A Igreja pode se negar a celebrar um matrimônio?
Há alguns dias foi noticiado que um pároco de Niterói, RJ, não aceitou celebrar o matrimônio de um casal, pois julgou haver um impedimento dirimente; isto é, algo que tornaria o matrimônio nulo. Algumas pessoas até se revoltaram e julgaram que a Igreja Católica foi cruel com o casal; mas não se trata disso.
Vamos esclarecer a questão, sem entrar no mérito da questão do caso de Niterói.
Muitos casamentos são
declarados nulos pelos Tribunais eclesiásticos porque pode ter havido
faltas que tornam nulo o sacramento; sem valor. Essas
falhas são muitas; por exemplo: falta de capacidade para consentir
(cânon 1095), se um dos cônjuges não tem juízo perfeito e não tem
condições mentais de assumir as obrigações do matrimônio; Ignorância
(cânon 1096) sobre a vida sexual no casamento; emprego da simulação para
enganar o cônjuge (cânon 1101); uso da violência ou medo para conseguir
o consentimento do outro (cânon 1103); condição não cumprida (cânon
1102); falta de idade mínima (cânon 1083); impotência permanente para o
ato sexual (cânon 1084); o fato da pessoa já ser casada (cânon 1085); se
o cônjuge é um padre ou uma irmã consagrada (cânon 1087 e 1088); rapto
do cônjuge (cânon 1089); crime cometido para se casar com alguém (cânon
1090); cônjuges parentes (pai e filha; avo e neta, irmãos, etc.) (cânon
1091); parentesco legal por adoção (cânon 1094).
Nesses casos e em outros o casamento seria inválido; então, o
pároco se souber do impedimento antes do casamento, não pode
realizá-lo.
Um dos impedimentos que o Código de Direito Canônico coloca
para a validade de um matrimônio, é a impotência para o ato sexual,
permanente e irreversível, atestada por um médico.
Diz o Código de Direito Canônico: Cân. 1084 – §1.
A impotência para copular, antecedente e perpétua, absoluta ou
relativa, por parte do homem ou da mulher, dirime o matrimônio por sua
própria natureza.§2. Se o impedimento de impotência for duvidoso,
por dúvida quer de direito quer de fato, não se deve impedir o
matrimônio nem, permanecendo a dúvida, declará-lo nulo.§3. A
esterilidade não proíbe nem dirime o matrimônio, salva a prescrição do
cânon 1098.
É bom notar que a
esterilidade não é causa de nulidade. O que torna nulo o matrimônio é a
impossibilidade definitiva do ato sexual por problema físico ou de outra
natureza. Por que isso?
Porque uma das
finalidades do matrimônio é gerar os filhos; e esses só podem ser
gerados – no entendimento da moral católica – por meio do ato sexual. É
este ato próprio do casal que “consuma” o matrimônio; sem ele o
sacramento não será completo; é por isso que o casal que não pode
copular não pode receber o matrimônio, pois ele seria nulo.
É bom dizer que esta norma da Igreja é antiquíssima, vem desde o Código anterior, e estávinculada à natureza do matrimônio.
Portanto, não se trata de
uma maldade da Igreja; mas apenas uma coerência com o sacramento do
matrimônio cuja finalidade principal é gerar os filhos. Se um casal recebesse o matrimônio com o propósito de nunca ter filhos, este matrimônio seria nulo.
É por isso que o sacerdote pergunta aos noivos no altar: “Estais
dispostos a receber os filhos que Deus lhes enviar, e educá-los na fé do
Cristo e da Igreja?” A resposta deve ser “sim” para o matrimônio ser
válido. A Igreja ensina que os casais precisam estar abertos aos filhos, pois isto é inerente ao sacramento do matrimônio;
os filhos são o maior dom do matrimônio, ensina o Catecismo da Igreja.
Um matrimônio sem filhos, exceto o caso de infertilidade, é como uma
colméia sem abelhas.
“A Sagrada Escritura e a
prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da
bênção divina e da generosidade dos pais” (CIC, 2373; GS, 50,2).
E conclui dizendo que:
“os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um
benefício máximo para os próprios pais” (CIC, 2378).
Para o casal que se ama,
mas não pode copular por problemas de saúde definitivos, e que por isso
não podem receber o matrimônio, há a possibilidade de viverem juntos com irmãos, ajudando-se mutuamente.
Professor Felipe Aquino
sábado, 21 de julho de 2012
''Eis que venho Senhor: com prazer faço a vossa vontade.'' (Plsalmus 2)
Eis o salmo segundo do saltério. Apraz-me, Senhor, fazer a vossa
vontade! E o que é a vontade de Deus? Em quem encontrá-la perfeitamente?
Eia pois: Consiste em cumprir, em nosso estado, em nossa vocação, o
cumprimento, na fidelidade, do plano salvífico do Senhor nosso na
existência, aqui, que desembocar-se-á na vida eterna, no céu que é
Jesus. Fixemos, a princípio, o nosso olhar em Maria Santíssima, sempre
virgem.
Desde
antes da sua Conceição Imaculada, aprouvera Deus, em seu querer
benevolente, através de sua beatíssima serva, recriar o homem a partir
do evento Cristo, Deus sempiterno, encarnado em seu seio beneditíssimo,
e, acerca do cumprimento de feliz profecia, diz-nos o Apóstolo:
''Chegada a plenitude dos tempos enviara Deus, o seu Filho, nascido duma
mulher.'' (cf. Gl, 4)
E quando da saudação
angélica à preclara esposa de José Justíssimo, a filha de Sião, da Tribo
de Judá, diz: ''eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a
vossa vontade!'' Pronto! Aqui está realizada em Maria, honra da nova
humanidade, gestada nela pela potência do Espírito Santo, a obra da
salvação: o Verbo encarnado, Jesus, da estirpe de Davi, o Filho
adamantino do Pai eterno!
Na paulatina História da
Salvação a Escritura discorre acerca dos homens e mulheres que se
puseram, não obstante a realidade de suas existências, a sempre
agradar-se na vontade de Deus. Pensemos em Abraão quando naquele monte
imolaria seu filho único Isaac, pensemos na jovem Susana, cruelmente
atormentada por aqueles anciãos injustos, em Daniel profeta, na cova dos
leões, em Jó, quando dos seus infortúnios... Todos esses personagens
fieis ao Deus da Aliança. Mais honra aplica-se, como deveras sabemos, em
Maria e em Cristo, verdadeiramente Homem e Deus!
Em Cristo encontra-se a medida perfeita e única da vontade do Senhor: ''Imagem do Deus invisível'' ( Col 1, 15), Ele
é o homem perfeito, que restituiu aos filhos de Adão a semelhança
divina, deformada desde o primeiro pecado. Como a natureza humana foi
n'Ele assumida, não aniquilada, por isso mesmo também foi em nós elevada
a uma dignidade sublime. Com efeito, por sua encarnação, o Filho de
Deus uniu-Se de algum modo a todo homem. Trabalhou com mãos humanas,
agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem
Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo,
exceto no pecado. (cf. GS, 22)
Vê-se a realização do que
diz o Salmo: ''eis que venho Senhor, com prazer faço a vossa vontade, no
Filho de Maria. Cada vez que nos deparamos com a Escritura e ouvimos o
que fizera o nosso Salvador ao transcorrer do seu ministério messiânico;
''eis que venho Senhor, com prazer faço a vossa vontade!'' ao
compadecer-se... até a sua chegada e solene entrada na cidade santa de
Jerusalém aonde tudo consuma-se à sua entrega livremente na árvore da
cruz, para refazer a humanidade, e esta Nele, por Ele e com Ele, lavada
nas águas batismais e no sangue do Cordeiro, filhos no Unigênito,
também diga: ''Eis que venho Senhor, com prazer faço a vossa vontade!
Ao Verbo, por quem tudo subsiste, o Primogênito da Nova e Eterna criação, a glória pelo séculos sem fim. Amém!
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Falece “nossa” inesquecível Vitória de Cristo.
Jorge Ferraz
É com pesar que eu comunico o falecimento da menina Vitória de Cristo, pequena heroína pró-vida que em abril passado ganhou notoriedade no Brasil ao desconcertar os promotores do aborto eugênico– os quais, desgraçadamente, terminaram por conseguir manchar esta Terra de Santa Cruz com a nódoa do apoio (pretensamente) legal ao assassinato de crianças deficientes. Os bárbaros podem ter vencido a farsa judicial, mas Vitória desmascarou os seus sofismas e forneceu aos brasileiros de boa vontade um poderoso contraponto às mentiras então repetidas ad nauseam. A pequena garota por diversas vezes diagnosticada como anencéfala mostrou ao mundo que, ao contrário do que diziam os burocratas do STF, ela podia viver e de fato vivia.
O comunicado foi posto ontem no blog “Nossa Amada Vitória de Cristo”, mantido pelos pais da garota. Vitória faleceu na terça-feira última, dia 17 de julho, às nove e meia da noite.
Ela partiu serenamente enquanto a beijávamos, abraçávamos e lhes dizíamos o quão preciosa era, que sempre a amaremos e que ela podia partir em paz para junto de Deus. E ela partiu.
A foto acima é uma das mais recentes que constam no blog de Vitória; foi publicada no último dia 27 de junho e mostra a pequena garota dormindo serenamente. Hoje ela se encontra diante de Cristo; foi juntar-se a outras crianças como ela – como a Marcela de Jesus, anencéfala, falecida em 2008 e tantas outras – para interceder por sua Pátria, para rogar a Deus pelo Brasil.
Deve haver uma grande festa no Céu agora, quando os risos de Vitória foram se somar aos de Marcela para embelezar ainda mais o Paraíso. E nós, a quem aprouve ao Deus Altíssimo que cá ficássemos ainda mais um pouco, entristecemo-nos com a partida de Vitória mas, ao mesmo tempo, consolamo-nos por saber que a Igreja Triunfante ganhou mais uma intercessora poderosa para, de junto a Deus, auxiliar-nos nos percalços desta vida e nos terríveis combates que nos é exigido travar. Que o Espírito Santo possa consolar os parentes que sofrem com a dor da perda. E que, do alto dos Céus, Vitória possa rogar por nós.
É com pesar que eu comunico o falecimento da menina Vitória de Cristo, pequena heroína pró-vida que em abril passado ganhou notoriedade no Brasil ao desconcertar os promotores do aborto eugênico– os quais, desgraçadamente, terminaram por conseguir manchar esta Terra de Santa Cruz com a nódoa do apoio (pretensamente) legal ao assassinato de crianças deficientes. Os bárbaros podem ter vencido a farsa judicial, mas Vitória desmascarou os seus sofismas e forneceu aos brasileiros de boa vontade um poderoso contraponto às mentiras então repetidas ad nauseam. A pequena garota por diversas vezes diagnosticada como anencéfala mostrou ao mundo que, ao contrário do que diziam os burocratas do STF, ela podia viver e de fato vivia.
O comunicado foi posto ontem no blog “Nossa Amada Vitória de Cristo”, mantido pelos pais da garota. Vitória faleceu na terça-feira última, dia 17 de julho, às nove e meia da noite.
Ela partiu serenamente enquanto a beijávamos, abraçávamos e lhes dizíamos o quão preciosa era, que sempre a amaremos e que ela podia partir em paz para junto de Deus. E ela partiu.
A foto acima é uma das mais recentes que constam no blog de Vitória; foi publicada no último dia 27 de junho e mostra a pequena garota dormindo serenamente. Hoje ela se encontra diante de Cristo; foi juntar-se a outras crianças como ela – como a Marcela de Jesus, anencéfala, falecida em 2008 e tantas outras – para interceder por sua Pátria, para rogar a Deus pelo Brasil.
Deve haver uma grande festa no Céu agora, quando os risos de Vitória foram se somar aos de Marcela para embelezar ainda mais o Paraíso. E nós, a quem aprouve ao Deus Altíssimo que cá ficássemos ainda mais um pouco, entristecemo-nos com a partida de Vitória mas, ao mesmo tempo, consolamo-nos por saber que a Igreja Triunfante ganhou mais uma intercessora poderosa para, de junto a Deus, auxiliar-nos nos percalços desta vida e nos terríveis combates que nos é exigido travar. Que o Espírito Santo possa consolar os parentes que sofrem com a dor da perda. E que, do alto dos Céus, Vitória possa rogar por nós.
domingo, 15 de julho de 2012
O Brasil da fé, da devastação cultural e do EU VAZIO.
EDSON CAMARGO
O cristianismo que se torna relevante culturalmente é aquele que é vivido de fato.
Na vida individual dos milhões de cristãos de um país, na vida das
famílias cristãs, nas comunidades, nas igrejas, até chegar ao grande
debate político e cultural, à Academia, até, por fim, tornar-se uma
força transformadora onde os rumos de uma nação são decididos.
Assim
surgiu o mundo ocidental, ainda que com seus muitos conflitos e
problemas, e assim surgiu e velha e gloriosa Europa cristã, onde as
artes, a música, a grande literatura, e a ciência moderna floresceram. A Europa de Shakespeare e Bach, Dante e Dührer, Leibniz e Kepler. O segredo: a profunda influência da cosmovisão cristã na cultura.
E por que falar disso? Ora,
estamos no Brasil, e acabou de sair o Censo 2010 do IBGE, com
informações sobre o segundo maior país cristão do mundo. Sim, e um dos
mais violentos, constando no ‘Top 20’. O pior nos exames internacionais
de educação. Um país alinhado em sua política externa com o Eixo do Mal:
Irã, Venezuela, Cuba, etc. Um país com péssima colocação em liberdade
econômica, em qualidade de modelo institucional, e despontando nos
índices de corrupção.
Com
um mínimo de vergonha na cara, cabe aos cristãos brasileiros
perguntarem a si mesmos: que cristianismo de araque é esse o nosso?
Penso que vale um autoexame com algumas questões.
Qual é o real conteúdo da nossa fé?
Qual a real força dessa fé?
E, por último, mas não menos importante: quão central é na vida dos brasileiros que se dizem cristãos esta fé?
A
centralidade desta fé diz respeito ao quanto as convicções a ela
ligadas são decisivas para dar suporte a outras e para modelar a
cosmovisão pessoal, sobretudo nas grandes questões existenciais:
a natureza da verdade, o caráter de Deus, a estrutura da realidade
imanente e transcendente, o reconhecimento de aspectos fundamentais da
condição humana, e então, daí, para os grandes temais sociais e
contemporâneos. Com isso em mente, podemos perguntar: “sou cristão, mas
até que ponto?”
Perguntar a si mesmo sobre o conteúdo real de sua fé pode levar a
pessoa a perceber que, ainda que siga uma denominação cristã, ainda que
se sinta alinhado com certas correntes teológicas e filosóficas, no
fundo, crê de forma meramente parecida e ainda viva de forma totalmente
dissonante com o que profere publicamente.
Realmente creio como os grandes sábios, mártires, teólogos e heróis da fé criam? Até
que ponto vivo conforme creio? Ou apenas creio conforme vivo? Crer
conforme vive talvez seja a descrição mais perfeita do idiota, do
filisteu, do homem-massa, do novo bárbaro, e dos portadores do “eu
vazio” (ver a obra de Phillip Cushman), essa epidemia dos nossos tempos
e, infelizmente, de nossas igrejas.
A força da fé não é menos importante, e parece que é o principal alvo
de ataque dos secularistas, sejam eles defensores das modernas
ideologias de massa, sejam os pseudo-cristãos adeptos do liberalismo
teológico em suas mais diversas vertentes.
Até que ponto você crê que milagres são possíveis?
O
quão à vontade e convicto você se sente para declarar publicamente que
você acredita que Jesus,nasceu de uma virgem e que, de fato, ressuscitou
ao terceiro dia e subiu aos céus?
Como bem observa J. P. Moreland, de quem faço uso da obra O Triângulo do Reino para tratar destes três aspectos da fé: “Quanto
mais você está certo de uma crença, mais ela passa a ser parte de sua
alma, e mais você conta com ela como base para sua ação”. Daí se vê
também a importância do trabalho e da instrução apologética, que tem
sido negligenciado nas igrejas (e daí o imenso número de jovens cristãos
que largam a fé assim que adentram as Universidades) e corrompido na
internet.
A verdade é que é altamente problemático tratar
dessas questões num país que vive uma derrocada cultural sem
precedentes, pois este caos adentrou as igrejas, muitas vezes adornado
de bela roupagem pseudoteológica, ou mesmo travestido de piedade,
devoção e consagração. O fato é que não temos mais a antiga visão cristã do que é o conhecimento. Ou, se a temos, não a ensinamos, nem a vivemos. É
preciso recuperá-la para logo compreender que o crescimento espiritual e
o crescimento intelectual andam juntos, um fortalecendo o outro.
