "Talco no Salão". A composição de seus trabalhos caracteriza-se principalmente pela ambigüidade das letras, tidas como maliciosas.
Além disso, atualmente Clemilda vem se dedicando à apresentação do programa "Forró no Asfalto", que divulga artistas locais e cultiva a tradição nordestina, na TV Aperipê de Aracaju.
Porém, a vida de Clemilda nem sempre foi feita de glória. Além das dificuldades enfrentadas no Rio de janeiro, a artista passou por dois derrames cerebrais. Mas apesar de suas limitações pela idade, ela voltou a apresentar-se nos palcos e ainda continua com energia para fazer os shows, agora acompanhada do filho, Robertinho dos Oito Baixos, fruto de seu relacionamento com Gerson Filho.
Clemilda se apresenta somente duas vezes por ano, no Forró caju - festa junina que acontece na área dos mercados históricos de Aracaju, e no Arraiá do povo - festa junina que acontece na Orla de Aracaju, sempre cantando músicas de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, dentre outros, além, claro, de suas composições.
Nesse ano, a artista recebeu duas homenagens marcantes: um programa especial feito pela TV Aperipê chamado "Todos cantam Clemilda", que foi ao ar no dia 23 de junho e teve participação de artistas como Genival. Cada convidado cantou composições da artista.
Clemilda também foi homenageada pelo Governo de Sergipe com o seu nome intitulando o palco principal do Arraiá do Povo.
Na mesma ocasião, conheceu o também alagoano Gerson Filho, com quem casou-se. Gerson Filho era sanfoneiro e popularizou o fole de oito baixos. Clemilda fez participações nos LP’s do esposo e em 1967 ela gravou seu primeiro LP.
Gerson Filho sempre a acompanhou em suas apresentações, e foi após 1994, com a morte do companheiro, que a forrozeira afastou-se dos palcos.
Paixão por Aracaju
Com pouco mais de 40 anos de estrada, a artista vive há mais de 20 anos em Aracaju, cidade pela qual é apaixonada. Ao longo desses anos, Clemilda ganhou dois discos de ouro, o primeiro, em 1985, quando estourou nas paradas de sucesso com a música "Prenda o Tadeu", participando de vários programas de rádio e TV, entre eles, o "Clube do Bolinha", na rede Bandeirantes, e "Cassino do Chacrinha", na rede Globo.
O segundo, ganhou em 1987, com o disco "Forró Cheiroso", mais conhecido como "Talco no Salão". A composição de seus trabalhos caracteriza-se principalmente pela ambigüidade das letras, tidas como maliciosas.
Além disso, atualmente Clemilda vem se dedicando à apresentação do programa "Forró no Asfalto", que divulga artistas locais e cultiva a tradição nordestina, na TV Aperipê de Aracaju.
Porém, a vida de Clemilda nem sempre foi feita de glória. Além das dificuldades enfrentadas no Rio de janeiro, a artista passou por dois derrames cerebrais. Mas apesar de suas limitações pela idade, ela voltou a apresentar-se nos palcos e ainda continua com energia para fazer os shows, agora acompanhada do filho, Robertinho dos Oito Baixos, fruto de seu relacionamento com Gerson Filho.
Clemilda se apresenta somente duas vezes por ano, no Forró caju - festa junina que acontece na área dos mercados históricos de Aracaju, e no Arraiá do povo - festa junina que acontece na Orla de Aracaju, sempre cantando músicas de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, dentre outros, além, claro, de suas composições.
Nesse ano, a artista recebeu duas homenagens marcantes: um programa especial feito pela TV Aperipê chamado "Todos cantam Clemilda", que foi ao ar no dia 23 de junho e teve participação de artistas como Genival. Cada convidado cantou composições da artista.
Clemilda também foi homenageada pelo Governo de Sergipe com o seu nome intitulando o palco principal do Arraiá do Povo.
PROJETOS CULTURAIS PARA O ESTADO DE SERGIPE
Elaborador: Kássio Barros de Melo
Data: 08/11/2008
INTRODUÇÃO
Sergipe é estado da cultura nordestina. Os costumes atravessam gerações e as tradições permeiam na vida dos sergipanos.
As danças, a culinária, os costume e o estilo de viver dos sergipanos
são únicos, sendo sua capital considerada a melhor em qualidade de vida
do país. Conhecidos por serem hospedeiros, os sergipanos oferecem todo o
conforto, calma, tranqüilidade. Uma cidade quase perfeita. Sem dúvida,
por todos os cantos do estado às atrações culturais são diversas e
lindas. Tudo isso enriquecem tanto a cultura e os costumes como o
turismo, garantindo o crescimento turístico e a preservação da cultura.
Embora, a capital de Sergipe mereça o titulo de “qualidade de vida” do
país.
Nesses
quatro anos, o turismo e a cultura vêm crescendo bastante graças aos
investimentos no setor, ganhado destaque entre o Brasil e mundo a fora
que admiram as belezas naturais como as praias e também as grandes obras
como a mais bela orla do país, a Orla da Atalaia. As festas como o
Pré-caju, Forró-caju, as festas juninas com o ritmo das quadrilhas são
eventos que atraem turista de norte a sul do país, sendo esses o símbolo
da cultura sergipana. As feiras livres nos finais de semana são
costumes antigos, como a feira do São Conrado do Orlando Dantas,
lembrando que em alguns países essas feiras livres só acontecem uma vez
por ano. As comemorações religiosas e festas santas fazem parte da
cultura sergipana e que já constituem no calendário de cada município. O
esporte e lazer no estado vêm tidos um crescimento positivo nos últimos
dois anos, com trabalhos de inclusão para novos atletas como no seu
desenvolvimento. A construção de praças e de espaços para exposição de
obras dos autores sergipanos e o incentivo na divulgação dos cantores
regionais, incentivando a busca por novos talentos, independente dos
estilos musicais. Entretanto, falar da cultura sergipana é destacar os
patrimônios históricos existentes como o palácio do governo, as cidades
históricas como Laranjeiras e São Cristovão, destacando-se a Praça São
Francisco, “patrimônio da humanidade”.
Os
Projetos Kássio entendem que é necessário investir na cultura local e
acolher novas culturas. A questão seria o fato da preservação dos
patrimônios públicos e históricos, fundamentais e indispensáveis para a
história do estado. Outro foco é a valorização e expansão do marketing
cultural, valorizando os artista e pessoas que trabalham usando-a. Com
isso, os projetos têm como foco conceber a inclusão dos cidadãos às
tradições do estado, desenvolver novas obras turísticas e manter a
cultura do estado viva para as próximas gerações e melhorá-los com os
ideais dos Projetos Kássio.
Grupo Imbuaça,orgulho da cultura Sergipana.
Passarela do Caranguejo
Bar Cariri |
A praia de Atalaia é a mais famosa e mais próxima do centro. Na
capital do Sergipe, o lugar mais procurado é a Praia de Atalaia onde
rolam os melhores hotéis , vários restaurantes e quiosques bacanas. O
lugar possui bastante infra-estrutura para todos os forasteiros. Com uma
seqüência de bares na orla de Atalaia cuja especialidade é o
caranguejo, além dos outros frutos do mar. Ponto turístico obrigatório
em Aracaju. A melhor referência é o bar Amanda. Para quem preferir ouvir
um forrozinho pé-de-serra ao vivo enquanto espatifa uma pata de uçá, a
dica é o Cariri. Revitalizada, ganhou funcionalidade com a implantação
de equipamentos de lazer e de convivência social: caramanchão, quadras
de tênis, parque infantil, fonte luminosa com o balé das águas, lagos,
espaço para a prática de esportes radicais.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Oceonário de Aracaju
Instalado
na Orla de Atalaia, em forma de tartaruga, abriga a diversidade da
flora e fauna marítima e fluvial de Sergipe. Várias espécies de peixes,
tartarugas e outros animais marinhos atraem crianças e adultos. Com 5
aquários de água doce e 11 de água salgada - habitados, respectivamente,
por peixes do Rio São Francisco e da costa do estado. Um recinto com
tubarões vira ponto de alvoroço às 16h30, quando os animais são
alimentados e os turistas podem tocá-los. Um dos destaques desse
atrativo turistico é um tanque ocêanico com 150 mil litros de água, que
reproduz o ambiente do fundo do mar no litoral sergipano. O lugar também
funciona como centro de reabilitação de espécies.O Oceanário de
Aracaju é o primeiro do nordeste e o quinto do país, ocupando uma área
de 1.100m2 de área construida. Além disso, o Oceanário conta com o
Casco Acústico, um espaço para apresentações musicais.
