quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

DIA MUNDIAL DA PAZ.

MENSAGEM DO SANTO PADRE
FRANCISCO
PARA A CELEBRAÇÃO DO 
XLVIII DIA MUNDIAL DA PAZ
1º DE JANEIRO DE 2015

JÁ NÃO ESCRAVOS, MAS IRMÃOS.



1. No início dum novo ano, que acolhemos como uma graça e um dom de Deus para a humanidade, desejo dirigir, a cada homem e mulher, bem como a todos os povos e nações do mundo, aos chefes de Estado e de Governo e aos responsáveis das várias religiões, os meus ardentes votos de paz, que acompanho com a minha oração a fim de que cessem as guerras, os conflitos e os inúmeros sofrimentos provocados quer pela mão do homem quer por velhas e novas epidemias e pelos efeitos devastadores das calamidades naturais. Rezo de modo particular para que, respondendo à nossa vocação comum de colaborar com Deus e com todas as pessoas de boa vontade para a promoção da concórdia e da paz no mundo, saibamos resistir à tentação de nos comportarmos de forma não digna da nossa humanidade.
Já, na minha mensagem para o 1º Janeiro passado, fazia notar que «o anseio duma vida plena (…) contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar».[1] Sendo o homem um ser relacional, destinado a realizar-se no contexto de relações interpessoais inspiradas pela justiça e a caridade, é fundamental para o seu desenvolvimento que sejam reconhecidas e respeitadas a sua dignidade, liberdade e autonomia. Infelizmente, o flagelo generalizado da exploração do homem pelo homem fere gravemente a vida de comunhão e a vocação a tecer relações interpessoais marcadas pelo respeito, a justiça e a caridade. Tal fenômeno abominável, que leva a espezinhar os direitos fundamentais do outro e a aniquilar a sua liberdade e dignidade, assume múltiplas formas sobre as quais desejo deter-me, brevemente, para que, à luz da Palavra de Deus, possamos considerar todos os homens, «já não escravos, mas irmãos».
À escuta do projecto de Deus para a humanidade.
2. O tema, que escolhi para esta mensagem, inspira-se na Carta de São Paulo a Filémon; nela, o Apóstolo pede ao seu colaborador para acolher Onésimo, que antes era escravo do próprio Filémon mas agora tornou-se cristão, merecendo por isso mesmo, segundo Paulo, ser considerado um irmão. Escreve o Apóstolo dos gentios: «Ele foi afastado por breve tempo, a fim de que o recebas para sempre, não já como escravo, mas muito mais do que um escravo, como irmão querido» (Flm 15-16). Tornando-se cristão, Onésimo passou a ser irmão de Filémon. Deste modo, a conversão a Cristo, o início duma vida de discipulado em Cristo constitui um novo nascimento (cf. 2 Cor 5, 17; 1 Ped 1, 3), que regenera a fraternidade como vínculo fundante da vida familiar e alicerce da vida social.
Lemos, no livro do Génesis (cf. 1, 27-28), que Deus criou o ser humano como homem e mulher e abençoou-os para que crescessem e se multiplicassem: a Adão e Eva, fê-los pais, que, no cumprimento da bênção de Deus para ser fecundos e multiplicar-se, geraram a primeira fraternidade: a de Caim e Abel. Saídos do mesmo ventre, Caim e Abel são irmãos e, por isso, têm a mesma origem, natureza e dignidade de seus pais, criados à imagem e semelhança de Deus.
Mas, apesar de os irmãos estarem ligados por nascimento e possuírem a mesma natureza e a mesma dignidade, a fraternidadeexprime também a multiplicidade e a diferença que existe entre eles. Por conseguinte, como irmãos e irmãs, todas as pessoas estão, por natureza, relacionadas umas com as outras, cada qual com a própria especificidade e todas partilhando a mesma origem, natureza e dignidade. Em virtude disso, a fraternidade constitui a rede de relações fundamentais para a construção da família humana criada por Deus.
Infelizmente, entre a primeira criação narrada no livro do Génesis e o novo nascimento em Cristo – que torna, os crentes, irmãos e irmãs do «primogénito de muitos irmãos» (Rom 8, 29) –, existe a realidade negativa do pecado, que interrompe tantas vezes a nossa fraternidade de criaturas e deforma continuamente a beleza e nobreza de sermos irmãos e irmãs da mesma família humana. Caim não só não suporta o seu irmão Abel, mas mata-o por inveja, cometendo o primeiro fratricídio. «O assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história (cf. Gen 4, 1-16) põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros».[2]
Também na história da família de Noé e seus filhos (cf. Gen 9, 18-27), é a falta de piedade de Cam para com seu pai, Noé, que impele este a amaldiçoar o filho irreverente e a abençoar os outros que o tinham honrado, dando assim lugar a uma desigualdade entre irmãos nascidos do mesmo ventre.
Na narração das origens da família humana, o pecado de afastamento de Deus, da figura do pai e do irmão torna-se uma expressão da recusa da comunhão e traduz-se na cultura da servidão (cf. Gen 9, 25-27), com as consequências daí resultantes que se prolongam de geração em geração: rejeição do outro, maus-tratos às pessoas, violação da dignidade e dos direitos fundamentais, institucionalização de desigualdades. Daqui se vê a necessidade duma conversão contínua à Aliança levada à perfeição pela oblação de Cristo na cruz, confiantes de que, «onde abundou o pecado, superabundou a graça (…) por Jesus Cristo» (Rom 5, 20.21). Ele, o Filho amado (cf. Mt 3, 17), veio para revelar o amor do Pai pela humanidade. Todo aquele que escuta o Evangelho e acolhe o seu apelo à conversão, torna-se, para Jesus, «irmão, irmã e mãe» (Mt 12, 50) e, consequentemente, filho adoptivo de seu Pai (cf. Ef 1, 5).
No entanto, os seres humanos não se tornam cristãos, filhos do Pai e irmãos em Cristo por imposição divina, isto é, sem o exercício da liberdade pessoal, sem se converterem livremente a Cristo. Ser filho de Deus requer que primeiro se abrace o imperativo da conversão: «Convertei-vos – dizia Pedro no dia de Pentecostes – e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo» (Act 2, 38). Todos aqueles que responderam com a fé e a vida àquela pregação de Pedro, entraram na fraternidade da primeira comunidade cristã (cf. 1 Ped 2, 17; Act 1, 15.16; 6, 3; 15, 23): judeus e gregos, escravos e homens livres (cf. 1 Cor 12, 13; Gal 3, 28), cuja diversidade de origem e estado social não diminui a dignidade de cada um, nem exclui ninguém do povo de Deus. Por isso, a comunidade cristã é o lugar da comunhão vivida no amor entre os irmãos (cf. Rom 12, 10; 1 Tes 4, 9; Heb 13, 1; 1 Ped 1, 22; 2 Ped 1, 7).
Tudo isto prova como a Boa Nova de Jesus Cristo – por meio de Quem Deus «renova todas as coisas» (Ap 21, 5)[3] – é capaz de redimir também as relações entre os homens, incluindo a relação entre um escravo e o seu senhor, pondo em evidência aquilo que ambos têm em comum: a filiação adoptiva e o vínculo de fraternidade em Cristo. O próprio Jesus disse aos seus discípulos: «Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai» (Jo 15, 15).
As múltiplas faces da escravatura, ontem e hoje.
3. Desde tempos imemoriais, as diferentes sociedades humanas conhecem o fenómeno da sujeição do homem pelo homem. Houve períodos na história da humanidade em que a instituição da escravatura era geralmente admitida e regulamentada pelo direito. Este estabelecia quem nascia livre e quem, pelo contrário, nascia escravo, bem como as condições em que a pessoa, nascida livre, podia perder a sua liberdade ou recuperá-la. Por outras palavras, o próprio direito admitia que algumas pessoas podiam ou deviam ser consideradas propriedade de outra pessoa, a qual podia dispor livremente delas; o escravo podia ser vendido e comprado, cedido e adquirido como se fosse uma mercadoria qualquer.
Hoje, na sequência duma evolução positiva da consciência da humanidade, a escravatura – delito de lesa humanidade[4] – foi formalmente abolida no mundo. O direito de cada pessoa não ser mantida em estado de escravidão ou servidão foi reconhecido, no direito internacional, como norma inderrogável.
Mas, apesar de a comunidade internacional ter adoptado numerosos acordos para pôr termo à escravatura em todas as suas formas e ter lançado diversas estratégias para combater este fenómeno, ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades – são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes às da escravatura.
Penso em tantos trabalhadores e trabalhadoras, mesmo menores, escravizados nos mais diversos sectores, a nível formal e informal, desde o trabalho doméstico ao trabalho agrícola, da indústria manufactureira à mineração, tanto nos países onde a legislação do trabalho não está conforme às normas e padrões mínimos internacionais, como – ainda que ilegalmente – naqueles cuja legislação protege o trabalhador.
Penso também nas condições de vida de muitos migrantes que, ao longo do seu trajecto dramático, padecem a fome, são privados da liberdade, despojados dos seus bens ou abusados física e sexualmente. Penso em tantos deles que, chegados ao destino depois duma viagem duríssima e dominada pelo medo e a insegurança, ficam detidos em condições às vezes desumanas. Penso em tantos deles que diversas circunstâncias sociais, políticas e económicas impelem a passar à clandestinidade, e naqueles que, para permanecer na legalidade, aceitam viver e trabalhar em condições indignas, especialmente quando as legislações nacionais criam ou permitem uma dependência estrutural do trabalhador migrante em relação ao dador de trabalho como, por exemplo, condicionando a legalidade da estadia ao contrato de trabalho... Sim! Penso no «trabalho escravo».
Penso nas pessoas obrigadas a prostituírem-se, entre as quais se contam muitos menores, e nas escravas e escravos sexuais; nas mulheres forçadas a casar-se, quer as que são vendidas para casamento quer as que são deixadas em sucessão a um familiar por morte do marido, sem que tenham o direito de dar ou não o próprio consentimento.
Não posso deixar de pensar a quantos, menores e adultos, são objecto de tráfico e comercialização para remoção de órgãos, para ser recrutados como soldados, para servir de pedintes, para actividades ilegais como a produção ou venda de drogas, ou paraformas disfarçadas de adopção internacional.
Penso, enfim, em todos aqueles que são raptados e mantidos em cativeiro por grupos terroristas, servindo os seus objectivos como combatentes ou, especialmente no que diz respeito às meninas e mulheres, como escravas sexuais. Muitos deles desaparecem, alguns são vendidos várias vezes, torturados, mutilados ou mortos.