Avivando, e gerando talentos. Trazendo renovo para a cultura e
restauração às almas.
Sem esse crescimento integral, o segundo maior país cristão do mundo
continuará sendo uma vergonha para o cristianismo a cada índice
internacional que for divulgado.
Imagem de João Paulo II é pichada após evento católico em Cuiabá.
G1
Uma
imagem do papa João Paulo II foi pichada após o evento católico Bote
Fé, realizado no final de semana, em Cuiabá. A estrutura de cinco metros
foi colocada recentemente, utilizada como banner de identificação da
entrada principal do Memorial João Paulo II, no bairro Morada do Ouro,
na capital mato-grossense.
O
Bote Fé foi realizado durante três dias na capital para receber a Cruz
Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da
Juventude (JMJ). Foram realizadas passeatas, orações e shows, que
contaram com a participação de mais de 20 mil pessoas. O público na
maioria era composto por jovens de várias regiões.
A assessoria do evento informou ao G1 que
o ato de vandalismo ocorreu após o último show da noite de domingo (8)
quando as atividades se encerraram no local. No entanto, nenhum suspeito
de danificar a imagem foi identificado ou detido.
Na
imagem, os suspeitos escreveram o número 666 em várias partes do
banner. A coordenação da unidade disse que a estrutura será removida
ainda nesta semana. A intenção é confeccionar uma estátua do religioso e
colocar na entrada principal do Memorial.
Memorial
O
Memorial João Paulo II foi construído para homenagear os 20 anos da
visita do sacerdote a Cuiabá, no dia 16 de outubro de 1991. Na ocasião, o
religioso celebrou uma missa e reuniu mais de 300 mil pessoas e se
tornou um momento histórico em Mato Grosso.
sábado, 14 de julho de 2012
Sobre imagens e símbolos, no funeral de D. Eugenio Sales.
Jorge Ferraz
A foto abaixo foi compartilhada à exaustão ontem tanto no Facebook quanto na blogosfera católica. Pesquisando um pouco, cheguei à sua [mais provável] fonte original que é esta galeria de imagens da UOL, na qual podem inclusive ser vistas outras imagens da alva guardiã do féretro do Eminentíssimo cardeal brasileiro recém-falecido.
Como sempre, houve entre os críticos da religião quem se incomodasse com o fato de uma pomba branca ter passado tanto tempo ao lado do ataúde cardinalício. Depois das primeiras levianas acusações de montagem terem sido desmentidas pela profusão das fontes testemunhas primárias, passou-se rapidamente às buscas de causas naturais para o fenômeno, não raro chegando a acusações (igualmente levianas) de fraude deliberada. Isto como se nós, os religiosos, tivéssemos em algum momento insinuado que a pomba branca era uma demonstração cabal da existência de Deus ou coisa parecida, ou como se os inimigos de Deus tivessem perdido as aulas básicas de lógica elementar e acreditassem sinceramente, por algum irracional e nonsense ato de fé, que refutar uma demonstração é equivalente a demonstrar a falsidade da tese em análise.
E não é a primeira vez que isso acontece. Coisa idêntica foi feita diante, p.ex., da cruz em pé no meio dos escombros aos quais foi reduzida uma igreja no Haiti quando houve um terremoto, ou diante da pequena imagem de Nossa Senhora das Graças deixada em pé após as enchentes de Petrópolis no início do ano passado. Ou quando foi divulgada uma imagem de um batismo na Espanha na qual a água derramada pelo padre formava uma cruz. Eu aproveito a oportunidade da – belíssima! – imagem dos funerais de D. Eugenio Sales para repetir o que eu já falei algures sobre o assunto.
Em uma palavra, os (auto-intitulados) livres-pensadores têm uma absurda dificuldade em entender um símbolo (ou uma extraordinária má-vontade em aplicar este conceito a assuntos religiosos). É como se a única forma de uma imagem ser verdadeira seria se ela correspondesse perfeitamente à realidade empírica, e – pior! – contendo em si mesma todas as informações necessárias para explicitar sem margem de dúvida razoável a cadeia completa de causas materiais que a produziram. Pior ainda é quando atribuem uma falsa intenção a quem divulga a imagem e, não encontrando nela elementos suficientes para demonstrar aquela alegada intenção, classificam a imagem como falsa e quem a divulga como um enganador.
Por exemplo, a presente imagem da pomba acompanhando o esquife do cardeal. Foi dito – de maneira até inexplicavelmente agressiva – que é perfeitamente possível fazer uma pomba ficar num caixão sem que isto prove a existência de Deus. Oras, mas é claro que é possível, e de incontáveis maneiras: a pomba podia ser treinada, podia ser uma pomba de estimação do cardeal, podia haver algum vestígio de substância (p.ex., farelo de pão) sobre o caixão que a tivesse atraído, ou simplesmente a pomba pode ter ficado lá porque ela precisava ficar em algum lugar e calhou de ser em cima do caixão, etc. Na verdade, isto importa bem pouco, porque o ponto aqui é outro: é a força da imagem de uma pomba branca velando o corpo de um cardeal da Santa Igreja, e a mensagem aqui transmitida não perde o seu vigor dependendo da forma como a cena foi produzida.
Não existem somente as (na falta de expressão melhor) “verdades factuais”. Por exemplo – e este os ateus hão de entender -, quando alguém vê um conjunto de bolinhas e de linhas curvas em certa disposição, sabe que aquilo é um átomo. Pouco importa se o átomo “de verdade” não é exatamente assim (e as “bolinhas”, longe de serem indivisíveis, são formadas por diversas outras partículas sub-atômicas, e os elétrons não descrevem bem movimentos elípticos e são melhor representados por funções de probabilidade, etc.), aquilo é um átomo. Ainda por exemplo (os ateus façam uma forcinha para entenderem esta), aquele quadro que tem na igreja do Senhor do Bonfim em Salvador e que retrata a morte do ímpionão significa que os demoniozinhos são bípedes com caras de monstros e que ficam fisicamente puxando o moribundo para impedi-lo de [até mesmo involuntariamente] estender os braços em direção à cruz que lhe é oferecida. Um sujeito que dissesse que este quadro é “falso” ou “mentiroso” por conta disso não entendeu, absolutamente, qual é o propósito do quadro, e está preso em uma visão tosca de um emaranhado de elementos sensíveis com relação aos quais não tem, absolutamente, a menor visão de conjunto.
A majestosa ave ebúrnea posta como atalaia do corpo do eminentíssimo cardeal Eugenio Sales ao longo de todo o cortejo fúnebre não tem verdades metafísicas a comunicar com a autoridade de um emissário dos Céus. Aliás, até mesmo para os católicos, a sua presença não deve ser tomada como um sinal inequívoco de que o egrégio purpurado encontra-se já na Glória de Deus. Mas ela serve, sim, como um sinal de esperança na misericórdia divina; como uma homenagem – justíssima, por certo, independente de quem a tenha preparado – ao general que parte (sobre homenagens, aliás, vale ler o frei Rojão), convidando-nos a continuar aqui na terra o seu trabalho e a oferecer-lhe, como gratidão pelo bem realizado, o sufrágio de nossas orações. Que o Senhor lhe dê o descanso eterno, e a luz perpétua brilhe sobre ele. Descanse em paz, Dom Eugenio Sales.
A foto abaixo foi compartilhada à exaustão ontem tanto no Facebook quanto na blogosfera católica. Pesquisando um pouco, cheguei à sua [mais provável] fonte original que é esta galeria de imagens da UOL, na qual podem inclusive ser vistas outras imagens da alva guardiã do féretro do Eminentíssimo cardeal brasileiro recém-falecido.
Como sempre, houve entre os críticos da religião quem se incomodasse com o fato de uma pomba branca ter passado tanto tempo ao lado do ataúde cardinalício. Depois das primeiras levianas acusações de montagem terem sido desmentidas pela profusão das fontes testemunhas primárias, passou-se rapidamente às buscas de causas naturais para o fenômeno, não raro chegando a acusações (igualmente levianas) de fraude deliberada. Isto como se nós, os religiosos, tivéssemos em algum momento insinuado que a pomba branca era uma demonstração cabal da existência de Deus ou coisa parecida, ou como se os inimigos de Deus tivessem perdido as aulas básicas de lógica elementar e acreditassem sinceramente, por algum irracional e nonsense ato de fé, que refutar uma demonstração é equivalente a demonstrar a falsidade da tese em análise.
E não é a primeira vez que isso acontece. Coisa idêntica foi feita diante, p.ex., da cruz em pé no meio dos escombros aos quais foi reduzida uma igreja no Haiti quando houve um terremoto, ou diante da pequena imagem de Nossa Senhora das Graças deixada em pé após as enchentes de Petrópolis no início do ano passado. Ou quando foi divulgada uma imagem de um batismo na Espanha na qual a água derramada pelo padre formava uma cruz. Eu aproveito a oportunidade da – belíssima! – imagem dos funerais de D. Eugenio Sales para repetir o que eu já falei algures sobre o assunto.
Em uma palavra, os (auto-intitulados) livres-pensadores têm uma absurda dificuldade em entender um símbolo (ou uma extraordinária má-vontade em aplicar este conceito a assuntos religiosos). É como se a única forma de uma imagem ser verdadeira seria se ela correspondesse perfeitamente à realidade empírica, e – pior! – contendo em si mesma todas as informações necessárias para explicitar sem margem de dúvida razoável a cadeia completa de causas materiais que a produziram. Pior ainda é quando atribuem uma falsa intenção a quem divulga a imagem e, não encontrando nela elementos suficientes para demonstrar aquela alegada intenção, classificam a imagem como falsa e quem a divulga como um enganador.
Por exemplo, a presente imagem da pomba acompanhando o esquife do cardeal. Foi dito – de maneira até inexplicavelmente agressiva – que é perfeitamente possível fazer uma pomba ficar num caixão sem que isto prove a existência de Deus. Oras, mas é claro que é possível, e de incontáveis maneiras: a pomba podia ser treinada, podia ser uma pomba de estimação do cardeal, podia haver algum vestígio de substância (p.ex., farelo de pão) sobre o caixão que a tivesse atraído, ou simplesmente a pomba pode ter ficado lá porque ela precisava ficar em algum lugar e calhou de ser em cima do caixão, etc. Na verdade, isto importa bem pouco, porque o ponto aqui é outro: é a força da imagem de uma pomba branca velando o corpo de um cardeal da Santa Igreja, e a mensagem aqui transmitida não perde o seu vigor dependendo da forma como a cena foi produzida.
Não existem somente as (na falta de expressão melhor) “verdades factuais”. Por exemplo – e este os ateus hão de entender -, quando alguém vê um conjunto de bolinhas e de linhas curvas em certa disposição, sabe que aquilo é um átomo. Pouco importa se o átomo “de verdade” não é exatamente assim (e as “bolinhas”, longe de serem indivisíveis, são formadas por diversas outras partículas sub-atômicas, e os elétrons não descrevem bem movimentos elípticos e são melhor representados por funções de probabilidade, etc.), aquilo é um átomo. Ainda por exemplo (os ateus façam uma forcinha para entenderem esta), aquele quadro que tem na igreja do Senhor do Bonfim em Salvador e que retrata a morte do ímpionão significa que os demoniozinhos são bípedes com caras de monstros e que ficam fisicamente puxando o moribundo para impedi-lo de [até mesmo involuntariamente] estender os braços em direção à cruz que lhe é oferecida. Um sujeito que dissesse que este quadro é “falso” ou “mentiroso” por conta disso não entendeu, absolutamente, qual é o propósito do quadro, e está preso em uma visão tosca de um emaranhado de elementos sensíveis com relação aos quais não tem, absolutamente, a menor visão de conjunto.
A majestosa ave ebúrnea posta como atalaia do corpo do eminentíssimo cardeal Eugenio Sales ao longo de todo o cortejo fúnebre não tem verdades metafísicas a comunicar com a autoridade de um emissário dos Céus. Aliás, até mesmo para os católicos, a sua presença não deve ser tomada como um sinal inequívoco de que o egrégio purpurado encontra-se já na Glória de Deus. Mas ela serve, sim, como um sinal de esperança na misericórdia divina; como uma homenagem – justíssima, por certo, independente de quem a tenha preparado – ao general que parte (sobre homenagens, aliás, vale ler o frei Rojão), convidando-nos a continuar aqui na terra o seu trabalho e a oferecer-lhe, como gratidão pelo bem realizado, o sufrágio de nossas orações. Que o Senhor lhe dê o descanso eterno, e a luz perpétua brilhe sobre ele. Descanse em paz, Dom Eugenio Sales.
Seria a pedofilia um comportamento “normal”, mesmo que se provasse sua suposta origem genética?
Chelsea Schilling
Indivíduos
que estupram crianças ou que fantasiam abusar delas sexualmente merecem
simpatia pelo motivo de terem nascido com cérebros de pedófilos?Essa é a questão levantada por um cientista e âncora famoso da CNN após o recente escândalo envolvendo Jerry Sandusky.
A CNN recentemente publicou uma reportagem de James Cantor
, um psicólogo e cientista homossexual do Centro de Dependência e Saúde
Mental da Clínica de Comportamento Sexual, que trabalha como professor
associado de psiquiatria na Universidade de Toronto.“Parece que é possível nascer com um cérebro predisposto a experimentar um estímulo sexual em resposta a crianças”, escreve ele em seu artigo para a CNN.
E continua: “Casos
de abuso sexual de crianças que envolvem uma longa sequência de vítimas
ao longo de anos ilustram o que pode acontecer quando alguém se rende
aos seus interesses sexuais, ou deliberadamente os estimula,
independente do dano potencial às outras pessoas. São esses casos que
dominam as manchetes e provocam repulsa com relação aos pedófilos. Mas
eles são raros. Um número incontável de casos merece simpatia. A ciência
sugere que eles são indivíduos que, involuntariamente, nasceram com um
impulso sexual ao qual devem resistir continuamente, sem exceção, ao
longo da vida toda. Pouca ou nenhuma assistência está disponível para
eles”.
De acordo com a Associação Americana de Psicologia , Cantor é entusiasmado pelas bases neurológicas do comportamento sexual,
e brinca, “Sinto-me sortudo de ter encontrado uma maneira de estimular
meu cérebro intelectualmente permitindo-me pensar em sexo o tempo todo”. Ele estudou os cérebros de homens pedófilos por meio de ressonância magnética.
Cantor
explica suas descobertas:“Homens pedófilos possuem uma quantidade
consideravelmente menor de substância branca, que é o tecido conjuntivo
responsável pela comunicação entre diferentes regiões do cérebro. Os
pedófilos executam com desvantagem diversos testes de função cerebral,
tendem a possuir estatura mais baixa e são três vezes mais propensos a
serem canhotos ou ambidestros (características observáveis antes do
nascimento). Embora características não biológicas possam se mostrar
relevantes, é difícil, se não impossível, explicar as descobertas da
pesquisa descartando um forte papel da biologia”.
Ele
explica, da sua experiência com esses indivíduos, que os pedófilos agem
com base nos seus impulsos sexuais e estupram crianças “quando se
sentem mais desesperados”.“No entanto, boa parte do que a sociedade faz
tem ajudado a aumentar em vez de reduzir esse desespero”, escreve.
Nos
EUA, observa Cantor, o foco tende a cair sobre as punições exigidas
depois que o abuso sexual aconteceu, em vez de se implantar políticas
sociais com foco na prevenção.“Se
são as conexões cerebrais que no fim das contas determinam quem irá
desenvolver a pedofilia, poderíamos detectá-las cedo o suficiente para
evitar o processo?” pergunta. “Até que descubramos mais
informações, faremos um bem maior tornando mais fácil para os pedófilos
buscarem ajuda do que forçá-los à discrição solitária”.
Enquanto isso, o âncora da CNN se intromete para expressar simpatia por Sandusky, considerado culpado de 45 das 48 acusações de abuso sexual depois de ter estuprado 10 garotos ao longo de 15 anos.Don Lemon, da CNN, um homossexual assumido que revelou que foi estuprado quando criança, entrevistou Cantor sobre as suas descobertas. No trecho,
ele afirma:“Sei que muitas pessoas irão me enviar mensagens de ódio por
isso. Nunca fui o tipo de pessoa que se alegra com a desgraça dos
outros, e quando vi Jerry Sandusky sair algemado, senti um pouco de pena
dele, mesmo que saiba que o júri havia descoberto que ele havia feito
coisas terríveis, pensei: ‘A vida dele acabou’. Todos esses meninos, foi
terrível para eles também. Não há vencedores”.
Enquanto isso, alguns
especialistas alertam sobre campanhas bastante controversas nos últimos
anos que buscam a simpatia, e até a normalização, da pedofilia.No
ano passado, a Dra. Judith Reisman, que lidera uma investigação do
Ministério de Justiça dos EUA sobre o abuso sexual de crianças, afirma
que os defensores da pedofilia estão utilizando a mesma estratégia
aplicada com sucesso para tornar o homossexualismo um assunto de
sala-de-aula para crianças pequenas nas escolas públicas do país.
