quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Igreja pode se negar a celebrar um matrimônio?

Há alguns dias foi noticiado que um pároco de Niterói, RJ, não aceitou celebrar o matrimônio de um casal, pois julgou haver um impedimento dirimente; isto é, algo que tornaria o matrimônio nulo. Algumas pessoas até se revoltaram e julgaram que a Igreja Católica foi cruel com o casal; mas não se trata disso.
Vamos esclarecer a questão, sem entrar no mérito da questão do caso de Niterói.
Muitos casamentos são declarados nulos pelos Tribunais eclesiásticos porque pode ter havido faltas que tornam nulo o sacramento; sem valor. Essas falhas são muitas; por exemplo: falta de capacidade para consentir (cânon 1095), se um dos cônjuges não tem juízo perfeito e não tem condições mentais de assumir as obrigações do matrimônio; Ignorância (cânon 1096) sobre a vida sexual no casamento; emprego da simulação para enganar o cônjuge (cânon 1101); uso da violência ou medo para conseguir o consentimento do outro (cânon 1103); condição não cumprida (cânon 1102); falta de idade mínima (cânon 1083); impotência permanente para o ato sexual (cânon 1084); o fato da pessoa já ser casada (cânon 1085); se o cônjuge é um padre ou uma irmã consagrada (cânon 1087 e 1088); rapto do cônjuge (cânon 1089); crime cometido para se casar com alguém (cânon 1090); cônjuges parentes (pai e filha; avo e neta, irmãos, etc.) (cânon 1091); parentesco legal por adoção (cânon 1094).
Nesses casos e em outros o casamento seria inválido; então, o pároco se souber do impedimento antes do casamento, não pode realizá-lo.
Um dos impedimentos que o Código de Direito Canônico coloca para a validade de um matrimônio, é a impotência para o ato sexual, permanente e irreversível, atestada por um médico.
Diz o Código de Direito Canônico: Cân. 1084 – §1. A impotência para copular, antecedente e perpétua, absoluta ou relativa, por parte do homem ou da mulher, dirime o matrimônio por sua própria natureza.§2. Se o impedimento de impotência for duvidoso, por dúvida quer de direito quer de fato, não se deve impedir o matrimônio nem, permanecendo a dúvida, declará-lo nulo.§3. A esterilidade não proíbe nem dirime o matrimônio, salva a prescrição do cânon 1098.
É bom notar que a esterilidade não é causa de nulidade. O que torna nulo o matrimônio é a impossibilidade definitiva do ato sexual por problema físico ou de outra natureza. Por que isso?
Porque uma das finalidades do matrimônio é gerar os filhos; e esses só podem ser gerados – no entendimento da moral católica – por meio do ato sexual. É este ato próprio do casal que “consuma” o matrimônio; sem ele o sacramento não será completo; é por isso que o casal que não pode copular não pode receber o matrimônio, pois ele seria nulo.
É bom dizer que esta norma da Igreja é antiquíssima, vem desde o Código anterior, e estávinculada à natureza do matrimônio.
Portanto, não se trata de uma maldade da Igreja; mas apenas uma coerência com o sacramento do matrimônio cuja finalidade principal é gerar os filhos. Se um casal recebesse o matrimônio com o propósito de nunca ter filhos, este matrimônio seria nulo. É por isso que o sacerdote pergunta aos noivos no altar: “Estais dispostos a receber os filhos que Deus lhes enviar, e educá-los na fé do Cristo e da Igreja?” A resposta deve ser “sim” para o matrimônio ser válido. A Igreja ensina que os casais precisam estar abertos aos filhos, pois isto é inerente ao sacramento do matrimônio; os filhos são o maior dom do matrimônio, ensina o Catecismo da Igreja. Um matrimônio sem filhos, exceto o caso de infertilidade, é como uma colméia sem abelhas.
“A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais” (CIC, 2373; GS, 50,2).
E conclui dizendo que: “os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (CIC, 2378).
Para o casal que se ama, mas não pode copular por problemas de saúde definitivos, e que por isso não podem receber o matrimônio, há a possibilidade de viverem juntos com irmãos, ajudando-se mutuamente.


Professor Felipe Aquino

sábado, 21 de julho de 2012

''Eis que venho Senhor: com prazer faço a vossa vontade.'' (Plsalmus 2)


      

  
      Eis o salmo segundo do saltério. Apraz-me, Senhor, fazer a vossa vontade! E o que é a vontade de Deus? Em quem encontrá-la perfeitamente? Eia pois: Consiste em cumprir, em nosso estado, em nossa vocação, o cumprimento, na fidelidade, do plano salvífico do Senhor nosso na existência, aqui, que desembocar-se-á na vida eterna, no céu que é Jesus. Fixemos, a princípio, o nosso olhar em Maria Santíssima, sempre virgem.
   Desde antes da sua Conceição Imaculada, aprouvera Deus, em seu querer benevolente, através de sua beatíssima serva, recriar o homem a partir do evento Cristo, Deus sempiterno, encarnado em seu seio beneditíssimo, e, acerca do cumprimento de feliz profecia, diz-nos o Apóstolo: ''Chegada a plenitude dos tempos enviara Deus, o seu Filho, nascido duma mulher.'' (cf. Gl, 4) 
      E quando da saudação angélica à preclara esposa de José Justíssimo, a filha de Sião, da Tribo de Judá, diz: ''eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa vontade!'' Pronto! Aqui está realizada em Maria, honra da nova humanidade, gestada nela pela potência do Espírito Santo, a obra da salvação: o Verbo encarnado, Jesus, da estirpe de Davi, o Filho adamantino do Pai eterno!
      Na paulatina História da Salvação a Escritura discorre acerca dos homens e mulheres que se puseram, não obstante a realidade de suas existências, a sempre agradar-se na vontade de Deus. Pensemos em Abraão quando naquele monte imolaria seu filho único Isaac, pensemos na jovem Susana, cruelmente atormentada por aqueles anciãos injustos, em Daniel profeta, na cova dos leões, em Jó, quando dos seus infortúnios... Todos esses personagens fieis ao Deus da Aliança. Mais honra aplica-se, como deveras sabemos, em Maria e em Cristo, verdadeiramente Homem e Deus!
     Em Cristo encontra-se a medida perfeita e única da vontade do Senhor: ''Imagem do Deus invisível'' ( Col 1, 15), Ele é o homem perfeito, que restituiu aos filhos de Adão a semelhança divina, deformada desde o primeiro pecado. Como a natureza humana foi n'Ele assumida, não aniquilada, por isso mesmo também foi em nós elevada a uma dignidade sublime. Com efeito, por sua encarnação, o Filho de Deus uniu-Se de algum modo a todo homem. Trabalhou com mãos humanas, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado. (cf. GS, 22)
     Vê-se a realização do que diz o Salmo: ''eis que venho Senhor, com prazer faço a vossa vontade, no Filho de Maria. Cada vez que nos deparamos com a Escritura e ouvimos o que fizera o nosso Salvador ao transcorrer do seu ministério messiânico; ''eis que venho Senhor, com prazer faço a vossa vontade!'' ao compadecer-se... até a sua chegada e solene entrada na cidade santa de Jerusalém aonde tudo consuma-se à sua entrega livremente na árvore da cruz, para refazer a humanidade, e esta Nele, por Ele e  com Ele, lavada nas águas batismais e no sangue do Cordeiro, filhos no Unigênito, também diga: ''Eis que venho Senhor, com prazer faço a vossa vontade!

      Ao Verbo,  por quem tudo subsiste, o Primogênito da Nova e Eterna criação, a glória pelo séculos sem fim. Amém!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Falece “nossa” inesquecível Vitória de Cristo.


Jorge Ferraz
É com pesar que eu comunico o falecimento da menina Vitória de Cristo, pequena heroína pró-vida que em abril passado ganhou notoriedade no Brasil ao desconcertar os promotores do aborto eugênico– os quais, desgraçadamente, terminaram por conseguir manchar esta Terra de Santa Cruz com a nódoa do apoio (pretensamente) legal ao assassinato de crianças deficientes. Os bárbaros podem ter vencido a farsa judicial, mas Vitória desmascarou os seus sofismas e forneceu aos brasileiros de boa vontade um poderoso contraponto às mentiras então repetidas ad nauseam. A pequena garota por diversas vezes diagnosticada como anencéfala mostrou ao mundo que, ao contrário do que diziam os burocratas do STF, ela podia viver e de fato vivia.
O comunicado foi posto ontem no blog “Nossa Amada Vitória de Cristo”, mantido pelos pais da garota. Vitória faleceu na terça-feira última, dia 17 de julho, às nove e meia da noite.
Ela partiu serenamente enquanto a beijávamos, abraçávamos e lhes dizíamos o quão preciosa era, que sempre a amaremos e que ela podia partir em paz para junto de Deus. E ela partiu.
A foto acima é uma das mais recentes que constam no blog de Vitória; foi publicada no último dia 27 de junho e mostra a pequena garota dormindo serenamente. Hoje ela se encontra diante de Cristo; foi juntar-se a outras crianças como ela – como a Marcela de Jesus, anencéfala, falecida em 2008 e tantas outras – para interceder por sua Pátria, para rogar a Deus pelo Brasil.

Deve haver uma grande festa no Céu agora, quando os risos de Vitória foram se somar aos de Marcela para embelezar ainda mais o Paraíso. E nós, a quem aprouve ao Deus Altíssimo que cá ficássemos ainda mais um pouco, entristecemo-nos com a partida de Vitória mas, ao mesmo tempo, consolamo-nos por saber que a Igreja Triunfante ganhou mais uma intercessora poderosa para, de junto a Deus, auxiliar-nos nos percalços desta vida e nos terríveis combates que nos é exigido travar. Que o Espírito Santo possa consolar os parentes que sofrem com a dor da perda. E que, do alto dos Céus, Vitória possa rogar por nós.

domingo, 15 de julho de 2012

O Brasil da fé, da devastação cultural e do EU VAZIO.

 
EDSON CAMARGO

O cristianismo que se torna relevante culturalmente é aquele que é vivido de fato. Na vida individual dos milhões de cristãos de um país, na vida das famílias cristãs, nas comunidades, nas igrejas, até chegar ao grande debate político e cultural, à Academia, até, por fim, tornar-se uma força transformadora onde os rumos de uma nação são decididos.
Assim surgiu o mundo ocidental, ainda que com seus muitos conflitos e problemas, e assim surgiu e velha e gloriosa Europa cristã, onde as artes, a música, a grande literatura, e a ciência moderna floresceram. A Europa de Shakespeare e Bach, Dante e Dührer, Leibniz e Kepler. O segredo: a profunda influência da cosmovisão cristã na cultura.
E por que falar disso? Ora, estamos no Brasil, e acabou de sair o Censo 2010 do IBGE, com informações sobre o segundo maior país cristão do mundo. Sim, e um dos mais violentos, constando no ‘Top 20’. O pior nos exames internacionais de educação. Um país alinhado em sua política externa com o Eixo do Mal: Irã, Venezuela, Cuba, etc. Um país com péssima colocação em liberdade econômica, em qualidade de modelo institucional, e despontando nos índices de corrupção.
Com um mínimo de vergonha na cara, cabe aos cristãos brasileiros perguntarem a si mesmos: que cristianismo de araque é esse o nosso?
Penso que vale um autoexame com algumas questões.
Qual é o real conteúdo da nossa fé?
Qual a real força dessa fé?
E, por último, mas não menos importante: quão central é na vida dos brasileiros que se dizem cristãos esta fé?
A centralidade desta fé diz respeito ao quanto as convicções a ela ligadas são decisivas para dar suporte a outras e para modelar a cosmovisão pessoal, sobretudo nas grandes questões existenciais: a natureza da verdade, o caráter de Deus, a estrutura da realidade imanente e transcendente, o reconhecimento de aspectos fundamentais da condição humana, e então, daí, para os grandes temais sociais e contemporâneos. Com isso em mente, podemos perguntar: “sou cristão, mas até que ponto?”
Perguntar a si mesmo sobre o conteúdo real de sua fé pode levar a pessoa a perceber que, ainda que siga uma denominação cristã, ainda que se sinta alinhado com certas correntes teológicas e filosóficas, no fundo, crê de forma meramente parecida e ainda viva de forma totalmente dissonante com o que profere publicamente.
Realmente creio como os grandes sábios, mártires, teólogos e heróis da fé criam? Até que ponto vivo conforme creio? Ou apenas creio conforme vivo? Crer conforme vive talvez seja a descrição mais perfeita do idiota, do filisteu, do homem-massa, do novo bárbaro, e dos portadores do “eu vazio” (ver a obra de Phillip Cushman), essa epidemia dos nossos tempos e, infelizmente, de nossas igrejas.
A força da fé não é menos importante, e parece que é o principal alvo de ataque dos secularistas, sejam eles defensores das modernas ideologias de massa, sejam os pseudo-cristãos adeptos do liberalismo teológico em suas mais diversas vertentes.
Até que ponto você crê que milagres são possíveis?
O quão à vontade e convicto você se sente para declarar publicamente que você acredita que Jesus,nasceu de uma virgem e que, de fato, ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus?
Como bem observa J. P. Moreland, de quem faço uso da obra O Triângulo do Reino para tratar destes três aspectos da fé: “Quanto mais você está certo de uma crença, mais ela passa a ser parte de sua alma, e mais você conta com ela como base para sua ação”. Daí se vê também a importância do trabalho e da instrução apologética, que tem sido negligenciado nas igrejas (e daí o imenso número de jovens cristãos que largam a fé assim que adentram as Universidades) e corrompido na internet.
A verdade é que é altamente problemático tratar dessas questões num país que vive uma derrocada cultural sem precedentes, pois este caos adentrou as igrejas, muitas vezes adornado de bela roupagem pseudoteológica, ou mesmo travestido de piedade, devoção e consagração. O fato é que não temos mais a antiga visão cristã do que é o conhecimento. Ou, se a temos, não a ensinamos, nem a vivemos. É preciso recuperá-la para logo compreender que o crescimento espiritual e o crescimento intelectual andam juntos, um fortalecendo o outro. Avivando, e gerando talentos. Trazendo renovo para a cultura e restauração às almas.
Sem esse crescimento integral, o segundo maior país cristão do mundo continuará sendo uma vergonha para o cristianismo a cada índice internacional que for divulgado.