Fone: (79)3243-3214. Visitas: de Terça à Domingo das 9h às 21h.
Teatro Atheneu
No
dia 28 de março de 1954, o governador Arnaldo Rollemberg Garcez
inaugurou o auditório do Colégio Estadual Atheneu Sergipense,
apresentando o Corpo de Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
com o espetáculo "Ballet Society". Este mesmo espaço foi palco de peças
teatrais como: "O Avarento" de Moliére, encenada por Procópio Ferreira e
"Piaf", com Bibi Ferreira.
O Teatro Atheneu tem capacidade para 930 lugares. Localizado no Bairro São José, Rua Vila Cristina.
O Teatro Atheneu tem capacidade para 930 lugares. Localizado no Bairro São José, Rua Vila Cristina.
Fone: (79) 3179-1910
Teatro Tobias Barreto
Moderno e bem estruturado, o
Teatro Tobias Barreto foi inaugurado em março de 2002. Com capacidade
para 1.3000 lugares, o espaço tem sido palco de grandes eventos
culturais, políticos e sociais do estado, além de dar suporte ao Centro
de Conveções de Sergipe. Concebido originalmente para ser âncora do CIC,
que já existia, o Teatro é conectado a este por uma passarela, que liga
diretamente aos auditórios superiores. Com uma ótima estrutura
e estacionamentos ao redor integrarem o complexo CIC/TTB.
Localizado na Av. Tancredo Neves, 2209 - Distrito Industrial de Aracaju. Fone: (79)3179-1490
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Catedral Metropolitana
Datada
de 1862, abriga a paróquia de nossa Senhora da Conceição. No dia 08 de
dezembro acontecem manifestações católicas e de sincretismo religioso.
Pela manhã a lavagem das escadarias e à tarde a procissão em homenagem à
Santa, padroeira de Aracaju. Tombado pelo Patrimônio Histótico Estadual
desde 1985, o templo religioso tem na sua arquitetura elementos dos
estilos neoclássico e gótico. Em sua saristia é possível admirar a obra
de Horácio Hora intitulada "A Virgem".Localizada na Praça Olímpio
Campos, s/n, Centro.
Dia de Nossa Senhora da Conceição |
Governador Marcelo Déda, na lavagem das escadarias |
Mercados
Mercado Albano Franco |
Os antigos mercados Thales Ferraz (1949) e Antônio Franco (1926)
foram restaurados e transformados num complexo que reúne história,
cultura, artesanato e culínária típica, oferecendos mostras do que há de
melhor na identidade do povo sergipano. Soma-se aos antigos mercados, o
Mercado municipal governador Albano Franco, um centro de abastecimento
comercial que atrai visitantes pelo cheiro das frutas tropicais, a
oferta dos frutos do mar e pela vitalidade dos feirantes. Saindo do mercado no sentido norte, passa-se pela Passarela das Flores
inaugurada em 2000, quando o complexo de mercados foi revitalizado. A
passarela abriga floristas que vendem desde buquês até botões de flores
naturais. Ao passar pela passarela e chegar ao Mercado Thales Ferraz um
outro cheiro aguça o paladar: a tapioca e as iguarias produzidas com
côco. Beiju molhado, sarolho, biscoito de goma, mal casado, pé de
moleque, além de melado, castanha, amendoim e diversos doces em calda
fazem a festa dos turistas. A grande área livre situada na
região dos mercados denominada de Prça Hilon Lopes, é palco para os
grandes eventos que acontecem em Aracaju, a exemplo Forró Caju.
Artesanato |
Rendas |
Forró Caju 2010 |
Palácio Museu Olímpio Campos
Concuído
em 1863, tem marcantes caractéristicas do neoclássico. No início do
século XX, o prédio passou por grandes reforma executada por uma equipe
de arquitetos e artistas italianos - entre ele Valando Belandi, Bruno
Cercelli e Orestes Gatti-, que alteraram significamente a fachada e o
interior, passando a apresentar ecletismo de influência européia em moda
na época. O prédio, tombado pelo Governo Estadual desde 1985, funcionou
como sede do Governo Estadual e residência de governantes.
Completamente restaurado em 2010 foi transformado em Palácio Museu e
oferece visita guiada, além do espaço para solenidades, a sala de
Aracaju que abriga a maquete da cidade reproduzida a partir das décadas
de 1920 a 1940, além de fotografia de evolução urbana, medalhas e
símbolos da capital. Um ótimo lugar pra quem gosta de cultura, música,
lançamento de livros, lanchotes e um ótimo café.
Praça Fauto Cardoso - Centro.
Visitas: Segunda a Sexta das 10h às 17hs.
Sábado Domingos e feriados das 9h às 13hs.
Mais Informações: Site do Museu Olímpio Campos
Ponte do Imperador
Ponte do Imperador |
Datada de 1860 foi constrída às margens do Rio Sergipe para servir de atracadouro para o vapor Apa, que trazia o Imperador Dom Pedro II e sua comitiva em visita a então Sergipe Del Rey e serviu
por longos anos para embarques e desembarques de mercadorias.
Restaurado, o monumento hístorico preserva a sua originalidade
arquitetônica e hoje faz parte do conjunto arquitetônico do Centro
Hístorico. Lozalizado na Praça Fauto Cardoso, s/n, Centro.
Dom Pedro II |
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Parque Governador José Rollemberg Leite (Parque da Cidade)
Teleferico |
Parque Governador José Rollemberg Leite, mais conhecido como Parque da Cidade, localizado no bairro Industrial, zona norte da capital, abriga ainda resquícios de Mata Atlântica, possui
uma área de 1 milhão e 500 mil metros quadrados. Em 2006 o
parque sofreu uma reforma e revitalização, sendo um dos lugares mais
agradáveis da Cidade, onde as pessoas entram em contato com a natureza e
se divertem com o mini zoológico existente no local, podendo praticar
caminhadas, andar de bicicleta e desfrutar o ar puro. Além de abrigar a
hípica da cidade. Um moderno teléferico permite vislumbrar a bela
paisagem.
Mini Zoológico |
Governador João Alves Filho e o ex-Governador José Rollemberg Leite. Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.967 - 27/05/1985. |
Parque Gov. Augusto Franco (Sementeira)
O Parque Gov. Augusto Franco, mais conhecido como Parque da Sementeira,
possui uma grande área verde. Lá é possível se divertir, jogar futebol,
fazer caminhadas, piquiniques, andar de blicicleta ...etc. O acesso é
gratuito. O parque fica situado na Av. Dep. Silvio Teixeira, s/n -
Jardins. Funciona diariamente das 6h às 18h.
Croa do Goré
Croa do Goré |
O povoado de pescadores localizado no
extermo sul da capital é previlegiado pela natureza. Ao leste o Oceano
Atlântico, a oeste o Rio Vaza Barris com águas limpas e manguezais
preservados, além de ilhas que surgem com a maré seca. A Croa do Goré, a
mais famosa e procurada, ancora um restaurante flutuante que garante ao
visitante saborear delícias gastronomicas da região à base de frutos do
mar. É possível passear por este cenário paradisíaco a bordo do
catamarã e de outras embarcações.O encontro do Rio Vaza Barris com o mar
e o por do sol faz deste passeio um espetáculo inesquecível, que pode
ser turpistico da cidade.