Conforme noticiado pelo WND, Reisman esteve em uma conferência feita pelo grupo de defesa das “pessoas que sentem atração por menores” B4U-ACT
, cujo objetivo era o de disseminar “informações precisas” sobre a
posição de que a pedofilia é nada mais do que uma orientação sexual
alternativa.“Se um país estrangeiro viesse e fizesse isso em nosso país,
todos ficariam escandalizados”, disse Reisman a respeito do evento do
B4U-ACT, em que também esteve presente Matt Barber, vice-presidente do
Liberty Counsel Action.
Os
palestrantes pediram a remoção da pedofilia da lista de distúrbios
mentais da Associação Americana de Psiquiatria no seu Manual Diagnóstico
e Estatístico de Desordens Mentais (MDEDM).
Reisman explica que a mesma
estratégia foi utilizada pelos ativistas homossexuais na década de 1970,
quando a atração pelo mesmo sexo foi removida da lista de distúrbios da
Associação. Mais
tarde, seguiu-se a legalização do “casamento gay”, as aulas
obrigatórias sobre o homossexualismo nas escolas públicas e a política
que permite o homossexualismo assumido nas forças armadas dos EUA.
“O Dr. John Sadler (Universiade do Texas) argumentou que critérios
diagnósticos para distúrbios mentais não deveriam ser baseados em
conceitos de vício, uma vez que tais conceitos estão sujeitos a mudanças
de atitudes sociais, o que desvia os profissionais de saúde mental do
seu papel como terapeutas”, disse a organização B4U-ACT em um relatório sobre sua conferência em Baltimore.
Outra celebridade foi Fred
Berlin, da Universidade de Johns Hopkins, que argumenta em favor da
“aceitação e da compaixão por pessoas que sentem atração por menores”,
continua o relatório.O relatório se refere enfaticamente a “pessoas que
sentem atração por menores” em referência aos pedófilos, e explica que
as questões podem ser resolvidas com “informações precisas”.
Richard
Kramer, que representou o B4U-ACT no evento, sustentou que listar a
pedofilia como uma desordem estigmatiza as “vítimas” dessa escolha de
estilo de vida.De acordo com Barber, os palestrantes da conferência
disseram que o Manual Diagnóstico deveria “se
concentrar nas necessidades” dos pedófilos e deveriam ter “um foco
mínimo no controle social” em vez de um foco na “necessidade de proteger
as crianças”.
Barber, defensor veemente dos
valores judaico-cristãos e da família tradicional, disse ao WND que a
conferência foi “a Associação Norte-Americana de Amor entre Homens e
Meninos [conhecida pela sigla em inglês NAMBLA] disfarçada da linguagem
pomposa de Ph.Ds elitistas”.A NAMBLA defende abertamente a legalização das relações sexuais entre adultos e crianças.“Isso
é um monte de relativistas morais bem-educados da comunidade de saúde
mental tentando atingir a tolerância absoluta”, afirma Barber.
Barber disse que os temas da
conferência se tornaram claros rapidamente:* Os pedófilos são
injustamente “demonizados” na sociedade.* O conceito de “errado” não
deveria ser aplicado a “pessoas que sentem atração por menores”.*
“Crianças não são inerentemente incapazes de consentir” à relação sexual
com um adulto.* “O desejo de uma adulto de ter relação sexual com
crianças é ‘normativo’”.* E o Manual Diagnóstico “ignora que os
pedófilos ‘possuem sentimentos de amor e romance por crianças’ da mesma
forma que adultos heterossexuais possuem uns pelos outros”.
Barber observa que o
palestrante autointitulado “ativista gay”, Jacob Breslow, afirma que é
natural que as crianças sejam “o objeto da nossa atração”.
Breslow sustenta que os pedófilos não deveriam precisar de
consentimento de uma criança para ter relações sexuais da mesma forma
que não precisam de consentimento de um sapato para calçá-lo, de acordo
com Barber.Berlin havia noticiado anteriormente que 67% dos
pedófilos e estupradores de crianças tinham recaídas após serem tratados
do distúrbio. Mas os poucos que não tiveram recaídas foram monitorados
por apenas dois anos, e qualquer reincidência depois disso não foi
relatada. E Reisman observa que mesmo suas “histórias” de sucesso eram
anônimas e “não verificadas de forma alguma”.
Em um comentário relaciotado feito para o WND,
Reisman afirma que “O caminho da Associação Americana de Psiquiatria
para normalizar a pedofilia segue o sucesso da campanha do anarquismo
homossexual. Possivelmente o lobby da mídia pedófila orientou os beijos
apaixonados entre meninos na série de TV ‘Glee’ para permitir que seus
amigos “que sentem atração por menores” possam ser vistos cada vez mais
como ‘amigos’ sexuais de meninos’.“O B4U-ACT alega estar ‘ajudando
profissionais de saúde mental a aprenderem mais sobre a atração a
menores e considerar os efeitos dos estereótipos, dos estigmas e do
medo’. Enquanto o grupo alega querer ensinar aos pedófilos ‘como viver
plenamente e se manter dentro da lei’, ninguém sugeriu como parar com
seu desejo sexual por crianças ou com os abusos sexuais”, escreveu.
No entanto, em 2010, quando o
Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de estado do Vaticano, associou o
homossexualismo aos abusos sexuais, Cantor rejeitou a alegação de que haveria uma ligação entre o homossexualismo e a pedofilia.
“A literatura científica é solidamente clara que não há absolutamente
nenhuma associação entre ser gay e ser um pedófilo”, disse à CNN.
70% das pessoas criadas em famílias ateístas se convertem durante a vida, revela pesquisa.
Uma
pesquisa realizada pelo Pew Forum on Religion & Public Life nos
Estados Unidos revelou que 70% das pessoas que são criadas com ensinos
ateus se convertem ao longo da vida.
Os dados foram divulgados pela Arquidiocese de Washington da Igreja Católica, e mostra dados referentes a outras religiões também.
De 100% das pessoas criadas em famílias ateístas, apenas 30% permanecem ateias até o final da vida.
Os
dados em relação ao cristianismo foram divididos por denominações,
mostrando a percentagem de permanência dos fiéis nessas denominações. A
igreja cristã que mantém o maior número de fiéis ao longo da vida é a
Ortodoxa Grega, com 73%, seguida de perto pela Igreja Católica, com 68%.
A igreja protestante com maior taxa de permanência de fiéis é a Batista, com 60%, seguida pela igreja Luterana, com 59%.
Se
levado em consideração os dados referentes à religião Mórmon, que é
tida como seita por muitos estudiosos, a igreja passa a ser a
denominação com a segunda maior retenção de fiéis: 70%.
Entre
as demais religiões pesquisadas, a que mais retém adeptos é o
hinduísmo, com 84%, seguida pelo judaísmo, que mantém 76% dos fiéis. O
Islamismo possui taxa idêntica ao judaísmo, 76%.
Os
cristãos de orientação pentecostal alcançaram taxa de retenção dos
fiéis que crescem sob suas doutrinas de 50%, número equivalente ao
alcançado pela religião budista, com 49%.
Outra
denominação cristã protestante histórica, os presbiterianos, ficaram
com 41% de permanência, enquanto que os seguidores que permanecem na
denominação considerada seita Testemunhas de Jeová são 37%.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
As multiformas de comunicação e a percepção na comunidade.
Cônscio de importante ferramenta na diversidade de comunidades linguísticas, uma Paróquia, por exemplo, é louvável que nos comunicando estabeleçamos sadias relações de entendimento visto que somos irmanados pelo Verbo encarnado, na potência do Espírito Santo e assim fala ao homem.
Comunicar-se é, de fato, saber ouvir e ser ouvidoe outrossim corresponder. Quando a mensagem que verbalizamos não atingiu o nosso receptor, devemos utilizar a diversidade dos dinamismos da comunicação para que não haja alguma lacuna, de maneira tal, que as palavras, organizadas em períodos e lançadas pelo emissor atinja o objetivo almejado.
Ao contemplarmos na sociedade pluralista a gama de guetos com seus códigos linguísticos, abstraímos a correlação entre os mesmos, sejam eles gírias, expressões faciais e verbais... um leva o outro a sentir-se parte daquele todo, ou seja, aquela comunidade.
Com os cristãos primitivos era assim ''tudo posto em comum'' e ainda ''vêde como eles se amam'', para que a unidade seja a consequência dos valores humanos e cristãos vividos na comunidade.
Oxalá consigamos, pois, como no-lo diz o santo apóstolo Paulo: ''embora sendo muitos, formamos um único Corpo e partimos um único Pão.'' A Ele, o Imortal, a glória, o poder e a realeza pelos séculos sem fim. Amém!
segunda-feira, 2 de julho de 2012
. ''O sangue dos mártires é semente para novos cristãos.'' (Tertuliano)
*Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo
Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus. (cf. Antífona da entrada; Missa do dia; MR)
É surpreendentemente estupendo lermos supracitada e logo fazermos
reminiscência desses dois grandes gigantes da única fé católica e
apostólica. São Pedro e São Paulo. Provavelmente se formos fazer um
levantamento entre os cristãos católicos e não-católicos acerca dos dois
baluartes ;muitos já ouviram falar, todavia não conhecem os veneráveis
apóstolos que, como diz o prefácio dos mártires ''mereceu dar o perfeito
testemunho, derramando seu sangue como Cristo.''
O
que exaltarmos em Paulo de Tarso e em Simão, cujo sobrenome, após
àquela tarde, ao encontrar-se com o Messias no Lago de Tiberíades ouvira
,do ''Consumador da nossa Fé'', isto é, Jesus Cristo. Recordemos,
quando desse encontro, segundo o evangelista São João: e Jesus fixou os olhos em Simão e disse: a partir de hoje chamar-se-á ''kefas’' que dizer Pedra.
Neste
ínterim pensemos, outrossim, no valente Paulo, que de perseguidor,
tornou-se perseguido, de maneira tal, a exclamar como diz a segunda
leitura da missa do dia:combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Eis
aqui, pois, o que podemos, colocar como a máxima de Paulo que,
esvaziando-se todo de si, mereceu, pela potência do Espírito Santo,
robustercer-se do ''novo Adão para chegar a atingir à sua estatura. ‘’
Em
mais de dois milênios de Cristianismo e com a têmpera paulina e petrina
no que tangencia o anúncio solene e público da pessoa do nosso Divino
Salvador a Igreja, nossa Mãe Católica e Esposa do Deus Messias, continua
com aquela genuína fé professada por Simão Pedro e aquela mesmíssima
intrepidez evangélica de Paulo, quando da vez que chegara até aos gregos
e, no areópago, anuncia-lhes o ''Deus desconhecido'', como estara
grafado naquela ara.
Apraz-nos
em figuras quão insígnes renovarmos quotidianamente a nossa fé, herança
do nosso Batismo dada pela Santa Igreja, esta, cujas colunas são os
dois príncipes dos apóstolos , seguido, por conseguinte, hoje, do
Colégio Universal dos Bispos em comunhão única e verdadeira, para com o
sucessor da ''Cátedra Petrina''.
Hoje,
irmãos meus, contemplamos a tecnologia; a pós-modernidade e eis que
nessa eclosão,a Igreja permanece una, santa, católica e apostólica,
conforme a exortação paulina: uma só fé, um só Senhor, um só Batismo.
E também um único Pedro, cuja face hoje resplandece no Santo Padre, o
Papa Bento XVI, como único ponto da catolicidade e da caridade cristã.
Oxalá essa Solenidade nos conduza na diuturna formação na escola de
Pedro, que a Igreja.
Sob
os auspícios da Beatíssima Virgem Maria, ''Regina apostolorum'', dos
beatíssimos Pedro e Paulo, colunas fundamentais da Santa Igreja e do
Bem-Aventurado Josemaría Escrivá de Balaguer, que afirmara: ''Roma, és
tão bela em seus monumentos, mas, nenhum deles, vos adorna tanto como o
Vigário de Cristo'', possamos, na militância dessa Igreja , chegarmos à
Jerusalém Celeste, a Igreja Triunfante, aonde ''pela cruz e pela
espada'' com o sangue derramado, púrpura e coroa do martírio, chegaram os veneráveis apóstolos. Assim seja!
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Para pensarmos nos dois gigantes da única fé católica e apostólica, alguns extratos dos ''Sermões de Santo Agostinho, bispo, século V'' que a Mãe Igreja faz lê no Ofício das Leituras quando da Solenidade dos bem-aventurados Pedro e Paulo
[a] O
martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este
dia. Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça,
proclamaram a verdade, morreram pela verdade.
[b] Porque tu és Pedro. Pedro vem de pedra; não pedra que vem de Pedro. Pedro vem de pedra, como cristão vem de Cristo.
[c] Como sabeis, o Senhor Jesus, antes de sua paixão, escolheu alguns discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. Dentre estes, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja inteira. Porque sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: 'Eu te darei as chaves do Reino dos Céus.'
[d] Assim manifestava-se a superioridade de Pedro, que representava a universalidade e a unidade da Igreja, quando lhe foi dito:' Eu te darei.'
[e] Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, o testemunho e as pregações destes dois apóstolos.
[b] Porque tu és Pedro. Pedro vem de pedra; não pedra que vem de Pedro. Pedro vem de pedra, como cristão vem de Cristo.
[c] Como sabeis, o Senhor Jesus, antes de sua paixão, escolheu alguns discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. Dentre estes, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja inteira. Porque sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: 'Eu te darei as chaves do Reino dos Céus.'
[d] Assim manifestava-se a superioridade de Pedro, que representava a universalidade e a unidade da Igreja, quando lhe foi dito:' Eu te darei.'
[e] Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, o testemunho e as pregações destes dois apóstolos.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
''Somos um só coração e uma só alma'', somos comunidade!!!!!
quarta-feira, 27 de junho de 2012
A Religião e o Homem
O que concebemos como religião? Você tem religião? Qual a
sua religião? Indagações como essas são feitas constantemente a nós por
alhures e, de fato, fazemo-las a nós mesmos. A princípio, é preciso
compreender o significado do vocábulo que é oriundo do termo latino
‘’religare.'' Segundo Aurélio, religar é: ligar de novo; vincular bem.
Desta feita, entendamos também, consoante o mesmo dicionarista, o que é
Religião: sentimento que liga uma pessoa (criatura) a Deus
(Criador).Partindo do conceito de Religião, vejamos, o porquê, do Homem
buscar a Ontologia. Somos seres da necessidade; da dependência, ora
material ora humano-afetiva. Façamos uma autoavaliação e tiraremos
ligeiramente às conclusões precisas que nos insere na mútua relação.
É pertinente salientarmos a necessidade, mesmo
transitória, da Humanidade. Será que já fizemos uma perlustração do
quotidiano? Talvez não. Somos levados pelo ritmo: o estudo, o trabalho,
os filhos... quando deparamos-nos vem o crepúsculo e, por conseguinte,
o ocaso de mais um dia; e às vezes exclamamos- ‘’como passou rápida a
semana, o mês, o ano!’’ E a necessidade de comunicar-se? Será que para a
execução das atividades do dia a dia não precisamos do outro?
Sabido da precisão material e mútua, o homem é carente
interiormente. Decerto nada do que é efêmero nos satisfaz; sempre
queremos alçar voos para galgarmos os mais elevados patamares e destarte
não nos preenchemos. A Filosofia nos apresenta três indagações acerca
do gênero humano: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? De fato,
as supracitadas, poderão ser respondidas à luz da Religião.
Certa vez um colunista publicou a seguinte afirmação: ‘’O
Homem não tem necessidade da Religião.’’ Esta faz lembrar, a frase de
Karl Marx dizendo que a ‘’religião é o ópio do povo.’’ A assertiva do
colunista gera em nós críticas; pois, tão quanto o nosso biológico exige
de nós, com mais excelência a nossa psyché (alma) e o
espírito. Há muitos teóricos insistindo com veemência, a alienação
gerada pela Religião , todavia trata-se dum equívoco, uma vez que ela
foi deixada para libertar o Gênero Humano das cadeias ideológicas,
permitindo-lhe, em sua plenitude, saber quem o é.
‘’O homem está à procura de
Deus. Pela criação, Deus chama todo ser do nada à existência. ‘’Coroado
de glória e esplendor’’ (Salmo 8,6), o homem é, depois dos anjos, capaz
de reconhecer que é ‘’poderoso o Nome do Senhor em toda a terra.’’ (
Salmo 8, 12) Mesmo depois de ter perdido a semelhança com Deus por seu
pecado, o homem continua sendo um ser feito à imagem de seu Criador.