Imagem de João Paulo II é pichada após evento católico em Cuiabá.

G1
Uma imagem do papa João Paulo II foi pichada após o evento católico Bote Fé, realizado no final de semana, em Cuiabá. A estrutura de cinco metros foi colocada recentemente, utilizada como banner de identificação da entrada principal do Memorial João Paulo II, no bairro Morada do Ouro, na capital mato-grossense.
O Bote Fé foi realizado durante três dias na capital para receber a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Foram realizadas passeatas, orações e shows, que contaram com a participação de mais de 20 mil pessoas. O público na maioria era composto por jovens de várias regiões.
A assessoria do evento informou ao G1 que o ato de vandalismo ocorreu após o último show da noite de domingo (8) quando as atividades se encerraram no local. No entanto, nenhum suspeito de danificar a imagem foi identificado ou detido.
Na imagem, os suspeitos escreveram o número 666 em várias partes do banner. A coordenação da unidade disse que a estrutura será removida ainda nesta semana. A intenção é confeccionar uma estátua do religioso e colocar na entrada principal do Memorial.
Memorial
O Memorial João Paulo II foi construído para homenagear os 20 anos da visita do sacerdote a Cuiabá, no dia 16 de outubro de 1991. Na ocasião, o religioso celebrou uma missa e reuniu mais de 300 mil pessoas e se tornou um momento histórico em Mato Grosso.

sábado, 14 de julho de 2012

Sobre imagens e símbolos, no funeral de D. Eugenio Sales.

Jorge Ferraz

A foto abaixo foi compartilhada à exaustão ontem tanto no Facebook quanto na blogosfera católica. Pesquisando um pouco, cheguei à sua [mais provável] fonte original que é esta galeria de imagens da UOL, na qual podem inclusive ser vistas outras imagens da alva guardiã do féretro do Eminentíssimo cardeal brasileiro recém-falecido.
Como sempre, houve entre os críticos da religião quem se incomodasse com o fato de uma pomba branca ter passado tanto tempo ao lado do ataúde cardinalício. Depois das primeiras levianas acusações de montagem terem sido desmentidas pela profusão das fontes testemunhas primárias, passou-se rapidamente às buscas de causas naturais para o fenômeno, não raro chegando a acusações (igualmente levianas) de fraude deliberada. Isto como se nós, os religiosos, tivéssemos em algum momento insinuado que a pomba branca era uma demonstração cabal da existência de Deus ou coisa parecida, ou como se os inimigos de Deus tivessem perdido as aulas básicas de lógica elementar e acreditassem sinceramente, por algum irracional e nonsense ato de fé, que refutar uma demonstração é equivalente a demonstrar a falsidade da tese em análise.
E não é a primeira vez que isso acontece. Coisa idêntica foi feita diante, p.ex., da cruz em pé no meio dos escombros aos quais foi reduzida uma igreja no Haiti quando houve um terremoto, ou diante da pequena imagem de Nossa Senhora das Graças deixada em pé após as enchentes de Petrópolis no início do ano passado. Ou quando foi divulgada uma imagem de um batismo na Espanha na qual a água derramada pelo padre formava uma cruz. Eu aproveito a oportunidade da – belíssima! – imagem dos funerais de D. Eugenio Sales para repetir o que eu já falei algures sobre o assunto.
Em uma palavra, os (auto-intitulados) livres-pensadores têm uma absurda dificuldade em entender um símbolo (ou uma extraordinária má-vontade em aplicar este conceito a assuntos religiosos). É como se a única forma de uma imagem ser verdadeira seria se ela correspondesse perfeitamente à realidade empírica, e – pior! – contendo em si mesma todas as informações necessárias para explicitar sem margem de dúvida razoável a cadeia completa de causas materiais que a produziram. Pior ainda é quando atribuem uma falsa intenção a quem divulga a imagem e, não encontrando nela elementos suficientes para demonstrar aquela alegada intenção, classificam a imagem como falsa e quem a divulga como um enganador.
Por exemplo, a presente imagem da pomba acompanhando o esquife do cardeal. Foi dito – de maneira até inexplicavelmente agressiva – que é perfeitamente possível fazer uma pomba ficar num caixão sem que isto prove a existência de Deus. Oras, mas é claro que é possível, e de incontáveis maneiras: a pomba podia ser treinada, podia ser uma pomba de estimação do cardeal, podia haver algum vestígio de substância (p.ex., farelo de pão) sobre o caixão que a tivesse atraído, ou simplesmente a pomba pode ter ficado lá porque ela precisava ficar em algum lugar e calhou de ser em cima do caixão, etc. Na verdade, isto importa bem pouco, porque o ponto aqui é outro: é a força da imagem de uma pomba branca velando o corpo de um cardeal da Santa Igreja, e a mensagem aqui transmitida não perde o seu vigor dependendo da forma como a cena foi produzida.
Não existem somente as (na falta de expressão melhor) “verdades factuais”. Por exemplo – e este os ateus hão de entender -, quando alguém vê um conjunto de bolinhas e de linhas curvas em certa disposição, sabe que aquilo é um átomo. Pouco importa se o átomo “de verdade” não é exatamente assim (e as “bolinhas”, longe de serem indivisíveis, são formadas por diversas outras partículas sub-atômicas, e os elétrons não descrevem bem movimentos elípticos e são melhor representados por funções de probabilidade, etc.), aquilo é um átomo. Ainda por exemplo (os ateus façam uma forcinha para entenderem esta), aquele quadro que tem na igreja do Senhor do Bonfim em Salvador e que retrata a morte do ímpionão significa que os demoniozinhos são bípedes com caras de monstros e que ficam fisicamente puxando o moribundo para impedi-lo de [até mesmo involuntariamente] estender os braços em direção à cruz que lhe é oferecida. Um sujeito que dissesse que este quadro é “falso” ou “mentiroso” por conta disso não entendeu, absolutamente, qual é o propósito do quadro, e está preso em uma visão tosca de um emaranhado de elementos sensíveis com relação aos quais não tem, absolutamente, a menor visão de conjunto.
A majestosa ave ebúrnea posta como atalaia do corpo do eminentíssimo cardeal Eugenio Sales ao longo de todo o cortejo fúnebre não tem verdades metafísicas a comunicar com a autoridade de um emissário dos Céus. Aliás, até mesmo para os católicos, a sua presença não deve ser tomada como um sinal inequívoco de que o egrégio purpurado encontra-se já na Glória de Deus. Mas ela serve, sim, como um sinal de esperança na misericórdia divina; como uma homenagem – justíssima, por certo, independente de quem a tenha preparado – ao general que parte (sobre homenagens, aliás, vale ler o frei Rojão), convidando-nos a continuar aqui na terra o seu trabalho e a oferecer-lhe, como gratidão pelo bem realizado, o sufrágio de nossas orações. Que o Senhor lhe dê o descanso eterno, e a luz perpétua brilhe sobre ele. Descanse em paz, Dom Eugenio Sales.

Seria a pedofilia um comportamento “normal”, mesmo que se provasse sua suposta origem genética?


Chelsea Schilling
Indivíduos que estupram crianças ou que fantasiam abusar delas sexualmente merecem simpatia pelo motivo de terem nascido com cérebros de pedófilos?Essa é a questão levantada por um cientista e âncora famoso da CNN após o recente escândalo envolvendo Jerry Sandusky.
A CNN recentemente publicou uma reportagem de James Cantor , um psicólogo e cientista homossexual do Centro de Dependência e Saúde Mental da Clínica de Comportamento Sexual, que trabalha como professor associado de psiquiatria na Universidade de Toronto.“Parece que é possível nascer com um cérebro predisposto a experimentar um estímulo sexual em resposta a crianças”, escreve ele em seu artigo para a CNN.
E continua: “Casos de abuso sexual de crianças que envolvem uma longa sequência de vítimas ao longo de anos ilustram o que pode acontecer quando alguém se rende aos seus interesses sexuais, ou deliberadamente os estimula, independente do dano potencial às outras pessoas. São esses casos que dominam as manchetes e provocam repulsa com relação aos pedófilos. Mas eles são raros. Um número incontável de casos merece simpatia. A ciência sugere que eles são indivíduos que, involuntariamente, nasceram com um impulso sexual ao qual devem resistir continuamente, sem exceção, ao longo da vida toda. Pouca ou nenhuma assistência está disponível para eles”.
De acordo com a Associação Americana de Psicologia , Cantor é entusiasmado pelas bases neurológicas do comportamento sexual, e brinca, “Sinto-me sortudo de ter encontrado uma maneira de estimular meu cérebro intelectualmente permitindo-me pensar em sexo o tempo todo”. Ele estudou os cérebros de homens pedófilos por meio de ressonância magnética.
Cantor explica suas descobertas:“Homens pedófilos possuem uma quantidade consideravelmente menor de substância branca, que é o tecido conjuntivo responsável pela comunicação entre diferentes regiões do cérebro. Os pedófilos executam com desvantagem diversos testes de função cerebral, tendem a possuir estatura mais baixa e são três vezes mais propensos a serem canhotos ou ambidestros (características observáveis antes do nascimento). Embora características não biológicas possam se mostrar relevantes, é difícil, se não impossível, explicar as descobertas da pesquisa descartando um forte papel da biologia”.
Ele explica, da sua experiência com esses indivíduos, que os pedófilos agem com base nos seus impulsos sexuais e estupram crianças “quando se sentem mais desesperados”.“No entanto, boa parte do que a sociedade faz tem ajudado a aumentar em vez de reduzir esse desespero”, escreve.
Nos EUA, observa Cantor, o foco tende a cair sobre as punições exigidas depois que o abuso sexual aconteceu, em vez de se implantar políticas sociais com foco na prevenção.“Se são as conexões cerebrais que no fim das contas determinam quem irá desenvolver a pedofilia, poderíamos detectá-las cedo o suficiente para evitar o processo?” pergunta. “Até que descubramos mais informações, faremos um bem maior tornando mais fácil para os pedófilos buscarem ajuda do que forçá-los à discrição solitária”.
Enquanto isso, o âncora da CNN se intromete para expressar simpatia por Sandusky, considerado culpado de 45 das 48 acusações de abuso sexual depois de ter estuprado 10 garotos ao longo de 15 anos.Don Lemon, da CNN, um homossexual assumido que revelou que foi estuprado quando criança, entrevistou Cantor sobre as suas descobertas. No trecho, ele afirma:“Sei que muitas pessoas irão me enviar mensagens de ódio por isso. Nunca fui o tipo de pessoa que se alegra com a desgraça dos outros, e quando vi Jerry Sandusky sair algemado, senti um pouco de pena dele, mesmo que saiba que o júri havia descoberto que ele havia feito coisas terríveis, pensei: ‘A vida dele acabou’. Todos esses meninos, foi terrível para eles também. Não há vencedores”.
Enquanto isso, alguns especialistas alertam sobre campanhas bastante controversas nos últimos anos que buscam a simpatia, e até a normalização, da pedofilia.No ano passado, a Dra. Judith Reisman, que lidera uma investigação do Ministério de Justiça dos EUA sobre o abuso sexual de crianças, afirma que os defensores da pedofilia estão utilizando a mesma estratégia aplicada com sucesso para tornar o homossexualismo um assunto de sala-de-aula para crianças pequenas nas escolas públicas do país.
Conforme noticiado pelo WND, Reisman esteve em uma conferência feita pelo grupo de defesa das “pessoas que sentem atração por menores” B4U-ACT , cujo objetivo era o de disseminar “informações precisas” sobre a posição de que a pedofilia é nada mais do que uma orientação sexual alternativa.“Se um país estrangeiro viesse e fizesse isso em nosso país, todos ficariam escandalizados”, disse Reisman a respeito do evento do B4U-ACT, em que também esteve presente Matt Barber, vice-presidente do Liberty Counsel Action.
Os palestrantes pediram a remoção da pedofilia da lista de distúrbios mentais da Associação Americana de Psiquiatria no seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (MDEDM).
Reisman explica que a mesma estratégia foi utilizada pelos ativistas homossexuais na década de 1970, quando a atração pelo mesmo sexo foi removida da lista de distúrbios da Associação. Mais tarde, seguiu-se a legalização do “casamento gay”, as aulas obrigatórias sobre o homossexualismo nas escolas públicas e a política que permite o homossexualismo assumido nas forças armadas dos EUA.
“O Dr. John Sadler (Universiade do Texas) argumentou que critérios diagnósticos para distúrbios mentais não deveriam ser baseados em conceitos de vício, uma vez que tais conceitos estão sujeitos a mudanças de atitudes sociais, o que desvia os profissionais de saúde mental do seu papel como terapeutas”, disse a organização B4U-ACT em um relatório sobre sua conferência em Baltimore.
Outra celebridade foi Fred Berlin, da Universidade de Johns Hopkins, que argumenta em favor da “aceitação e da compaixão por pessoas que sentem atração por menores”, continua o relatório.O relatório se refere enfaticamente a “pessoas que sentem atração por menores” em referência aos pedófilos, e explica que as questões podem ser resolvidas com “informações precisas”.
Richard Kramer, que representou o B4U-ACT no evento, sustentou que listar a pedofilia como uma desordem estigmatiza as “vítimas” dessa escolha de estilo de vida.De acordo com Barber, os palestrantes da conferência disseram que o Manual Diagnóstico deveria “se concentrar nas necessidades” dos pedófilos e deveriam ter “um foco mínimo no controle social” em vez de um foco na “necessidade de proteger as crianças”.
Barber, defensor veemente dos valores judaico-cristãos e da família tradicional, disse ao WND que a conferência foi “a Associação Norte-Americana de Amor entre Homens e Meninos [conhecida pela sigla em inglês NAMBLA] disfarçada da linguagem pomposa de Ph.Ds elitistas”.A NAMBLA defende abertamente a legalização das relações sexuais entre adultos e crianças.“Isso é um monte de relativistas morais bem-educados da comunidade de saúde mental tentando atingir a tolerância absoluta”, afirma Barber.
Barber disse que os temas da conferência se tornaram claros rapidamente:* Os pedófilos são injustamente “demonizados” na sociedade.* O conceito de “errado” não deveria ser aplicado a “pessoas que sentem atração por menores”.* “Crianças não são inerentemente incapazes de consentir” à relação sexual com um adulto.* “O desejo de uma adulto de ter relação sexual com crianças é ‘normativo’”.* E o Manual Diagnóstico “ignora que os pedófilos ‘possuem sentimentos de amor e romance por crianças’ da mesma forma que adultos heterossexuais possuem uns pelos outros”.
Barber observa que o palestrante autointitulado “ativista gay”, Jacob Breslow, afirma que é natural que as crianças sejam “o objeto da nossa atração”. Breslow sustenta que os pedófilos não deveriam precisar de consentimento de uma criança para ter relações sexuais da mesma forma que não precisam de consentimento de um sapato para calçá-lo, de acordo com Barber.Berlin havia noticiado anteriormente que 67% dos pedófilos e estupradores de crianças tinham recaídas após serem tratados do distúrbio. Mas os poucos que não tiveram recaídas foram monitorados por apenas dois anos, e qualquer reincidência depois disso não foi relatada. E Reisman observa que mesmo suas “histórias” de sucesso eram anônimas e “não verificadas de forma alguma”.
Em um comentário relaciotado feito para o WND, Reisman afirma que “O caminho da Associação Americana de Psiquiatria para normalizar a pedofilia segue o sucesso da campanha do anarquismo homossexual. Possivelmente o lobby da mídia pedófila orientou os beijos apaixonados entre meninos na série de TV ‘Glee’ para permitir que seus amigos “que sentem atração por menores” possam ser vistos cada vez mais como ‘amigos’ sexuais de meninos’.“O B4U-ACT alega estar ‘ajudando profissionais de saúde mental a aprenderem mais sobre a atração a menores e considerar os efeitos dos estereótipos, dos estigmas e do medo’. Enquanto o grupo alega querer ensinar aos pedófilos ‘como viver plenamente e se manter dentro da lei’, ninguém sugeriu como parar com seu desejo sexual por crianças ou com os abusos sexuais”, escreveu.
No entanto, em 2010, quando o Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de estado do Vaticano, associou o homossexualismo aos abusos sexuais, Cantor rejeitou a alegação de que haveria uma ligação entre o homossexualismo e a pedofilia. “A literatura científica é solidamente clara que não há absolutamente nenhuma associação entre ser gay e ser um pedófilo”, disse à CNN.