Algumas causas profundas da escravatura.
4. Hoje como ontem, na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de a tratar como um objecto. Quando o pecado corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de ser sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objectos. Com a força, o engano, a coacção física ou psicológica, a pessoa humana – criada à imagem e semelhança de Deus – é privada da liberdade, mercantilizada, reduzida a propriedade de alguém; é tratada como meio, e não como fim.
Juntamente com esta causa ontológica – a rejeição da humanidade no outro –, há outras causas que concorrem para se explicar as formas actuais de escravatura. Entre elas, penso em primeiro lugar na pobreza, no subdesenvolvimento e na exclusão, especialmente quando os três se aliam com a falta de acesso à educação ou com uma realidade caracterizada por escassas, se não mesmo inexistentes, oportunidades de emprego. Não raro, as vítimas de tráfico e servidão são pessoas que procuravam uma forma de sair da condição de pobreza extrema e, dando crédito a falsas promessas de trabalho, caíram nas mãos das redes criminosas que gerem o tráfico de seres humanos. Estas redes utilizam habilmente as tecnologias informáticas modernas para atrair jovens e adolescentes de todos os cantos do mundo.
Entre as causas da escravatura, deve ser incluída também a corrupção daqueles que, para enriquecer, estão dispostos a tudo. Na realidade, a servidão e o tráfico das pessoas humanas requerem uma cumplicidade que muitas vezes passa através da corrupção dos intermediários, de alguns membros das forças da polícia, de outros actores do Estado ou de variadas instituições, civis e militares. «Isto acontece quando, no centro de um sistema económico, está o deus dinheiro, e não o homem, a pessoa humana. Sim, no centro de cada sistema social ou económico, deve estar a pessoa, imagem de Deus, criada para que fosse o dominador do universo. Quando a pessoa é deslocada e chega o deus dinheiro, dá-se esta inversão de valores».[5]
Outras causas da escravidão são os conflitos armados, as violências, a criminalidade e o terrorismo. Há inúmeras pessoas raptadas para ser vendidas, recrutadas como combatentes ou exploradas sexualmente, enquanto outras se vêem obrigadas a emigrar, deixando tudo o que possuem: terra, casa, propriedades e mesmo os familiares. Estas últimas, impelidas a procurar uma alternativa a tão terríveis condições, mesmo à custa da própria dignidade e sobrevivência, arriscam-se assim a entrar naquele círculo vicioso que as torna presa da miséria, da corrupção e das suas consequências perniciosas.
Um compromisso comum para vencer a escravatura.
5. Quando se observa o fenómeno do comércio de pessoas, do tráfico ilegal de migrantes e de outras faces conhecidas e desconhecidas da escravidão, fica-se frequentemente com a impressão de que o mesmo tem lugar no meio da indiferença geral.
Sem negar que isto seja, infelizmente, verdade em grande parte, apraz-me mencionar o enorme trabalho que muitas congregações religiosas, especialmente femininas, realizam silenciosamente, há tantos anos, a favor das vítimas. Tais institutos actuam em contextos difíceis, por vezes dominados pela violência, procurando quebrar as cadeias invisíveis que mantêm as vítimas presas aos seus traficantes e exploradores; cadeias, cujos elos são feitos não só de subtis mecanismos psicológicos que tornam as vítimas dependentes dos seus algozes, através de chantagem e ameaça a eles e aos seus entes queridos, mas também através de meios materiais, como a apreensão dos documentos de identidade e a violência física. A actividade das congregações religiosas está articulada a três níveis principais: o socorro às vítimas, a sua reabilitação sob o perfil psicológico e formativo e a sua reintegração na sociedade de destino ou de origem.
Este trabalho imenso, que requer coragem, paciência e perseverança, merece o aplauso da Igreja inteira e da sociedade. Naturalmente o aplauso, por si só, não basta para se pôr termo ao flagelo da exploração da pessoa humana. Faz falta também um tríplice empenho a nível institucional: prevenção, protecção das vítimas e acção judicial contra os responsáveis. Além disso, assim como as organizações criminosas usam redes globais para alcançar os seus objectivos, assim também a acção para vencer este fenómeno requer um esforço comum e igualmente global por parte dos diferentes actores que compõem a sociedade.
Os Estados deveriam vigiar por que as respectivas legislações nacionais sobre as migrações, o trabalho, as adopções, a transferência das empresas e a comercialização de produtos feitos por meio da exploração do trabalho sejam efectivamente respeitadoras da dignidade da pessoa. São necessárias leis justas, centradas na pessoa humana, que defendam os seus direitos fundamentais e, se violados, os recuperem reabilitando quem é vítima e assegurando a sua incolumidade, como são necessários também mecanismos eficazes de controle da correcta aplicação de tais normas, que não deixem espaço à corrupção e à impunidade. É preciso ainda que seja reconhecido o papel da mulher na sociedade, intervindo também no plano cultural e da comunicação para se obter os resultados esperados.
As organizações intergovernamentais são chamadas, no respeito pelo princípio da subsidiariedade, a implementar iniciativas coordenadas para combater as redes transnacionais do crime organizado que gerem o mercado de pessoas humanas e o tráfico ilegal dos migrantes. Torna-se necessária uma cooperação a vários níveis, que englobe as instituições nacionais e internacionais, bem como as organizações da sociedade civil e do mundo empresarial.
Com efeito, as empresas[6] têm o dever não só de garantir aos seus empregados condições de trabalho dignas e salários adequados, mas também de vigiar por que não tenham lugar, nas cadeias de distribuição, formas de servidão ou tráfico de pessoas humanas. A par da responsabilidade social da empresa, aparece depois a responsabilidade social do consumidor. Na realidade, cada pessoa deveria ter consciência de que «comprar é sempre um acto moral, para além de económico».[7]
As organizações da sociedade civil, por sua vez, têm o dever de sensibilizar e estimular as consciências sobre os passos necessários para combater e erradicar a cultura da servidão.
Nos últimos anos, a Santa Sé, acolhendo o grito de sofrimento das vítimas do tráfico e a voz das congregações religiosas que as acompanham rumo à libertação, multiplicou os apelos à comunidade internacional pedindo que os diversos actores unam os seus esforços e cooperem para acabar com este flagelo.[8] Além disso, foram organizados alguns encontros com a finalidade de dar visibilidade ao fenómeno do tráfico de pessoas e facilitar a colaboração entre os diferentes actores, incluindo peritos do mundo académico e das organizações internacionais, forças da polícia dos diferentes países de origem, trânsito e destino dos migrantes, e representantes dos grupos eclesiais comprometidos em favor das vítimas. Espero que este empenho continue e se reforce nos próximos anos.
Globalizar a fraternidade, não a escravidão nem a indiferença.
6. Na sua actividade de «proclamação da verdade do amor de Cristo na sociedade»,[9] a Igreja não cessa de se empenhar em acções de carácter caritativo guiada pela verdade sobre o homem. Ela tem o dever de mostrar a todos o caminho da conversão, que induz a voltar os olhos para o próximo, a ver no outro – seja ele quem for – um irmão e uma irmã em humanidade, a reconhecer a sua dignidade intrínseca na verdade e na liberdade, como nos ensina a história de Josefina Bakhita, a Santa originária da região do Darfur, no Sudão. Raptada por traficantes de escravos e vendida a patrões desalmados desde a idade de nove anos, haveria de tornar-se, depois de dolorosas vicissitudes, «uma livre filha de Deus» mediante a fé vivida na consagração religiosa e no serviço aos outros, especialmente aos pequenos e fracos. Esta Santa, que viveu a cavalo entre os séculos XIX e XX, é também hoje testemunha exemplar de esperança[10] para as numerosas vítimas da escravatura e pode apoiar os esforços de quantos se dedicam à luta contra esta «ferida no corpo da humanidade contemporânea, uma chaga na carne de Cristo».[11]
Nesta perspectiva, desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e responsabilidades particulares, a realizar gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão. Perguntemo-nos, enquanto comunidade e indivíduo, como nos sentimos interpelados quando, na vida quotidiana, nos encontramos ou lidamos com pessoas que poderiam ser vítimas do tráfico de seres humanos ou, quando temos de comprar, se escolhemos produtos que poderiam razoavelmente resultar da exploração de outras pessoas. Há alguns de nós que, por indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias, ou por razões económicas, fecham os olhos. Outros, pelo contrário, optam por fazer algo de positivo, comprometendo-se nas associações da sociedade civil ou praticando no dia-a-dia pequenos gestos como dirigir uma palavra, trocar um cumprimento, dizer «bom dia» ou oferecer um sorriso; estes gestos, que têm imenso valor e não nos custam nada, podem dar esperança, abrir estradas, mudar a vida a uma pessoa que tacteia na invisibilidade e mudar também a nossa vida face a esta realidade.
Temos de reconhecer que estamos perante um fenómeno mundial que excede as competências de uma única comunidade ou nação. Para vencê-lo, é preciso uma mobilização de dimensões comparáveis às do próprio fenómeno. Por esta razão, lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo,[12] o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45).
Sabemos que Deus perguntará a cada um de nós: Que fizeste do teu irmão? (cf. Gen 4, 9-10). A globalização da indiferença, que hoje pesa sobre a vida de tantas irmãs e de tantos irmãos, requer de todos nós que nos façamos artífices duma globalização da solidariedade e da fraternidade que possa devolver-lhes a esperança e levá-los a retomar, com coragem, o caminho através dos problemas do nosso tempo e as novas perspectivas que este traz consigo e que Deus coloca nas nossas mãos.
Vaticano, 8 de Dezembro de 2014.
FRANCISCUS