Conserva o desejo daquele que o chama à existência. Todas as religiões
testemunham essa procura essencial dos homens. ( cf. CIC- 2566)
Eis aí, irmãos, o protagonismo da Religião. Elevar o
indivíduo até Deus; aproximá-lo, esclarecê-lo que veio Dele e para Ele
voltará. Desde o ato da criação; vemos a Trindade Santíssima conceder
ao homem a sua Imagem e Semelhança. Deste gesto amoroso percebemos a
vontade do Criador em fazê-lo partícipe do mistério da salvação.
Lateja no coração humano uma satisfação perene, sobretudo na
contemporaneidade em que tudo tornar-se descartável. O homem é sem
dúvida, o único ser cujo olhar deve permanecer fixado para o
Transcendente, o que lho é superior e capaz de responder os anseios mais
profundos.
Um
estudo elaborado por um grupo de psicólogos das universidades
Universidade de Riverside, Stanford e British Columbia indica que a
paternidade aumenta nos homens os níveis de felicidade em comparação
com aqueles que não têm filhos, e evidenciou também que as crianças não são uma fonte de problemas.
Segundo a investigação chamada “Em Defesa da Família: As crianças estão associadas com mais alegria que penas”, os pais que participaram do estudo manifestaram um maior grau de felicidade, emoções positivas e vontade de viver que os homens sem filhos.
Do mesmo modo, contra o que comumente se acredita em várias sociedades do mundo, o estudo demonstrou que os pais são mais felizes quando estão cuidando dos seus filhos que em qualquer outro tipo de atividade cotidiana, “apesar das responsabilidades adicionais às que conduz”.
Nesse sentido, Elizabeth W. Dunn, psicóloga social da Universidade de British Columbia no Canadá, assinalou que os benefícios emocionais da paternidade se relacionam com o aumento da responsabilidade.
“Ao estar pendente dos cuidados de outra pessoa se fomenta certo altruísmo e o homem deixa de estar tão centrado em si mesmo, e partir desta óptica fomenta-se as emoções positivas”, expressou Dunn, quem esclareceu ainda que “não se trata de procurar os sentimentos positivos através dos filhos, mas sim de implicar-se em seu cuidado e educação”.
Finalmente, os investigadores indicaram que o estudo também contradiz aqueles que acreditam que os filhos são uma fonte de problemas. Segundo o estudo, os filhos não prejudicam o desenvolvimento pessoal dos pais nem limitam suas relações sociais.
Segundo a investigação chamada “Em Defesa da Família: As crianças estão associadas com mais alegria que penas”, os pais que participaram do estudo manifestaram um maior grau de felicidade, emoções positivas e vontade de viver que os homens sem filhos.
Do mesmo modo, contra o que comumente se acredita em várias sociedades do mundo, o estudo demonstrou que os pais são mais felizes quando estão cuidando dos seus filhos que em qualquer outro tipo de atividade cotidiana, “apesar das responsabilidades adicionais às que conduz”.
Nesse sentido, Elizabeth W. Dunn, psicóloga social da Universidade de British Columbia no Canadá, assinalou que os benefícios emocionais da paternidade se relacionam com o aumento da responsabilidade.
“Ao estar pendente dos cuidados de outra pessoa se fomenta certo altruísmo e o homem deixa de estar tão centrado em si mesmo, e partir desta óptica fomenta-se as emoções positivas”, expressou Dunn, quem esclareceu ainda que “não se trata de procurar os sentimentos positivos através dos filhos, mas sim de implicar-se em seu cuidado e educação”.
Finalmente, os investigadores indicaram que o estudo também contradiz aqueles que acreditam que os filhos são uma fonte de problemas. Segundo o estudo, os filhos não prejudicam o desenvolvimento pessoal dos pais nem limitam suas relações sociais.
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Três meses antes da abertura do Ano da Fé entra no ar o website do evento: www.annusfidei.va.
Na conferência para a imprensa,
o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova
Evangelização, Dom Rino Fisichella, apresentou o portal, a logomarca, o
hino e o calendário dos eventos principais presididos pelo Papa.
Todos os detalhes sobre os eventos do Ano da Fé podem ser encontrados no novo portal
O segundo jubileu na história
dedicado à fé começará no próximo dia 11 de outubro com a celebração
eucarística presidida pelo Papa com os padres sinodais e conciliares. Na
programação está prevista também a cerimônia com o sacramento da
Confirmação administrada pelo Santo Padre.
“O Ano da Fé, antes de tudo,
pretende apoiar a fé de tantos crentes que no trabalho cotidiano não
cessam de confiar com convicção e coragem a própria existência ao Senhor
Jesus”, explicou Dom Fisichella, declarando que as várias iniciativas
durante o Ano da Fé têm como objetivo despertar a fé em partes do mundo
de tradição cristã.
A respeito do site, o prelado
informou que todos os detalhes sobre os eventos e outras informações
sobre o Ano da Fé podem ser encontrados nele, que contém subsídios,
livros e todos os tipos de dispositivos. Em colaboração com as edições
São Paulo foi publicada uma série de pequenos livros com as bases da fé
católica
Sobre a logomarca do Ano da Fé,
o presidente do dicastério explicou que ela salienta o caráter
catequético do evento. Segundo o prelado, a imagem da Igreja representa
um barco que navega sobre as ondas. Seu mastro é uma cruz. Este iça as
velas queformam o trigrama de Cristo: IHS. Na logomarca, ao fundo, se vê
representado o sol associado ao trigrama que se refere à
Eucaristia.(foto abaixo)
Uma outra iniciativa
do Vaticano dedicada ao Ano da Fé será a promoção da imagem do Cristo
Pantocrátor da Catedral de Monreale com o credo
niceno-constantinopolitano impresso atrás com um convite para aprendê-lo
de cor.
domingo, 24 de junho de 2012
Solenidade da Natividade de São João Batista
Hoje nos alegramos celebrando a Solenidade da Natividade de São João
Batista, o magno profeta-pontífice entre as duas alianças.
O
que exaltarmos na vida de um homem, cuja existência fora pautada à
entrega ao ministério profético messiânico? Acorramos às Escrituras
Santas, aí, somente aí, encontraremos os caracteres de quão importante personagem na economia da salvação.
Diz o evangelista: ''João morava no deserto da Judeia, alimentava-se
de gafanhoto e mel silvestre, cingia-se com um cinturão feito com com
couro de camelo. Reparemos, ainda, a voraz pregação desse, que, como
disse Nosso Senhor, 'recebera a recompensa de profeta: ''João pregava a
chegada do Reino de Deus. Admoestava: Que tiver duas túnicas, dê uma a
quem não tem, quem tiver comida, faça o mesmo. Aos que usaram de
defraude devolva duas vezes.''
Eis o nosso São João, o Batista: simples, austero, temeroso, justo.
Fora mister que o precursor do Filho de Deus possuísse tais virtudes.
Ainda noutro lugar encontramos: ''João não era a luz, mas veio dá
testemunho da luz.'' João não era a Palavra, mas era a voz, que
preparava o povo do Messias davídico para receber o Cristo de Deus! João
Batista, como assinala Isaías profeta, 'voz que brada no deserto:
''preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!''
É louvável apreciar como o povo disperso nos macros e micros lugares
do nosso país honra insigne baluarte, muitos, até, sem nem conhecê-lo. E
o cristão? Quais os salutares exemplos que São João, filho de Zacarias e
Isabel, deixa-nos? Temor a Deus, prática da justiça, têmpera profética,
autenticidade no testemunho, total adesão ao projeto de Deus...
É notório também nas imagens de São João a presença de um cordeiro.
Primeiro porque foi ele quem apontou o Filho de Deus como o ''Agnus
Dei'', anunciando assim, que o Messias era o verdadeiro Cordeiro de
Deus, cuja obra desdobrar-se-ia na Ara da Cruz. Depois, porque ele,
imolar-se-ia tal qual aquele cordeiro: o seu martírio. João Batista
precursor no nascimento e na morte do nosso Divino Redentor. Bendito
seja Deus, Senhor nosso, pela vida e e testemunho desse, como todos os
dias, a Mãe Igreja, canta nas Laudes: ''serás profeta do Altíssimo, ó
menino.''
Oxalá a Liturgia do natal de São João nos robusteça na procura diuturna da Suprema vontade: a de Deus.
São João Batista, rogai por nós!
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Seu
coração pensa, de geração em geração, para livrar da morte as suas
almas e para os nutrir na fome. Exultai, ó justos, no Senhor; os retos
de coração devem louvá-Lo. Salmo 32
Com venerável introito, inicia, o sacerdote, a Solenidade
do Coração do Filho de Deus. Ao transcorrer do Ano Litúrgico, nas
solenidades, festas e memórias a Mãe católica sempre honra o adamantino
Coração do Seu Santíssimo Esposo. Eis as características de quão nobre
Coração: amoroso, complacente, 'fornalha ardente de caridade', como
roga-se piedosamente na ladainha. Mais que todos os adjetivos que se
possa elencar, uma única expressão compendia: É o Coração do Homem-Deus!
Ao
nos depararmos com a Escritura, ainda que no Antigo Israel, vemos ainda
que patente, a transbordante caridade do Coração de Deus. Pensemos
quando o povo da aliança do Sinai estava no Egito. Pensemos! Deus
cerca-o de 'carinho e proteção', quando da vez que mata os primogênitos
do Egito, a pé enxuto faz com que Israel, seu bem- amado, atravessara
incólume o Mar Vermelho, ao ponto que Faraó e seu exército é cruelmente
tragados pelo mar. Ainda recordemos do povo no deserto, sujeito as povos
guerrilheiros e idólatras. Como não lembrar do Povo de Deus no
cativeiro babilônico, cruel momento na história da salvação em que o
amado Israel prostitui-se com o ídolos de Nabucodonosor, abandonando o
Deus dos patriarcas por 'um bezerro de ouro que tendo olhos não pode
ver, tando ouvidos não pode ouvir.' Um deus insensível por Deus que é
Amor e fidedigno à aliança.
Eis o Coração de Deus. Usando dos profetas, e na imagem de
Jerusalém, o seu povo, 'como a esposa repudiada', abandonada' acolhe a
esposa infiel. E toma-a e adorna das mais belas 'safiras e rubis' como
narra Isaías profeta. Em fatos de honras tão excelsas experimentara o
Povo que o 'Senhor conquistou' aquele beatíssimo amor que nunca passa!
''Acolhe-nos como propriedade tua!'' ''Seremos o teu povo e tu, Senhor,
Deus de nossos pais, serás o nosso Deus,''. Profissão de fé-amor do povo
quando, o Senhor Deus, sancionava as alianças figurativas. Experimentou
tal povo tamanho amor? Pensemos e guardemos. Se admiráveis foram os
prodígios do Deus bendito e Senhor quando falava por meio dos santos
patriarcas, reis, juízes, profetas, videntes... O que exclamarmos,
nestes tempos, que são os últimos, quando, nos amando, encarna-se nas
entranhas de Maria Virgem e Senhora, e Deus, no Verbo sempiterno,
recebera um Coração tão humano e tão Divino? Coração de Jesus! Coração
de Homem e Coração de Deus. Creiamos, ó irmãos da pia batismal, estamos
associados, por sermos coerdeiros dos benefícios desse Coração Pascal.
Ao vislumbrarmos e adorarmos o Coração trespassado
perpendicularmente pela lança daquele oficial, recebeu a Igreja, ali
nascida, como vê os Santos Padres Apostólicos, o refúgio dulcíssimo dos
algozes e medos que ela passa da tirania dos homens. Bendito soldado,
por feito tão horrendo, ao Nosso Senhor por nos conceder como que uma
caverna em que não há enganos e abstrações, mas somente o Amor do Filho
de Deus. A beatíssima promessa- convite de Jesus, concretiza-se em
Coração tão adorado: 'Vinde, ó vós todos, que estais cansados e
fatigados sobre o peso dos vossos fardos, vinde ter descanso em Mim! E
de Mim, aprendei porquanto Sou manso e humilde de Coração.
Esta hodierna solenidade deveras convida-nos a constante permanência em
Cristo. Nele mesmo que comungaremos hoje na Hóstia Santíssima, na
Sagrada Eucaristia. Permanecer é experimentá-lo também na torrente do
Sacramento da Penitência.
''Transborda relva de flores o céu se enche de luz para entoar os louvores ao Coração de Jesus!''
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quinta-feira, 7 de junho de 2012
Papa destaca valor da Adoração Eucarística
Após a Missa, o Papa percorreu as ruas de Roma com o Santíssimo Sacramento em procissão até a Basílica de Santa Maria Maior
Na homilia, o Papa destacou que é importante manter vivo “o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e conosco, uma presença concreta, próxima, entre as nossas casas, como 'Coração pulsante' da cidade"
Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI
O Santo Padre explicou dois aspectos do Mistério Eucarístico, ligados entre si: o culto da Eucaristia e sua sacralidade. Sobre o valor do culto eucarístico, o Papa deteve-se sobre o sentido e importância da adoração ao Santíssimo Sacramento.
Uma interpretação parcial do Concíclio Vaticano II restringiu a Eucaristia ao momento celebrativo, da Santa Missa. Segundo Bento XVI, foi "muito importante reconhecer a centralidade da celebração, em que o Senhor convoca o seu povo e o reúne em torno da dúplice Ceia da Palavra e do Pão da vida, o nutre e o une a Si na oferta do Sacrifício". Porém, embora essa valorização da assembleia litúrgica seja válida, ela deve ser reinserida no justo equilíbrio.
O destaque dado à Santa Missa acabou sacrificando o valor da Adoração Eucarística, como ato de fé e oração dirigido ao Senhor Jesus presente na Eucaristia. "De fato, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia somente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar de Sua presença o restante do tempo e do espaço existenciais".
O Papa ressaltou que é errado contrapor a celebração e a adoração, como se estivessem em concorrência uma com a outra. O que acontece é precisamente o contrário. "O culto do Santíssimo Sacramento constitui o 'ambiente' espiritual dentro do qual a comunidade pode celebrar bem e em verdade a Eucaristia. Somente se for precedida, acompanhada e seguida por essa atitude interior de fé e de adoração, a ação litúrgica poderá expressar seu pleno significado e valor", explicou.
Bento XVI enfatizou: "O encontro com Jesus na Santa Missa se realiza realmente e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que Ele, no Sacramento, habita a sua casa, nos aguarda, nos convida à sua ceia e, a seguir, depois que a assembleia se desfaz, permanece conosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e nos acompanha com a sua intercessão, continuando a recolher os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai".
O Santo Padre insistiu que não se podem separar comunhão e contemplação. "Para comunicar realmente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la, olhá-la com amor. O verdadeiro amor e a verdadeira amizade vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes, repletos de respeito e de veneração, de modo que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial".
Sobre a sacralidade da Eucaristia, o Papa explicou que o centro do culto cristão não está nos ritos e sacrifícios antigos, mas sim no próprio Cristo, no seu mistério pascal. "Desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado não existe mais, mas que encontrou sua realização em Jesus Cristo, Amor divino encarnado", disse.
Jesus não aboliu o sagrado, ressaltou Bento XVI, Ele o levou ao cumprimento, inaugurando um novo culto, plenamente espiritual. Em todo o caso, "enquanto vivemos no tempo, precisamos de sinais e ritos, que desaparecerão somento no fim, na Jerusalém Celeste".
Por fim, o Papa sublinhou que "o sagrado possui uma função educativa, e seu desaparecimento inevitavelmente empobrecerá a cultura, de modo particular a formação das novas gerações".
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Louco de AMOR por ti...
“Amarás
o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento”.
(Mt 22, 37)
Eis
o mandamento de Nosso Senhor. Amar aquele de onde emana o verdadeiro AMOR é o
nosso maior dever. Por isso, é preciso que tenhamos fé, pois sem ela ficará
difícil amar o que não vemos, ou melhor, vemos. Ainda assim a Fé é essencial. O
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 14, 9, nos dá a certeza de que vendo o
Filho, vemos também o Pai. Entretanto, só veremos o Pai, com o olhar da Fé. É
preciso estar disposto a si entregar ao amor eterno de Deus. A cada dia temos
que colocar Ele sobre todas as nossas ações, sobre tudo o que fizermos e, aos
poucos veremos como é bom sentira doce
paz e o amor que é suave nos levará a sorrir. Os nossos dias não serão os
mesmos, o família, o trabalho, o estudo, enfim, tudo o que somos e temos será
diferente, porque o amor ao qual nos entregamos totalmente nos faz novos,
transformados.
“Amarás
o teu próximo como a ti mesmo”. (Mt 22, 39)
E agora? O que fazer diante tamanha
beleza?
Amados, depois que fizermos a nossa
experiência comDeus-Amor, fazer este segundo pedido de Nosso Senhor será fácil.