70% das pessoas criadas em famílias ateístas se convertem durante a vida, revela pesquisa.

Uma pesquisa realizada pelo Pew Forum on Religion & Public Life nos Estados Unidos revelou que 70% das pessoas que são criadas com ensinos ateus se convertem ao longo da vida.
Os dados foram divulgados pela Arquidiocese de Washington da Igreja Católica, e mostra dados referentes a outras religiões também.
De 100% das pessoas criadas em famílias ateístas, apenas 30% permanecem ateias até o final da vida.
Os dados em relação ao cristianismo foram divididos por denominações, mostrando a percentagem de permanência dos fiéis nessas denominações. A igreja cristã que mantém o maior número de fiéis ao longo da vida é a Ortodoxa Grega, com 73%, seguida de perto pela Igreja Católica, com 68%.
A igreja protestante com maior taxa de permanência de fiéis é a Batista, com 60%, seguida pela igreja Luterana, com 59%.
Se levado em consideração os dados referentes à religião Mórmon, que é tida como seita por muitos estudiosos, a igreja passa a ser a denominação com a segunda maior retenção de fiéis: 70%.
Entre as demais religiões pesquisadas, a que mais retém adeptos é o hinduísmo, com 84%, seguida pelo judaísmo, que mantém 76% dos fiéis. O Islamismo possui taxa idêntica ao judaísmo, 76%.
Os cristãos de orientação pentecostal alcançaram taxa de retenção dos fiéis que crescem sob suas doutrinas de 50%, número equivalente ao alcançado pela religião budista, com 49%.
Outra denominação cristã protestante histórica, os presbiterianos, ficaram com 41% de permanência, enquanto que os seguidores que permanecem na denominação considerada seita Testemunhas de Jeová são 37%.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

As multiformas de comunicação e a percepção na comunidade.

     O homem é inatamente um ser de relações e interação. Ele é o único, entre os viventes, que pode, na diversidade dos ambientes em que se encontra, estabelecer, através dos enunciados propostos, respostas capazes de satisfazer os seus receptores, destarte ocorre a arte da comunicação.
     Cônscio de importante ferramenta na diversidade de comunidades linguísticas, uma Paróquia, por exemplo, é louvável que nos comunicando estabeleçamos sadias relações de entendimento visto que somos irmanados pelo Verbo encarnado, na potência do Espírito Santo e assim fala ao homem.
     Comunicar-se é, de fato, saber ouvir e ser ouvidoe outrossim corresponder. Quando a mensagem que verbalizamos não atingiu o nosso receptor, devemos utilizar a diversidade dos dinamismos da comunicação para que não haja alguma lacuna, de maneira tal, que as palavras, organizadas em períodos e lançadas pelo emissor atinja o objetivo almejado.
   Ao contemplarmos na sociedade pluralista a gama de guetos com seus códigos linguísticos, abstraímos a correlação entre os mesmos, sejam eles gírias, expressões faciais e verbais... um leva o outro a sentir-se parte daquele todo, ou seja, aquela comunidade.
Com os cristãos primitivos era assim ''tudo posto em comum'' e ainda ''vêde como eles se amam'', para que a unidade seja a consequência dos valores humanos e cristãos vividos na comunidade.
Oxalá consigamos, pois, como no-lo diz o santo apóstolo Paulo: ''embora sendo muitos, formamos um único Corpo e partimos um único Pão.'' A Ele, o Imortal, a glória, o poder e a realeza pelos séculos sem fim. Amém!

                                                                                          

segunda-feira, 2 de julho de 2012

. ''O sangue dos mártires é semente para novos cristãos.'' (Tertuliano)

                                 *Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo                  

      Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus. (cf. Antífona da entrada; Missa do dia; MR)
   



       É surpreendentemente estupendo lermos supracitada e logo fazermos reminiscência desses dois grandes gigantes da única fé católica e apostólica. São Pedro e São Paulo. Provavelmente se formos fazer um levantamento entre os cristãos católicos e não-católicos acerca dos dois baluartes ;muitos já ouviram falar, todavia não conhecem os veneráveis apóstolos que, como diz o prefácio dos mártires ''mereceu dar o perfeito testemunho, derramando seu sangue como Cristo.'' 


          O que exaltarmos em Paulo de Tarso e em Simão, cujo sobrenome, após àquela tarde, ao encontrar-se com o Messias no Lago de Tiberíades ouvira ,do ''Consumador da nossa Fé'', isto é, Jesus Cristo. Recordemos, quando desse encontro, segundo o evangelista São João: e Jesus fixou os olhos em Simão e disse: a partir de hoje chamar-se-á ''kefas’' que dizer Pedra. 

      Neste ínterim pensemos, outrossim, no valente Paulo, que de perseguidor, tornou-se perseguido, de maneira tal, a exclamar como diz a segunda leitura da missa do dia:combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Eis aqui, pois, o que podemos, colocar como a máxima de Paulo que, esvaziando-se todo de si, mereceu, pela potência do Espírito Santo, robustercer-se do ''novo Adão para chegar a atingir à sua estatura. ‘’

           Em mais de dois milênios de Cristianismo e com a têmpera paulina e petrina no que tangencia o anúncio solene e público da pessoa do nosso Divino Salvador a Igreja, nossa Mãe Católica e Esposa do Deus Messias, continua com aquela genuína fé professada por Simão Pedro e aquela mesmíssima intrepidez evangélica de Paulo, quando da vez que chegara até aos gregos e, no areópago, anuncia-lhes o ''Deus desconhecido'', como estara grafado naquela ara. 

        Apraz-nos em figuras quão insígnes renovarmos quotidianamente a nossa fé, herança do nosso Batismo dada pela Santa Igreja, esta, cujas colunas são os dois príncipes dos apóstolos , seguido, por conseguinte, hoje, do Colégio Universal dos Bispos em comunhão única e verdadeira, para com o sucessor da  ''Cátedra Petrina''. 
     Hoje, irmãos meus, contemplamos a tecnologia; a pós-modernidade e eis que nessa eclosão,a Igreja permanece una, santa, católica e apostólica, conforme a exortação paulina:  uma só fé, um só Senhor, um só Batismo. E também um único Pedro, cuja face hoje resplandece no Santo Padre, o Papa Bento XVI, como único ponto da catolicidade e da caridade cristã. Oxalá essa Solenidade nos conduza na diuturna formação na escola de Pedro, que a Igreja.
    Sob os auspícios da Beatíssima Virgem Maria, ''Regina apostolorum'', dos beatíssimos Pedro e Paulo, colunas fundamentais da Santa Igreja e do Bem-Aventurado Josemaría Escrivá de Balaguer, que afirmara: ''Roma, és tão bela em seus monumentos, mas, nenhum deles, vos adorna tanto como o Vigário de Cristo'', possamos, na militância dessa Igreja , chegarmos à Jerusalém Celeste, a Igreja Triunfante, aonde ''pela cruz e pela espada'' com o sangue derramado, púrpura e coroa do martírio, chegaram os veneráveis apóstolos. Assim seja!  

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Para pensarmos nos dois gigantes da única fé católica e apostólica, alguns extratos dos ''Sermões de Santo Agostinho, bispo, século V'' que a Mãe Igreja faz lê no Ofício das Leituras quando da Solenidade dos bem-aventurados Pedro e Paulo

[a] O martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia. Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela verdade.
[b] Porque tu és Pedro. Pedro vem de pedra; não pedra que vem de Pedro. Pedro vem de pedra, como cristão vem de Cristo.

[c] Como sabeis, o Senhor Jesus, antes de sua paixão, escolheu alguns discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. Dentre estes, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja inteira. Porque sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: 'Eu te darei as chaves do Reino dos Céus.'

[d] Assim manifestava-se a superioridade de Pedro, que representava a universalidade e a unidade da Igreja, quando lhe foi dito:' Eu te darei.'
[e] Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, o testemunho e as pregações destes dois apóstolos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Religião e o Homem

    O que concebemos como religião? Você tem religião? Qual a sua religião? Indagações como essas são feitas constantemente a nós por alhures e, de fato, fazemo-las a nós mesmos. A princípio, é preciso compreender o significado do vocábulo que é oriundo do termo latino ‘’religare.'' Segundo Aurélio, religar é: ligar de novo; vincular bem. Desta feita, entendamos também, consoante o mesmo dicionarista, o que é Religião: sentimento que liga uma pessoa (criatura) a Deus (Criador).Partindo do conceito de Religião, vejamos, o porquê, do Homem buscar a Ontologia. Somos seres da necessidade; da dependência, ora material ora humano-afetiva. Façamos uma autoavaliação e tiraremos ligeiramente às conclusões precisas que nos insere na mútua relação.
      
      É pertinente salientarmos a necessidade, mesmo transitória, da Humanidade. Será que já fizemos uma perlustração do quotidiano? Talvez não. Somos levados pelo ritmo: o estudo, o trabalho, os filhos...  quando  deparamos-nos vem o crepúsculo e, por conseguinte, o ocaso de mais um dia; e às vezes exclamamos- ‘’como passou rápida a semana, o mês, o ano!’’ E a necessidade de comunicar-se? Será que para a execução das atividades do dia a dia não precisamos do outro?
      
     Sabido da precisão material e mútua, o homem é carente interiormente. Decerto nada do que é efêmero nos satisfaz; sempre queremos alçar voos para galgarmos os mais elevados patamares e destarte não nos preenchemos. A Filosofia nos apresenta três indagações acerca do gênero humano: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? De fato, as supracitadas, poderão ser respondidas à luz da Religião.
     
       Certa vez um colunista publicou a seguinte afirmação: ‘’O Homem não tem necessidade da Religião.’’ Esta faz lembrar, a frase de Karl Marx dizendo que a ‘’religião é o ópio do povo.’’ A assertiva do colunista gera em nós críticas; pois, tão quanto o nosso biológico exige de nós, com mais excelência a nossa psyché  (alma) e o espírito.  Há muitos teóricos insistindo com veemência, a alienação gerada pela  Religião , todavia trata-se dum equívoco, uma vez que ela foi deixada para libertar o Gênero Humano das cadeias ideológicas, permitindo-lhe, em sua plenitude, saber quem o é.  
                            
     ‘’O homem está à procura de Deus. Pela criação, Deus chama todo ser do nada à existência. ‘’Coroado de glória e esplendor’’ (Salmo 8,6), o homem é, depois dos anjos, capaz de reconhecer que é ‘’poderoso o Nome do Senhor em toda a terra.’’ ( Salmo 8, 12) Mesmo depois de ter perdido a semelhança com Deus por seu pecado, o homem continua sendo um ser feito à imagem de seu Criador. Conserva o desejo daquele que o chama à existência. Todas as religiões testemunham essa procura essencial dos homens. ( cf. CIC- 2566)
         
      Eis aí, irmãos, o protagonismo da Religião. Elevar o indivíduo até Deus; aproximá-lo, esclarecê-lo que veio  Dele e para Ele voltará. Desde o ato da criação; vemos a Trindade Santíssima  conceder ao homem a sua Imagem e Semelhança. Deste gesto amoroso percebemos a vontade do Criador em fazê-lo partícipe do mistério da salvação.
     
   Lateja no coração humano uma satisfação perene, sobretudo na contemporaneidade em que tudo tornar-se descartável. O homem é sem dúvida, o único ser cujo olhar deve permanecer fixado para o Transcendente, o que lho é superior e capaz de responder os anseios mais profundos.










Um estudo elaborado por um grupo de psicólogos das universidades Universidade de Riverside, Stanford e British Columbia indica que a paternidade aumenta nos homens os níveis de felicidade em comparação com aqueles que não têm filhos, e evidenciou também que as crianças não são uma fonte de problemas.

Segundo a investigação chamada “Em Defesa da Família: As crianças estão associadas com mais alegria que penas”, os pais que participaram do estudo manifestaram um maior grau de felicidade, emoções positivas e vontade de viver que os homens sem filhos.

Do mesmo modo, contra o que comumente se acredita em várias sociedades do mundo, o estudo demonstrou que os pais são mais felizes quando estão cuidando dos seus filhos que em qualquer outro tipo de atividade cotidiana, “apesar das responsabilidades adicionais às que conduz”.