http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/peace/documents/papa-francesco_20141208_messaggio-xlviii-giornata-mondiale-pace-2015.html

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

SARTRE

RESUMO
A concepção de liberdade em Sartre tem o ser humano como objeto principal de seu estudo. Para o existencialismo é a existência que vem antes da essência, nisto consiste dizer que o homem existe e depois é que surge a sua essência. No primeiro capítulo, se trata da filosofia acerca do existencialismo, pois o ser humano é lançado na existência para si e por conta de si. No segundo, é apresentada, a existência do ser na filosofia de Sartre, e sendo um material de estudo de si mesmo, firmando-se por meio de sua liberdade de escolha. No último capítulo é a questão da liberdade do ser humano no pensamento sartriano, mas a liberdade, não dá o direito de viver sem responsabilidade, pois viver livre implica em assumir tudo que faço. Só há uma forma para fugir da responsabilidade é por recorrer à pratica da má-fé, mas a liberdade fica comprometida, porém o homem tem por natureza a liberdade, uma vez bem cultivada e administrada com responsabilidade, ele construirá bem a sua essência. Por fim, resaltamos a importância da liberdade e da responsabilidade, pois estes dois elementos são indispensáveis, na vida do ser humano, como uma análise, ou seja, é o acordar da consciência do homem, este estágio que ele se descobre, sem ter a necessidade de se esconder na má-fé.
Palavras-Chave: Existência. Homem. Liberdade. Má-Fé. Responsabilidade.  