Pois é o amor de Deus que nos faz viver, pois só Ele torna a vida amável. É
importante termos em nós o Amor AGÁPE, que dá, perdoa, acolhe. Que o amor seja
uma alegria, não só externa, mas interna. É uma tarefa árdua amarmos aqueles
amigos, parentes, que nos fazem o mal, que dizem belas palavras amorosas “para
os outros”, enquanto eles não a vivem. E os casais, quando um dos dois está se
distanciando, não liga mais, já não trocam mais mensagens, nem se quer se
encontram mais... É complicado, lamentável. Ninguém pode viver sem amor, isso é
certo, pois até a ciência sem o amor perde a nobreza.
Encerrando está breve reflexão deixo
uma pergunta: Será que estamos amando verdadeiramente? A Deus, ao próximo? A
mãe, ao Pai? O (a) namorado, o (a)
esposo (a)?
Amemos de verdade e seremos mais felizes.
Amemos de verdade e seremos mais felizes.
terça-feira, 29 de maio de 2012
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O Espírito de Cristo como princípio interior de todo o nosso agir
A catequese de Bento XVI na Audiência Geral
Apresentamos a catequese do Santo Padre Bento XVI dirigida aos fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro.
Queridos irmãos e irmãs,
Nas últimas catequeses refletimos sobre a oração nos Atos dos
Apóstolos, hoje gostaria de começar a falar sobre a oração nas cartas de
São Paulo, o apóstolo dos gentios. Antes de tudo, queria fazer notar
como as suas cartas sejam introduzidas e se fechem com expressões de
oração: no início agradecimento e louvor, e no final, desejo de que a
graça de Deus guie o caminho das comunidades as quais é endereçada a
carta. Entre a fórmula de abertura: "agradeço o meu Deus por meio de
Jesus Cristo" (Rm 1,8), e o desejo final: "a graça do Senhor Jesus
esteja com todos vocês" (I Cor. 16,23), se desenvolvem os conteúdos das
cartas do Apóstolo. Aquela de São Paulo é uma oração que se manifesta em
uma grande riqueza de formas que vão desde o agradecimento à benção, do
louvor ao pedido de intercessão, do hino à súplica: uma variedade de
expressões que demonstra como a oração envolva e penetre todas as
situações da vida, sejam aquelas pessoais, sejam aquelas das comunidade
às quais se dirige.
Um primeiro elemento que o apóstolo quer nos fazer compreender é que a
oração não deve ser vista como uma simples obra boa feita por nós para
Deus, uma ação nossa. É, antes de tudo, um dom, fruto da presença viva,
vivificante do Pai e de Jesus Cristo em nós. Na carta aos Romnanos,
escreve: "Do mesmo modo, o Espírito Santo vem em auxílio à nossa
fraqueza: não sabemos, de fato, como rezar em modo conveniente, mas o
Espírito mesmo intercede com gemidos inefáveis (8,26). E sabemos como é
verdadeiro o que diz o Apóstolo: "Não sabemos como rezar em modo
conveniente". Queremos rezar, mas Deus está distante, não temos as
palavras, a linguagem para falar com Deus, nem mesmo o
pensamento. Podemos somente nos abrir, colocar o nosso tempo à
disposição de Deus, esperar que Ele nos ajude a entre em verdadeiro
diálogo. O apóstolo diz: exatamente essa falta de palavas, essa ausência
de palavras, e também o desejo de entrar em contato com Deus, é a
oração que o Espírito Santo não somente entende, como leva, interpreta
diante de Deus. Exatamente essa nossa fraqueza se torna, através do
Espírito Santo, verdadeira oração, verdadeiro contato com Deus. O
Espírito Santo é quase um intérprete que faz com que Deus entenda aquilo
que queremos dizer.
Na oração nós experimentamos, mais que em outras dimensões da
existência, a nossa fraqueza, a nossa pobreza, o nosso ser criaturas,
porque somos colocados diante da Onipotência e da transcendência de
Deus. E quanto mais progredimos na escuta e no diálogo com Deus, para
que a oração se torne o respiro cotidiano da nossa alma, mais percebemos
a dimensão do nosso limite, não somente diante das situações concretas
de cada dia, mas também em relação ao próprio relacionamento com o
Senhor. Cresce então em nós, a necessidade de confiar, de confiarmo-nos
sempre mais a Ele; compreendemos que "não sabemos...como rezar de modo
conveniente" (Rom 8,26). E é o Espírito Santo que ajuda a nossa
incapacidade, ilumina a nossa mente e esquenta o nosso coração, guiando o
nosso dirigir-se a Deus. Para São Paulo, a oração é, sobretudo, o agir
do Espírito Santo na nossa humanidade, que se encarrega da nossa
fraqueza e transforma-nos de homens ligados às realidades materiais em
homem espirituais. Na primeira Carta aos Coríntios diz: "Agora, nós não
recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito de Deus para conhecer
aquilo que Deus nos deu. Desta nós falamos, com palavras não sugeridas
pela sabedoria humana, mas sim, ensinadas pelo Espírito, exprimindo
coisas espirituais em termos espirituais" (2,2-12). Com o seu habitar na
nossa fragilidade humana, o Espírito Santo nos transforma, intercede
por nós, nos conduz às alturas de Deus (Rom 8,26).
Com essa presença do Espírito Santo se realiza a nossa união a
Cristo, já que se trata do Espírito do Filho de Deus, no qual nos
tornamos filhos. São Paulo fala do Espírito de Cristo (Rom 8,9), não
somente do Espírito de Deus. É obvio: se Cristo é o Filho de Deus, o seu
Espírito é também Espírito de Deus e assim, se o Espírito de Deus,
Espírito de Cristo, se torna já muito próximo a nós no Filho de Deus e
no Filho do Homem, o Espírito de Deus se torna também espírito humano e
nos toca; podemos entrar na comunhão do Espírito. É como se disesse que
não somente Deus Pai se fez visível: na Encarnação do Filho, mas também o
Espírito de Deus se manifesta na vida e na ação de Jesus, de Jesus
Cristo, que viveu, foi crucificado, morreu e ressuscitou. O Apóstolo
recorda que "ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor", se não sob a ação do
Espírito Santo" (I Cor 12,3). Portanto, o Espírito orienta o nosso
coração a Jesus Cristo, de modo que não sejamos mais nós a viver, mas
Cristo a viver em nós" (Gal 2,20). Nas suas Catequeses sobre os
Sacramentos, refletindo sobre a Eucaristia, Santo Ambrósio afirma: "Quem
se inebria do Espírito, está enraizado em Cristo" (5,3.17: PL 16, 450).
E gostaria agora de evidenciar três consequências da nossa vida
cristã quando deixar operar em nós não o Espírito do mundo, mas o
Espírito de Cristo como princípio interior de todo o nosso agir.
Antes de tudo, com a oração animada pelo Espírito, somos colocados em
condição de abandonar e superar todo medo e escravidão, vivendo a
autêntica liberdade dos filhos de Deus. Sem a oração que alimenta cada
dia o nosso ser em Cristo, em uma intimidade que cresce
progressivamente, nos encontramos na condição descrita por São Paulo na
Carta aos Romanos: não fazemos o bem que queremos, mas sim, o mal que
não queremos(Rom 7,19). E esta é a expressão de alienação do ser humano,
de destruição da nossa liberdade, para as circunstâncias do nosso ser
para o pecado original: queremos o bem que não fazemos e fazemo aquilo
que não queremos, o mal. O Apóstolo quer fazer entender que não é a
nossa vontade a liberar-nos desta condições e nem mesmo a Lei, mas sim, o
Espírito Santo. E já que, "onde está o Espírito do Senhor, está a
liberdade" (II Cor 3,17),com a oração experimentamos a liberdade doada
pelo Espírito: uma liberdade autêntica, que é liberdade do mal e do
pecado, para o bem e para a vida, para Deus. A liberdade do Espírito,
continua São Paulo, não se identifica nunca com a libertinagem, nem com a
possibilidade de fazer a escolha pelo mal, mas sim, com o fruto do
Espírito que é amor, alegria, paz, magnamidade, benevolência, bondade,
fidelidade, mansidão e domínio de si" (Gal 5,22). Esta é a verdadeira
liberdade: poder realmente seguir o desejo do bem, da verdaeira alegria,
da comunhão com Deus e não ser oprimido pelas circunstâncias que nos
pedem outras direções.
Uma segunda consequência se verifica na nossa vida quando deixamos
agir em nós o Espírito de Cristo é que o relacionamento com o próprio
Deus se torna tão profundo ao ponto de não ser corrompido por nenhuma
realidade ou situação. Compreendemos então que com a oração não somos
liberados das provas ou dos sofrimentos, mas podemos vivê-los em união
com Cristo, com os seus sofrimentos, na expectativa de participar também
da sua glória (Rom 8,17). Muitas vezes, na nossa oração, pedimos a Deus
de sermos liberados do mal físico e espiritual, e o fazemos com grande
confiança. Todavia, frequentemente temos a impressão de não sermos
ouvidos e então caímos no risco de nos desencorajarmos e de não
perseverar. Na realidade, não existe grito humano que não escutado por
Deus e exatamente na oração constante e fiel, compreendemos com São
Paulo que os sofrimentos do tempo presente não impedem a glória futura
que será revelada em nós (Rom 8,18). A oração não nos isenta da prova ou
dos sofrimentos, mas - diz São Paulo - nós gememos interiormente
esperando a adoração de filhos, a redenção do nosso corpo" (Rom
8,26); ele diz que a oração não nos isenta do sofrimento, mas a oração
nos permite vivê-lo e enfrentá-lo com uma força nova, com a mesma
confiança de Jesus, o qual - segundo a carta aos hebreus - "nos dias da
sua vida terrana ofereceu orações e súplicas com fortes gritos e
lágrimas, a Deus que podia savá-lo da morte e, pelo seu pleno abandono,
foi ouvido" (5,7). A resposta de Deus Pai ao Filho, aos seus fortes
gritos e lágrimas, não foi a libertação dos sofrimentos, da cruz, da
morte, mas foi uma realização muito maior, uma resposta muito mais
profunda; através da cruz e da morte, Deus respondeu com a ressurreição
do Filho, com a nova vida. A oração animada pelo Espírito Santo leva-nos
também a viver cada dia o caminho da vida com suas provas e
sofrimentos, na plena esperança, na confiança em Deus que responde como
respondeu a seu Filho.
E, terceiro, a oração do fiel se abre também às dimensões da
humanidade e de toda a criação, tomando a ardente expectativa da
criação, colocada em direção à revelação dos filhos de Deus (Rom
8,19). Isso significa que a oração, sustentada pelo Espírito de Cristo
que fala no íntimo de nós mesmos, não fica nunca presa em si mesma, não é
somente uma oração por mim, mas se abre à divisão dos sofrimentos do
nosso tempo, dos outros. Se torna intercessão pelos outros, e assim
liberação de mim, canal de esperança para toda a criação, expressão
daquele amor de Deus que foi derramos sobre os nosso corações por meio
do Espírito que nos foi dado (Rom 5,5). E exatamente esse é um sinal de
verdadeira oração, que não se encerra em nós mesmos, mas se abre aos
outros e assim me libera, assim ajuda a redenção do mundo.
Queridos irmãos e irmãs, São Paulo nos ensina que na nossa oração
devemos abrir-nos à presença do Espírito Santo, o qual reza em nós com
gemidos inexprimíveis, para levar-nos a aderir a Deus com todo o nosso
coração e com todo o nosso ser. O Espírito de Cristo se torna a força da
nossa oração "fraca", a luz da nossa oração "apagada", o fogo da nossa
oração "árida", doando-nos a verdadeira liberdade interior,
ensinando-nos a viver enfrentando as provas da existência, na certeza de
não estarmos sós, abrindo-nos aos horizontes da humanidade e da criação
" que geme e sofre as dores de parto" (Rom 8,22).
Momento de reflexão...
"E quando o peso da cruz se fizer maior, saibam que essa é a hora mais preciosa, para vocês e para as pessoas a vocês confiadas.” citação de SS. Bento XVIno discourso aos padre de Roma por ocasião do domingo do Bom Pastor.
Frase a refeltir
"E quando o peso da cruz se fizer maior, saibam que essa é a hora mais preciosa, para vocês e para as pessoas a vocês confiadas.” citação de SS. Bento XVIno discourso aos padre de Roma por ocasião do domingo do Bom Pastor.
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Dom Odilo Scherer entrevistado pelo Jornal “Estado de São Paulo”.
Paula Bonelli – O Estado de S.Paulo
Denise Andrade/AE
O arcebispo de São Paulo d. Odilo Scherer
À frente da arquidiocese de São Paulo, d. Odilo Pedro Scherer cuida de cerca de 4,5 milhões de almas católicas
e cumpre, com afinco, determinação do papa Bento 16: levar o rebanho a
confirmar e redescobrir sua fé. O trabalho envolve liderar as fileiras
de bispos e outros sacerdotes, mas também garantir a presença da Igreja
na mídia e ocupar espaços públicos – em um campo religioso cada vez mais
competitivo. O cardeal, que participa, no fim de maio, do Encontro
Mundial das Famílias com o papa, em Milão, acaba de passar 10 dias com
300 bispos na Assembleia-Geral da CNBB. Em conversa com a coluna, não
recusou nenhuma pergunta: de eleições (”ajudamos a comunidade a
discernir sobre cada candidato”) à recente aprovação de aborto de
anencéfalos pelo Supremo (”uma perda para a sociedade”).
Aos 62 anos, d. Odilo foi escolado nos corredores do Vaticano e carrega um blend de sotaques que reúne o original sulista, dialetos em alemão – falados em sua casa, na infância -, italiano e, agora, uma pitada de paulistanês. Na entrevista a seguir, ele revela que padres fazem psicanálise, diz gostar de Chico e Beethoven e explica por que a Teologia da Libertação, ao que parece, se foi para não mais voltar.
Qual o lado bom e o lado ruim de ser arcebispo de SP?
É uma enorme graça de Deus. E, sem dúvida, é motivo de muita alegria receber uma missão tão importante. O lado difícil são os enormes desafios. A arquidiocese de São Paulo é muito grande, e o volume de trabalho também. Além de participar de todas as atividades do universo religioso, é preciso acompanhar a mídia e estar no espaço público e político, seja pela natureza da Igreja, que represento, seja pela vontade das pessoas de ouvir o arcebispo em certos momentos.
O que o senhor sentiu ao receber a notícia de que seria nomeado bispo auxiliar para SP e mais tarde arcebispo?
Eu já tinha 52 anos e trabalhava na Congregação para os Bispos na Santa Sé, por onde passam as nomeações dos bispos. Portanto, sabia o que significava e as implicações do serviço. Senti, evidentemente, o peso da decisão. No momento em que disse “sim, aceito”, senti uma enorme carga de responsabilidade.
Teve medo?
Medo, não. Mas pensei nas implicações e se daria conta.
O senhor já fez terapia? Padres podem fazer?
Eu nunca fiz, mas padres podem, sim, fazer. Por que não? Em algumas situações, é até aconselhado.
Conhece casos de padres que fizeram?
Conheço, mas não vou citá-los. O padre é um ser humano. Pode ter estresse, crise depressiva, disfunção neurológica hereditária, que provoca problemas psicológicos e comportamentais.
Quando o senhor não está envolvido com as atividades de cardeal-arcebispo, costuma fazer o quê?
Gosto muito de música popular e erudita. Beethoven, Bach e Brahms. Também Chico Buarque, Maria Bethânia… da MPB, gosto de vários cantores. Escuto música quando trabalho, no escritório, enquanto mexo na papelada. Este é um hábito que aprendi no seminário e que trago desde menino.
Vai ao cinema?
Pouco, infelizmente. Não dá tempo. Mas gosto de ir.
O senhor viu o filme Habemus Papam (ficção sobre um papa que, ao ser eleito, não consegue assumir por causa do peso da responsabilidade), que está em cartaz nos cinemas?
Ainda não. Vou tentar assistir na Itália, no idioma original.
O papa é esperado no Rio para a Jornada da Juventude, em 2013. Qual a importância do evento?
É muito importante, para que apareça o rosto jovem da Igreja. Para que interajam e vejam que há muitos outros jovens, inclusive de outros países, que creem como eles. Também é um momento de se encontrarem com o papa Bento 16.
Quais são os desafios de realizar este evento?
São muitos, de todo o tipo, de ordem logística. Isso não é fácil em um evento para o qual se esperam milhões de pessoas. Está mais por conta da arquidiocese do Rio, que organiza localmente e está trabalhando duro. Estamos organizando, em âmbito nacional, o envolvimento de toda a juventude.
Existe a expectativa de um grande público no Rio?