Nesse sentido, Elizabeth W. Dunn, psicóloga social da Universidade de British Columbia no Canadá, assinalou que os benefícios emocionais da paternidade se relacionam com o aumento da responsabilidade.

“Ao estar pendente dos cuidados de outra pessoa se fomenta certo altruísmo e o homem deixa de estar tão centrado em si mesmo, e partir desta óptica fomenta-se as emoções positivas”, expressou Dunn, quem esclareceu ainda que “não se trata de procurar os sentimentos positivos através dos filhos, mas sim de implicar-se em seu cuidado e educação”.

Finalmente, os investigadores indicaram que o estudo também contradiz aqueles que acreditam que os filhos são uma fonte de problemas. Segundo o estudo, os filhos não prejudicam o desenvolvimento pessoal dos pais nem limitam suas relações sociais.

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Três meses antes da abertura do Ano da Fé entra no ar o website do evento: www.annusfidei.va.
Na conferência para a imprensa, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, apresentou o portal, a logomarca, o hino e o calendário dos eventos principais presididos pelo Papa.
Todos os detalhes sobre os eventos do Ano da Fé podem ser encontrados no novo portal
O segundo jubileu na história dedicado à fé começará no próximo dia 11 de outubro com a celebração eucarística presidida pelo Papa com os padres sinodais e conciliares. Na programação está prevista também a cerimônia com o sacramento da Confirmação administrada pelo Santo Padre.
“O Ano da Fé, antes de tudo, pretende apoiar a fé de tantos crentes que no trabalho cotidiano não cessam de confiar com convicção e coragem a própria existência ao Senhor Jesus”, explicou Dom Fisichella, declarando que as várias iniciativas durante o Ano da Fé têm como objetivo despertar a fé em partes do mundo de tradição cristã.
A respeito do site, o prelado informou que todos os detalhes sobre os eventos e outras informações sobre o Ano da Fé podem ser encontrados nele, que contém subsídios, livros e todos os tipos de dispositivos. Em colaboração com as edições São Paulo foi publicada uma série de pequenos livros com as bases da fé católica
Sobre a logomarca do Ano da Fé, o presidente do dicastério explicou que ela salienta o caráter catequético do evento. Segundo o prelado, a imagem da Igreja representa um barco que navega sobre as ondas. Seu mastro é uma cruz. Este iça as velas queformam o trigrama de Cristo: IHS. Na logomarca, ao fundo, se vê representado o sol associado ao trigrama que se refere à Eucaristia.(foto abaixo)
Uma outra iniciativa do Vaticano dedicada ao Ano da Fé será a promoção da imagem do Cristo Pantocrátor da Catedral de Monreale com o credo niceno-constantinopolitano impresso atrás com um convite para aprendê-lo de cor.

domingo, 24 de junho de 2012

Solenidade da Natividade de São João Batista


    Hoje nos alegramos celebrando a Solenidade da Natividade de São João Batista, o magno profeta-pontífice entre as duas alianças. 
O que exaltarmos na vida de um homem, cuja existência fora pautada à entrega ao ministério profético messiânico? Acorramos às Escrituras Santas, aí, somente aí, encontraremos os caracteres de quão importante personagem na economia da salvação.
   Diz o evangelista: ''João morava no deserto da Judeia, alimentava-se de gafanhoto e mel silvestre, cingia-se com um cinturão feito com com couro de camelo. Reparemos, ainda, a voraz pregação desse, que, como disse Nosso Senhor, 'recebera a recompensa de profeta: ''João pregava a chegada do Reino de Deus. Admoestava: Que tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem, quem tiver comida, faça o mesmo. Aos que usaram de defraude devolva duas vezes.''
   Eis o nosso São João, o Batista: simples, austero, temeroso, justo. Fora mister que o precursor do Filho de Deus possuísse tais virtudes. Ainda noutro lugar encontramos: ''João não era a luz, mas veio dá testemunho da luz.'' João não era a Palavra, mas era a voz, que preparava o povo do Messias davídico para receber o Cristo de Deus! João Batista, como assinala Isaías profeta, 'voz que brada no deserto: ''preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!''
   É louvável apreciar como o povo disperso nos macros e micros lugares do nosso país honra insigne baluarte, muitos, até, sem nem conhecê-lo. E o cristão? Quais os salutares exemplos que São João, filho de Zacarias e Isabel, deixa-nos? Temor a Deus, prática da justiça, têmpera profética, autenticidade no testemunho, total adesão ao projeto de Deus...
   É notório também nas imagens de São João a presença de um cordeiro. Primeiro porque foi ele quem apontou o Filho de Deus como o ''Agnus Dei'', anunciando assim, que o Messias era o verdadeiro Cordeiro de Deus, cuja obra desdobrar-se-ia na Ara da Cruz. Depois, porque ele, imolar-se-ia tal qual aquele cordeiro: o seu martírio. João Batista precursor no nascimento e na morte do nosso Divino Redentor. Bendito seja Deus, Senhor nosso, pela vida e e testemunho desse, como todos os dias, a Mãe Igreja, canta nas Laudes: ''serás profeta do Altíssimo, ó menino.''
Oxalá a Liturgia do natal de São João nos robusteça na procura diuturna da Suprema vontade: a de Deus.
São João Batista, rogai por nós!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Seu coração pensa, de geração em geração, para livrar da morte as suas almas e para os nutrir na fome. Exultai, ó justos, no Senhor; os retos de coração devem louvá-Lo. Salmo 32
                           Foto: ''Seu coração pensa, de geração em geração, para livrar da morte as suas almas e para os nutrir na fome. Exultai, ó justos, no Senhor; os retos de coração devem louvá-Lo.'' Salmo 32
          Com venerável introito, inicia, o sacerdote a Solenidade do Coração do Filho de Deus. Ao transcorrer do Ano Litúrgico, nas solenidades, festas e memórias a Mãe católica sempre honra o adamantino Coração do Seu Santíssimo Esposo. Eis as características de quão nobre Coração: amoroso, complacente, 'fornalha ardente de caridade', como roga-se piedosamente na ladainha. Mais que todos os adjetivos que se possa elencar, uma única expressão compendia: É o Coração do Homem-Deus!
         Ao nos depararmos com a Escritura, ainda que no Antigo Israel, vemos ainda que patente, a transbordante caridade do Coração de Deus. Pensemos quando o povo da aliança do Sinai estava no Egito. Pensemos! Deus cerca-o de 'carinho e proteção', quando da vez que mata os primogênitos do Egito, a pé enxuto faz com que Israel, seu bem- amado, atravessara incólume o Mar Vermelho, ao ponto que Faraó e seu exército é cruelmente tragados pelo mar. Ainda recordemos do povo no deserto, sujeito as povos guerrilheiros e idólatras. Como não lembrar do Povo de Deus no cativeiro babilônico, cruel momento na história da salvação em que o amado Israel prostitui-se com o ídolos de Nabucodonosor, abandonando o Deus dos patriarcas por 'um bezerro de ouro que tendo olhos não pode ver, tando ouvidos não pode ouvir.' Um deus insensível por Deus que é Amor e fidedigno a aliança. 
      Eis o Coração de Deus. Usando dos profetas e na imagem de Jerusalém, o seu povo, 'como a esposa repudiada', abandonada' acolhe a esposa infiel. E toma-a e adorna das mais belas 'safiras e rubis' como narra Isaías profeta. Em fatos de honras tão excelsas experimentara o Povo que o 'Senhor conquistou' aquele beatíssimo amor que nunca passa! ''Acolhe-nos como propriedade tua!'' ''Seremos o teu povo e tu, Senhor, Deus de nossos pais, serás o nosso Deus,''. Profissão de fé-amor do povo quando, o Senhor Deus, sancionava as alianças figurativas. Experimentou tal povo tamanho amor? Pensemos e guardemos. Se admiráveis foram os prodígios do Deus bendito e Senhor quando falava por meio dos santos patriarcas, reis, juízes, profetas, videntes... O que exclamarmos, nestes tempos, que são os últimos, quando, nos amando, encarna-se nas entranhas de Maria Virgem e Senhora, e Deus, no Verbo sempiterno, recebera um Coração tão humano e tão Divino? Coração de Jesus! Coração de Homem e Coração de Deus. Creiamos, ó irmãos da pia batismal, estamos associados, por sermos coerdeiros dos benefícios desse Coração Pascal.
     Ao vislumbrarmos e adorarmos o Coração trespassado perpendicularmente pela lança daquele oficial, recebeu a Igreja, ali nascida, como vê os Santos Padres Apostólicos, o refúgio dulcíssimo dos algozes e medos que ela passa da tirania dos homens. Bendito soldado, por feito tão horrendo, ao Nosso Senhor por nos conceder como que uma caverna em que não há enganos e abstrações, mas somente o Amor do Filho de Deus. A beatíssima promessa- convite de Jesus, concretiza-se em Coração tão adorado: 'Vinde, ó vós todos, que estais cansados e fatigados sobre o peso dos vossos fardos, vinde ter descanso em Mim! E de Mim, aprendei porquanto Sou manso e humilde de Coração.
     Esta hodierna solenidade deveras convida-nos a constante permanência em Cristo. Nele mesmo que comungaremos hoje na Hóstia Santíssima, na Sagrada Eucaristia. Permanecer é experimentá-lo também na torrente do Sacramento da Penitência.

     ''Transborda relva de flores o céu se enche de luz para entoar os louvores ao Coração de Jesus!''

      Com venerável introito, inicia, o sacerdote, a Solenidade do Coração do Filho de Deus. Ao transcorrer do Ano Litúrgico, nas solenidades, festas e memórias a Mãe católica sempre honra o adamantino Coração do Seu Santíssimo Esposo. Eis as características de quão nobre Coração: amoroso, complacente, 'fornalha ardente de caridade', como roga-se piedosamente na ladainha. Mais que todos os adjetivos que se possa elencar, uma única expressão compendia: É o Coração do Homem-Deus!

Ao nos depararmos com a Escritura, ainda que no Antigo Israel, vemos ainda que patente, a transbordante caridade do Coração de Deus. Pensemos quando o povo da aliança do Sinai estava no Egito. Pensemos! Deus cerca-o de 'carinho e proteção', quando da vez que mata os primogênitos do Egito, a pé enxuto faz com que Israel, seu bem- amado, atravessara incólume o Mar Vermelho, ao ponto que Faraó e seu exército é cruelmente tragados pelo mar. Ainda recordemos do povo no deserto, sujeito as povos guerrilheiros e idólatras. Como não lembrar do Povo de Deus no cativeiro babilônico, cruel momento na história da salvação em que o amado Israel prostitui-se com o ídolos de Nabucodonosor, abandonando o Deus dos patriarcas por 'um bezerro de ouro que tendo olhos não pode ver, tando ouvidos não pode ouvir.' Um deus insensível por Deus que é Amor e fidedigno  à aliança. 
     Eis o Coração de Deus. Usando dos profetas, e na imagem de Jerusalém, o seu povo, 'como a esposa repudiada', abandonada' acolhe a esposa infiel. E toma-a e adorna das mais belas 'safiras e rubis' como narra Isaías profeta. Em fatos de honras tão excelsas experimentara o Povo que o 'Senhor conquistou' aquele beatíssimo amor que nunca passa! ''Acolhe-nos como propriedade tua!'' ''Seremos o teu povo e tu, Senhor, Deus de nossos pais, serás o nosso Deus,''. Profissão de fé-amor do povo quando, o Senhor Deus, sancionava as alianças figurativas. Experimentou tal povo tamanho amor? Pensemos e guardemos. Se admiráveis foram os prodígios do Deus bendito e Senhor quando falava por meio dos santos patriarcas, reis, juízes, profetas, videntes... O que exclamarmos, nestes tempos, que são os últimos, quando, nos amando, encarna-se nas entranhas de Maria Virgem e Senhora, e Deus, no Verbo sempiterno, recebera um Coração tão humano e tão Divino? Coração de Jesus! Coração de Homem e Coração de Deus. Creiamos, ó irmãos da pia batismal, estamos associados, por sermos coerdeiros dos benefícios desse Coração Pascal.
     Ao vislumbrarmos e adorarmos o Coração trespassado perpendicularmente pela lança daquele oficial, recebeu a Igreja, ali nascida, como vê os Santos Padres Apostólicos, o refúgio dulcíssimo dos algozes e medos que ela passa da tirania dos homens. Bendito soldado, por feito tão horrendo, ao Nosso Senhor por nos conceder como que uma caverna em que não há enganos e abstrações, mas somente o Amor do Filho de Deus. A beatíssima promessa- convite de Jesus, concretiza-se em Coração tão adorado: 'Vinde, ó vós todos, que estais cansados e fatigados sobre o peso dos vossos fardos, vinde ter descanso em Mim! E de Mim, aprendei porquanto Sou manso e humilde de Coração.
Esta hodierna solenidade deveras convida-nos a constante permanência em Cristo. Nele mesmo que comungaremos hoje na Hóstia Santíssima, na Sagrada Eucaristia. Permanecer é experimentá-lo também na torrente do Sacramento da Penitência.
''Transborda relva de flores o céu se enche de luz para entoar os louvores ao Coração de Jesus!''

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Papa destaca valor da Adoração Eucarística

Após a Missa, o Papa percorreu as ruas de Roma com o Santíssimo Sacramento em procissão até a Basílica de Santa Maria Maior
O Papa Bento XVI presidiu a Missa da Solenidade de Corpus Christi nesta quinta-feira, 7, na Basílica de São João de Latrão, em Roma. Milhares de fiéis participaram da Celebração e da procissão até a Basílica de Santa Maria Maior, logo após a Missa.

Na homilia, o Papa destacou que é importante manter vivo “o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e conosco, uma presença concreta, próxima, entre as nossas casas, como 'Coração pulsante' da cidade"

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI

O Santo Padre explicou dois aspectos do Mistério Eucarístico, ligados entre si: o culto da Eucaristia e sua sacralidade. Sobre o valor do culto eucarístico, o Papa deteve-se sobre o sentido e importância da adoração ao Santíssimo Sacramento.