RESUMÉ
La conception sarteienne de liberté a comme principal but d’ éstudes l’ être humain. Pour l’ existentialisme o’ estl’ existence que vient avant l’ homme, o’ est–à-dire, d’ abord l’ homme existe et seulement aprés vient l’ essence. Au premier chapitre on aborde la philosophie de l’ existentialisme, parce que l’ êstre humain est jeté dans l’ existence pour lui-même et à cause de lui-même. Le deuxième chapetre présente l’ existence de l’ être dans la  philosophie de Sartre. Étant moyen de la liberté de choix. Au dernier chapitre on réfléchit sur la question de la liberté de l’ être humain dans la pensée sartriene, mais Il s’ agit d’ une liberté qui ne donne pas le droit de vivre sans responsabilitá. Guisque vivre librement implique s’ assumer tout ce que jê fais. Il n’y a qu’ une manîere d’ échapper à sa responsabilitá, c’ est le recours à la pratique de la mauvaise fois; mais en ce cãs la liberté devienr compromise.gourtant l’ homme a pour mature la liberté. Si l’ on la cultive bien et on l’ admnistre avec responsabilité,  l’ homme construira  bien son essence. Enfin on souligue l’ importance de la liberté er de la responsabilité Dan la vie de l’ être humain, com me une analyse, c’ est-à-dire, le réveiller dede la conscience de l’ homme, quand Il se découvre à soi-même sans besoin de se cacher em la mauvaise foi.
Mots – Clé: Existence. Homme. Mauvaise foi. Responsabilité.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

MONOGRAFIA ( RESUMO DE APRESENTAÇÃO )



A LIBERDADE DO SER HUMANO EM SARTRE 
Por meio deste trabalho monográfico abordamos “A liberdade do ser humano em Sartre”. Tendo como sustentáculo o terceiro tópico “Liberdade e responsabilidade” do primeiro capítulo na obra O ser e o nada. E como objetivo geral: Compreender o significado de liberdade do ser humano no pensamento de Jean-Paul Sartre. Tem a pretensão de responder a seguinte problemática: é possível o ser humano compreender-se livre sem responsabilidade de acordo com Sartre? Portanto será trabalhado em três capítulos: No primeiro refletimos a existência do homem na filosofia de Sartre. Em seguida, evidenciamos a existência do ser na filofia de Sartre. Por fim, no terceiro capítulo, trouxemos como reflexão a liberdade do ser humano no pensamento sartreano.
A presente pesquisa deseja cooperar com a filosofia no que se refere ao estabelecimento de uma reflexão do que realmente venha a ser a liberdade em Sartre, utilizando como base a linha de pensamento do próprio filósofo. Segundo ele, a liberdade está intrinsecamente ligada à responsabilidade; assim, cada indivíduo assume as consequências das suas escolhas. O sujeito, desesperado e angustiado, busca soluções em tudo, a ponto de depositar a responsabilidade em outro ser, a fim de que esse assuma as consequências dos seus atos e escolhas. O autor nos lembra que o homem foge de sua responsabilidade, agindo de “má fé” consigo mesmo, isso porque é mais fácil atribuir suas culpas a outro, e assim desfrutar de uma liberdade desmedida.
O ser humano, segundo o autor, está condenado a ser livre, porém com responsabilidade, a qual consiste no ato de escolher o que lhe dá prazer e alegria, sendo que a mesma o possibilita agir com prudência em suas escolhas. Para Sartre, esta prática não anula a liberdade. A seguir tratamos do surgimento do existencialismo.
        O filósofo Kierkegaard é o pioneiro no estudo da existência, porém o seu pensamento não tive grande importância quando foi apresentado. Todavia, foi depois da sua morte que o mesmo passou a ter relevância para os filósofos do século XX, chegando ao ponto de lhe ser atribuído o título de pai do existencialismo, por ter abordado, o que virá a ser o embasamento da corrente filosófica existencialista.
            A Primeira Guerra Mundial que envolveu a Europa, foram momentos complicados para a população que durante todo aquele período, vivenciou, conflitos envolvendo vários setores da sociedade, tais como: financeiro, político, econômico, moral e principalmente no âmbito acadêmico. A falta de sentido em viver em meio a tantos destroços, levaram os sobreviventes a se depararem com uma crise existencial, que fora provocado por meio da guerra, que se tornou um momento histórico, surge como consequência uma nova corrente filosófica: o existencialismo.
A grande maioria dos jovens adotou a atitude existencialista. O existencialismo por intermédio das mídias foi relacionado aos movimentos de modificação de conduta e de costumes. De início tem como ponto de partida assinalar motivações para que o ser humano tenha sentido de viver, de acordo com a linha do pensamento podemos dizer que o termo designa de forma compreensiva, uma filosofia não sistemática, metódica. Essa corrente filosófica do existencialismo prioriza o real, o si, o para si, o particular, as generalidades vagas.
O existencialismo cristão é formado por estes filósofos: Karl Jaspers e Gabriel Marcel que tiveram um entusiasmo pelo mistério da humanidade; uma convicção de que existe um para além do conhecimento que nos é possível atingir. Tais filósofos insistem em dizer que Deus é indispensável na vida do homem, na construção de sua essência.
E os pensadores ateus são: Heidegger e Sartre. Neles encontramos a eliminação de qualquer tipo ou forma de conhecimento com relação a Deus. Mas sem deixar de lado o pensamento de que a “existência precede a essência”, assim afirma Sartre.
A existência do ser na filosofia de Sartre
A fenomenologia foi mencionada por alguns pensadores, no decorrer da história filosófica, no entanto é possível apresentar como descrição de que, podemos definir o fenômeno como “aquilo que aparece ou se manifesta.” Desta forma, fizemos feita uma abordagem da fenomenologia sob a marca do filósofo alemão Edmund Husserl que apresenta a fenomenologia como um método de verificação que tem o propósito de apreender o fenômeno, isto é, o surgimento das coisas à consciência, de uma maneira rígida.
O ser se manifesta, tanto na sua essência quanto na sua aparência e, não passa de ser bem interligada dessas manifestações. Ao conseguir reduzir os dualismos às suas manifestações. As aparições estão ligadas por uma razão que não depende do meu bel-prazer. Segundo Sartre, dualismo, ato e potência, apenas confundem a análise do fenômeno. O existente, com efeito, não pode se reduzir a uma série finita de manifestações, porque cada uma delas é uma relação com um sujeito em perpétua mudança.
Pode-se afirmar que Sartre se atém na análise do fenômeno, o que vem a ser o propósito maior da fenomenologia husserliana. O que o pensador Frances entende por prova ontológica reside nos seguintes termos: “a consciência nasce trazida por um ser que não é ela. A consciência não pode fazer com que haja ser, mas, porque há ser, a consciência funda-se, enquanto consciência de si e do ser.” (LIMA, 2009, p. 18). Sartre critica Husserl pelo fato do pensador alemão ter ficado preso ao cogito cartesiano, mais especificamente à descrição da aparência das coisas à consciência.
Ao desvelar o fenômeno do ser, Sartre o analisou como aquilo que aparece em si mesmo. A partir deste estudo, o filósofo passou a interrogar pelo ser mesmo desse aparecer. Não participando com as soluções realista no que se refere à problemática do ser do fenômeno, ele o ponderou como aquilo mesmo que se mostra à consciência, empregar para isso o conceito de intencionalidade de Husserl, embora fazendo algumas advertências ao filósofo alemão. Assim, "partimos da pura aparência e chegamos ao pleno ser." (SARTRE, 1997, p. 35). É quando Sartre irá apresentar dois tipos de seres hauridos de sua análise existencial: o ser Em-si e o ser Para-si. O filósofo irá discorrer sobre esses dois tipos de seres mostrando os modos próprios como eles se dão.
Em determinar o ser do fenômeno como sendo o ser tal qual ele nos aparece, Sartre o chamará de ser Em-si (En-soi). Não convêm dar tais atributos: atividade, passividade, possibilidade, temporalidade, potência, pois estes só podem advir através da consciência. O conceito de Em-si adotado por Sartre será a base de sustentação para o filósofo apresentar o Para-si que vem a diferir drasticamente do Em-si. O filósofo francês lança mão da noção husserliana de consciência, que define como sendo alguma coisa. Pois, é intencional, isto é, está sempre voltada para um objeto que dela difere. Pois, o autor Frances defende que a atitude interrogativa não deve ser considerada como que restrita, isto é, à relação entre homens.
É como se o nada tendesse constantemente no sentido de nele se estacionar. Uma vez que a consciência intencional é desprovida de conteúdos, só lhe resta sustentar o seu ser no nada. Por só poder existir como consciência de algo e por não ser o fundamento de si mesmo, tende a cair constantemente para o ser Em-si. Desse modo nos detemos na liberdade do ser humano no pensamento sartriano.
Este capítulo explora a liberdade do homem. O Para-si exerce o seu ser livre através das escolhas que tem de fazer, a respeito de si, ao longo da existência. Por sua vez, Sartre enfatiza que o ato de escolher traz consigo uma experiência bastante singular: a angústia. Para Sartre, ela se dá pelo fato de o Para-si ter de escolher seu modo de ser, no entanto, o fundamento de seu próprio ser: Tenho que assumir constantemente meu modo de ser, sem possuir uma base sólida sobre a qual eu possa repousar.
 Presumivelmente, visto mais adiante, o Para-si deve responder pelo seu modo de ser. A angústia da decisão sempre vem à tona quando tomamos consciência de nossa inteira liberdade. O filósofo francês nos apresenta um tipo especial de conduta que adotamos para desviar da angústia que corrói o Para-si.
A liberdade reside no homem na questão de ter que escolher constantemente, o sentido que ele dará a si mesmo e ao mundo à sua volta. Contudo, para fugir do peso da responsabilidade, o homem se refugiar geralmente na má-fé.
 Mais um tipo particular de conduta de má-fé. Por hora, o que importa aqui é que o Para-si não pode assumir o seu ser como se fosse um Em-si. Pois se assim o fosse, não poderíamos nem sequer falar de liberdade e transcendência. Seguindo os passos do pensador francês ao longo de sua análise ontológica em torno da liberdade.
Sartre até aqui nos conduzir à sua noção de responsabilidade. O Para-si deve escolher seu modo de ser. Para realizar tal pensamento, Sartre argumenta que o homem deve assumir inteiramente a autoria de seu projeto existencial.
A presente pesquisa faz algumas reflexões, sugestivas importantes para o ser humano perante a sociedade. Mesmo que Sartre enfatize que “cada um é responsável por si e pelos seus atos”, pois uma vez vista desta forma contribuímos para uma vivencia melhor com o mundo que está ao entorno, tentamos dar prioridade a problemática da liberdade que o homem almeja, mas como vimos a liberdade já termos desde a nossa origem, porém Sartre condena o uso da má-fé. Esta pesquisa mostra que a liberdade deve estar sempre alicerçada na responsabilidade. A liberdade já é uma característica de cada ser humano.
A presente pesquisa trouxe algumas reflexões que pode contribuir para a filosofia no que se refere ao estabelecimento de uma profunda reflexão do que realmente venha a ser a liberdade do ser humano nas perspectivas sartreana, utilizando como meio de compreensão o pensamento do próprio filósofo. Acreditamos, pois, que esta seja a grande incumbência e contribuição deste trabalho monográfico para a sociedade e para a filosofia. 