Orla Do Bairro Industrial
Às margens do rio Sergipe, no norte da capital, a Orla do Bairro Industrial
é um dos novos atrativos turísticos de Aracaju. Está equipada com
ciclovia, calçadão, parque infantil, centro de artesanato, bares e
restaurantes, que oferecem excelentes pratos da culinária sergipana,
como a moqueca de peixe e de camarão. A ilha de Santa Luzia com seu belo
coqueiral, as canoas de pescadores com suas velas coloridas ao vento,
as águas do rio Sergipe e a brisa que sopra refrescando os dias de verão
convidam a um passeio por essa bela paisagem.
Praia de Atalaia
Considerada
o mais belo cartão postal de Aracaju, a praia de Atalaia é a mais
famosa e mais próxima do centro. É na orla de Atalaia onde estão
instalados os melhores bares, restaurantes, casas noturnas e hotéis da
cidade. Revitalizada recentemente, ganhou funcionalidade com a
implantação de equipamentos de lazer e de convivência social:
caramanchão, quadras de tênis, parque infantil, fonte luminosa com o
balé das águas, lagos, espaço para a prática de esportes radicais,
Delegacia de Turismo, Oceanário e o Centro de Arte e Cultura J. Inácio.
Caranguejo |
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Mirante da Praia 13 de Julho
O Mirante da Praia 13 de Julho, inaugurado em setembro de 1998,
tornou-se um ponto de referência turística da cidade por dispor de um
excelente cenário para a apreciação da paisagem e por ser um dos pontos
mais altos da capital. Rio Sergipe, o calçadão da 13 de Julho, o manguezal, a Praia dos Artistas e o Centro Histórico são os pontos que visitantes e turistas desfrutam sentindo a brisa que envolve Aracaju.
No Mirante da Praia Formosa
são realizadas exposições com a venda de obras, produtos artísticos e
artesanais, além da promoção de vários eventos. Um espaço aberto para
que o artista de Aracaju possa mostrar seu talento e a população conheça
um pouco mais da nossa arte e cultura.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
- Segunda à Sexta: das 9h às 19h
- Sábado/Domingos e Feriados: das 9h às 15h
ENDEREÇO: Avenida Beira Mar (Calçadão da 13 de Julho)
Vista do Mirate |
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7ª edição da Feira de Sergipe começa hoje
Um
evento que busca divulgar e valorizar a cultura sergipana,
principalmente o folclore e o artesanato. Esta é a Feira de Sergipe.
Realizada desde 2000, a iniciativa, capitaneada pelo Sebrae, tem como
objetivo...
Um
evento que busca divulgar e valorizar a cultura sergipana,
principalmente o folclore e o artesanato. Esta é a Feira de Sergipe.
Realizada desde 2000, a iniciativa, capitaneada pelo Sebrae e tem como
objetivo “incrementar o desenvolvimento artesanal, cultural e turístico
do Estado, além de criar oportunidades de divulgação e geração de
negócios para os participantes da feira”.
Segundo Luiz Fialho, gerente de Comunicação do Sebrae, anualmente a Feira de Sergipe vem crescendo. “A feira tem aumentado a cada ano. Com isso o número de expositores vem crescendo e eles têm se profissionalizado, investindo mais na apresentação dos estandes e na divulgação dos mesmos”, disse Fialho. A expectativa do Sebrae é de que, este ano, mais de 70 mil pessoas passem pelo evento.
Além disso, o Sebrae acredita que o evento tem um importante papel para Sergipe. “O turismo no Estado tem crescido. O fluxo de turistas é maior a cada ano e a feira se tornou uma espécie de ferramenta importante para estimular o turismo. Nós enchemos os hotéis de folders, de informações e os turistas vão visitar a feira. Com relação a eventos, fora o Pré-Caju, a Feira de Sergipe é o maior atrativo turístico do Estado nesta época”, declarou o gerente de Comunicação.
De acordo com as informações passadas por Fialho, a programação da feira, que se inicia hoje, dia 12, e segue até o dia 22 deste mês, começa às 18 horas e tem previsão para ser encerrada às 23 horas. “Todos os dias teremos apresentação de grupos folclóricos ou de quadrilhas, além da apresentação de dois artistas da terra. E este é um dos pontos fortes para atrair os turistas”, destacou Luiz Fialho. O evento estará sendo realizado na Praça de eventos da Orla de Atalaia.
Estrutura – A estrutura montada para esta edição da Feira de Sergipe cresceu. São seis boxes destinados à Praça de Alimentação e oito às instituições parceiras. Cento e cinqüenta e dois estandes estão reservados para a exposição dos trabalhos artesanais, 36 ao Projeto Promos/BID/Sebrae, mais 36 às Prefeituras Municipais e 14 destinados às empresas do ramo da indústria, comércio e serviços.
Além disso, foi preparada uma Praça Temática com 30x28 metros, destinada aos dez Projetos do Sebrae em Sergipe que utilizam metodologia de Gestão Estratégica Orientada para Resultados. Foram montados, também, um palco para shows, banheiros, espaço para circulação e espaço institucional Sebrae, onde funcionará a Unidade de Atendimento Individual, Unidade de Acesso a Mercado, CDI/Biblioteca, assessoria de imprensa e sala vip.
Confira a programação da Feira de Sergipe:
12 janeiro - Quinta-feira
18h - Folclore
Batucada Buscapé e Barco de Fogo (Estância)
19h - Folclore
Quadrilha Abusados da Roça (Aracaju)
20h - Forró
Marcos Guedes e o Forró Pé de Serra (Aracaju)
21h - Regional
Antônio Carlos Du Aracaju
13 de janeiro - Sexta-feira
18h - Folclore
Maculelê (Itabaiana)
19h - Folclore
Grupo São Gonçalo do Amarante (Laranjeiras)
20h - Folclore
Quadrilha Século XX (Aracaju)
21h - Regional
Kleber Melo (Aracaju)
22h - Forró
Passarada do Ritmo (Aracaju)
14 de janeiro - Sábado
18h - Folclore
Caceteiras do Rindú (São Cristóvão)
19h - Folclore
Batalhão de Bacamarteiros (Carmópolis)
20h - Folclore
Quadrilha Assum Preto (Aracaju)
21h - Forró
Nino Karva (Aracaju)
22h - Regional
Sergival "Noticias do Nordeste"
15 de janeiro - Domingo
17h - Infantil
Grupo Oxente - animação
18h - Folclore
Taieira (Rosário do Catete)
19h - Folclore
Quadrilha Maracangaia (Aracaju)
20h - Regional
Xote de Viola (Aracaju)
21h - Forró
Cia do Forró (Aracaju)
16 de janeiro - Segunda-feira
18h - Folclore
Samba de Coco (Barra dos Coqueiros)
19h - Folclore
Quadrilha Laranjeirense (Laranjeiras)
20h - MPB
Luciana Pontual e Brenda
21h - Regional/Forró
Anabel e Beto (Aracaju)
17de janeiro - Terça-Feira
18h - Folclore
Batalhão São Pedro (Santo Amaro)
19h - Folclore
Quadrilha Meu Sertão (Riachuelo)
20h - MPB
Raquel Leite (Aracaju)
21h - Forró
Os Brasas Nordestinos (Aracaju)
18 de janeiro - Quarta-feira
18h - Folclore
Reisado da Terceira Idade (N.Srª Socorro)
19h - Folclore
Samba de Coco (Nossa Srª Socorro)
20h - MPB
Lucas Aribé (Aracaju)
21h - Forró
Zé Américo de Campo do Brito
22h - Forró
Carlos Moreno e Banda
19 de janeiro - Quinta-feira
18h - Folclore
Grupo Pífano de Pife (Aracaju)
19h - Folclore
Grupo de Bacamarteiros (General Maynard)
20h - Folclore
Quadrilha Unidos em Asa Branca (Aracaju)
21h - MPB
Banda Água Viva (Aracaju)
22h - Forró
Forrozão Cariri (Aracaju)
20 de janeiro - Sexta-feira
18h - Folclore
Samba de Roda (Lagarto)
19h - Folclore
Parafusos (Lagarto)
20h - Folclore
Quadrilha Massacara (Carmópolis)
21h - Regional
Casaca de Couro (Aracaju)
22h - Forró
Sena forró In Cantoria (Aracaju)
21 de janeiro - Sábado
18h - Folclore
Reisado Zé Preá/Barco de Fogo (Estância)
19h - Folclore
César Leite e Grupo Pilão de Pífano (Aracaju)
20h - Folclore
Quadrilha Chapéu de Couro (Aracaju)
21h - Regional
Antônio Rogério e Chiko Queiroga (Aracaju)
22h - Forró
Xote Baião (Aracaju)
22 de janeiro - Domingo
17h - Infantil
Os três Patetas
18h - Folclore
Dança Reisado 12 Estrelinhas (Rosário do Catete)
Dança do Ventre (Aracaju)
19h - Folclore
Quadrilha Ciganinha (Tobias Barreto)
20h - Regional
Irmão e Tonho Baixinho (Aracaju)
21h - Forró
Rogério e Banda de Forró
Por Alice Thomaz
Da Redação do Portal InfoNet
Por Geilson Santos e Jade Libório
Segundo Luiz Fialho, gerente de Comunicação do Sebrae, anualmente a Feira de Sergipe vem crescendo. “A feira tem aumentado a cada ano. Com isso o número de expositores vem crescendo e eles têm se profissionalizado, investindo mais na apresentação dos estandes e na divulgação dos mesmos”, disse Fialho. A expectativa do Sebrae é de que, este ano, mais de 70 mil pessoas passem pelo evento.