Uma interpretação parcial do Concíclio Vaticano II restringiu a Eucaristia ao momento celebrativo, da Santa Missa. Segundo Bento XVI, foi "muito importante reconhecer a centralidade da celebração, em que o Senhor convoca o seu povo e o reúne em torno da dúplice Ceia da Palavra e do Pão da vida, o nutre e o une a Si na oferta do Sacrifício". Porém, embora essa valorização da assembleia litúrgica seja válida, ela deve ser reinserida no justo equilíbrio.

O destaque dado à Santa Missa acabou sacrificando o valor da Adoração Eucarística, como ato de fé e oração dirigido ao Senhor Jesus presente na Eucaristia. "De fato, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia somente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar de Sua presença o restante do tempo e do espaço existenciais".

O Papa ressaltou que é errado contrapor a celebração e a adoração, como se estivessem em concorrência uma com a outra. O que acontece é precisamente o contrário. "O culto do Santíssimo Sacramento constitui o 'ambiente' espiritual dentro do qual a comunidade pode celebrar bem e em verdade a Eucaristia. Somente se for precedida, acompanhada e seguida por essa atitude interior de fé e de adoração, a ação litúrgica poderá expressar seu pleno significado e valor", explicou.

Bento XVI enfatizou: "O encontro com Jesus na Santa Missa se realiza realmente e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que Ele, no Sacramento, habita a sua casa, nos aguarda, nos convida à sua ceia e, a seguir, depois que a assembleia se desfaz, permanece conosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e nos acompanha com a sua intercessão, continuando a recolher os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai".

O Santo Padre insistiu que não se podem separar comunhão e contemplação. "Para comunicar realmente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la, olhá-la com amor. O verdadeiro amor e a verdadeira amizade vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes, repletos de respeito e de veneração, de modo que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial".

Sobre a sacralidade da Eucaristia, o Papa explicou que o centro do culto cristão não está nos ritos e sacrifícios antigos, mas sim no próprio Cristo, no seu mistério pascal. "Desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado não existe mais, mas que encontrou sua realização em Jesus Cristo, Amor divino encarnado", disse.

Jesus não aboliu o sagrado, ressaltou Bento XVI, Ele o levou ao cumprimento, inaugurando um novo culto, plenamente espiritual. Em todo o caso, "enquanto vivemos no tempo, precisamos de sinais e ritos, que desaparecerão somento no fim, na Jerusalém Celeste".

Por fim, o Papa sublinhou que "o sagrado possui uma função educativa, e seu desaparecimento inevitavelmente empobrecerá a cultura, de modo particular a formação das novas gerações".

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Louco de AMOR por ti...



 
            “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. (Mt 22, 37)
            Eis o mandamento de Nosso Senhor. Amar aquele de onde emana o verdadeiro AMOR é o nosso maior dever. Por isso, é preciso que tenhamos fé, pois sem ela ficará difícil amar o que não vemos, ou melhor, vemos. Ainda assim a Fé é essencial. O Evangelho de Jesus Cristo segundo João 14, 9, nos dá a certeza de que vendo o Filho, vemos também o Pai. Entretanto, só veremos o Pai, com o olhar da Fé. É preciso estar disposto a si entregar ao amor eterno de Deus. A cada dia temos que colocar Ele sobre todas as nossas ações, sobre tudo o que fizermos e, aos poucos veremos como é bom sentira doce paz e o amor que é suave nos levará a sorrir. Os nossos dias não serão os mesmos, o família, o trabalho, o estudo, enfim, tudo o que somos e temos será diferente, porque o amor ao qual nos entregamos totalmente nos faz novos, transformados.
            “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Mt 22, 39)
            E agora? O que fazer diante tamanha beleza?
            Amados, depois que fizermos a nossa experiência comDeus-Amor, fazer este segundo pedido de Nosso Senhor será fácil. Pois é o amor de Deus que nos faz viver, pois só Ele torna a vida amável. É importante termos em nós o Amor AGÁPE, que dá, perdoa, acolhe. Que o amor seja uma alegria, não só externa, mas interna. É uma tarefa árdua amarmos aqueles amigos, parentes, que nos fazem o mal, que dizem belas palavras amorosas “para os outros”, enquanto eles não a vivem. E os casais, quando um dos dois está se distanciando, não liga mais, já não trocam mais mensagens, nem se quer se encontram mais... É complicado, lamentável. Ninguém pode viver sem amor, isso é certo, pois até a ciência sem o amor perde a nobreza.
            Encerrando está breve reflexão deixo uma pergunta: Será que estamos amando verdadeiramente? A Deus, ao próximo? A mãe, ao Pai?  O (a) namorado, o (a) esposo (a)?
            Amemos de verdade e seremos mais felizes.
           

terça-feira, 29 de maio de 2012

Redes Anti-sociais?



Para curtir e compartilhar...vale a pena!!


O Espírito de Cristo como princípio interior de todo o nosso agir




A catequese de Bento XVI na Audiência Geral

 Apresentamos a catequese do Santo Padre Bento XVI dirigida aos fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro.
Queridos irmãos e irmãs,
Nas últimas catequeses refletimos sobre a oração nos Atos dos Apóstolos, hoje gostaria de começar a falar sobre a oração nas cartas de São Paulo, o apóstolo dos gentios. Antes de tudo, queria fazer notar como as suas cartas sejam introduzidas e se fechem com expressões de oração: no início agradecimento e louvor, e no final, desejo de que a graça de Deus guie o caminho das comunidades as quais é endereçada a carta. Entre a fórmula de abertura: "agradeço o meu Deus por meio de Jesus Cristo" (Rm 1,8), e o desejo final: "a graça do Senhor Jesus esteja com todos vocês" (I Cor. 16,23), se desenvolvem os conteúdos das cartas do Apóstolo. Aquela de São Paulo é uma oração que se manifesta em uma grande riqueza de formas que vão desde o agradecimento à benção, do louvor ao pedido de intercessão, do hino à súplica: uma variedade de expressões que demonstra como a oração envolva e penetre todas as situações da vida, sejam aquelas pessoais, sejam aquelas das comunidade às quais se dirige.
Um primeiro elemento que o apóstolo quer nos fazer compreender é que a oração não deve ser vista como uma simples obra boa feita por nós para Deus, uma ação nossa. É, antes de tudo, um dom, fruto da presença viva, vivificante do Pai e de Jesus Cristo em nós. Na carta aos Romnanos, escreve: "Do mesmo modo, o Espírito Santo vem em auxílio à nossa fraqueza: não sabemos, de fato, como rezar em modo conveniente, mas o Espírito mesmo intercede com gemidos inefáveis (8,26). E sabemos como é verdadeiro o que diz o Apóstolo: "Não sabemos como rezar em modo conveniente". Queremos rezar, mas Deus está distante, não temos as palavras, a linguagem para falar com Deus, nem mesmo o pensamento. Podemos somente nos abrir, colocar o nosso tempo à disposição de Deus, esperar que Ele nos ajude a entre em verdadeiro diálogo. O apóstolo diz: exatamente essa falta de palavas, essa ausência de palavras, e também o desejo de entrar em contato com Deus, é a oração que o Espírito Santo não somente entende, como leva, interpreta diante de Deus. Exatamente essa nossa fraqueza se torna, através do Espírito Santo, verdadeira oração, verdadeiro contato com Deus. O Espírito Santo é quase um intérprete que faz com que Deus entenda aquilo que queremos dizer.
Na oração nós experimentamos, mais que em outras dimensões da existência, a nossa fraqueza, a nossa pobreza, o nosso ser criaturas, porque somos colocados diante da Onipotência e da transcendência de Deus. E quanto mais progredimos na escuta e no diálogo com Deus, para que a oração se torne o respiro cotidiano da nossa alma, mais percebemos a dimensão do nosso limite, não somente diante das situações concretas de cada dia, mas também em relação ao próprio relacionamento com o Senhor. Cresce então em nós, a necessidade de confiar, de confiarmo-nos sempre mais a Ele; compreendemos que "não sabemos...como rezar de modo conveniente" (Rom 8,26). E é o Espírito Santo que ajuda a nossa incapacidade, ilumina a nossa mente e esquenta o nosso coração, guiando o nosso dirigir-se a Deus. Para São Paulo, a oração é, sobretudo, o agir do Espírito Santo na nossa humanidade, que se encarrega da nossa fraqueza e transforma-nos de homens ligados às realidades materiais em homem espirituais. Na primeira Carta aos Coríntios diz: "Agora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito de Deus para conhecer aquilo que Deus nos deu. Desta nós falamos, com palavras não sugeridas pela sabedoria humana, mas sim, ensinadas pelo Espírito, exprimindo coisas espirituais em termos espirituais" (2,2-12). Com o seu habitar na nossa fragilidade humana, o Espírito Santo nos transforma, intercede por nós, nos conduz às alturas de Deus (Rom 8,26).
Com essa presença do Espírito Santo se realiza a nossa união a Cristo, já que se trata do Espírito do Filho de Deus, no qual nos tornamos filhos. São Paulo fala do Espírito de Cristo (Rom 8,9), não somente do Espírito de Deus. É obvio: se Cristo é o Filho de Deus, o seu Espírito é também Espírito de Deus e assim, se o Espírito de Deus, Espírito de Cristo, se torna já muito próximo a nós no Filho de Deus e no Filho do Homem, o Espírito de Deus se torna também espírito humano e nos toca; podemos entrar na comunhão do Espírito. É como se disesse que não somente Deus Pai se fez visível: na Encarnação do Filho, mas também o Espírito de Deus se manifesta na vida e na ação de Jesus, de Jesus Cristo, que viveu, foi crucificado, morreu e ressuscitou. O Apóstolo recorda que "ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor", se não sob a ação do Espírito Santo" (I Cor 12,3). Portanto, o Espírito orienta o nosso coração a Jesus Cristo, de modo que não sejamos mais nós a viver, mas Cristo a viver em nós" (Gal 2,20). Nas suas Catequeses sobre os Sacramentos, refletindo sobre a Eucaristia, Santo Ambrósio afirma: "Quem se inebria do Espírito, está enraizado em Cristo" (5,3.17: PL 16, 450).
E gostaria agora de evidenciar três consequências da nossa vida cristã quando deixar operar em nós não o Espírito do mundo, mas o Espírito de Cristo como princípio interior de todo o nosso agir.
Antes de tudo, com a oração animada pelo Espírito, somos colocados em condição de abandonar e superar todo medo e escravidão, vivendo a autêntica liberdade dos filhos de Deus. Sem a oração que alimenta cada dia o nosso ser em Cristo, em uma intimidade que cresce progressivamente, nos encontramos na condição descrita por São Paulo na Carta aos Romanos: não fazemos o bem que queremos, mas sim, o mal que não queremos(Rom 7,19). E esta é a expressão de alienação do ser humano, de destruição da nossa liberdade, para as circunstâncias do nosso ser para o pecado original: queremos o bem que não fazemos e fazemo aquilo que não queremos, o mal. O Apóstolo quer fazer entender que não é a nossa vontade a liberar-nos desta condições e nem mesmo a Lei, mas sim, o Espírito Santo. E já que, "onde está o Espírito do Senhor, está a liberdade" (II Cor 3,17),com a oração experimentamos a liberdade doada pelo Espírito: uma liberdade autêntica, que é liberdade  do mal e do pecado, para o bem e para a vida, para Deus. A liberdade do Espírito, continua São Paulo, não se identifica nunca com a libertinagem, nem com a possibilidade de fazer a escolha pelo mal, mas sim, com o fruto do Espírito que é amor, alegria, paz, magnamidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio de si" (Gal 5,22). Esta é a verdadeira liberdade: poder realmente seguir o desejo do bem, da verdaeira alegria, da comunhão com Deus e não ser oprimido pelas circunstâncias que nos pedem outras direções.
Uma segunda consequência se verifica na nossa vida quando deixamos agir em nós o Espírito de Cristo é que o relacionamento com o próprio Deus se torna tão profundo ao ponto de não ser corrompido por nenhuma realidade ou situação. Compreendemos então que com a oração não somos liberados das provas ou dos sofrimentos, mas podemos vivê-los em união com Cristo, com os seus sofrimentos, na expectativa de participar também da sua glória (Rom 8,17). Muitas vezes, na nossa oração, pedimos a Deus de sermos liberados do mal físico e espiritual, e o fazemos com grande confiança. Todavia, frequentemente temos a impressão de não sermos ouvidos e então caímos no risco de nos desencorajarmos e de não perseverar. Na realidade, não existe grito humano que não escutado por Deus e exatamente na oração constante e fiel, compreendemos com São Paulo que os sofrimentos do tempo presente não impedem a glória futura que será revelada em nós (Rom 8,18). A oração não nos isenta da prova ou dos sofrimentos, mas - diz São Paulo -  nós gememos interiormente esperando a adoração de filhos, a redenção do nosso corpo" (Rom 8,26); ele diz que a oração não nos isenta do sofrimento, mas a oração nos permite vivê-lo e enfrentá-lo com uma força nova, com a mesma confiança de Jesus, o qual - segundo a carta aos hebreus - "nos dias da sua vida terrana ofereceu orações e súplicas com fortes gritos e lágrimas, a Deus que podia savá-lo da morte e, pelo seu pleno abandono, foi ouvido" (5,7). A resposta de Deus Pai ao Filho, aos seus fortes gritos e lágrimas, não foi a libertação dos sofrimentos, da cruz, da morte, mas foi uma realização muito maior, uma resposta muito mais profunda; através da cruz e da morte, Deus respondeu com a ressurreição do Filho, com a nova vida. A oração animada pelo Espírito Santo leva-nos também a viver cada dia o caminho da vida com suas provas e sofrimentos, na plena esperança, na confiança em Deus que responde como respondeu a seu Filho.
E, terceiro, a oração do fiel se abre também às dimensões da humanidade e de toda a criação, tomando a ardente expectativa da criação, colocada em direção à revelação dos filhos de Deus (Rom 8,19). Isso significa que a oração, sustentada pelo Espírito de Cristo que fala no íntimo de nós mesmos, não fica nunca presa em si mesma, não é somente uma oração por mim, mas se abre à divisão dos sofrimentos do nosso tempo, dos outros. Se torna intercessão pelos outros, e assim liberação de mim, canal de esperança para toda a criação, expressão daquele amor de Deus que foi derramos sobre os nosso corações por meio do Espírito que nos foi dado (Rom 5,5). E exatamente esse é um sinal de verdadeira oração, que não se encerra em nós mesmos, mas se abre aos outros e assim me libera, assim ajuda a redenção do mundo.
Queridos irmãos e irmãs, São Paulo nos ensina que na nossa oração devemos abrir-nos à presença do Espírito Santo, o qual reza em nós com gemidos inexprimíveis, para levar-nos a aderir a Deus com todo o nosso coração e com todo o nosso ser. O Espírito de Cristo se torna a força da nossa oração "fraca", a luz da nossa oração "apagada", o fogo da nossa oração "árida", doando-nos a verdadeira liberdade interior, ensinando-nos a viver enfrentando as provas da existência, na certeza de não estarmos sós, abrindo-nos aos horizontes da humanidade e da criação " que geme e sofre as dores de parto" (Rom 8,22).