sexta-feira, 29 de agosto de 2014

29/09/2013 - AGENDA PASTORAL


29/09 a 08/10 Semana Nacional da Vida
Local:  

SEMANA NACIONAL DA VIDA 



28/09/2013 – MISSA DE ABERTURA DA SEMANA DA VIDA
ÁS 16HS, NA CATEDRAL
01/10/2013- ABERTURA DA SEMANA DA VIDA ( NAS PAROQUIAL)

02/10/2013 – ENTREVISTA SOBRE A SEMANA DA VIDA
NA TV CANÇÃO NOVA
PE. ANDERSON PINA E COMISSÃO DA PASTORAL AS 16HS

05/10/2013 – VIGILIA PELA VIDA. PAROQUIA SANTA TEREZA (NO SANTA TEREZA)
MISSA ÁS 19HS 

08/10/2013 – MISSA NA MATERNIDADE NOSSA SENHORA DE LURDES
ÁS 16:00HS CELEBRANTE DOM LESSA


08/10/2013 – DEBATE SO0BRE A SEMANA DA VIDA, NA PAROQUIA SANTA TEREZA
MISSA ÁS 19HS

LUCAS E CEIÇA 
CASAL COORDENADOR GERAL DA PASTORAL FAMILIAR
DA ARQUIDIOCESE DE ARACAJU
CONTATOS: 9966-2898 ///8801-8221


Aberto ao Público: Este evento é aberto ao público 
Confirmado: Evento confirmado

terça-feira, 26 de agosto de 2014

COROINHAS

TERÇA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2012

Algo sobre...

No antigo testamento a palavra liturgia é usada para designar o culto prestado a Deus pelos Sacerdotes Judeus. Depois de muitos anos, após Jesus Cristo, os Cristãos passaram a usar esta palavra para designar o culto prestado a Deus pela Igreja de Jesus Cristo.

A palavra liturgia é uma palavra do grego: leiturguia, de leiton-érgon que siginifica "ação do povo", "serviço da parte do povo e em favor do povo". Na tradição cristã, ela quer significar que o povo de Deus torna parte na "obra de Deus". Pela Liturgia, Cristo, nosso Redentor e Sumo Sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.

Liturgia é uma ação do povo pela qual prestam cultos a Deus. A Liturgia é uma diálogo entre Deus e o povo. O Concílio Vaticano II afirma que "na liturgia Deus fala a seu povo. Cristo ainda anuncia o evangelho. E o povo responde a Deus, ora com cânticos, ora com orações". (SC13) É nesse diálogo, no culto que se presta a Deus, que o povo celebra.

Desde os tempos antigos o ser humano buscou formas de entrar em contato com o ser supremo, divino. Então ele criou expressões corporais como : danças, inclinações, prostrações; utilizava elementos da natureza como flores, animais, etc., formulou palavras, frases e pôs tudo isso a serviço da LITURGIA. Foi deste modo que o homem encontrou para CELEBRAR a vida em comunidade, a forma de agradecer a Deus pelas alegrias e a forma de pedir a proteção divina.

Celebrar significa tornar-se célebre, dar importância, festejar em massa, realizar uma ação solene, honrar, exaltar, cercar de cuidado e de estima.

Para celebrar a vida, a pessoa se une a outras pessoas: formam assembleia cristã, a qual mediante sinais sensíveis entra em comunhão com o Pai, pelo Filho, Jesus Cristo, No Espírito Santo. A própria assembleia cristã, a Igreja, já é um sinal da presença de Cristo.

Que são estes sinais sensíveis? São objetos, cores, luzes, gestos, movimentos que fazemos ou usamos na liturgia, para entrarmos em comunhão com Deus. A celebração litúrgica passa necessariamente pelo corpo.
A expressão corporal é o canal indispensável pelo qual manifestamos nossa fé.