Além disso, o Sebrae acredita que o evento tem um importante papel para Sergipe. “O turismo no Estado tem crescido. O fluxo de turistas é maior a cada ano e a feira se tornou uma espécie de ferramenta importante para estimular o turismo. Nós enchemos os hotéis de folders, de informações e os turistas vão visitar a feira. Com relação a eventos, fora o Pré-Caju, a Feira de Sergipe é o maior atrativo turístico do Estado nesta época”, declarou o gerente de Comunicação.
De acordo com as informações passadas por Fialho, a programação da feira, que se inicia hoje, dia 12, e segue até o dia 22 deste mês, começa às 18 horas e tem previsão para ser encerrada às 23 horas. “Todos os dias teremos apresentação de grupos folclóricos ou de quadrilhas, além da apresentação de dois artistas da terra. E este é um dos pontos fortes para atrair os turistas”, destacou Luiz Fialho. O evento estará sendo realizado na Praça de eventos da Orla de Atalaia.
Estrutura – A estrutura montada para esta edição da Feira de Sergipe cresceu. São seis boxes destinados à Praça de Alimentação e oito às instituições parceiras. Cento e cinqüenta e dois estandes estão reservados para a exposição dos trabalhos artesanais, 36 ao Projeto Promos/BID/Sebrae, mais 36 às Prefeituras Municipais e 14 destinados às empresas do ramo da indústria, comércio e serviços.
Além disso, foi preparada uma Praça Temática com 30x28 metros, destinada aos dez Projetos do Sebrae em Sergipe que utilizam metodologia de Gestão Estratégica Orientada para Resultados. Foram montados, também, um palco para shows, banheiros, espaço para circulação e espaço institucional Sebrae, onde funcionará a Unidade de Atendimento Individual, Unidade de Acesso a Mercado, CDI/Biblioteca, assessoria de imprensa e sala vip.
Confira a programação da Feira de Sergipe:
12 janeiro - Quinta-feira
18h - Folclore
Batucada Buscapé e Barco de Fogo (Estância)
19h - Folclore
Quadrilha Abusados da Roça (Aracaju)
20h - Forró
Marcos Guedes e o Forró Pé de Serra (Aracaju)
21h - Regional
Antônio Carlos Du Aracaju
13 de janeiro - Sexta-feira
18h - Folclore
Maculelê (Itabaiana)
19h - Folclore
Grupo São Gonçalo do Amarante (Laranjeiras)
20h - Folclore
Quadrilha Século XX (Aracaju)
21h - Regional
Kleber Melo (Aracaju)
22h - Forró
Passarada do Ritmo (Aracaju)
14 de janeiro - Sábado
18h - Folclore
Caceteiras do Rindú (São Cristóvão)
19h - Folclore
Batalhão de Bacamarteiros (Carmópolis)
20h - Folclore
Quadrilha Assum Preto (Aracaju)
21h - Forró
Nino Karva (Aracaju)
22h - Regional
Sergival "Noticias do Nordeste"
15 de janeiro - Domingo
17h - Infantil
Grupo Oxente - animação
18h - Folclore
Taieira (Rosário do Catete)
19h - Folclore
Quadrilha Maracangaia (Aracaju)
20h - Regional
Xote de Viola (Aracaju)
21h - Forró
Cia do Forró (Aracaju)
16 de janeiro - Segunda-feira
18h - Folclore
Samba de Coco (Barra dos Coqueiros)
19h - Folclore
Quadrilha Laranjeirense (Laranjeiras)
20h - MPB
Luciana Pontual e Brenda
21h - Regional/Forró
Anabel e Beto (Aracaju)
17de janeiro - Terça-Feira
18h - Folclore
Batalhão São Pedro (Santo Amaro)
19h - Folclore
Quadrilha Meu Sertão (Riachuelo)
20h - MPB
Raquel Leite (Aracaju)
21h - Forró
Os Brasas Nordestinos (Aracaju)
18 de janeiro - Quarta-feira
18h - Folclore
Reisado da Terceira Idade (N.Srª Socorro)
19h - Folclore
Samba de Coco (Nossa Srª Socorro)
20h - MPB
Lucas Aribé (Aracaju)
21h - Forró
Zé Américo de Campo do Brito
22h - Forró
Carlos Moreno e Banda
19 de janeiro - Quinta-feira
18h - Folclore
Grupo Pífano de Pife (Aracaju)
19h - Folclore
Grupo de Bacamarteiros (General Maynard)
20h - Folclore
Quadrilha Unidos em Asa Branca (Aracaju)
21h - MPB
Banda Água Viva (Aracaju)
22h - Forró
Forrozão Cariri (Aracaju)
20 de janeiro - Sexta-feira
18h - Folclore
Samba de Roda (Lagarto)
19h - Folclore
Parafusos (Lagarto)
20h - Folclore
Quadrilha Massacara (Carmópolis)
21h - Regional
Casaca de Couro (Aracaju)
22h - Forró
Sena forró In Cantoria (Aracaju)
21 de janeiro - Sábado
18h - Folclore
Reisado Zé Preá/Barco de Fogo (Estância)
19h - Folclore
César Leite e Grupo Pilão de Pífano (Aracaju)
20h - Folclore
Quadrilha Chapéu de Couro (Aracaju)
21h - Regional
Antônio Rogério e Chiko Queiroga (Aracaju)
22h - Forró
Xote Baião (Aracaju)
22 de janeiro - Domingo
17h - Infantil
Os três Patetas
18h - Folclore
Dança Reisado 12 Estrelinhas (Rosário do Catete)
Dança do Ventre (Aracaju)
19h - Folclore
Quadrilha Ciganinha (Tobias Barreto)
20h - Regional
Irmão e Tonho Baixinho (Aracaju)
21h - Forró
Rogério e Banda de Forró
Por Alice Thomaz
Da Redação do Portal InfoNet
Em
Poço Redondo (SE), realiza-se, anualmente, no dia 22 de novembro,
o Auto da Cavalhada, que celebra a emancipação política do município.
Uma das manifestações da cultura sergipana, o Samba de Coco (foto), acontece
na comunidade quilombola de Mocambo (Porto da Folha), à margem do Rio São
Francisco
Técnica de Produção, Reportagem e Redação Jornalística
A arte do Cordel
Posted in Cultura by micheletavares on 01/06/2009
A literatura de cordel é uma
poesia popular escrita em folhetos, acompanhados de xilogravuras e
expostos em cordas para venda. Esta prática é oriunda da Europa e foi
trazida para o Brasil pelos portugueses no tempo da colonização. No
Nordeste, o cordel encontrou características favoráveis para sua
perpetuação, por conta de sua linguagem simples e por tratar de temas
regionais.