Momento de reflexão...




"E quando o peso da cruz se fizer maior, saibam que essa é a hora mais preciosa, para vocês e para as pessoas a vocês confiadas.”  citação de SS. Bento XVIno discourso aos padre de Roma por ocasião do domingo do Bom Pastor.

Frase a refeltir



"E quando o peso da cruz se fizer maior, saibam que essa é a hora mais preciosa, para vocês e para as pessoas a vocês confiadas.”  citação de SS. Bento XVIno discourso aos padre de Roma por ocasião do domingo do Bom Pastor.

Dom Odilo Scherer entrevistado pelo Jornal “Estado de São Paulo”.

Paula Bonelli – O Estado de S.Paulo
O arcebispo de São Paulo d. Odilo Scherer - Denise Andrade/AE
Denise Andrade/AE
O arcebispo de São Paulo d. Odilo Scherer
À frente da arquidiocese de São Paulo, d. Odilo Pedro Scherer cuida de cerca de 4,5 milhões de almas católicas e cumpre, com afinco, determinação do papa Bento 16: levar o rebanho a confirmar e redescobrir sua fé. O trabalho envolve liderar as fileiras de bispos e outros sacerdotes, mas também garantir a presença da Igreja na mídia e ocupar espaços públicos – em um campo religioso cada vez mais competitivo. O cardeal, que participa, no fim de maio, do Encontro Mundial das Famílias com o papa, em Milão, acaba de passar 10 dias com 300 bispos na Assembleia-Geral da CNBB. Em conversa com a coluna, não recusou nenhuma pergunta: de eleições (”ajudamos a comunidade a discernir sobre cada candidato”) à recente aprovação de aborto de anencéfalos pelo Supremo (”uma perda para a sociedade”).

Aos 62 anos, d. Odilo foi escolado nos corredores do Vaticano e carrega um blend de sotaques que reúne o original sulista, dialetos em alemão – falados em sua casa, na infância -, italiano e, agora, uma pitada de paulistanês. Na entrevista a seguir, ele revela que padres fazem psicanálise, diz gostar de Chico e Beethoven e explica por que a Teologia da Libertação, ao que parece, se foi para não mais voltar.

Qual o lado bom e o lado ruim de ser arcebispo de SP?

É uma enorme graça de Deus. E, sem dúvida, é motivo de muita alegria receber uma missão tão importante. O lado difícil são os enormes desafios. A arquidiocese de São Paulo é muito grande, e o volume de trabalho também. Além de participar de todas as atividades do universo religioso, é preciso acompanhar a mídia e estar no espaço público e político, seja pela natureza da Igreja, que represento, seja pela vontade das pessoas de ouvir o arcebispo em certos momentos.

O que o senhor sentiu ao receber a notícia de que seria nomeado bispo auxiliar para SP e mais tarde arcebispo?

Eu já tinha 52 anos e trabalhava na Congregação para os Bispos na Santa Sé, por onde passam as nomeações dos bispos. Portanto, sabia o que significava e as implicações do serviço. Senti, evidentemente, o peso da decisão. No momento em que disse “sim, aceito”, senti uma enorme carga de responsabilidade.

Teve medo?

Medo, não. Mas pensei nas implicações e se daria conta.

O senhor já fez terapia? Padres podem fazer?

Eu nunca fiz, mas padres podem, sim, fazer. Por que não? Em algumas situações, é até aconselhado.

Conhece casos de padres que fizeram?

Conheço, mas não vou citá-los. O padre é um ser humano. Pode ter estresse, crise depressiva, disfunção neurológica hereditária, que provoca problemas psicológicos e comportamentais. 

Quando o senhor não está envolvido com as atividades de cardeal-arcebispo, costuma fazer o quê?

Gosto muito de música popular e erudita. Beethoven, Bach e Brahms. Também Chico Buarque, Maria Bethânia… da MPB, gosto de vários cantores. Escuto música quando trabalho, no escritório, enquanto mexo na papelada. Este é um hábito que aprendi no seminário e que trago desde menino. 

Vai ao cinema?

Pouco, infelizmente. Não dá tempo. Mas gosto de ir.

O senhor viu o filme Habemus Papam (ficção sobre um papa que, ao ser eleito, não consegue assumir por causa do peso da responsabilidade), que está em cartaz nos cinemas?
Ainda não. Vou tentar assistir na Itália, no idioma original.

O papa é esperado no Rio para a Jornada da Juventude, em 2013. Qual a importância do evento?

É muito importante, para que apareça o rosto jovem da Igreja. Para que interajam e vejam que há muitos outros jovens, inclusive de outros países, que creem como eles. Também é um momento de se encontrarem com o papa Bento 16.

Quais são os desafios de realizar este evento?

São muitos, de todo o tipo, de ordem logística. Isso não é fácil em um evento para o qual se esperam milhões de pessoas. Está mais por conta da arquidiocese do Rio, que organiza localmente e está trabalhando duro. Estamos organizando, em âmbito nacional, o envolvimento de toda a juventude.

Existe a expectativa de um grande público no Rio?

Existe. O Rio de Janeiro atrai por si mesmo, mas não se vai para lá fazer turismo. A Jornada é momento de viver uma programação intensa, com várias temáticas, em conjunto, pelos participantes. Isso requer bastante esforço e até disposição para enfrentar alguns desconfortos. É evidente que, no fim, por melhor que seja a organização, em algum momento vai falhar. Não é que todo mundo poderá dormir em hotel de quatro estrelas, e é inevitável o congestionamento no trânsito, por exemplo. Mas o pessoal vai na alegria, porque é uma experiência única.

Como manter os jovens envolvidos com o catolicismo e o seu lado erudito?

A Jornada Mundial da Juventude é um modo de despertar isso. Não há como manter o interesse dos jovens, senão pondo-os em contato. Ninguém ama o que não conhece. O encontro é para deixar que a juventude faça suas perguntas, se expresse e perceba também os valores e toda a história da Igreja. Isso faz com que ela se sinta parte da Igreja e não a enxergue como algo distante.

Como se adaptar aos novos tempos sem perder a qualidade do catolicismo?

Este é um enorme desafio, que a Igreja enfrenta há dois mil anos. Estamos vivendo uma virada epocal, semelhante à ocorrida na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, e da Moderna para a Contemporânea. São momentos em que a Igreja tem de reaprender, propondo-se de forma nova, mas mantendo-se idêntica a si mesma. É o que estamos precisando fazer hoje.
A Renovação Carismática é um caminho?

É, mas não o único. Existem muitos outros, bem diversos da Renovação Carismática.

Como, então, frear a perda de fiéis para igrejas pentecostais?

Não há outro modo, senão ajudando os fiéis a se sentirem fortalecidos na própria fé e enraizados na Igreja. Mas a ideia que se passa é que só a Igreja Católica está perdendo fiéis. Outras perdem, porcentualmente, muito mais. Se vocês olharem o censo de 2000 a 2010, verão o quanto a Igreja Universal do Reino de Deus perdeu. Hoje, há uma oferta religiosa muito ampla, e eu diria agressiva. As pessoas, de alguma forma, estão sob pressão para fazer novas escolhas.

Este é um ano de eleições. Na sua opinião, a religião deve influenciar a política?

Não sei se a religião deve influenciar a política, mas as convicções religiosas dos cidadãos repercutem na política. Religião e política não se fundem, não se sobrepõem, mas é muito difícil separar as duas coisas.

Qual a orientação da Igreja Católica para o processo eleitoral deste ano?

A mensagem dos bispos é para que o povo se interesse pela participação política, procure conhecer bem os candidatos. Fiquem atentos à aplicação da lei 9.840, contra a corrupção eleitoral, o abuso do poder econômico e a compra de votos. Enfim, estejam atentos para escolher candidatos idôneos.

A Igreja apoia candidatos?

Não costumamos indicar candidatos, porque é uma questão de escolha livre e consciente de cada um. Recomendamos, também, que o clero não tome posição partidária, pois isso cria divisões. Não escolhemos partidos nem candidatos. Mas ajudamos a comunidade a discernir sobre cada um. E possa escolher aqueles sintonizados com nossas convicções – de justiça social, atendimento das necessidades da população carente, justiça econômica, promoção do desenvolvimento, respeito à dignidade da pessoa e moralidade pública.

Na Itália, sede do Vaticano, e em vários países desenvolvidos, o aborto é legalizado há muitos anos. A Igreja está na contramão da saúde pública?

A legalização do aborto não é a promoção da saúde pública, mas a legalização da morte de seres humanos. Se está na contramão de outras decisões? É possível, mas a Igreja não pode estar na contramão dos princípios básicos da dignidade humana, proclamados pelas nações, pela Constituição brasileira, pela ONU. Nem que todos os países aprovassem a legalização do aborto, a Igreja não poderia aprová-la.

Como o senhor recebeu a aprovação do aborto de anencéfalos pelo STF?


A aprovação não muda a posição da Igreja em relação à questão, que é de respeito pleno à vida daquele ser humano – ainda que seja muito breve. Se isso foi tornado legal, não significa que se tornou moral. Fique claro que não foi a Igreja que perdeu, nem os cristãos, mas a sociedade brasileira. A humanidade perdeu em sensibilidade, em respeito à pessoa e ficou mais endurecida em relação às fragilidades e aos defeitos humanos.

Se não houvesse celibato, haveria mais padres?

Não sei, talvez. É bastante difícil responder a esta pergunta de forma hipotética. Porém, há um fato: em outras igrejas que não têm celibato, também faltam ministros. O problema não é o celibato, mas uma coisa mais profunda, a experiência da fé e o valor da proposta religiosa.

Quais foram e ainda serão as consequências para a Igreja dos casos de pedofilia? Como o senhor os enxerga?

Não é só um problema da Igreja. Mais de 90% dos casos ocorrem embaixo do teto familiar. Lamentavelmente, também ocorreram e ocorrem em ambientes religiosos. Creio que trouxe um grande dano à credibilidade da Igreja, mas também está trazendo grande purificação. E uma atenção também da sociedade para a questão.

Como coibir, de forma prática, a pedofilia na Igreja? Palestra? Terapia?

Não é só na Igreja, é na sociedade como um todo. Como é possível tentar combater isso se, nas escolas, coloca-se camisinha ao alcance de crianças? São um convite a fazer sexo, a promiscuidade, desde cedo. A preocupação é combater a aids, mas não se percebe que ali está se promovendo um monte de outras consequências danosas. Dentro da Igreja, evidentemente estamos muito atentos em fazer uma nova retomada da consciência, respeito aos valores morais e da observância dos mandamentos da Lei de Deus.

A Teologia da Libertação está enfraquecida, mas ainda é lembrada como uma corrente da Igreja preocupada em abolir as injustiças sociais.

Foi um momento da história da teologia. Ela perdeu suas motivações próprias, por causa da ideologia marxista de fundo – materialismo ateu, luta de classes, uso da violência para conquistar objetivos -, que não casa com a teologia cristã. Isso foi percebido pouco a pouco. Talvez tenha tido méritos, por ajudar a recobrar a consciência de questões como justiça social, justiça internacional e a libertação dos povos oprimidos. Mas estes sempre foram temas constantes do ensino da Igreja. E vão continuar a ser.

Ainda há muitos padres da Teologia da Libertação?

Não sei se muitos. Ainda existem simpatizantes, mas já não são tantos assim. 

Nos seminários brasileiros, ainda há bastantes padres da Teologia da Libertação lecionando?

Não, não creio.

O senhor poderia ser eleito papa um dia? Pensa nisso?

Não estou imaginando isso, não. Só um será eleito papa e existem tantos que podem ser escolhidos! É o conclave que decide, não alguém que se propõe ou que diz “quero ser papa” ou “vote em mim, eu vou ser papa”. Isso não existe. Portanto, não passa pela minh
a cabeça outra coisa além de ser arcebispo de São Paulo.

Globo e a reportagem cheia de erros sobre os documentos “secretos” do Vaticano apresentados no JN.



Por Fernando Nascimento

A jornalista Ilse Scamparine, da Rede Globo, em pleno sábado de Aleluia, no Jornal Nacional do dia 7/4/2012, resolveu mais uma vez com suas desinformações, agredir a Igreja Católica num dia santo, isso direto de Roma, valendo-se das desonestas mentiras estratégicas protestantes (lendas negras), que tanto apregoa vez por outra as vendendo como “informação”.

A jornalista apresentava a exposição “Lux in arcana” que reúne documentos valiosos da Igreja, que está acontecendo nos museus do Capitólio, em Roma, como sendo uma “exposição de documentos secretos do Vaticano”.

A exposição “Lux in arcana” de antigos documentos valiosos da Igreja, está em cartaz desde 29 de fevereiro e vai até 9 de setembro, mas a desonesta e espírita Rede Globo escolheu coincidentemente o sábado de Aleluia, para com suas distorções criminosas vender mais uma vez a Igreja como vilã.

Eis o trecho do Jornal Nacional onde a Globo caluniava sobre os documentos:

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Refutando as mentiras da Globo:

1- O processo de Galileu – A jornalista afirmava em forçado tom melancólico, que Galileu (trêmulo) foi condenado por sustentar que a terra era o centro do universo. Para isso a jornalista foi astuta o bastante ao tirar proveito da decoração ambiental do museu, que simbolizava o fogo luz da era medieval (era dos documentos), para fazer uso maldoso das chamas associando-as à inquisição das anti-católicas lendas negras protestantes.
Ela afirmou que “muitos” morreram na fogueira, mas não citou nome algum e ainda culpou o Tribunal católico por isso. – Uma mentira vergonhosa, forjada pelo protestante Casidoro Reina que se escondia atrás do pseudônimo de “Montanus”!