Existe. O Rio de Janeiro atrai por si mesmo, mas não se vai para lá fazer turismo. A Jornada é momento de viver uma programação intensa, com várias temáticas, em conjunto, pelos participantes. Isso requer bastante esforço e até disposição para enfrentar alguns desconfortos. É evidente que, no fim, por melhor que seja a organização, em algum momento vai falhar. Não é que todo mundo poderá dormir em hotel de quatro estrelas, e é inevitável o congestionamento no trânsito, por exemplo. Mas o pessoal vai na alegria, porque é uma experiência única.
Como manter os jovens envolvidos com o catolicismo e o seu lado erudito?
A Jornada Mundial da Juventude é um modo de despertar isso. Não há como manter o interesse dos jovens, senão pondo-os em contato. Ninguém ama o que não conhece. O encontro é para deixar que a juventude faça suas perguntas, se expresse e perceba também os valores e toda a história da Igreja. Isso faz com que ela se sinta parte da Igreja e não a enxergue como algo distante.
Como se adaptar aos novos tempos sem perder a qualidade do catolicismo?
Este é um enorme desafio, que a Igreja enfrenta há dois mil anos. Estamos vivendo uma virada epocal, semelhante à ocorrida na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, e da Moderna para a Contemporânea. São momentos em que a Igreja tem de reaprender, propondo-se de forma nova, mas mantendo-se idêntica a si mesma. É o que estamos precisando fazer hoje.
A Renovação Carismática é um caminho?
É, mas não o único. Existem muitos outros, bem diversos da Renovação Carismática.
Como, então, frear a perda de fiéis para igrejas pentecostais?
Não há outro modo, senão ajudando os fiéis a se sentirem fortalecidos na própria fé e enraizados na Igreja. Mas a ideia que se passa é que só a Igreja Católica está perdendo fiéis. Outras perdem, porcentualmente, muito mais. Se vocês olharem o censo de 2000 a 2010, verão o quanto a Igreja Universal do Reino de Deus perdeu. Hoje, há uma oferta religiosa muito ampla, e eu diria agressiva. As pessoas, de alguma forma, estão sob pressão para fazer novas escolhas.
Este é um ano de eleições. Na sua opinião, a religião deve influenciar a política?
Não sei se a religião deve influenciar a política, mas as convicções religiosas dos cidadãos repercutem na política. Religião e política não se fundem, não se sobrepõem, mas é muito difícil separar as duas coisas.
Qual a orientação da Igreja Católica para o processo eleitoral deste ano?
A mensagem dos bispos é para que o povo se interesse pela participação política, procure conhecer bem os candidatos. Fiquem atentos à aplicação da lei 9.840, contra a corrupção eleitoral, o abuso do poder econômico e a compra de votos. Enfim, estejam atentos para escolher candidatos idôneos.
A Igreja apoia candidatos?
Não costumamos indicar candidatos, porque é uma questão de escolha livre e consciente de cada um. Recomendamos, também, que o clero não tome posição partidária, pois isso cria divisões. Não escolhemos partidos nem candidatos. Mas ajudamos a comunidade a discernir sobre cada um. E possa escolher aqueles sintonizados com nossas convicções – de justiça social, atendimento das necessidades da população carente, justiça econômica, promoção do desenvolvimento, respeito à dignidade da pessoa e moralidade pública.
Na Itália, sede do Vaticano, e em vários países desenvolvidos, o aborto é legalizado há muitos anos. A Igreja está na contramão da saúde pública?
A legalização do aborto não é a promoção da saúde pública, mas a legalização da morte de seres humanos. Se está na contramão de outras decisões? É possível, mas a Igreja não pode estar na contramão dos princípios básicos da dignidade humana, proclamados pelas nações, pela Constituição brasileira, pela ONU. Nem que todos os países aprovassem a legalização do aborto, a Igreja não poderia aprová-la.
Como o senhor recebeu a aprovação do aborto de anencéfalos pelo STF?
A aprovação não muda a posição da Igreja em relação à questão, que é de respeito pleno à vida daquele ser humano – ainda que seja muito breve. Se isso foi tornado legal, não significa que se tornou moral. Fique claro que não foi a Igreja que perdeu, nem os cristãos, mas a sociedade brasileira. A humanidade perdeu em sensibilidade, em respeito à pessoa e ficou mais endurecida em relação às fragilidades e aos defeitos humanos.
Se não houvesse celibato, haveria mais padres?
Não sei, talvez. É bastante difícil responder a esta pergunta de forma hipotética. Porém, há um fato: em outras igrejas que não têm celibato, também faltam ministros. O problema não é o celibato, mas uma coisa mais profunda, a experiência da fé e o valor da proposta religiosa.
Quais foram e ainda serão as consequências para a Igreja dos casos de pedofilia? Como o senhor os enxerga?
Não é só um problema da Igreja. Mais de 90% dos casos ocorrem embaixo do teto familiar. Lamentavelmente, também ocorreram e ocorrem em ambientes religiosos. Creio que trouxe um grande dano à credibilidade da Igreja, mas também está trazendo grande purificação. E uma atenção também da sociedade para a questão.
Como coibir, de forma prática, a pedofilia na Igreja? Palestra? Terapia?
Não é só na Igreja, é na sociedade como um todo. Como é possível tentar combater isso se, nas escolas, coloca-se camisinha ao alcance de crianças? São um convite a fazer sexo, a promiscuidade, desde cedo. A preocupação é combater a aids, mas não se percebe que ali está se promovendo um monte de outras consequências danosas. Dentro da Igreja, evidentemente estamos muito atentos em fazer uma nova retomada da consciência, respeito aos valores morais e da observância dos mandamentos da Lei de Deus.
A Teologia da Libertação está enfraquecida, mas ainda é lembrada como uma corrente da Igreja preocupada em abolir as injustiças sociais.
Foi um momento da história da teologia. Ela perdeu suas motivações próprias, por causa da ideologia marxista de fundo – materialismo ateu, luta de classes, uso da violência para conquistar objetivos -, que não casa com a teologia cristã. Isso foi percebido pouco a pouco. Talvez tenha tido méritos, por ajudar a recobrar a consciência de questões como justiça social, justiça internacional e a libertação dos povos oprimidos. Mas estes sempre foram temas constantes do ensino da Igreja. E vão continuar a ser.
Ainda há muitos padres da Teologia da Libertação?
Não sei se muitos. Ainda existem simpatizantes, mas já não são tantos assim.
Nos seminários brasileiros, ainda há bastantes padres da Teologia da Libertação lecionando?
Não, não creio.
O senhor poderia ser eleito papa um dia? Pensa nisso?
Não estou imaginando isso, não. Só um será eleito papa e existem tantos que podem ser escolhidos! É o conclave que decide, não alguém que se propõe ou que diz “quero ser papa” ou “vote em mim, eu vou ser papa”. Isso não existe. Portanto, não passa pela minha cabeça outra coisa além de ser arcebispo de São Paulo.
Aos 62 anos, d. Odilo foi escolado nos corredores do Vaticano e carrega um blend de sotaques que reúne o original sulista, dialetos em alemão – falados em sua casa, na infância -, italiano e, agora, uma pitada de paulistanês. Na entrevista a seguir, ele revela que padres fazem psicanálise, diz gostar de Chico e Beethoven e explica por que a Teologia da Libertação, ao que parece, se foi para não mais voltar.
Qual o lado bom e o lado ruim de ser arcebispo de SP?
É uma enorme graça de Deus. E, sem dúvida, é motivo de muita alegria receber uma missão tão importante. O lado difícil são os enormes desafios. A arquidiocese de São Paulo é muito grande, e o volume de trabalho também. Além de participar de todas as atividades do universo religioso, é preciso acompanhar a mídia e estar no espaço público e político, seja pela natureza da Igreja, que represento, seja pela vontade das pessoas de ouvir o arcebispo em certos momentos.
O que o senhor sentiu ao receber a notícia de que seria nomeado bispo auxiliar para SP e mais tarde arcebispo?
Eu já tinha 52 anos e trabalhava na Congregação para os Bispos na Santa Sé, por onde passam as nomeações dos bispos. Portanto, sabia o que significava e as implicações do serviço. Senti, evidentemente, o peso da decisão. No momento em que disse “sim, aceito”, senti uma enorme carga de responsabilidade.
Teve medo?
Medo, não. Mas pensei nas implicações e se daria conta.
O senhor já fez terapia? Padres podem fazer?
Eu nunca fiz, mas padres podem, sim, fazer. Por que não? Em algumas situações, é até aconselhado.
Conhece casos de padres que fizeram?
Conheço, mas não vou citá-los. O padre é um ser humano. Pode ter estresse, crise depressiva, disfunção neurológica hereditária, que provoca problemas psicológicos e comportamentais.
Quando o senhor não está envolvido com as atividades de cardeal-arcebispo, costuma fazer o quê?
Gosto muito de música popular e erudita. Beethoven, Bach e Brahms. Também Chico Buarque, Maria Bethânia… da MPB, gosto de vários cantores. Escuto música quando trabalho, no escritório, enquanto mexo na papelada. Este é um hábito que aprendi no seminário e que trago desde menino.
Vai ao cinema?
Pouco, infelizmente. Não dá tempo. Mas gosto de ir.
O senhor viu o filme Habemus Papam (ficção sobre um papa que, ao ser eleito, não consegue assumir por causa do peso da responsabilidade), que está em cartaz nos cinemas?
Ainda não. Vou tentar assistir na Itália, no idioma original.
O papa é esperado no Rio para a Jornada da Juventude, em 2013. Qual a importância do evento?
É muito importante, para que apareça o rosto jovem da Igreja. Para que interajam e vejam que há muitos outros jovens, inclusive de outros países, que creem como eles. Também é um momento de se encontrarem com o papa Bento 16.
Quais são os desafios de realizar este evento?
São muitos, de todo o tipo, de ordem logística. Isso não é fácil em um evento para o qual se esperam milhões de pessoas. Está mais por conta da arquidiocese do Rio, que organiza localmente e está trabalhando duro. Estamos organizando, em âmbito nacional, o envolvimento de toda a juventude.
Existe a expectativa de um grande público no Rio?
Existe. O Rio de Janeiro atrai por si mesmo, mas não se vai para lá fazer turismo. A Jornada é momento de viver uma programação intensa, com várias temáticas, em conjunto, pelos participantes. Isso requer bastante esforço e até disposição para enfrentar alguns desconfortos. É evidente que, no fim, por melhor que seja a organização, em algum momento vai falhar. Não é que todo mundo poderá dormir em hotel de quatro estrelas, e é inevitável o congestionamento no trânsito, por exemplo. Mas o pessoal vai na alegria, porque é uma experiência única.
Como manter os jovens envolvidos com o catolicismo e o seu lado erudito?
A Jornada Mundial da Juventude é um modo de despertar isso. Não há como manter o interesse dos jovens, senão pondo-os em contato. Ninguém ama o que não conhece. O encontro é para deixar que a juventude faça suas perguntas, se expresse e perceba também os valores e toda a história da Igreja. Isso faz com que ela se sinta parte da Igreja e não a enxergue como algo distante.
Como se adaptar aos novos tempos sem perder a qualidade do catolicismo?
Este é um enorme desafio, que a Igreja enfrenta há dois mil anos. Estamos vivendo uma virada epocal, semelhante à ocorrida na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, e da Moderna para a Contemporânea. São momentos em que a Igreja tem de reaprender, propondo-se de forma nova, mas mantendo-se idêntica a si mesma. É o que estamos precisando fazer hoje.
A Renovação Carismática é um caminho?
É, mas não o único. Existem muitos outros, bem diversos da Renovação Carismática.
Como, então, frear a perda de fiéis para igrejas pentecostais?
Não há outro modo, senão ajudando os fiéis a se sentirem fortalecidos na própria fé e enraizados na Igreja. Mas a ideia que se passa é que só a Igreja Católica está perdendo fiéis. Outras perdem, porcentualmente, muito mais. Se vocês olharem o censo de 2000 a 2010, verão o quanto a Igreja Universal do Reino de Deus perdeu. Hoje, há uma oferta religiosa muito ampla, e eu diria agressiva. As pessoas, de alguma forma, estão sob pressão para fazer novas escolhas.
Este é um ano de eleições. Na sua opinião, a religião deve influenciar a política?
Não sei se a religião deve influenciar a política, mas as convicções religiosas dos cidadãos repercutem na política. Religião e política não se fundem, não se sobrepõem, mas é muito difícil separar as duas coisas.
Qual a orientação da Igreja Católica para o processo eleitoral deste ano?
A mensagem dos bispos é para que o povo se interesse pela participação política, procure conhecer bem os candidatos. Fiquem atentos à aplicação da lei 9.840, contra a corrupção eleitoral, o abuso do poder econômico e a compra de votos. Enfim, estejam atentos para escolher candidatos idôneos.
A Igreja apoia candidatos?
Não costumamos indicar candidatos, porque é uma questão de escolha livre e consciente de cada um. Recomendamos, também, que o clero não tome posição partidária, pois isso cria divisões. Não escolhemos partidos nem candidatos. Mas ajudamos a comunidade a discernir sobre cada um. E possa escolher aqueles sintonizados com nossas convicções – de justiça social, atendimento das necessidades da população carente, justiça econômica, promoção do desenvolvimento, respeito à dignidade da pessoa e moralidade pública.
Na Itália, sede do Vaticano, e em vários países desenvolvidos, o aborto é legalizado há muitos anos. A Igreja está na contramão da saúde pública?
A legalização do aborto não é a promoção da saúde pública, mas a legalização da morte de seres humanos. Se está na contramão de outras decisões? É possível, mas a Igreja não pode estar na contramão dos princípios básicos da dignidade humana, proclamados pelas nações, pela Constituição brasileira, pela ONU. Nem que todos os países aprovassem a legalização do aborto, a Igreja não poderia aprová-la.
Como o senhor recebeu a aprovação do aborto de anencéfalos pelo STF?
A aprovação não muda a posição da Igreja em relação à questão, que é de respeito pleno à vida daquele ser humano – ainda que seja muito breve. Se isso foi tornado legal, não significa que se tornou moral. Fique claro que não foi a Igreja que perdeu, nem os cristãos, mas a sociedade brasileira. A humanidade perdeu em sensibilidade, em respeito à pessoa e ficou mais endurecida em relação às fragilidades e aos defeitos humanos.
Se não houvesse celibato, haveria mais padres?
Não sei, talvez. É bastante difícil responder a esta pergunta de forma hipotética. Porém, há um fato: em outras igrejas que não têm celibato, também faltam ministros. O problema não é o celibato, mas uma coisa mais profunda, a experiência da fé e o valor da proposta religiosa.
Quais foram e ainda serão as consequências para a Igreja dos casos de pedofilia? Como o senhor os enxerga?
Não é só um problema da Igreja. Mais de 90% dos casos ocorrem embaixo do teto familiar. Lamentavelmente, também ocorreram e ocorrem em ambientes religiosos. Creio que trouxe um grande dano à credibilidade da Igreja, mas também está trazendo grande purificação. E uma atenção também da sociedade para a questão.
Como coibir, de forma prática, a pedofilia na Igreja? Palestra? Terapia?
Não é só na Igreja, é na sociedade como um todo. Como é possível tentar combater isso se, nas escolas, coloca-se camisinha ao alcance de crianças? São um convite a fazer sexo, a promiscuidade, desde cedo. A preocupação é combater a aids, mas não se percebe que ali está se promovendo um monte de outras consequências danosas. Dentro da Igreja, evidentemente estamos muito atentos em fazer uma nova retomada da consciência, respeito aos valores morais e da observância dos mandamentos da Lei de Deus.
A Teologia da Libertação está enfraquecida, mas ainda é lembrada como uma corrente da Igreja preocupada em abolir as injustiças sociais.
Foi um momento da história da teologia. Ela perdeu suas motivações próprias, por causa da ideologia marxista de fundo – materialismo ateu, luta de classes, uso da violência para conquistar objetivos -, que não casa com a teologia cristã. Isso foi percebido pouco a pouco. Talvez tenha tido méritos, por ajudar a recobrar a consciência de questões como justiça social, justiça internacional e a libertação dos povos oprimidos. Mas estes sempre foram temas constantes do ensino da Igreja. E vão continuar a ser.
Ainda há muitos padres da Teologia da Libertação?
Não sei se muitos. Ainda existem simpatizantes, mas já não são tantos assim.
Nos seminários brasileiros, ainda há bastantes padres da Teologia da Libertação lecionando?
Não, não creio.
O senhor poderia ser eleito papa um dia? Pensa nisso?
Não estou imaginando isso, não. Só um será eleito papa e existem tantos que podem ser escolhidos! É o conclave que decide, não alguém que se propõe ou que diz “quero ser papa” ou “vote em mim, eu vou ser papa”. Isso não existe. Portanto, não passa pela minha cabeça outra coisa além de ser arcebispo de São Paulo.