Com a simplicidade de um sertanejo e a inteligência de um grande poeta, o cordelista Sergipano Zé Antônio nos concedeu esta entrevista e nos revelou sua vida como poeta popular.
Com a simplicidade de um sertanejo e a inteligência de um grande poeta, o cordelista Sergipano Zé Antônio nos concedeu esta entrevista e nos revelou sua vida como poeta popular.
EmPauta UFS: Bem, a primeira pergunta é como surgiu o interesse do senhor pelo cordel…
Zé Antonio: Quando eu era menino (sou natural lá de Moita Bonita, nasci na roça) meu pai vendia numa banca de cereais no mercado Antonio Franco, que hoje é o mercado de artesanato, vendia feijão, farinha, arroz. Aos finais de semana, eu vinha ajudar ele a vender, e toda semana eu comprava dois, três livrinhos de cordel à Manoel de Almeida Filho. De tanto eu ler literatura de cordel, certo dia me despertou também, o que os grandes mestres da literatura de cordel chamam de dom. Você tem dom pra um determinado tipo de arte, as vezes passa a vida e por causa de outras ocupações não desperta, as vezes desperta aquele dom artístico mas depois de uma determinada idade.Em 1983 ,eu fiz meu primeiro cordel, no ano que eu entrei na universidade de historia. Eu fiz o sofrimento do nordestino ou o flagelo da seca, porque em 1980 ocorreu uma grande seca no nordeste, 4 anos de seca terrível e a gente via o povo sofrendo o gado morrendo, o povo reclamando que não chovia por causa dos pecados do povo, as moças andavam semi-nuas, toda pintada, e era castigo de Deus. Enquanto isso o gado também tava morrendo e quanto mais o gado ia morrendo mais os fazendeiros iam enricando, veja o contraste, porque tomava o dinheiro emprestado do Banco do Nordeste, do Banco do Brasil pra salvar o gado (comprar ração, água e tal) e depois a dívida era anistiada porque o gado tinha morrido. Então eles pegavam o dinheiro e aplicavam em outros negócios mais lucrativos que o tempo em que o gado tava engordando dentro do capim verde, mas que peste é isso, será que só peca o pobre, só é castigado pelos pecados o pobre. Então hoje a seca dá lucro pra os políticos né, a chamada indústria da seca, trocar votos por latas d’água. De lá pra cá a gente já teve mais de 80 títulos publicados. Cerca de 30 anos que faço literatura de cordel, de 1983 a 2009. Fui premiado em primeiro lugar no Concurso Nacional de Literatura de Cordel promovido pela Universidade Federal da Bahia em 1986, com esse trabalho aqui: O Bandido Cabeleira – O Amor de Luisinha. Primeiro cangaceiro que chegou ao nordeste no período colonial, em 1793, lá em Pernambuco, mais de 150 anos antes de Lampião.
Zé Antonio: Quando eu era menino (sou natural lá de Moita Bonita, nasci na roça) meu pai vendia numa banca de cereais no mercado Antonio Franco, que hoje é o mercado de artesanato, vendia feijão, farinha, arroz. Aos finais de semana, eu vinha ajudar ele a vender, e toda semana eu comprava dois, três livrinhos de cordel à Manoel de Almeida Filho. De tanto eu ler literatura de cordel, certo dia me despertou também, o que os grandes mestres da literatura de cordel chamam de dom. Você tem dom pra um determinado tipo de arte, as vezes passa a vida e por causa de outras ocupações não desperta, as vezes desperta aquele dom artístico mas depois de uma determinada idade.Em 1983 ,eu fiz meu primeiro cordel, no ano que eu entrei na universidade de historia. Eu fiz o sofrimento do nordestino ou o flagelo da seca, porque em 1980 ocorreu uma grande seca no nordeste, 4 anos de seca terrível e a gente via o povo sofrendo o gado morrendo, o povo reclamando que não chovia por causa dos pecados do povo, as moças andavam semi-nuas, toda pintada, e era castigo de Deus. Enquanto isso o gado também tava morrendo e quanto mais o gado ia morrendo mais os fazendeiros iam enricando, veja o contraste, porque tomava o dinheiro emprestado do Banco do Nordeste, do Banco do Brasil pra salvar o gado (comprar ração, água e tal) e depois a dívida era anistiada porque o gado tinha morrido. Então eles pegavam o dinheiro e aplicavam em outros negócios mais lucrativos que o tempo em que o gado tava engordando dentro do capim verde, mas que peste é isso, será que só peca o pobre, só é castigado pelos pecados o pobre. Então hoje a seca dá lucro pra os políticos né, a chamada indústria da seca, trocar votos por latas d’água. De lá pra cá a gente já teve mais de 80 títulos publicados. Cerca de 30 anos que faço literatura de cordel, de 1983 a 2009. Fui premiado em primeiro lugar no Concurso Nacional de Literatura de Cordel promovido pela Universidade Federal da Bahia em 1986, com esse trabalho aqui: O Bandido Cabeleira – O Amor de Luisinha. Primeiro cangaceiro que chegou ao nordeste no período colonial, em 1793, lá em Pernambuco, mais de 150 anos antes de Lampião.
EmPauta UFS: Em sua opinião qual a importância do cordel para a vida do nordestino?
Zé Antonio: Ah… o cordel sempre foi considerado o jornal do nordestino. Antigamente em tudo quanto é feira no interior do nordeste você encontrava literatura de cordel, e era o principal meio de lazer, de diversão, de informação do nordestino, onde a grande maioria do pessoal que trabalha na roça, em dia de feira sempre comprava pelo menos um ou dois livrinhos de cordel. Hoje, a coisa está ao inverso, a literatura de cordel se encontra mais nos grandes centros urbanos que nos municípios do interior, pois a gerência da televisão, da modernização dos meios de comunicação, que hoje estão em todos os lugares, desviaram o povo do costume de ler cordel. Os leitores de cordel hoje são pessoa mais instruídas, de nível cultural mais elevado, mais letrados, como professores, estudantes universitários. Mas o maior público leitor de cordel nordestino são os turistas de outros estados onde não tem esse tipo de literatura. Quando chegam em qualquer estado do nordeste umas das primeiras coisas que procuram é literatura de cordel, as vezes eles chegam a comprar 40 ou 50 livrinhos de uma vez só, até pra levar para dar de presente. Uma coisa interessante da literatura de cordel é que em sua primeira fase áurea, de 1930 até 1970, os grandes mestres do cordel contavam mais sobre a história de príncipes e reinos encantados, vaqueiros valentes, cangaceiros, Padre Cícero, histórias de humor e gracejo, como “João Grilo”, “Pedro Malazarte”, “Vicente: O Rei dos Ladrões” e por ai vai. A literatura de cordel é uma literatura genuinamente brasileira e tipicamente nordestina e hoje ela é extremamente cientifica, onde se vê uma nova geração de cordelistas pesquisando sobre tudo, como professores, sociólogos, advogados e até médicos. Pra se ter uma idéia existe “ A Gramática do Cordel”, versões sobre ecologia e meio ambiente, grandes nomes da história como Zumbi dos Palmares, Antônio Conselheiro, Che Guevara, também grandes clássicos da literatura como O Conde de Monte Cristo e Os Miseráveis interpretados em cordel. Tem até a química e a física em cordel, coisa de doido ou de gênio, ou os dois juntos. Literatura de cordel é disciplina de estudo obrigatório nos cursos de letras e literatura de quase todas as universidades da Europa, especialmente na França, onde só a obra de Patativa do Assaré já é estudada obrigatoriamente a mais de 50 anos na universidade de Sorbonne. Certa vez – em minhas entrevistas eu gosto sempre de frisar isso – em 2006 na Universidade Federal de Sergipe, uma estudante chegou para mim e disse: – Um professor meu me disse que literatura de cordel é paraliteratura. Certamente no sentido pejorativo, achar que é coisa de “matuto”, de gente “besta” que não tem o que fazer e escreve um monte de besteiras. E eu disse: – Minha filha, diga para esse professor, que sem querer ofender o jumento, ele deveria estar no pasto comendo capim, esse “fio da peste”. É ai que a gente vê que tem o “doutor analfabeto” e o “analfabeto doutor”. É o caso de Patativa do Assaré, que foi pra escola apenas quatro meses, mas recebeu o título de Doutor Honoris Causa na universidade de Sorbonne, onde fizeram várias teses de mestrado e doutorado sobre a obra dele, que dominava tanto a linguagem “matuta” como a linguagem erudita e conhecia e escrevia em todos os estilos literários que você possa imaginar.