Erroneamente ou por má fé, muitos que se aventuram a falar sobre o modo de justiça dos tempos medievais, atribuem as sentenças de morte simplesmente à “Inquisição”, contabilizando isto à Igreja Católica, o que é uma injustiça.
Na verdade existiam três Tribunais distintos:

1- o Tribunal civil dos reis (que matava na fogueira e queimou os Templários e muitas bruxas);
2- o Tribunal protestante dos protestantes que usurparam países católicos (que matava na fogueira e queimou Miguel Servet e 20 mil bruxas só na confissão de Benedict Carpzov);
3- e o Tribunal católico (que era o mais indulgente e possuía proibição papal de se atentar contra a saúde ou vida do acusado. Daí Galileu, Casanova, Lutero, Casidoro Reina e muitos outros terem morrido na velhice de causas naturais, pois as sentenças do Tribunal católico eram a absolvição, ou a excomunhão, e estava limitado a julgar apenas católicos, e somente católicos, que promoviam heresia contra a fé).

Geralmente omitem essas regras do Tribunal católico, e também que a Igreja proibiu o livro proposto que recomendava torturas aos acusados, ou mesmo que foi a Igreja Católica que contribuiu decisivamente para o fim das mortes em outros tribunais.

A Verdade: Galileu foi processado em 1633 por ter violado uma disposição que lhe foi feita em 1616. A disposição de 1616, que Galileu não cumpriu, proibia-o de ensinar o heliocentrismo, que foi descoberto décadas antes pelo padre Copérnico e financiado pelo Papa Paulo III, e que ainda não havia sido confirmado unanimemente pela ciência. Sem uma física como a de Newton, sem uma prova ótica como o movimento da terra, a coisa não se podia explicar.

O próprio Galileu diante de outros cientistas em seu julgamento não foi capaz de provar cientificamente o heliocentrismo, ou seja, a teoria que dizia que o sol está no centro e a terra se move ao redor dele.Só mais tarde com novos instrumentos e estudos isso pode ser provado.
Não só isto, Galileu havia conseguido fraudulentamente o imprimatur, enganou a quem o concedeu dizendo que era uma exposição imparcial, mas não era nada imparcial. Por este motivo foi acusado e, portanto, submetido a processos, ou seja, submetido a um processo disciplinar.

Outro aspecto importante a levar em conta é que, ainda que às críticas de Galileu, a posição tradicional estava fundamentada, nem Galileu nem ninguém possuíam naquele tempo argumentos para demonstrar que a Terra se movia ao redor do Sol. Galileu tentou prová-lo citando o movimento das marés, desde então, como sabemos, o argumento das marés estava errado. Só para bem situar as pessoas, antes disso tudo, Galileu havia “provado” matematicamente a existência do fictício inferno de Dante Alighieri. (1)

Galileu nunca foi condenado como herege, nem tampouco o heliocentrismo foi declarado como herético. Foi-lhe imposta uma penitência saudável, que consistia em prisão domiciliar, onde trabalhava normalmente, e recitar uma vez na semana os sete salmos penitenciais. Sua filha se ofereceu para fazê-lo no lugar dele. Não esteve na prisão nem um só momento, em atenção à sua fama, à sua idade e à consideração que tinha; foi tratado sempre com grande admiração.

Ao contrário do que a jornalista tenta passar, Galileu amava a Igreja, e diz, exagerando (Galileu) como faz sempre, em uma carta a um nobre francês: “Outros podem ter falado mais piamente e mais doutamente, mas nenhum mais cheio de zelo pela honra e a reputação da Santa Mãe Igreja do que escrevi eu”. É exagerado, mas, em todo caso, demonstra que é verdade. Como dizia João Paulo II, a verdade histórica dos fatos está muito longe da imagem que se criou posteriormente em torno de Galileu.

Galileu morreu na velhice, e sempre foi católico até o último dia de sua vida, e repousa até hoje dentro de uma Igreja católica.

A maior injustiça neste caso é os caluniadores sempre omitirem que foi o padre Copérnico, o verdadeiro descobridor do heliocentrismo, décadas antes de Galileu o defender cegamente. Por mais que a atitude dos que condenaram Galileu pareça exagerada, na realidade responde a uma lógica. (2)

Hoje sabemos que a Igreja fez muito bem, defendendo prudentemente as Escrituras quando Galileu a questionou. As Escrituras afirmam que “o sol se deteve … quase um dia inteiro” (Josué 10,13), demonstrando um excepcional milagre divino, onde quase não houve noite no fim do dia. Não há contradição aí, a menos que alguém queira discutir com Max Planck e Albert Einstein (da Teoria da Relatividade):

“Se tomarmos, por exemplo, um sistema de referências fixamente ligado com a nossa Terra, teremos de afirmar que o Sol se move no céu; se, inversamente, deslocarmos o sistema de referência para uma estrela fixa, o Sol encontra-se em repouso. Na oposição entre estas duas formulações não existe contradição nem obscuridade: trata-se somente de duas maneiras diferentes de considerar as coisas. Segundo a teoria física da relatividade, que atualmente pode ser considerada como aquisição científica assegurada, ambos os sistemas de referência e os modos de consideração que lhes correspondem são igualmente corretos e igualmente justificados, e é fundamentalmente impossível, sem arbitrariedade, decidir entre eles através de quaisquer medições ou cálculos“. (Max Planck, in Vorträge und Erinnerungen, Stuttgart, 1949, p. 311).

Isto claramente prova que a Igreja, não estava “errada”, como pregam certos indoutos linguareiros, para rapinar na ignorância. Além do que no texto da sentença a Galileu não aparece em nenhum momento citado o Papa; portanto, esse documento não pode ser considerado como um ato de magistério pontifício, e menos ainda como um ato de magistério infalível nem definitivo. (3)
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2- A confissão dos Templários – A jornalista afirma que um pergaminho de 60 metros contém o processo contra a Ordem dos Templários da França, acusada de heresia pelo Papa Clemente V. – Uma mentira vergonhosa!

A Verdade: o pergaminho não contém nenhuma acusação ou condenação do Papa aos Templários, mas a confissão dos templários diante de três cardeais enviados pelo Papa ao castelo de Chinon. Quem condenou os templários e os sacrificou na fogueira foram os corruptos reis da época, valendo-se de falsas acusações e torturas, para se apoderarem dos bens da Ordem.

A publicação desse documento caluniado pela jornalista, dissipa e deixa claro todas as dúvidas que por interesse se verteram durante esses séculos sobre a Ordem do Templo e que tanto dano causaram à imagem da Ordem, deixando claro que:

1. O Papa Clemente V nunca esteve convencido da culpabilidade da Ordem do Templo.
2. A Ordem do Templo, seu Grão Mestre Jacques de Molay e os demais templários presos, muitos deles justiçados posteriormente, foram absolvidos pelo Santo Padre.
3. O Templo nunca foi dissolvido, senão suspenso.
4. O Papa Clemente V nunca acreditou nas acusações de heresia e por isso permitiu aos templários justiçados receber os Santos Sacramentos.
5. Clemente V nega as acusações de traição, heresia e sodomia pelas quais o Rei da França acusou o Templo.
6. O processo e martírio de templários foi um “sacrifício” para evitar um cisma na Igreja Católica, que não compartilhava em sua grande maioria das acusações do Rei da França, e muito especialmente da Igreja francesa.
7. As acusações foram falsas e as confissões conseguidas sob torturas.
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3- O Papa Pio XII – Em tom pilhérico, a  jornalista afirma que na exposição não há nada sobre o Papa Pio XII, segundo ela “acusado de se omitir diante da matança de judeus pelos nazistas.” – Uma mentira vergonhosa!

A verdade: Há sim, muito na exposição que contradiz a jornalista , sobre a inocência e bravura do Papa Pio XII. A jornalista apenas omitiu e preferiu fazer eco a uma caduca difamação maquinada e já refutada pelo jornalista Olavo de Carvalho, que começou com a caluniosa peça teatral “O Vigário” (1963), do protestante Rolf Hochhuth, e culminou no fantasioso livro do desonesto John Cornwell, “O Papa de Hitler” (1999), sendo de cabo a rabo essa farsa, uma criação da KGB. Confira tudo aqui:http://www.olavodecarvalho.org/semana/070201jb.html
O Papa jamais silenciou diante do massacre dos judeus, repetem essa mentira para vê-la tornar-se verdade. Os meios de comunicação da época são testemunhas letais contra os caluniadores.
Veja os Editoriais do New York Times nos anos da guerra sobre Pio XII:
“A voz de Pio XII é uma voz solitária no silêncio e na escuridão envolvendo a Europa neste Natal. O Papa reitera o que antes já havia dito. De modo geral, ele repete, ainda que mais claramente, o plano de cinco diretrizes que ele primeiro enunciara em sua mensagem de Natal no início da guerra, em 1939. (…)”
Em janeiro de 1940, por exemplo, o Papa deu instruções à Rádio Vaticana de que revelasse as “horríveis crueldades da selvagem tirania” que os nazistas estavam infligindo aos judeus e aos católicos poloneses. Dando notícia da transmissão uma semana depois, o Defensor Público dos judeus de Boston reconheceu-a por aquilo que era: “Uma denúncia explícita das atrocidades perpetradas pelos alemães na Polônia ocupada pelos nazistas, declarando abertamente que são uma afronta à consciência moral de toda a humanidade”. O New York Times escreveu em seu editorial: “Hoje o Vaticano falou, com uma autoridade que não pode ser posta em discussão, e confirmou os piores presságios de terror que emergem das trevas da Polônia”. Na Inglaterra, o Manchester Guardian elogiou o Vaticano como “o mais enérgico defensor da Polônia torturada”. http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/opapajusto.html
Ao contrário do que afirmava a omissa e desonesta jornalista, ao dizer que não havia nada ali sobre o Papa Pio XII, há sim documentos que defendem a atitude do papa Pio XII, entre eles, está um relatório do núncio Francesco Borgongini-Duca que visitou sete campos de concentração na Itália, em 1941, e uma carta de agradecimentos de pessoas detidas nos campos, endereçada ao papa.
Filmes revelam ajuda de Pio XII aos judeus na SGM
Foram descobertos filmes que mostram a enorme atividade de ajuda que o Papa  Pio XII desenvolveu durante a Segunda Guerra Mundial a favor de todas as vítimas, independentemente de sua religião.http://www.2guerra.com.br/novosite/index.php?option=com_content&view=article&id=738:filmes-revelam-ajuda-de-pio-xii-aos-judeus-na-sgm&catid=94:artigos&Itemid=32
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4- A Carta indígena – A desonesta e omissa jornalista mostrou uma carta indígena escrita em 1887, “feita com o tronco de uma árvore” e enviada ao Papa Leão XIII, mas “inteligentemente” omitiu que o chefe da tribo indígena Ojibwa na carta, chama Leão XIII  de “grande mestre das preces que cumpre as funções de Jesus”.
Por que será que a jornalista fez questão de comentar caluniando o conteúdo dos outros documentos e omitiu o conteúdo desta carta? Certamente faltou uma lenda negra protestante para este caso.
O povo católicos não merece o mau-caratismo da espírita Rede Globo, nem a ma fé e falta de profissionalismo da senhora Ilze Scanparini, em Roma, num sábado de Aleluia.
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Notas:
(1) Scientifc Blunders: A Brief History of How Wrong Scientists Cam Sometimes Be,
Roberts yuongson, Carrol & Graf Publishers, 1998.
(2) Mariano Artigas e Melchor Sánchez de Toca, Galileo y el Vaticano. Historia de la Comisión Pontificia de Estudio del Caso Galileo (1981-1992) (Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 2008).)
(3) Por Mariano Artigas, professor de Filosofia da Ciência na Universidade de Navarra (Espanha), co-autor do livro “ Galileo en Roma. Crónica de 500 días” e autor do livro “Filosofia da Natureza”.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Motivado pelo trabalho da Cáritas na Espanha, publicitário realiza comercial gratuitamente.


Alejandro Toledo um reconhecido publicitário e diretor de videoclips, acaba de realizar um comercial grátis para a Cáritas espanhola, motivado por seu trabalho social em Madrid ( capital da Espanha), logo depois de ter visto um ex-companheiro de trabalho recebendo mantimentos em um refeitório administrado por esta organização.

No dia 11 de abril Toledo contou à Rádio Nacional da Espanha que descendo a rua Martínez Campos, em Madrid, viu de longe “um rapaz com quem havia trabalhado e que tinha tido bastante êxito no mundo da publicidade. Eu o segui para cumprimentá-lo e saudá-lo e de repente eu o vejo entrar em um refeitório social e me disse: ‘O este rapaz faz aqui?’. E então o vi saindo com uma bolsa de comida. Ele ia perfeitamente vestido, com uma bolsa de comida que acabava de retirar da Cáritas”.

Isto motivou Alejandro Toledo a colocar toda sua experiência ao serviço da Cáritas de Madrid, à qual ofereceu grátis um vídeo promocional. Alejandro Toledo, que vive em Los Angeles (Estados Unidos), trabalhou anteriormente em produções para a Marlboro, Ford, Mercedes, Loewe, Renfe, Acciona e videoclips para o cantor Alejandro Sanz.

Ele disse que sua intenção era realizar “algo um pouco mais potente para tentar arrecadar recursos: uma página da qual fosse pudesse descarregar o vídeo pelo preço de um euro, mas não tínhamos infra-estrutura”. Ele destacou que todas as pessoas envoltas no vídeo trabalharam grátis, e que um produto como o qual foi entregue à Cáritas vale 40.000 euros. Do mesmo modo, contou que a menina que aparece no spot publicitário é sua própria filha, que também colaborou um malabarista de rua “que já havia aparecido anteriormente em um vídeo que fiz para o Alejandro Sanz”.

