Blog Rio – Jornal O Globo
O
grupo católico Associação Arquidiocesana Tarde com Maria conseguiu uma
liminar para impedir que os organizadores da festa M.I.S.S.A.,
prevista para ocorrer na noite de sexta-feira no Vivo Rio, fizessem
brincadeiras com símbolos e roupas da Igreja Católica.
A associação entrou com uma ação na Justiça e conseguiu, na noite de
quarta-feira, no plantão judiciário, uma decisão favorável do
desembargador Adolpho Andrade Mello.
Pouco
antes do início do evento, houve um acordo e os organizadores
retiraram uma enorme cruz de LED instalada próximo ao DJ, que usaria
uma roupa semelhante à de um padre. Os organizadores também cobriram a
palavra “galo” que aparecia debaixo da sigla M.I.S.S.A. no cartaz de
propaganda da festa, realizada há dois anos. De acordo com o advogado
da organização, Renato Brito Neto, o evento não tem o objetivo de
ofender a imagem da Igreja Católica.
A festa já aconteceu em vários pontos do país e, por onde passou, causou revolta em grupos de fiéis católicos.
O
advogado Sérgio Bermudes, que representa a Associação Arquidiocesana
Tarde com Maria, disse que a decisão de recorrer à Justiça foi tomada
após ter sido divulgado que moças apareceriam vestidas de freiras e que o
DJ usaria uma batina.
No
convite, havia outra referência à Igreja, com a seguinte inscrição:
“Sem esse convite, nem o Papa entra”. Segundo o advogado, para a
divulgação da festa, os organizadores fazem deboche com símbolos
católicos: “M.I.S.S.A. também é lugar de cometer pecado” ou “Cansei de
homem galinha. Por isso, todo domingo vou a à M.I.S.S.A.”
—
A liminar não proíbe a realização da festa, mas não poderão usar o
material que lembre a indumentária litúrgica — explicou Bermudes.
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