Zé Antonio: Ah… o cordel sempre foi considerado o jornal do nordestino. Antigamente em tudo quanto é feira no interior do nordeste você encontrava literatura de cordel, e era o principal meio de lazer, de diversão, de informação do nordestino, onde a grande maioria do pessoal que trabalha na roça, em dia de feira sempre comprava pelo menos um ou dois livrinhos de cordel. Hoje, a coisa está ao inverso, a literatura de cordel se encontra mais nos grandes centros urbanos que nos municípios do interior, pois a gerência da televisão, da modernização dos meios de comunicação, que hoje estão em todos os lugares, desviaram o povo do costume de ler cordel. Os leitores de cordel hoje são pessoa mais instruídas, de nível cultural mais elevado, mais letrados, como professores, estudantes universitários. Mas o maior público leitor de cordel nordestino são os turistas de outros estados onde não tem esse tipo de literatura. Quando chegam em qualquer estado do nordeste umas das primeiras coisas que procuram é literatura de cordel, as vezes eles chegam a comprar 40 ou 50 livrinhos de uma vez só, até pra levar para dar de presente. Uma coisa interessante da literatura de cordel é que em sua primeira fase áurea, de 1930 até 1970, os grandes mestres do cordel contavam mais sobre a história de príncipes e reinos encantados, vaqueiros valentes, cangaceiros, Padre Cícero, histórias de humor e gracejo, como “João Grilo”, “Pedro Malazarte”, “Vicente: O Rei dos Ladrões” e por ai vai. A literatura de cordel é uma literatura genuinamente brasileira e tipicamente nordestina e hoje ela é extremamente cientifica, onde se vê uma nova geração de cordelistas pesquisando sobre tudo, como professores, sociólogos, advogados e até médicos. Pra se ter uma idéia existe “ A Gramática do Cordel”, versões sobre ecologia e meio ambiente, grandes nomes da história como Zumbi dos Palmares, Antônio Conselheiro, Che Guevara, também grandes clássicos da literatura como O Conde de Monte Cristo e Os Miseráveis interpretados em cordel. Tem até a química e a física em cordel, coisa de doido ou de gênio, ou os dois juntos. Literatura de cordel é disciplina de estudo obrigatório nos cursos de letras e literatura de quase todas as universidades da Europa, especialmente na França, onde só a obra de Patativa do Assaré já é estudada obrigatoriamente a mais de 50 anos na universidade de Sorbonne. Certa vez – em minhas entrevistas eu gosto sempre de frisar isso – em 2006 na Universidade Federal de Sergipe, uma estudante chegou para mim e disse: – Um professor meu me disse que literatura de cordel é paraliteratura. Certamente no sentido pejorativo, achar que é coisa de “matuto”, de gente “besta” que não tem o que fazer e escreve um monte de besteiras. E eu disse: – Minha filha, diga para esse professor, que sem querer ofender o jumento, ele deveria estar no pasto comendo capim, esse “fio da peste”. É ai que a gente vê que tem o “doutor analfabeto” e o “analfabeto doutor”. É o caso de Patativa do Assaré, que foi pra escola apenas quatro meses, mas recebeu o título de Doutor Honoris Causa na universidade de Sorbonne, onde fizeram várias teses de mestrado e doutorado sobre a obra dele, que dominava tanto a linguagem “matuta” como a linguagem erudita e conhecia e escrevia em todos os estilos literários que você possa imaginar.
EmPauta UFS: Qual a sua opinião sobre a inserção da matéria literatura de cordel na grade dos cursos de letras?
Zé Antonio: Eu sempre bati nessa tecla pelos corredores da universidade, para que os professores e alunos de letras lutem para a inclusão da literatura de cordel na grade do seu curso. Eu e outros cordelistas criamos a Associação de Cordelistas e Repentistas de Sergipe, da qual eu sou presidente, e a nossa idéia é realizar o primeiro encontro de cordelistas e repentistas de Sergipe, a nível de simpósio ou seminário, durantes uns três ou quatro dias, pra trazer estudiosos do cordel, que tenham teses sobre o assunto, também professores daqui, cordelistas e repentistas e formar uma mesa redonda. E uma das coisas que tem ser discutida é a inclusão da disciplina literatura de cordel na grade do curso de letras. Vamos chamar o Centro Acadêmico de Letras e o Departamento de Letras pra discutir a idéia e tentar realizar o encontro, e mesmo se não der pra esse ano ainda, daqui pra o ano que vem nós vamos fazer de qualquer jeito, que seja na UFS ou até no meio da praça.
Zé Antonio: Eu sempre bati nessa tecla pelos corredores da universidade, para que os professores e alunos de letras lutem para a inclusão da literatura de cordel na grade do seu curso. Eu e outros cordelistas criamos a Associação de Cordelistas e Repentistas de Sergipe, da qual eu sou presidente, e a nossa idéia é realizar o primeiro encontro de cordelistas e repentistas de Sergipe, a nível de simpósio ou seminário, durantes uns três ou quatro dias, pra trazer estudiosos do cordel, que tenham teses sobre o assunto, também professores daqui, cordelistas e repentistas e formar uma mesa redonda. E uma das coisas que tem ser discutida é a inclusão da disciplina literatura de cordel na grade do curso de letras. Vamos chamar o Centro Acadêmico de Letras e o Departamento de Letras pra discutir a idéia e tentar realizar o encontro, e mesmo se não der pra esse ano ainda, daqui pra o ano que vem nós vamos fazer de qualquer jeito, que seja na UFS ou até no meio da praça.
EmPauta UFS: O senhor utiliza cordel em sala de aula?
Zé Antonio: Sim, tanto eu como muitos colegas professores. Tem professor de todos os estados do Brasil que utiliza em sala de aula, especialmente meus trabalhos, pois eu sou um dos poucos que versa sobre qualquer assunto, apesar de minha temática ser mais política, histórica e social. Então meus cordéis são estudados no curso de história, letras, geografia, ciências sociais, comunicação e por ai vai. Eu tenho cordéis em todas essas áreas.
Zé Antonio: Sim, tanto eu como muitos colegas professores. Tem professor de todos os estados do Brasil que utiliza em sala de aula, especialmente meus trabalhos, pois eu sou um dos poucos que versa sobre qualquer assunto, apesar de minha temática ser mais política, histórica e social. Então meus cordéis são estudados no curso de história, letras, geografia, ciências sociais, comunicação e por ai vai. Eu tenho cordéis em todas essas áreas.
EmPauta UFS: Como é feita a venda dos cordéis nas feiras?
Zé Antonio: Antigamente os cordelistas costumavam botar uma boca de alto-falante com microfone e ficavam cantando as histórias e na melhor parte eles paravam, ai já estava cheio de gente, então eles iam vender. Depois se perdeu a tradição de vender o cordel cantando. João Firmino Cabral, que tem a banca de cordel lá no mercado, antigamente ele vendia cantando no meio da feira, mas agora que perdeu-se o costume ele vende apenas lendo uma estrofe de um ou de outro livro pro pessoal que chega e vai vendendo. Aqui em Sergipe eu sou o único que vende cordel cantando e o cordel se encaixa em qualquer ritmo musical que você possa imaginar, até no ritmo de vaquejada.