Sinais Litúrgicos

Os sinais litúrgicos destinam-se sempre para comunicar algo. Desde o início da humanidade, os homens que habitavam as cavernas já se comunicavam por meio de sons e de desenhos feitos nas rochas: era uma linguagem comunicativa, hoje, substituída pelas letras, sílabas e palavras nos vários idiomas.
Na liturgia temos vários sinais. Vejamos:

a) Objetos: cálice, patena, pala, manustérgio, corporal, sanguíneo, galhetas, missal, mesa da palavra, ambão, lecionário semanal, lecionário dominical, lecionário santoral;

b) Símbolos: flores, pão, vinho, água, óleo, incenso, vela, sacrário, mesa eucarística ou altar;

c) Atitudes: sinal da cruz, aperto de mão, posição das mãos, sentar, levantar, ajoelhar.

Os sinais dos coroinhas

É através dos sinais litúrgicos que Deus se comunica conosco e nós com Ele. Por isso devem ser feitos com respeito e com total exatidão. Você coroinha estará demonstrando atenção e amor a Deus se caminhar devagar e mantiver uma atitude devota e atenciosa, sem conversar inutilmente, cantando e rezando com o povo nos momentos adequados. Bem como observando o respeito aos sinais abaixo descritos:

a) Sinal da Cruz: o Sinal da Cruz é um dos símbolos mais básicos da religião cristã, relembrando a importância do sacrifício de Cristo na Cruz, é realizado desenhando-se no ar uma cruz, sobre si mesmo, sobre outras pessoas ou sobre objetos. Não devemos fazê-lo mal, de qualquer jeito e depressa, porque estaremos demonstrando pouco respeito e, além disso, ele nada significará feito deste modo.

b) Genuflexão: É um gesto de fé em Jesus que deve ser feito com calma e atenção. Faz-se fletindo só o joelho direito até o solo, significa adoração; pelo que é reservado ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário, e à Santa Cruz, desde a adoração solene na Ação litúrgica de Senta-feira da Paixão do Senhor até ao início da Vigília Pascal.

c) Reverência / Inclinação: é sinal de reverência e de honra que se presta á próprias pessoas ou às suas imagens.

Há duas espécies de inclinações:

a) Com a cabeça, faz ao nome de Jesus ou da Virgem Maria e do Santo, em cuja honra se celebra a Missa ou a Liturgia das Horas;

b) Com o corpo, ou inclinação profunda, faz-se: ao altar, caso nele não esteja o sacrário com o Santíssimo Sacramento; aos Bispos; antes e depois da incensação, e todas as vezes em que vem expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.

Reverência ao Santíssimo Sacramento

Todos aqueles que entram na Igreja nunca devem omitir a adoração ao Santíssimo Sacramento: seja dirigindo-se à capela do Santíssimo, seja fazendo pelo menos genuflexão. Fazem igualmente genuflexão todos os que passam diante do Santíssimo Sacramento, a não ser que se vá em procissão.

Reverência ao altar

O altar é saudado com uma inclinação profunda por todos quantos se dirigem ao presbitério, dele se retiram ou passam por diante do altar. Além disso, o celebrante e os concelebrantes beijam o altar no início da Missa, em sinal de veneração. O celebrante principal, antes de deixar o altar, venera-o, por via de regra, beijando-o; os restantes, mormente se forem muitos, fazem-lhe a devida reverência.

Reverência ao Bispo e outras pessoas

O Bispo é saudado com inclinação profunda pelos ministros ou por quantos dele se aproximam por motivo de serviço ou, depois de prestado esse serviço, se retiram ou passam diante dele.
Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos a usar na celebração que se vai realizar, por ex: a cruz, os castiçais, o livro dos Evangelhos.

SÁBADO, 11 DE FEVEREIRO DE 2012

São Domingos Sávio


Nascido em Riva, Piedmont, Itália, em 1842; e morreu em Mondonio tambem na Itália em 9 de março de 1857. Foi beatificado em 1950 e canonizado em 1954.

Domingos era um de três filhos de um ferreiro e cresceu com desejos de ser um padre. Quando São João Bosco começou a treinar jovens como clérigos para ajudá-los no cuidado de meninos de rua, em Turim, o padre da paróquia de Domingos o recomendou a João Bosco, o qual mais tarde escreveu a biografia de Domingos de tão impressionado que ficou ao conhece-lo.

Em outubro de 1854, na idade de 12 anos, Domingos tornou-se um estudante no Oratório de São Francisco de Sales em Turim. Ele é mais conhecido pelo grupo que organizou, chamado a "Companhia da Imaculada Conceição".


Em adição a sua devoção, ele fazia vários trabalhos como, varrer o chão e tinha especial paciência e cuidado com os jovens mais travessos. Logo que começou no Oratório Domingos separou uma luta entre dois rapazes que se atiravam pedras. Segurando um crucifixo entre eles, ele disse : " Antes de lutarem olhem para isto" e em seguida disse "Jesus não tinha nenhum pecado e Ele morreu perdoando os seus executores, nós vamos ultraja-Lo sendo deliberadamente vingativos?"

Ele escrupulosamente seguia a disciplina da casa e com isto angariava o ressentimento dos outros jovens que esperam dele o mesmo comportamento. Não obstante, ele nunca ofendia quem o tratava mal. 

Bosco o proibiu de fazer qualquer mortificação ao seu corpo sem sua permissão. Bosco certa vez encontrou Domingos, numa noite fria, em sua cama tremendo sem um só lençol por cima. "Não seja louco, disse ele a Domingos, você poderá pegar pneumonia !" . "Por que eu? " perguntou Domingos " O meu Senhor não pegou pneumonia na manjedoura em Belém?"

Em outra ocasião Domingos sumiu de manhã até o jantar. Bosco o encontrou no coro da igreja de joelhos, em oração. Ele ficou lá por 6 horas depois que a missa havia acabado e disse que estava "distraído" . Sempre se referia a suas orações intensas como estando "distraído" orando e não havia visto o tempo passar.

Bosco reportou ao Papa Pio IX o desejo de Domingos em servir na Inglaterra e a Inglaterra tornou-se uma primeira preocupação de Bosco. Alguns dizem que isso era devido ao ímpeto de Pio IX de restaurar a hierarquia da Igreja na Inglaterra.

Domingos tornou-se conhecido como uma pessoa com dons espirituais especiais e que reconhecia a necessidade das pessoas, bem além do percebido pelo padre comum e tinha uma habilidade de profetizar o futuro.

Entretanto, a frágil saúde de Domingos piorou e ele foi enviando para Mondonio para uma mudança de clima. Foi diagnosticado como tendo tuberculose e logo começou a sangrar e isso apressou sua morte. Ele recebeu os últimos sacramentos e pediu ao padre para ler a oração dos mortos e no final ele sentou-se e disse: "Adeus meu caro padre" ; sorriu e exclamou!:" Estou vendo coisas maravilhosas" e logo depois ele morreu sorrindo tão calmo e feliz, que ninguém duvidou de sua visão do paraíso.

Pouco tempo depois, São João Bosco escreveu sua biografia, o que contribuiu para a sua canonização. Ele foi a pessoa mais jovem a receber a canonização, na história da Igreja.

Ele é o padroeiro dos cantores de coro da igreja e delinqüentes juvenis.

Sua festa é celebrada no dia 5 de março

História de São Tarcísio


Segundo a tradição, o adolescente Tarcísio foi martirizado por um grupo de malvados, enquanto ele levava a Eucaristia aos cristãos, nos cárceres. O seu martírio deve ter acontecido dia 6 de agosto do ano 258, depois da Missa celebrada pelo Sumo Pontífice Sisto II, ajudado também por Tarcísio, que exercia o cargo de acólito. A ordem do acólito era reservada aos fiéis que mais de distinguiam pela bondade e pelas virtudes. Este jovem mártir foi incluído no martirológio romano no dia 15 de agosto, e comemorada a morte no cemitério de S. Calisto.