Poderá também gostar de:
Globo e a reportagem cheia de erros sobre os documentos “secretos” do Vaticano apresentados no JN.
Por Fernando Nascimento
A
jornalista Ilse Scamparine, da Rede Globo, em pleno sábado de Aleluia,
no Jornal Nacional do dia 7/4/2012, resolveu mais uma vez com suas desinformações,
agredir a Igreja Católica num dia santo, isso direto de Roma,
valendo-se das desonestas mentiras estratégicas protestantes (lendas
negras), que tanto apregoa vez por outra as vendendo como “informação”.
A
jornalista apresentava a exposição “Lux in arcana” que reúne documentos
valiosos da Igreja, que está acontecendo nos museus do Capitólio, em
Roma, como sendo uma “exposição de documentos secretos do Vaticano”.
A
exposição “Lux in arcana” de antigos documentos valiosos da Igreja,
está em cartaz desde 29 de fevereiro e vai até 9 de setembro, mas a
desonesta e espírita Rede Globo escolheu coincidentemente o sábado de
Aleluia, para com suas distorções criminosas vender mais uma vez a
Igreja como vilã.
Eis o trecho do Jornal Nacional onde a Globo caluniava sobre os documentos:
——————
Refutando as mentiras da Globo:
1- O processo de Galileu –
A jornalista afirmava em forçado tom melancólico, que Galileu (trêmulo)
foi condenado por sustentar que a terra era o centro do universo. Para
isso a jornalista foi astuta o bastante ao tirar proveito da decoração
ambiental do museu, que simbolizava o fogo luz da era medieval (era dos
documentos), para fazer uso maldoso das chamas associando-as à inquisição das anti-católicas lendas negras protestantes.
Ela
afirmou que “muitos” morreram na fogueira, mas não citou nome algum e
ainda culpou o Tribunal católico por isso. – Uma mentira vergonhosa,
forjada pelo protestante Casidoro Reina que se escondia atrás do
pseudônimo de “Montanus”!
Erroneamente
ou por má fé, muitos que se aventuram a falar sobre o modo de justiça
dos tempos medievais, atribuem as sentenças de morte simplesmente à
“Inquisição”, contabilizando isto à Igreja Católica, o que é uma
injustiça.
Na verdade existiam três Tribunais distintos:
1- o Tribunal civil dos reis (que matava na fogueira e queimou os Templários e muitas bruxas);
2-
o Tribunal protestante dos protestantes que usurparam países católicos
(que matava na fogueira e queimou Miguel Servet e 20 mil bruxas só na
confissão de Benedict Carpzov);
3-
e o Tribunal católico (que era o mais indulgente e possuía proibição
papal de se atentar contra a saúde ou vida do acusado. Daí Galileu,
Casanova, Lutero, Casidoro Reina e muitos outros terem morrido na
velhice de causas naturais, pois as sentenças do Tribunal católico eram a
absolvição, ou a excomunhão, e estava limitado a julgar apenas
católicos, e somente católicos, que promoviam heresia contra a fé).
Geralmente
omitem essas regras do Tribunal católico, e também que a Igreja proibiu
o livro proposto que recomendava torturas aos acusados, ou mesmo que
foi a Igreja Católica que contribuiu decisivamente para o fim das mortes
em outros tribunais.
A Verdade:
Galileu foi processado em 1633 por ter violado uma disposição que lhe
foi feita em 1616. A disposição de 1616, que Galileu não cumpriu,
proibia-o de ensinar o heliocentrismo, que foi descoberto décadas antes
pelo padre Copérnico e financiado pelo Papa Paulo III, e que ainda não
havia sido confirmado unanimemente pela ciência. Sem uma física como a de Newton, sem uma prova ótica como o movimento da terra, a coisa não se podia explicar.
O
próprio Galileu diante de outros cientistas em seu julgamento não foi
capaz de provar cientificamente o heliocentrismo, ou seja, a teoria que
dizia que o sol está no centro e a terra se move ao redor dele.Só mais tarde com novos instrumentos e estudos isso pode ser provado.
Não
só isto, Galileu havia conseguido fraudulentamente o imprimatur,
enganou a quem o concedeu dizendo que era uma exposição imparcial, mas
não era nada imparcial. Por este motivo foi acusado e, portanto,
submetido a processos, ou seja, submetido a um processo disciplinar.
Outro aspecto importante a levar em conta é que, ainda que às críticas de Galileu, a posição tradicional estava fundamentada, nem Galileu nem ninguém possuíam naquele tempo argumentos para demonstrar que a Terra se movia ao redor do Sol.
Galileu tentou prová-lo citando o movimento das marés, desde então,
como sabemos, o argumento das marés estava errado. Só para bem situar as
pessoas, antes disso tudo, Galileu havia “provado” matematicamente a
existência do fictício inferno de Dante Alighieri. (1)
Galileu nunca foi condenado como herege, nem tampouco o heliocentrismo foi declarado como herético.
Foi-lhe imposta uma penitência saudável, que consistia em prisão
domiciliar, onde trabalhava normalmente, e recitar uma vez na semana os
sete salmos penitenciais. Sua filha se ofereceu para fazê-lo no lugar
dele. Não esteve na prisão nem um só momento, em atenção à sua fama, à
sua idade e à consideração que tinha; foi tratado sempre com grande
admiração.
Ao contrário do que a jornalista tenta passar, Galileu amava a Igreja,
e diz, exagerando (Galileu) como faz sempre, em uma carta a um nobre
francês: “Outros podem ter falado mais piamente e mais doutamente, mas
nenhum mais cheio de zelo pela honra e a reputação da Santa Mãe Igreja
do que escrevi eu”. É exagerado, mas, em todo caso, demonstra que é
verdade. Como dizia João Paulo II, a
verdade histórica dos fatos está muito longe da imagem que se criou
posteriormente em torno de Galileu.
Galileu morreu na velhice, e sempre foi católico até o último dia de sua vida, e repousa até hoje dentro de uma Igreja católica.
A
maior injustiça neste caso é os caluniadores sempre omitirem que foi o
padre Copérnico, o verdadeiro descobridor do heliocentrismo, décadas
antes de Galileu o defender cegamente. Por mais que a atitude dos que condenaram Galileu pareça exagerada, na realidade responde a uma lógica. (2)
Hoje
sabemos que a Igreja fez muito bem, defendendo prudentemente as
Escrituras quando Galileu a questionou. As Escrituras afirmam que “o sol
se deteve … quase um dia inteiro” (Josué 10,13), demonstrando um
excepcional milagre divino, onde quase não houve noite no fim do dia.
Não há contradição aí, a menos que alguém queira discutir com Max Planck
e Albert Einstein (da Teoria da Relatividade):
“Se
tomarmos, por exemplo, um sistema de referências fixamente ligado com a
nossa Terra, teremos de afirmar que o Sol se move no céu; se,
inversamente, deslocarmos o sistema de referência para uma estrela fixa,
o Sol encontra-se em repouso. Na oposição entre estas duas formulações
não existe contradição nem obscuridade: trata-se somente de duas
maneiras diferentes de considerar as coisas. Segundo a teoria física da
relatividade, que atualmente pode ser considerada como aquisição
científica assegurada, ambos os sistemas de referência e os modos de
consideração que lhes correspondem são igualmente corretos e igualmente
justificados, e é fundamentalmente impossível, sem arbitrariedade,
decidir entre eles através de quaisquer medições ou cálculos“. (Max
Planck, in Vorträge und Erinnerungen, Stuttgart, 1949, p. 311).
Isto claramente prova que a Igreja, não estava “errada”, como pregam certos indoutos linguareiros, para rapinar na ignorância. Além do que no texto da sentença a Galileu não aparece em nenhum momento citado o Papa; portanto,
esse documento não pode ser considerado como um ato de magistério
pontifício, e menos ainda como um ato de magistério infalível nem
definitivo. (3)
——————
2-
A confissão dos Templários – A jornalista afirma que um pergaminho de
60 metros contém o processo contra a Ordem dos Templários da França,
acusada de heresia pelo Papa Clemente V. – Uma mentira vergonhosa!
A Verdade:
o pergaminho não contém nenhuma acusação ou condenação do Papa aos
Templários, mas a confissão dos templários diante de três cardeais
enviados pelo Papa ao castelo de Chinon. Quem condenou os templários e
os sacrificou na fogueira foram os corruptos reis da época, valendo-se
de falsas acusações e torturas, para se apoderarem dos bens da Ordem.
A
publicação desse documento caluniado pela jornalista, dissipa e deixa
claro todas as dúvidas que por interesse se verteram durante esses
séculos sobre a Ordem do Templo e que tanto dano causaram à imagem da
Ordem, deixando claro que:
1. O Papa Clemente V nunca esteve convencido da culpabilidade da Ordem do Templo.
2.
A Ordem do Templo, seu Grão Mestre Jacques de Molay e os demais
templários presos, muitos deles justiçados posteriormente, foram
absolvidos pelo Santo Padre.
3. O Templo nunca foi dissolvido, senão suspenso.
4.
O Papa Clemente V nunca acreditou nas acusações de heresia e por isso
permitiu aos templários justiçados receber os Santos Sacramentos.
5. Clemente V nega as acusações de traição, heresia e sodomia pelas quais o Rei da França acusou o Templo.
6.
O processo e martírio de templários foi um “sacrifício” para evitar um
cisma na Igreja Católica, que não compartilhava em sua grande maioria
das acusações do Rei da França, e muito especialmente da Igreja
francesa.
7. As acusações foram falsas e as confissões conseguidas sob torturas.
——————
3- O Papa Pio XII – Em tom pilhérico, a jornalista afirma que na exposição não há nada sobre o Papa Pio XII, segundo ela “acusado de se omitir diante da matança de judeus pelos nazistas.” – Uma mentira vergonhosa!
A
verdade: Há sim, muito na exposição que contradiz a jornalista , sobre a
inocência e bravura do Papa Pio XII. A jornalista apenas omitiu e
preferiu fazer eco a uma caduca difamação maquinada e já refutada pelo
jornalista Olavo de Carvalho, que começou com a caluniosa peça teatral
“O Vigário” (1963), do protestante Rolf Hochhuth, e culminou no
fantasioso livro do desonesto John Cornwell, “O Papa de Hitler” (1999),
sendo de cabo a rabo essa farsa, uma criação da KGB. Confira tudo aqui:http://www.olavodecarvalho.org/semana/070201jb.html
O
Papa jamais silenciou diante do massacre dos judeus, repetem essa
mentira para vê-la tornar-se verdade. Os meios de comunicação da época
são testemunhas letais contra os caluniadores.
Veja os Editoriais do New York Times nos anos da guerra sobre Pio XII:
“A
voz de Pio XII é uma voz solitária no silêncio e na escuridão
envolvendo a Europa neste Natal. O Papa reitera o que antes já havia
dito. De modo geral, ele repete, ainda que mais claramente, o plano de
cinco diretrizes que ele primeiro enunciara em sua mensagem de Natal no
início da guerra, em 1939. (…)”
Em
janeiro de 1940, por exemplo, o Papa deu instruções à Rádio Vaticana de
que revelasse as “horríveis crueldades da selvagem tirania” que os
nazistas estavam infligindo aos judeus e aos católicos poloneses. Dando
notícia da transmissão uma semana depois, o Defensor Público dos judeus
de Boston reconheceu-a por aquilo que era: “Uma denúncia explícita das
atrocidades perpetradas pelos alemães na Polônia ocupada pelos nazistas,
declarando abertamente que são uma afronta à consciência moral de toda a
humanidade”. O New York Times escreveu em seu editorial: “Hoje o
Vaticano falou, com uma autoridade que não pode ser posta em discussão, e
confirmou os piores presságios de terror que emergem das trevas da
Polônia”. Na Inglaterra, o Manchester Guardian elogiou o Vaticano como
“o mais enérgico defensor da Polônia torturada”. http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/opapajusto.html
Ao
contrário do que afirmava a omissa e desonesta jornalista, ao dizer que
não havia nada ali sobre o Papa Pio XII, há sim documentos que defendem
a atitude do papa Pio XII, entre eles, está um relatório do núncio
Francesco Borgongini-Duca que visitou sete campos de concentração na
Itália, em 1941, e uma carta de agradecimentos de pessoas detidas nos
campos, endereçada ao papa.
Filmes revelam ajuda de Pio XII aos judeus na SGM
Foram
descobertos filmes que mostram a enorme atividade de ajuda que o Papa
Pio XII desenvolveu durante a Segunda Guerra Mundial a favor de todas
as vítimas, independentemente de sua religião.http://www.2guerra.com.br/novosite/index.php?option=com_content&view=article&id=738:filmes-revelam-ajuda-de-pio-xii-aos-judeus-na-sgm&catid=94:artigos&Itemid=32
——————
4-
A Carta indígena – A desonesta e omissa jornalista mostrou uma carta
indígena escrita em 1887, “feita com o tronco de uma árvore” e enviada
ao Papa Leão XIII, mas “inteligentemente” omitiu que o chefe da tribo
indígena Ojibwa na carta, chama Leão XIII de “grande mestre das preces
que cumpre as funções de Jesus”.
Por
que será que a jornalista fez questão de comentar caluniando o conteúdo
dos outros documentos e omitiu o conteúdo desta carta? Certamente
faltou uma lenda negra protestante para este caso.
O
povo católicos não merece o mau-caratismo da espírita Rede Globo, nem a
ma fé e falta de profissionalismo da senhora Ilze Scanparini, em Roma,
num sábado de Aleluia.
——————
Notas:
(1) Scientifc Blunders: A Brief History of How Wrong Scientists Cam Sometimes Be,
Roberts yuongson, Carrol & Graf Publishers, 1998.
(2)
Mariano Artigas e Melchor Sánchez de Toca, Galileo y el Vaticano.
Historia de la Comisión Pontificia de Estudio del Caso Galileo
(1981-1992) (Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 2008).)
(3)
Por Mariano Artigas, professor de Filosofia da Ciência na Universidade
de Navarra (Espanha), co-autor do livro “ Galileo en Roma. Crónica de
500 días” e autor do livro “Filosofia da Natureza”.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Motivado pelo trabalho da Cáritas na Espanha, publicitário realiza comercial gratuitamente.
Alejandro Toledo um reconhecido publicitário e diretor de videoclips,
acaba de realizar um comercial grátis para a Cáritas espanhola,
motivado por seu trabalho social em Madrid ( capital da Espanha), logo
depois de ter visto um ex-companheiro de trabalho recebendo mantimentos
em um refeitório administrado por esta organização.
No dia 11 de abril Toledo contou à Rádio Nacional da Espanha que descendo a rua Martínez Campos, em Madrid, viu de longe “um rapaz com quem havia trabalhado e que tinha tido bastante êxito no mundo da publicidade. Eu o segui para cumprimentá-lo e saudá-lo e de repente eu o vejo entrar em um refeitório social e me disse: ‘O este rapaz faz aqui?’. E então o vi saindo com uma bolsa de comida. Ele ia perfeitamente vestido, com uma bolsa de comida que acabava de retirar da Cáritas”.
Isto motivou Alejandro Toledo a colocar toda sua experiência ao serviço da Cáritas de Madrid, à qual ofereceu grátis um vídeo promocional. Alejandro Toledo, que vive em Los Angeles (Estados Unidos), trabalhou anteriormente em produções para a Marlboro, Ford, Mercedes, Loewe, Renfe, Acciona e videoclips para o cantor Alejandro Sanz.
Ele disse que sua intenção era realizar “algo um pouco mais potente para tentar arrecadar recursos: uma página da qual fosse pudesse descarregar o vídeo pelo preço de um euro, mas não tínhamos infra-estrutura”. Ele destacou que todas as pessoas envoltas no vídeo trabalharam grátis, e que um produto como o qual foi entregue à Cáritas vale 40.000 euros. Do mesmo modo, contou que a menina que aparece no spot publicitário é sua própria filha, que também colaborou um malabarista de rua “que já havia aparecido anteriormente em um vídeo que fiz para o Alejandro Sanz”.
Durante o diálogo, Toledo recordou que já tinha feito um trabalho para a Comunidade de Madrid “no qual teve que visitar vários refeitórios sociais, e sempre me tinha ficado muito surpreso por encontrar ali gente com gravata, com terno, gente que não imaginava que dependia da caridade para ter o que comer devido à crise econômica que assola a Espanha e outros países europeus.Nesse sentido, disse que para o novo vídeo “voltei a percorrer todos os refeitórios sociais e de novo me surpreendi, certamente com o trabalho da Cáritas, mas sobre tudo com os usuários dos refeitórios sociais: gente como nós” que também necessita da caridade para viver.