Zé Antonio: Antigamente os cordelistas costumavam botar uma boca de alto-falante com microfone e ficavam cantando as histórias e na melhor parte eles paravam, ai já estava cheio de gente, então eles iam vender. Depois se perdeu a tradição de vender o cordel cantando. João Firmino Cabral, que tem a banca de cordel lá no mercado, antigamente ele vendia cantando no meio da feira, mas agora que perdeu-se o costume ele vende apenas lendo uma estrofe de um ou de outro livro pro pessoal que chega e vai vendendo. Aqui em Sergipe eu sou o único que vende cordel cantando e o cordel se encaixa em qualquer ritmo musical que você possa imaginar, até no ritmo de vaquejada.
EmPauta UFS: A venda de cordéis é uma atividade lucrativa?
Zé Antonio: Já teve época de cordelista ter enricado, comprado fazenda, carro, casa. Como João Martins de Ataíde, que tinha tipografia e editava os seus cordéis e de outros cordelistas, as vezes comprava os direitos autorais e ficava como autor proprietário. Ele comprou mais de mil títulos da autoria de Leandro Gomes de Barros e passou a reeditá-los como autor proprietário. Haviam muitos cordelistas que tinham tipografia própria e acabou criando-se uma rede dos chamados folheteiros, que são os revendedores do produto em várias feiras pelo nordeste. Na época, por exemplo, foram vendidos mais de um milhão de cópias do cordel “O Cachorro dos Mortos, de Leandro Gomes de Barros. Hoje alguns cordelistas vivem exclusivamente dessas vendas, que é o caso de João Firmino Cabral, que nunca aprendeu outra coisa na vida a não ser escrever e vender literatura de cordel, ou seja, é uma atividade até lucrativa. Tanto eu como Pedro Amaro, Ronaldo Dória, vendemos os cordéis pelas feiras de Sergipe, mas agora conseguimos esse espaço coletivo aqui (espaço no Centro de Arte e Cultura, Aracaju- SE) que está disponível para todos os cordelistas exporem os seus trabalhos, durante todos os dias da semana. Porém não estão vindo muitos escritores por causa do movimento que está fraco, poucos turistas. Mas sempre tem alguém querendo comprar, por exemplo hoje, um casal comprou 20 reais, depois outro casal comprou mais 25 reais em cordel. Vai ser construída aqui na entrada do Centro de Arte e Cultura uma casa de taipa, coberta de palha, com todas as características das coisas do nordeste, só para a venda de literatura de cordel, ela deverá ser inaugurada agora no período junino e irá permanecer aberta durante o ano todo, enquanto existir gente na Terra, Amém.
Zé Antonio: Já teve época de cordelista ter enricado, comprado fazenda, carro, casa. Como João Martins de Ataíde, que tinha tipografia e editava os seus cordéis e de outros cordelistas, as vezes comprava os direitos autorais e ficava como autor proprietário. Ele comprou mais de mil títulos da autoria de Leandro Gomes de Barros e passou a reeditá-los como autor proprietário. Haviam muitos cordelistas que tinham tipografia própria e acabou criando-se uma rede dos chamados folheteiros, que são os revendedores do produto em várias feiras pelo nordeste. Na época, por exemplo, foram vendidos mais de um milhão de cópias do cordel “O Cachorro dos Mortos, de Leandro Gomes de Barros. Hoje alguns cordelistas vivem exclusivamente dessas vendas, que é o caso de João Firmino Cabral, que nunca aprendeu outra coisa na vida a não ser escrever e vender literatura de cordel, ou seja, é uma atividade até lucrativa. Tanto eu como Pedro Amaro, Ronaldo Dória, vendemos os cordéis pelas feiras de Sergipe, mas agora conseguimos esse espaço coletivo aqui (espaço no Centro de Arte e Cultura, Aracaju- SE) que está disponível para todos os cordelistas exporem os seus trabalhos, durante todos os dias da semana. Porém não estão vindo muitos escritores por causa do movimento que está fraco, poucos turistas. Mas sempre tem alguém querendo comprar, por exemplo hoje, um casal comprou 20 reais, depois outro casal comprou mais 25 reais em cordel. Vai ser construída aqui na entrada do Centro de Arte e Cultura uma casa de taipa, coberta de palha, com todas as características das coisas do nordeste, só para a venda de literatura de cordel, ela deverá ser inaugurada agora no período junino e irá permanecer aberta durante o ano todo, enquanto existir gente na Terra, Amém.
EmPauta UFS: Suas obras já obtiveram reconhecimento fora de Sergipe?
Zé Antonio: Reconhecimento até internacional. Eu fui premiado em primeiro lugar no Concurso Nacional de Literatura de Cordel, promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, onde eu concorri com as maiores feras do nordeste. Mas não é por ter ganhado que hoje em dia eu seja o maior nem o melhor, mas eu acho que estou entre os melhores né. Mas o que me deu o primeiro lugar foi um trabalho apenas, a comissão julgadora achou que o meu foi o melhor dentre os trabalhos inscritos. De repente pode aparecer um outro concurso, eu me inscrever e ficar la pelo vigésimo lugar. E você sabe que nesses concursos o prêmio não é dado por privilégio, nem apadrinhamento, tanto que os autores escrevem usando pseudônimos, é sigiloso. Manda-se dois envelopes, um com os cordéis e outro menor com o currículo dos participantes, indicando quais as suas obras e com quais pseudônimos eles estão escrevendo. O premio recebido por esse concurso foi de 3mil reais e 500 exemplares impressos, o segundo lugar foi pra Marcos Aurélio, do interior da Bahia. Esse concurso na Bahia eu soube por acaso, um dia eu cheguei na Funcaju e tava o pessoal lá vendo o regulamento, e eu já tinha minha obra pronta, um rascunho na gaveta, então resolvi participar. Por melhor que você seja não é fácil ganhar um primeiro lugar num concurso literário, tem muita gente boa participando. João Firmino Cabral, por exemplo, é um dos grandes mestres do cordel, mais de 50 anos escrevendo, outro também é Manuel d’Almeida Filho, ambos participaram de dezenas de concursos mas nunca chegaram a receber um primeiro lugar. Há até uma nova geração de meninos fazendo melhor que os velhos de barba branca, o que nos deixa muito feliz. Tem um estudante de história da universidade, o Eduardo, que escreveu quatro cordéis, uma coisa fantástica, no estilo “Galope à Beira- mar” mesmo ele é melhor que todos nós juntos. É que a gente ta mais viciado no esquema da sextilha e septilha e o hobby dele é escrever em decassílabo, o que é mais difícil de fazer, mas ele começou se especializando nesse estilo, e o menino tem futuro, o pestinha faz até de improviso também. Eu estou dando uma oficina de literatura de cordel no Espaço Cultural Semear junto com o professor Elias Santos, que da aula de xilogravura, é o projeto “Xilocordel”, do programa cultural do Banco do Nordeste. Lá estão se destacando alguns talentos, por exemplo a professora de biologia Gracemira, que descreveu em cordel, toda a estrutura desse estilo literário, a questão da rima, da métrica, da oração, obra que foi intitulada como “É Bom Aprender Cordel”.