No século passado, São Tarcísio foi escolhido como Patrono dos Coroinhas do SS.mo Sacramento e, neste século, Patrono dos aspirantes menores da Juventude Italiana de Ação Católica.

Segundo o Calendário de S. Basílio, o corpo de Tarcísio foi sepultado no “Cemitério de S.Calisto”, com Papa Estevão. Segundo Rossi e Maruchi, foi transferido para a assim chamada “Cela Tricora”, em um sarcófago junto ao Papa Zefirino. Paolo I (V767), o levou para a Basílica de S. Silvestre, no Capitólio, juntamente com outros corpos dos mártires. Atualmente se encontra na Capela do Anjo da Guarda (antes estava na atual capela de S.Domingos onde se conservava o Santíssimo). Uma relíquia se conserva em um gracioso cofre na Capela do Instituto S. Tarcísio, em Roma, na Via Ápia Antiga, 102.

Quem chega ao interior do cárcere, observa um verdadeiro contraste com aquela algazarra barulhenta da estrada.  Ali reina paz, serenidade, alegria e júbilo; os muros de pedra grega ecoam os cantos salmodiantes, entoados por Pancrácio e repetidos de um lugar para outro. Os prisioneiros do camerum respondiam aos irmãos em uma alternativa de versos, tirados dos salmos, que eram naturalmente, sugeridos pela circunstância.

Na vigília do dia em que deviam lutar com as feras, que os dilacerariam, se lhes concedia uma maior liberdade. Era permitido aos amigos das vítimas escolher aqueles que queriam para visitá-los, e os cristãos aproveitavam sabiamente desta permissão, indo à prisão e recomendando-os às orações dos benditos seguidores de Cristo. À tarde, os condenados eram conduzidos à cena livre, isto é a um abundante e até a um suntuoso banquete público. A mesa era circundada por pagãos sempre curiosos para ver como se comportariam e que aspecto assumiriam os combatentes no dia seguinte. Mas não percebiam nos cristãos nem ostentação insolente, nem a amarga prostração dos condenados comuns. Para aqueles comensais, o banquete era um verdadeiro ágape ou festa do amor, já que eles procuravam a verdadeira alegria, e a cena era animada por uma alegre conversão.

Enquanto os perseguidores preparavam o banquete material das suas vítimas, a Mãe Igreja preparava um banquete muito mais lauto para as almas de seus filhos, para enviar à tarde, aos campeões de Cristo, um número de partícula do Pão da Vida, suficiente para animá-los à manhã do dia destinado à luta.  

Quando o Pão Consagrado estava pronto, o celebrante se voltava ao altar, onde fora colocado a Vítima Santa, para ver a quem devia melhor confiar. Antes que algum pudesse se oferecer, o jovem acólito Tarcísio (de 12 anos) se ajoelhou em sua frente, com as mãos postas, prontas para receber o Sagrado Depósito. Com o seu semblante inspirando inocência, como aquele de um Anjo, parecia implorar para ser o preferido, ou melhor, quase que pedindo este direito.

- “Tu és muito jovem”, disse o bom celebrante muito admirado.

- “Padre, a minha juventude será a melhor proteção. Oh! Não me negue esta altíssima honra!”. Tinha as lágrimas nos olhos e em sua face era um róseo de modesta emoção, enquanto pronunciava as palavras. Erguia as mãos com tanto fervor e a sua oração era tão cheia de paixão e de coragem que o celebrante não pode resistir. Tomou os Divinos Mistérios, delicadamente envolvidos em um pano de linho e depois enrolou outro pano de linho, depositando entre as suas mãos dizendo:

- “Lembra-te, Tarcísio, este tesouro é confiado aos teus cuidados. Evita os lugares públicos durante o caminho, e recorda-te que as coisas santas não são dadas como alimento aos cães, e que as pérolas não são feitas para os porcos. Cuidarás fielmente os sagrados dons de Deus?”.

- “Morrerei antes que não cumpra o meu dever” – respondeu o santo jovem, colocando junto a si o alimento divino, e com serena reverência se colocou a caminho para cumprir a sua missão.

Transparecia de seu semblante uma graça não comum aos jovens de sua idade, enquanto enfrentava com passos rápidos pelas estradas, evitando os pontos mais freqüentados e aqueles mais desertos.

Quando estava perto dos portões de um grande palácio, a proprietária, uma rica matrona sem filhos, o viu e ficou fascinada pela sua beleza e pela doçura do seu semblante, enquanto ele se apressava pelo caminho com os braços cruzados.

- “Espere um momento, caro filho, disse, interceptando-lhe os passos – quem és? Diga-me, e quem são os teus pais?”.

- “Meu nome é Tarcisio e sou órfão, respondeu levantando os olhos sorridentes – não tenho casa, a não ser uma que talvez te desagrade em eu dizer”.

- “Então vem repousar na minha casa; tenho muito do que falar. Oh! Se tivesse também um filho como tu!”.

- “Agora não posso, senhora, agora não! Confiaram a mim uma sublime e sacra missão e não posso perder um minuto, antes de tê-la executada”.

- “Então me prometa de vir amanhã. Olha, esta é a minha casa”.

- “Se estiver vivo, virei certamente”, disse o jovem, com um olhar inspirado que parecia lembrar Patrícia, um mensageiro escolhido para das mais altas esferas sociais.  

Ela o seguiu um pouco com seu olhar e depois de haver refletido, decidiu segui-lo. Em seguida escutou um grande estrondo interrompido por bandos de insolentes, e ela parou até que ficou tudo em silêncio; depois retomou o seu caminho.

Entretanto, Tarcisio, absorto nos mais altos pensamentos que não fossem a herança de Patrícia, tinha apertado o passo e estava perto de uma praça, onde alguns rapazes estavam jogando, apenas saídos da escola.

- “Falta mesmo um rapaz para o nosso jogo. Onde o encontraremos?”, disse o chefe.

- “Oh! olha que combinação”, exclamou outro – Eis Tarcisio, que não o vemos há muito tempo. Antes era ótimo em toda espécie de jogo. “Vem, Tarcísio”, continuo apertando-lhe o braço 

- “Aonde vai com tanta pressa? Vem jogar conosco! Seja bom!”.

- “Não posso agora, Petílio; não posso mesmo! Tenho uma grande e importante tarefa a cumprir”.

- “E então virás à força” – disse aquele que havia falado por primeiro; um rapaz grande, estúpido e prepotente, que logo se colocou sobre Tarcísio. “Sabe que não admito réplica quando quero alguma coisa. Venha logo fazer parte do nosso jogo!”.

“Te suplico” – disse o pobre menino, “deixa-me continuar meu caminho!”.

“Nada disso” – rebateu o outro – Mas o que tens aí de tão precioso para levar com tanto cuidado? Será uma carta?  Não tem importância se chegar no seu destino, meia hora depois.Dê para mim que guardarei com segurança até que terminemos de jogar”. E estendeu a mão para tirar dele sacro depósito.

- “Não, não” – disse o jovem, elevando os olhos para o céu.