No dia 11 de abril Toledo contou à Rádio Nacional da Espanha que descendo a rua Martínez Campos, em Madrid, viu de longe “um rapaz com quem havia trabalhado e que tinha tido bastante êxito no mundo da publicidade. Eu o segui para cumprimentá-lo e saudá-lo e de repente eu o vejo entrar em um refeitório social e me disse: ‘O este rapaz faz aqui?’. E então o vi saindo com uma bolsa de comida. Ele ia perfeitamente vestido, com uma bolsa de comida que acabava de retirar da Cáritas”.
Isto motivou Alejandro Toledo a colocar toda sua experiência ao serviço da Cáritas de Madrid, à qual ofereceu grátis um vídeo promocional. Alejandro Toledo, que vive em Los Angeles (Estados Unidos), trabalhou anteriormente em produções para a Marlboro, Ford, Mercedes, Loewe, Renfe, Acciona e videoclips para o cantor Alejandro Sanz.
Ele disse que sua intenção era realizar “algo um pouco mais potente para tentar arrecadar recursos: uma página da qual fosse pudesse descarregar o vídeo pelo preço de um euro, mas não tínhamos infra-estrutura”. Ele destacou que todas as pessoas envoltas no vídeo trabalharam grátis, e que um produto como o qual foi entregue à Cáritas vale 40.000 euros. Do mesmo modo, contou que a menina que aparece no spot publicitário é sua própria filha, que também colaborou um malabarista de rua “que já havia aparecido anteriormente em um vídeo que fiz para o Alejandro Sanz”.
Durante o diálogo, Toledo recordou que já tinha feito um trabalho para a Comunidade de Madrid “no qual teve que visitar vários refeitórios sociais, e sempre me tinha ficado muito surpreso por encontrar ali gente com gravata, com terno, gente que não imaginava que dependia da caridade para ter o que comer devido à crise econômica que assola a Espanha e outros países europeus.Nesse sentido, disse que para o novo vídeo “voltei a percorrer todos os refeitórios sociais e de novo me surpreendi, certamente com o trabalho da Cáritas, mas sobre tudo com os usuários dos refeitórios sociais: gente como nós” que também necessita da caridade para viver.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
A consciência e a decisão
Certamente já escutamos dos nossos pais e avós este adágio: ''A consciência é o santuário da vida.'' E que tamanha afirmação. Deus, no ato supremo da criação; plasmara o homem à sua imagem e semelhança, dotando-lhe de inteligência, vontade e liberdade e, sendo assim, é inato ao ser criado, o discernimento do que é certo e erado. Eis! A consciência.
Para a recepção do Sacramento da Reconciliação, é disciplinar que o
penitente, antes de aproximar-se do confessionário, faça uma perlustração da
sua consciência, ou seja, um exame detalhado das transgressões cometidas ao
Decálogo e deste modo o sacerdote ministre-lhe a Confissão cumprindo com os
ritos peculiares a tal liturgia sacramental. Ainda existe, numa das horas
canônicas do Ofício Divino, as Completas, a última, antes do repouso, um exame
de consciência, precedente ao 'Confiteor', conforme orienta as rubricas do
Breviário. E qual o porquê de examinarmos nosso interior? Há uma certa
mentalidade antiga, assim: 'a vida é minha' ou 'não devo nada a ninguém' e vai
relativizando aquele 'eu' do âmago em não assumir as consequências
dos atos voluntários.
Analisar a consciência é permitir o livre acesso de Deus
que sonda-nos o mais íntimo. O estabelecimento da reta consciência, formada
ciente das fragilidades humanas, auxilia-nos no autoconhecimento, de maneira
tal, que vamos escalando os obstáculos, para galgarmos a recompensa dos
bem-aventurados: a santidade de vida. Exame de consciência: ''Antes
de tudo, trata-se, sobremaneira, de atitudes comportamentais que nos ajudam a
melhorar nossa relação com Deus, com nós mesmos e com os irmãos, em progresso permanente
na virtude da santidade; trata-se de rever, com coragem e determinação, a
oportunidade momentânea de amadurecimento no curso de nossa sincera conversão,
de mudança de gestos e atitudes que, não apenas identifiquem um caminhar com
segurança, mas que o demonstrem, de fato.'' ( cf. Artigo:
'Olhando dentro de nós mesmos'. Pe. Gilvan Rodrigues dos Santos).
Ao examinarmo-nos, estamos, desde já, aniquilando o que
existe de caduco e infrutífero, permitindo assim, o advento duma nova
mentalidade e por conseguinte a aquisição da resolução em não cedermos as
práticas de outrora. Apraz-nos em recordar um dos insignes monarcas de Israel, Davi.
Infiel à aliança, vê-se contrito! '' Reconheço a minha iniquidade e
meu pecado está sempre diante de mim (...) Cria em mim, ó Deus, um
coração puro, renova em mim um espírito resoluto.'' ( cf.
Sl 50). A consciência não nos leva ao desespero, como em Judas Iscariotes, mas,
conduze-nos a revisão de vida. Ela nos edifica e educa para sermos pessoas
virtuosas.
Por vezes, na Sagrada Escritura, é patente a presença da consciência.
Numa das parábolas da misericórdia, ( cf. Lc 15) precisamente a do Pai
misericordioso, narra-se que o filho rebelde, após experimentar a ruptura com
Pai, cai por terra e diz: 'Já sei o que fazer! Voltarei à casa do meu
Pai.' O que mais seria esta resolução, senão a consciência
humana, perante a negligência? Eis! Espírito resoluto.
Formados pela
consciência nossa, experimentamos, não obstante aos erros, a perene
misericórdia de Deus; e a pedagogia de Jesus para com a mulher flagrada em
adultério? No colóquio, Jesus diz-lhe: 'Mulher, onde estão eles?
Ninguém te condenou? Ela responde-lhe: ''Ninguém Senhor!''
Jesus, então, lha diz: ''Eu também não te condeno. Vai, e de agora em
diante não peques mais.'' Vai, não peques mais. O Senhor faz com que
aquela, tida como pecadora, auto-reconheça o erro, ajuda-lhe a abre-lhe o
íntimo para a possível falta cometida. Enfim, irmãos, a sã consciência,
revela-nos, e outrossim, a Deus, nosso misericordioso Senhor, para
decidirmos por Ele, nossa vida e felicidade.
domingo, 29 de abril de 2012
JESUS O PASTOR QUE CUIDA DE SUAS OVELHAS
Estamos celebrando o
Bom Pastor, aquele que cuida de suas ovelhas, se preocupa com elas e está
sempre disposto a nos encaminhar para os caminhos retos que levem a felicidade.
Jesus, o mestre que veio ao mundo, ensinou, praticou o bem, mas não foi
compreendido, no final foi morto numa cruz.
Nas nossas vidas, muitas vezes, com as nossas atitudes, o crucificamos todos
os dias, fazemos com que ele padeça, sofra tudo de novo por causa dos nossos
pecados. É preciso termos a consciência de que com a morte de Jesus, morre
também o homem velho existente dentro de nós. Deixemos que o homem novo que
nasceu pela ressurreição de Cristo, cresça cada vez mais em nosso coração e
assim o nosso testemunho de cristãos verdadeiros e autênticos possa contagiar
outros e trazer mais pessoas para o reino dos Céus.
Nosso testemunho pode ser manifestado não somente por
palavras, mas por ações, que é o mais importante. As nossas atitudes, falam
mais, e é o que fica gravado no coração de cada um que presenciam a nossa
mudança de comportamento. Deixemos que este Jesus, Bom Pastor, nos guie e que a
nossa vida seja transformada e que pelas nossas ações, muitos corações sejam
tocados e renovados e que o homem novo
seja transparente em nossas vidas.
De fato, celebrar o Bom Pastor é reconhecermos o Cordeiro
imolado. É o gesto sacerdotal de Jesus na cruz, como nos recorda ainda que sob
o véu da história da salvação, Isaías Profeta, no Cântico do Servo Obediente: ‘’Foi
maltratado, mas livremente humilhou-se e
não abriu a boca, como cordeiro conduzido ao matadouro; como ovelha que permanece
muda na presença dos tosquiadores ele não abriu a boca. ( cf. Is, 53, 7)
Eis! Temos um Pastor-Cordeiro! Este sempre se compadece das
ovelhas que o Pai lhe confiou. Não deseja que alguma se perca. ‘’Deixa as
noventa e nove e vai ao encontro da transviada.’’ Aquela perdida foi-Lhe
confiada, pois disse: ‘’O Filho do Homem veio salvar o que estava perdido’’. E
noutra passagem: ‘’Hoje a salvação entrou nessa casa!’’
Fixemos o olhar nosso
em Cristo, o Bom Pastor! Experimentemos as delícias oriundas do seu Coração
trespassado. Dele escutamos naquela intimidade: ‘’Vinde a mim, vós todos que
estais cansados e fatigados com o peso do vossos fardos e aprendei de mim que
sou manso e humilde de coração.’’
Somos sua Juventude
SAIRAM AS CAMISETAS DA JMJ...
AGUARDEM...LANÇAMENTO AMANHÃ!!!
COMO ENCONTRAR ? É FÁCIL!!!
SEMINÁRIO MENOR - BAIRRO INDUSTRIAL
Como perverter um seminarista
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Há
vários meses a Igreja Católica na Itália vem sendo atacada por pessoas
que agindo de má fé, roubam a Santíssima Eucaristia das mais diversas
formas, seja quebrando tabernáculos, furtando cibórios com hóstias
consagradas ou ainda aproveitando da facilidade da comunhão na mão.
Os
objetivos são ainda discutidos pelas autoridades locais: serão
sacrilégios deliberados por alguma religião ou seita, ou os ladrões
pretendem utilizar as hóstias em missas negras?
Algumas
comunidades católicas se sentiram forçadas a tomar contra-medidas. Em
algumas igrejas o tabernáculo é esvaziado e deixado aberto, a fim de
serem protegidos contra o roubo.
O
Arcebispo de Monreale, Dom Salvatore DiCristina, declarou que o
“Santíssimo será mantido em um local mais seguro, por isso será
armazenado em um cofre”.
Dom
Velasio De Paolis, Cardeal e canonista, explicou que os sacrilégios
contra a Eucaristia estão entre os mais graves dos delitos e os que os
praticam recebem a condenação de excomunhão “latae sententiae”, que só
pode ser levantada pela Santa Sé.
Dom
Paolis sublinha que até mesmo a comunhão na mão oferece um risco maior
de que hóstias consagradas possam ser roubadas, profanadas ou mantidas
para fins sacrílegos. (EPC)
Com informações de Una Voce Brasil.
Dados
recolhidos pelo “Study Center of Faith” (Centro de estudos da fé), da
província chinesa de Hebei e publicados pela Agência Fides comprovou que
no domingo de Páscoa deste ano, mais de 22 mil novos católicos
receberam o batismo na China.
Os fiéis são provenientes de 101 dioceses e 75% deles são adultos.
O
Serviço de Informação do Vaticano (VIS) declarou que algumas dioceses
não celebram todos os batismos no domingo de Páscoa, e portanto o número
total pode aumentar até o final do ano.
De acordo com o Vaticano, atualmente na China existem entre oito a 12 milhões de católicos,
divididos entre os que pertencem à Igreja dita “oficial” (Associação
Patriótica Católica – APC) controlado pelo governo de Pequim e os que
pertencem à chamada “clandestina”, fiel a Roma.
Em
1951 o governo chinês comunista expulsou todos os missionários
estrangeiros, apesar de muitos terem se refugiado em Hong Kong, Macau e
Taiwan. As relações diplomáticas com a Santa Sé foram, então, rompidas.
(EPC)
Com informações do Serviço de Informação do Vaticano e Fides.
Um
adolescente se recuperou totalmente após ter morte cerebral
diagnosticada por quatro médicos em Coventry, no Reino Unido. Os
especialistas consideraram o caso de Steven Thorpe “realmente único”.
As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
O caso ocorreu em 2008 e foi divulgado pelo jornal. Thorpe, então com 17 anos, estava com dois amigos em um carro que se envolveu em um acidente. Um dos amigos morreu e o adolescente acabou em coma induzido em um hospital da cidade.
Os médicos afirmaram que o jovem teve morte cerebral e chegaram a perguntar aos pais se queriam doar os órgãos. Foi o pai de Thorpe que insistiu para os médicos refazerem os exames porque acreditava que seu filho sobreviveria.
Ele chegou a contratar uma neurologista para ter uma nova opinião. Foi somente quando a doutora Julia Piper – aquela contratada pelo pai – examinou o adolescente, que foram descobertos sinais muito fracos do cérebro. Os médicos decidiram retirar o paciente do coma induzido para ver se ele se recuperaria.
Cinco semanas depois, Thorpe surpreendeu os médicos e recebeu alta. “Meu pai acreditou que eu ainda estava lá”, diz o jovem, que hoje, com 21 anos, é trainee em uma empresa. Thorpe passou por quatro operações para reconstruir sua face. Além disso, fez fisioterapia para melhorar os movimentos do braço esquerdo.
O hospital afirma ao jornal que “os ferimentos no cérebro de Steven foram extremamente críticos e diversos exames de tomografia computadorizada indicaram que o dano era praticamente irreversível. Contudo, os times de especialistas continuaram a dar suporte apesar do momento crítico e estamos satisfeitos em ver Steven recuperado e fazendo progresso contra todas as probabilidades. Ele é realmente um caso único.”
sexta-feira, 27 de abril de 2012
O MAU USO DA INTERNET ENTRE OS SEMINARISTAS CATÓLICOS
Com o avanço da tecnologia, muita gente não admite mais
viver sem um computador. Mas é preciso ficar atento para tirar um bom proveito
na hora de navegar pela internet e uma mania que já se incorporou à rotina de
muita gente. Em casa, no trabalho e principalmente nos seminários católicos. Alguns
seminaristas não imaginam mais a vida sem o computador e ou melhor, sem a
internet.
De modo empático é possível pensar. "Quando não consigo
acessar, enlouqueço...e fico sempre a pensar: Acho que postaram algo no face? e as pesquisas
atrasadas e esquecidas? Qual o resumo da novela? E as notícias dos sites dos
famosos? Realmente, eu sou viciado. Pelo menos uma vez no dia, se eu não estiver
na internet, fico como se estivesse faltando alguma coisa na minha vida",
admite o seminarista.
O mau uso desse meio de comunição entre seminaristas é um
fato. Falta, nos nossos jovens, uma predisposição para uma formação integral da
consciência, formação reflexiva, uma vontade forte a vencer a concupiscência.
Precisamos, com urgência, de uma ordenação de conceitos e valores.
Quanto tempo gasto nas redes sociais virtuais? Quanto tempo
dou às redes sociais reais? Qual a minha perspectiva nas redes sociais
virtuais? E as reais?
O uso nem sempre é bem aproveitado. "Normalmente é só
para conversar trivialidades, colocar o papo em dia com as pessoas que a gente
mal vê. Entro nos sites de relacionamento até por razões pastorais!", retumbante,
justifica outro seminarista.
O brasileiro é campeão de permanência em sites de
relacionamento. Passa, em média, cinco horas por dia em chats, conversas e
fofocas. Um desperdício de tempo, diante de tantas perspectivas que a internet oferece.
Nisso, desembocamos em duas vertentes que nos afastam de uma possibilidade,
embora remota, de aperfeiçoar o conhecimento, aprofundar a educação
Contudo, o importante não é o tempo que se gasta navegando
na rede e, sim a maneira de explorar os recursos da internet.
As pessoas não estão perdendo tempo em sites de
relacionamento. Tempos esses de
abundância de informação, o que é importante ou o que é conhecimento não é a
resposta, é a pergunta. Então eu poderia usar o meu tempo em sites de
relacionamento muito melhor, de uma forma muito mais produtiva se eu tivesse
perguntas a fazer para as pessoas ao meu redor, de coisas que podem parecer
absolutamente banais, como ‘Por que o nome de Sergipe é esse', por que isso,
por que aquilo? Na medida em que eu tenho o porquê e as outras pessoas tenham
resposta em potencial, nós nos articulamos em conjunto para gerar conhecimento.
Numa outra vertente, pensemos na inversão dos valores de
alteridade. Da minimização do eu e tu a uma maximização do tu desconhecido. Isso
consiste quando somos incapazes de estabelecer relações de valorização do ser
pessoa com quem se vive a platonizar o ser virtual.
Eis o fato. Ouçamos a voz da consciência. Ordenemos as
nossas intenções e conceitos, estabeleçamos propósitos que nos conduzam à
margem da ‘massa’, pois como dizia Charles Chaplin:
“Mais do que máquinas, precisamos de
humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas
virtudes, a vida será de violência, e tudo estará perdido”.
Vivamos administrando o grande dom que recebemos: ser
pessoa.
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