Zé Antonio: Reconhecimento até internacional. Eu fui premiado em primeiro lugar no Concurso Nacional de Literatura de Cordel, promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, onde eu concorri com as maiores feras do nordeste. Mas não é por ter ganhado que hoje em dia eu seja o maior nem o melhor, mas eu acho que estou entre os melhores né. Mas o que me deu o primeiro lugar foi um trabalho apenas, a comissão julgadora achou que o meu foi o melhor dentre os trabalhos inscritos. De repente pode aparecer um outro concurso, eu me inscrever e ficar la pelo vigésimo lugar. E você sabe que nesses concursos o prêmio não é dado por privilégio, nem apadrinhamento, tanto que os autores escrevem usando pseudônimos, é sigiloso. Manda-se dois envelopes, um com os cordéis e outro menor com o currículo dos participantes, indicando quais as suas obras e com quais pseudônimos eles estão escrevendo. O premio recebido por esse concurso foi de 3mil reais e 500 exemplares impressos, o segundo lugar foi pra Marcos Aurélio, do interior da Bahia. Esse concurso na Bahia eu soube por acaso, um dia eu cheguei na Funcaju e tava o pessoal lá vendo o regulamento, e eu já tinha minha obra pronta, um rascunho na gaveta, então resolvi participar. Por melhor que você seja não é fácil ganhar um primeiro lugar num concurso literário, tem muita gente boa participando. João Firmino Cabral, por exemplo, é um dos grandes mestres do cordel, mais de 50 anos escrevendo, outro também é Manuel d’Almeida Filho, ambos participaram de dezenas de concursos mas nunca chegaram a receber um primeiro lugar. Há até uma nova geração de meninos fazendo melhor que os velhos de barba branca, o que nos deixa muito feliz. Tem um estudante de história da universidade, o Eduardo, que escreveu quatro cordéis, uma coisa fantástica, no estilo “Galope à Beira- mar” mesmo ele é melhor que todos nós juntos. É que a gente ta mais viciado no esquema da sextilha e septilha e o hobby dele é escrever em decassílabo, o que é mais difícil de fazer, mas ele começou se especializando nesse estilo, e o menino tem futuro, o pestinha faz até de improviso também. Eu estou dando uma oficina de literatura de cordel no Espaço Cultural Semear junto com o professor Elias Santos, que da aula de xilogravura, é o projeto “Xilocordel”, do programa cultural do Banco do Nordeste. Lá estão se destacando alguns talentos, por exemplo a professora de biologia Gracemira, que descreveu em cordel, toda a estrutura desse estilo literário, a questão da rima, da métrica, da oração, obra que foi intitulada como “É Bom Aprender Cordel”.
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XXIII aniversário da ACFA-dezembro-2010
Roda
realizada em frente ao Prédio da CEF em Maruim-SE-dez-2011, comemoração
do XXIII aniversário da Associação de Capoeira Filhos da África, ( da
esquerda para a direita ) Contramestre Reinaldo-França, Instrutor
Claudinho, Mestre Frank, Monitor Dindo(ainda usando a Corda de Formado) e
( agachados) Contramestre Jeane e seu filho Jeanfrank grande promessa
na capoeira do mundo. " Ao fundo Professor Ponteiro-São Paulo-SP...
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Filhos da Africa
Histórico:
Sergipe nasceu em Maruim. A frase pode parecer, mas não é nada exagerada. Basta que se conheça a fantástica história deste município, que fica na região do Cotinguiba, a 30 quilômetros de Aracaju. Recentemente a bióloga e historiadora Maria Lúcia Marques Cruz e Silva, filha de Maruim, expôs achados históricos do município. São milhares de peças e documentos que revelam o apogeu e a decadência do Empório de Sergipe.
Sergipe nasceu em Maruim. A frase pode parecer, mas não é nada exagerada. Basta que se conheça a fantástica história deste município, que fica na região do Cotinguiba, a 30 quilômetros de Aracaju. Recentemente a bióloga e historiadora Maria Lúcia Marques Cruz e Silva, filha de Maruim, expôs achados históricos do município. São milhares de peças e documentos que revelam o apogeu e a decadência do Empório de Sergipe.
Empório,
sim. Boa parte dos grupos empresariais de sucesso em
Sergipe nasceu em Maruim. A força econômica
e política desse município era tanta que
foram instalados lá oito consulados. A cana-de-açúcar
e o algodão atraíam os europeus, que em
Maruim montaram colônias.
O
nome da cidade vem do inseto maruim (os antigos chamavam
Maroim), que em Tupi significa mosca pequena ou mosquito.
O primeiro povoamento nasceu no encontro dos rios Sergipe
e Ganhamoroba. Aos arredores do Porto das Redes (antiga
Alfândega de Sergipe), surge Mombaça. Mas
os ataques dos mosquitos obrigaram os poucos habitantes
a se mudar dali.
O
português Manoel Rodrigues de Figueiredo permite
que as pessoas fugidas do Mombaça construam suas
casas dentro de suas terras, no Engenho Maruim de Baixo.
Outro português, José Pinto de Carvalho,
construiu um grande armazém (trapiche) para negociar
com o ouro da terra, que era o açúcar
nas terras de Manoel Rodrigues.
Depois
de desavenças entre José Pinto e Manoel,
Maruim passa a ser dependente de Santo Amaro e depois
de Rosário do Catete. As brigas terminaram na
chamada Revolução de Santo Amaro. As confusões
só acabaram em 1835, quando o governador da Província,
Manoel Ribeiro da Silva Lisboa, transformou Maruim em
uma vila e no ano seguinte ela virou cidade. Para a
história oficial, o fundador de Maruim foi José
Pinto de Carvalho. Foi ele quem governou a recém-criada
Vila de Maruim, e quem empossou o primeiro prefeito,
Luís Barbosa Madureira.
Gentílico:
maruinense
Formação
Administrativa
Distrito
criado com a denominação de Maroim, pelo
decreto provincial de 21-011837.
Elevado
à categoria de vila com a denominação
de Maroim, pela Resolução do Conselho
do Governo, aprovada pela lei provincial de 19-02-1835.
Elevado
à condição de cidade e sede com
a denominação de Maroim, pela lei provincial
nº 374, de 05-05-1854.
Em
divisão administrativa referente ao ano de 1911,
o município é constituído do distrito
sede.
Assim
permanecendo em divisões territoriais datadas
de 31-XII-1936 e 31-XII1937.
No
quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948,
o município é constituído do distrito
sede.
Em
divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município
é constituído do distrito
sede.
Assim
permanecendo em divisão territorial datada de
2007.
Fonte: IBGE
Maruim (Sergipe)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Maruim | |||||
|
|||||
Hino | |||||
Aniversário | 5 de maio | ||||
---|---|---|---|---|---|
Fundação | 1854 | ||||
Gentílico | maruinense | ||||
Prefeito(a) | Gilberto Maynart de Oliveira (Partido Social Cristão) (2009–2012) |
||||
Localização | |||||
|
|||||
10° 44' 16" S 37° 04' 55" O | |||||
Unidade federativa | Sergipe | ||||
Mesorregião | Leste Sergipano IBGE/2008[1] | ||||
Microrregião | Baixo Cotinguiba IBGE/2008[1] | ||||
Municípios limítrofes | Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, Laranjeiras | ||||
Distância até a capital | 30 0 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 94,293 km² [2] | ||||
População | 16 338 hab. IBGE/2010[3] | ||||
Densidade | 173,27 hab./km² | ||||
Altitude | 10 m | ||||
Clima | Tropical | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH | 0,662 médio PNUD/2000[4] | ||||
PIB | R$ 175 943,977 mil IBGE/2008[5] | ||||
PIB per capita | R$ 11 290,76 IBGE/2008[5] |
|
Topônimo
"Maruim" é originário do termo tupi mberu'i, que significa "mosca pequena"[6].História
Segundo alguns historiadores, Sergipe nasceu em Maruim. Recentemente, a bióloga e historiadora Maria Lúcia Marques Cruz e Silva, filha de Maruim, expôs achados históricos do município. São milhares de peças e documentos que revelam o apogeu e a decadência do Empório de Sergipe. A força política desse municipio já foi tão grande que houve épocas em que existiam oito consulados, todos construídos graças às plantações de cana-de-açúcar e de algodão, os quais atraíam os europeus.O primeiro povoamento nasceu no encontro dos rios Sergipe e Ganhamoroba, aos arredores do Porto das Redes (antiga Alfândega de Sergipe). Mas, como havia muitos mosquitos, a povoação se mudou do local.
Maruim já foi dependente de Santo Amaro e Rosário do Catete, somente vindo a ser emancipada após o governador da época, Manoel Ribeiro da Silva Lisboa, em 19 de fevereito de 1835, elevá-la à categoria de vila e, logo em seguida, à de cidade.[7]
Geografia
Localiza-se a uma latitude 10º44'15" sul e a uma longitude 37º04'54" oeste, estando a uma altitude de dez metros. Sua população estimada em 2004 era de 15 850 habitantes.Possui uma área de 95,22 km².
Referências
- ↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
- ↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
- ↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
- ↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
- ↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 098
- ↑ WWW.IBGE.GOV.BR