Durante o diálogo, Toledo recordou que já tinha feito um trabalho para a Comunidade de Madrid “no qual teve que visitar vários refeitórios sociais, e sempre me tinha ficado muito surpreso por encontrar ali gente com gravata, com terno, gente que não imaginava que dependia da caridade para ter o que comer devido à crise econômica que assola a Espanha e outros países europeus.
Nesse sentido, disse que para o novo vídeo “voltei a percorrer todos os refeitórios sociais e de novo me surpreendi, certamente com o trabalho da Cáritas, mas sobre tudo com os usuários dos refeitórios sociais: gente como nós” que também necessita da caridade para viver.


segunda-feira, 30 de abril de 2012

A consciência e a decisão



          Certamente já escutamos dos nossos pais e avós este adágio: ''A consciência é o santuário da vida.'' E que tamanha afirmação. Deus, no ato supremo da criação; plasmara o homem à sua imagem e semelhança, dotando-lhe de inteligência, vontade e liberdade e, sendo assim, é inato ao ser criado, o discernimento do que é certo e erado. Eis! A consciência.
       Para a recepção do Sacramento da Reconciliação, é disciplinar que o penitente, antes de aproximar-se do confessionário, faça uma perlustração da sua consciência, ou seja, um exame detalhado das transgressões cometidas ao Decálogo e deste modo o sacerdote ministre-lhe a Confissão cumprindo com os ritos peculiares a tal liturgia sacramental. Ainda existe, numa das horas canônicas do Ofício Divino, as Completas, a última, antes do repouso, um exame de consciência, precedente ao 'Confiteor', conforme orienta as rubricas do Breviário. E qual o porquê de examinarmos nosso interior? Há uma certa mentalidade antiga, assim: 'a vida é minha' ou 'não devo nada a ninguém' e vai  relativizando aquele 'eu'  do âmago em não assumir as consequências dos atos voluntários.
    Analisar a consciência é permitir o livre acesso de Deus que sonda-nos o mais íntimo. O estabelecimento da reta consciência, formada ciente das fragilidades humanas, auxilia-nos no autoconhecimento, de maneira tal, que vamos escalando os obstáculos, para galgarmos a recompensa dos bem-aventurados: a santidade de vida. Exame de consciência: ''Antes de tudo, trata-se, sobremaneira, de atitudes comportamentais que nos ajudam a melhorar nossa relação com Deus, com nós mesmos e com os irmãos, em progresso permanente na virtude da santidade; trata-se de rever, com coragem e determinação, a oportunidade momentânea de amadurecimento no curso de nossa sincera conversão, de mudança de gestos e atitudes que, não apenas identifiquem um caminhar com segurança, mas que o demonstrem, de fato.''  ( cf. Artigo: 'Olhando dentro de nós mesmos'. Pe. Gilvan Rodrigues dos Santos).
          Ao examinarmo-nos, estamos, desde já,  aniquilando o que existe de caduco e infrutífero, permitindo assim, o advento duma nova mentalidade e por conseguinte a aquisição da resolução em não cedermos as práticas de outrora. Apraz-nos em recordar um dos insignes monarcas de IsraelDavi. Infiel à aliança, vê-se contrito! '' Reconheço a minha iniquidade e  meu pecado está sempre diante de mim (...) Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto.'' ( cf. Sl 50). A consciência não nos leva ao desespero, como em Judas Iscariotes, mas, conduze-nos a revisão de vida. Ela nos edifica e educa para sermos pessoas virtuosas.
     Por vezes, na Sagrada Escritura, é patente a presença da consciência. Numa das parábolas da misericórdia, ( cf. Lc 15) precisamente a do Pai misericordioso, narra-se que o filho rebelde, após experimentar a ruptura com Pai, cai por terra e diz:  'Já sei o que fazer! Voltarei à casa do meu Pai.'  O que mais seria esta resolução, senão a consciência humana, perante a negligência? Eis! Espírito resoluto. 
      Formados pela consciência nossa, experimentamos, não obstante aos erros, a perene misericórdia de Deus; e a pedagogia de Jesus para com a mulher flagrada em adultério?  No colóquio, Jesus diz-lhe: 'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou? Ela responde-lhe: ''Ninguém Senhor!''  Jesus, então, lha diz: ''Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais.''  Vai, não peques mais. O Senhor faz com que aquela, tida como pecadora, auto-reconheça o erro, ajuda-lhe a abre-lhe o íntimo para a possível falta cometida. Enfim, irmãos, a sã consciência,  revela-nos, e outrossim, a Deus, nosso misericordioso Senhor, para decidirmos por Ele, nossa vida e felicidade.

domingo, 29 de abril de 2012

JESUS O PASTOR QUE CUIDA DE SUAS OVELHAS



    
     Estamos celebrando o Bom Pastor, aquele que cuida de suas ovelhas, se preocupa com elas e está sempre disposto a nos encaminhar para os caminhos retos que levem a felicidade. Jesus, o mestre que veio ao mundo, ensinou, praticou o bem, mas não foi compreendido, no final foi morto numa cruz.
Nas nossas vidas, muitas vezes,  com as nossas atitudes, o crucificamos todos os dias, fazemos com que ele padeça, sofra tudo de novo por causa dos nossos pecados. É preciso termos a consciência de que com a morte de Jesus, morre também o homem velho existente dentro de nós. Deixemos que o homem novo que nasceu pela ressurreição de Cristo, cresça cada vez mais em nosso coração e assim o nosso testemunho de cristãos verdadeiros e autênticos possa contagiar outros e trazer mais pessoas para o reino dos Céus.
Nosso testemunho pode ser manifestado não somente por palavras, mas por ações, que é o mais importante. As nossas atitudes, falam mais, e é o que fica gravado no coração de cada um que presenciam a nossa mudança de comportamento. Deixemos que este Jesus, Bom Pastor, nos guie e que a nossa vida seja transformada e que pelas nossas ações, muitos corações sejam tocados e renovados  e que o homem novo seja transparente em nossas vidas.
De fato, celebrar o Bom Pastor é reconhecermos o Cordeiro imolado. É o gesto sacerdotal de Jesus na cruz, como nos recorda ainda que sob o véu da história da salvação, Isaías Profeta, no Cântico do Servo Obediente: ‘’Foi maltratado, mas livremente  humilhou-se e não abriu a boca, como cordeiro conduzido ao matadouro; como ovelha que permanece muda na presença dos tosquiadores ele não abriu a boca. ( cf. Is, 53, 7)
Eis! Temos um Pastor-Cordeiro! Este sempre se compadece das ovelhas que o Pai lhe confiou. Não deseja que alguma se perca. ‘’Deixa as noventa e nove e vai ao encontro da transviada.’’ Aquela perdida foi-Lhe confiada, pois disse: ‘’O Filho do Homem veio salvar o que estava perdido’’. E noutra passagem: ‘’Hoje a salvação entrou nessa casa!’’
 Fixemos o olhar nosso em Cristo, o Bom Pastor! Experimentemos as delícias oriundas do seu Coração trespassado. Dele escutamos naquela intimidade: ‘’Vinde a mim, vós todos que estais cansados e fatigados com o peso do vossos fardos e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.’’

Somos sua Juventude

SAIRAM AS CAMISETAS DA JMJ...

AGUARDEM...LANÇAMENTO AMANHÃ!!!



COMO ENCONTRAR ? É FÁCIL!!!

SEMINÁRIO MENOR - BAIRRO INDUSTRIAL

 

POSSO COMUNGAR COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS?


Como perverter um seminarista


 

Há vários meses a Igreja Católica na Itália vem sendo atacada por pessoas que agindo de má fé, roubam a Santíssima Eucaristia das mais diversas formas, seja quebrando tabernáculos, furtando cibórios com hóstias consagradas ou ainda aproveitando da facilidade da comunhão na mão.
Os objetivos são ainda discutidos pelas autoridades locais: serão sacrilégios deliberados por alguma religião ou seita, ou os ladrões pretendem utilizar as hóstias em missas negras?
Algumas comunidades católicas se sentiram forçadas a tomar contra-medidas. Em algumas igrejas o tabernáculo é esvaziado e deixado aberto, a fim de serem protegidos contra o roubo.
O Arcebispo de Monreale, Dom Salvatore DiCristina, declarou que o “Santíssimo será mantido em um local mais seguro, por isso será armazenado em um cofre”.
Dom Velasio De Paolis, Cardeal e canonista, explicou que os sacrilégios contra a Eucaristia estão entre os mais graves dos delitos e os que os praticam recebem a condenação de excomunhão “latae sententiae”, que só pode ser levantada pela Santa Sé.
Dom Paolis sublinha que até mesmo a comunhão na mão oferece um risco maior de que hóstias consagradas possam ser roubadas, profanadas ou mantidas para fins sacrílegos. (EPC)
Com informações de Una Voce Brasil.



Dados recolhidos pelo “Study Center of Faith” (Centro de estudos da fé), da província chinesa de Hebei e publicados pela Agência Fides comprovou que no domingo de Páscoa deste ano, mais de 22 mil novos católicos receberam o batismo na China.
Os fiéis são provenientes de 101 dioceses e 75% deles são adultos.
O Serviço de Informação do Vaticano (VIS) declarou que algumas dioceses não celebram todos os batismos no domingo de Páscoa, e portanto o número total pode aumentar até o final do ano.
De acordo com o Vaticano, atualmente na China existem entre oito a 12 milhões de católicos, divididos entre os que pertencem à Igreja dita “oficial” (Associação Patriótica Católica – APC) controlado pelo governo de Pequim e os que pertencem à chamada “clandestina”, fiel a Roma.
Em 1951 o governo chinês comunista expulsou todos os missionários estrangeiros, apesar de muitos terem se refugiado em Hong Kong, Macau e Taiwan. As relações diplomáticas com a Santa Sé foram, então, rompidas. (EPC)
Com informações do Serviço de Informação do Vaticano e Fides.


Um adolescente se recuperou totalmente após ter morte cerebral diagnosticada por quatro médicos em Coventry, no Reino Unido. Os especialistas consideraram o caso de Steven Thorpe “realmente único”.


As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

O caso ocorreu em 2008 e foi divulgado pelo jornal. Thorpe, então com 17 anos, estava com dois amigos em um carro que se envolveu em um acidente. Um dos amigos morreu e o adolescente acabou em coma induzido em um hospital da cidade.

Os médicos afirmaram que o jovem teve morte cerebral e chegaram a perguntar aos pais se queriam doar os órgãos. Foi o pai de Thorpe que insistiu para os médicos refazerem os exames porque acreditava que seu filho sobreviveria.

Ele chegou a contratar uma neurologista para ter uma nova opinião. Foi somente quando a doutora Julia Piper – aquela contratada pelo pai – examinou o adolescente, que foram descobertos sinais muito fracos do cérebro. Os médicos decidiram retirar o paciente do coma induzido para ver se ele se recuperaria.

Cinco semanas depois, Thorpe surpreendeu os médicos e recebeu alta. “Meu pai acreditou que eu ainda estava lá”, diz o jovem, que hoje, com 21 anos, é trainee em uma empresa. Thorpe passou por quatro operações para reconstruir sua face. Além disso, fez fisioterapia para melhorar os movimentos do braço esquerdo.

O hospital afirma ao jornal que “os ferimentos no cérebro de Steven foram extremamente críticos e diversos exames de tomografia computadorizada indicaram que o dano era praticamente irreversível. Contudo, os times de especialistas continuaram a dar suporte apesar do momento crítico e estamos satisfeitos em ver Steven recuperado e fazendo progresso contra todas as probabilidades. Ele é realmente um caso único.”

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O MAU USO DA INTERNET ENTRE OS SEMINARISTAS CATÓLICOS


Com o avanço da tecnologia, muita gente não admite mais viver sem um computador. Mas é preciso ficar atento para tirar um bom proveito na hora de navegar pela internet e uma mania que já se incorporou à rotina de muita gente. Em casa, no trabalho e principalmente nos seminários católicos. Alguns seminaristas não imaginam mais a vida sem o computador e ou melhor, sem a internet.
De modo empático é possível pensar. "Quando não consigo acessar, enlouqueço...e fico sempre a pensar: Acho que  postaram algo no face? e as pesquisas atrasadas e esquecidas? Qual o resumo da novela? E as notícias dos sites dos famosos? Realmente, eu sou viciado. Pelo menos uma vez no dia, se eu não estiver na internet, fico como se estivesse faltando alguma coisa na minha vida", admite o seminarista.
O mau uso desse meio de comunição entre seminaristas é um fato. Falta, nos nossos jovens, uma predisposição para uma formação integral da consciência, formação reflexiva, uma vontade forte a vencer a concupiscência. Precisamos, com urgência, de uma ordenação de conceitos e valores.
Quanto tempo gasto nas redes sociais virtuais? Quanto tempo dou às redes sociais reais? Qual a minha perspectiva nas redes sociais virtuais? E as reais?
O uso nem sempre é bem aproveitado. "Normalmente é só para conversar trivialidades, colocar o papo em dia com as pessoas que a gente mal vê. Entro nos sites de relacionamento até por razões pastorais!", retumbante, justifica outro seminarista.
O brasileiro é campeão de permanência em sites de relacionamento. Passa, em média, cinco horas por dia em chats, conversas e fofocas. Um desperdício de tempo, diante de tantas perspectivas que a internet oferece. Nisso, desembocamos em duas vertentes que nos afastam de uma possibilidade, embora remota, de aperfeiçoar o conhecimento, aprofundar a educação
Contudo, o importante não é o tempo que se gasta navegando na rede e, sim a maneira de explorar os recursos da internet.
As pessoas não estão perdendo tempo em sites de relacionamento.  Tempos esses de abundância de informação, o que é importante ou o que é conhecimento não é a resposta, é a pergunta. Então eu poderia usar o meu tempo em sites de relacionamento muito melhor, de uma forma muito mais produtiva se eu tivesse perguntas a fazer para as pessoas ao meu redor, de coisas que podem parecer absolutamente banais, como ‘Por que o nome de Sergipe é esse', por que isso, por que aquilo? Na medida em que eu tenho o porquê e as outras pessoas tenham resposta em potencial, nós nos articulamos em conjunto para gerar conhecimento.
Numa outra vertente, pensemos na inversão dos valores de alteridade. Da minimização do eu e tu a uma maximização do tu desconhecido. Isso consiste quando somos incapazes de estabelecer relações de valorização do ser pessoa com quem se vive a platonizar o ser virtual.
Eis o fato. Ouçamos a voz da consciência. Ordenemos as nossas intenções e conceitos, estabeleçamos propósitos que nos conduzam à margem da ‘massa’, pois como dizia Charles Chaplin:  “Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência, e tudo estará perdido”.
Vivamos administrando o grande dom que recebemos: ser pessoa.