- “Então quero ver de que se trata” – insiste o outro em tom brusco – “quero saber em que consiste este teu precioso segredo” e começou a maltratá-lo. E logo se reuniu um grupo de curiosos, perguntando do que se tratava. Viram Tarcísio que, com os braços cruzados, parecia animado por uma força sobrenatural para poder resistir a um rapaz muito mais alto e maia forte do que ele, o qual queria ver o que Tarcísio levava no peito. Parecia que sua força, seus empurrões, ponta-pé, não produzissem algum efeito. O pobrezinho suportava tudo sem murmurar, sem a mínima tentativa de reação. Mas resistia corajosamente.

- “Mas o que é, de que se trata?”, perguntavam os presentes. Quando, por acaso, si viu passar por ali Fulvio e se ouviu um ajuntamento de curiosos em torno dos dois combatentes. Logo reconheceu Tarcísio, tendo-o visto na festa da administração das Ordens Sacras.

Quando algum do bando vendo-o vestido melhor que os outros, fez a mesma pergunta, respondeu em tom de desprezo, voltando-se a todos:

- “O que é? Não estão vendo? É um burro cristão que leva os Mistérios. Não há necessidade de mais nada”.

Fúlvio, que não queria perder a jogada tão mesquinha, soube bem o efeito que as suas palavras tinham produzido.

A curiosidade pagã de ver desvelados os Mistérios cristãos e a querer conduzir os ultrajes eram fomentados naquelas ações, e agora todos a uma voz pediram a Tarcísio para entregar o que tinha guardado.

- “Nunca, até eu esteja vivo”, foi a única resposta. Um operário lhe deu um tremendo soco, que o estonteou e o sangue começou a correr. Segui uma verdadeira tempestade de pancadas, até que pisado e maltratado, mas com os braços sempre apertando ao peito, o rapaz caiu por terra.

O bando foi contra ele, e houve quem, agarrando-o, estava já para tirar-lhe o tesouro, quando os assaltantes sentiram um empurrão à direita e à esquerda de dois poderosos braços.

Do grupo dos malvados, uns corriam até o final da praça, outros pulavam muros até caírem por terra, e os outros retrocederam na frente de um centurião de forma atlética, que foi a causa de uma rápida mudança da cena. Apenas tinham desocupado o terreno, ele se ajoelhou diante do jovenzinho e com os olhos cheios de lágrimas, levantou o corpo maltratado e desmaiado, com a ternura de uma mãe, e lhe pediu com a voz muito tenra:

- “Te fizeram muito mal, Tarcisio?”. 

- “Não pense a mim, Quadrato”, disse o rapaz, abrindo os olhos e sorrindo – “eu carrego os Sagrados Mistério, tome aos teus cuidados”.

O soldado tomou o braço do rapaz com profunda reverência. Era como se levasse não só a doce vítima de um sacrifício jovem e as relíquias de um mártir, mas o mesmo Rei e Senhor dos Mártires e a mesma Divina Vitima da salvação eterna. O rapaz apoiou confiante a cabeça nos ombros do robusto soldado, sem diminuir um só instante o aperto fiel ao tesouro. O soldado não sentia peso algum do duplo fardo bendito.

Ninguém ousou impedir-lhe o passo, até que uma senhora foi ao encontro, olhando maravilhada. Foi bem perto e observou atentamente o rapaz que ele apertava entre os braços.

- “Não é possível! Exclamou aterrorizada – Este é o Tarcísio, o rapaz que vi há pouco, tão belo e gentil? Quem o reduziu a este estado?”.

- “Senhora, disse Quadrato – queriam matá-lo porque era cristão”. A mulher olhou um instante o semblante do jovenzinho, que abriu os olhos, sorriu e expirou. Daquele olhar emanou um raio de fé. E ela se fez logo cristã.

O venerável Dionísio, com os olhos velados de lágrimas, removeu as mãos do jovem e tirou o Santo dos Santos. Parecia a ele que agora Tarcísio se assemelhasse mais a um anjo, dormindo o sono dos mártires, não como antes, quando estava ainda vivo. Quadrato mesmo levou seu corpo mortal ao cemitério de Calisto, onde a vítima foi sepultada entre a admiração dos seus companheiros de fé mais velhos do que ele.  Depois o S. Papa Damaso compôs uma inscrição:

 Enquanto um criminoso grupo de fanáticos

 se atirava sobre Tarcísio que levava a Eucaristia,

o jovem preferiu perder a vida antes

que deixar aos raivosos o Corpo de Cristo”,

para profaná-la.

A notícia de tudo o que aconteceu chegou aos prisioneiros somente depois do banquete.

Talvez o medo de serem privados do alimento espiritual que lhes daria força, foi o único motivo de perturbação, mesmo se leve, da serenidade deles. Naquele instante entrou Sebastião e se deu por conta que uma desagradável notícia havia chegado aos cristãos e percebeu do que se tratasse. Infundiu então coragem aqueles seguidores de Cristo. “E assegurou-lhes que não seriam privados do alimento suspirado”.             

A sua festa é celebrada do dia 15 de agosto.

Ele foi enterrado no cemitério de Callixtus e suas relíquias foram reclamadas por São Silvestre. Mais tarde as relíquias do santo foram trasladadas para a Capela de Ângelo Custode em São Domenico Maggiore di Napoli, por ordem do Papa Inocêncio X, durante a guerra de 1646.

QUARTA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2011

ENCONTRÃO: + de 800 coroinhas fizeram-se presentes no Arquidiocesano

Os Coroinhas da Arquidiocese de Aracaju reuniram-se no dia 2 de Outubro no Arquidiocesano para um grande Encontro de oração, formação e diversão.
Iniciando às 08h30min, o evento contou com a presença de Sua Excelência Reverendíssima Dom Henrique Soares da Costa, do Magnífico Reitor do Seminário Propedêutico, Pe. José Horácio Matos Fraga, Pe. Roberto Benvindo, da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, como também dos padres Rogério, Jefferson, Juarez, Lucivaldo Ribeiro, Geofredes, Flávio Negromonte, Hernani, Genário, Genivaldo, Mons. Carvalho, Ricardo, Cristiano Santos, Anderlan e Jadilson.
Apresentação análoga a São Tarcísio




Logo após a recepção do Bispo, os coroinhas dirigiram-se a Sua Excelência Reverendíssima em perguntas, que logo foram respondidas, para entusiasmo dos mesmos.



A diversão foi outra grande alegria para os coroinhas.


A Santa Missa fora o cume de todo o encontro, através da Sagrada Liturgia todos elevaram suas orações a Deus.


O Pe. Roberto Benvindo abriu a tarde convidando os coroinhas a serem amigos de Cristo. Em seguida, adoraram Jesus no Santíssimo Sacramento.

O evento encerrou às 16h00min, com o anúncio do próximo Encontrão de Coroinhas que será no dia 
07/10/2012.

DOMINGO, 11 DE SETEMBRO DE 2011

Inauguração do Blog


Dia 27 de Agosto de 2011
Não só inauguramos o blog da pastoral dos coroinhas da Arquidiocese, mas este dia também, fora marcado pela primeira reunião do ano, enquanto pastoral dos mesmos, com os coordenadores vindos de nossas paróquias!

Novo impulso e maior visibilidade nortearam os assuntos da reunião,
esta também se centralizou no Encontrão de Coroinhas da Arquidiocese que será realizado no dia 2 de Outubro do corrente ano. 
Desde já, o blog já faz uma chamada a este evento que com certeza trará maior integração entre nossos coroinhas Arquidiocesanos.
A reunião terminou com bom êxito e ânimo forte para darmos continuidade a este novo impulso pretendido pela Pastoral dos Coroinhas em comunhão  com todos os coordenadores dos mesmos, de nossas paróquias.